Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 11
Capítulo XI - Quase indestrutível


Notas iniciais do capítulo

Sooorryyyyy!! Já deveria ter postado há mais de um mês, tô super mal por não ter conseguido até agora ;-; Me desculpem mesmo por demorar tanto, não planejei nada disso.

Obs: Nicolle Bale é uma personagem muito importante pra história que já tem ficha na equipe Millennium, mas queria que ainda não fizessem perguntas pra ela pra não estragar a surpresa, ela logo vai aparecer e aí vocês podem perguntar o que quiserem pra ela :D

Link do DS Car: http://1gw2vk209dcz2vvkvqvdfma1.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2015/03/01-russian-hummer.jpg

Aproveitem o novo capítulo de Deep Six!!



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Eles sabiam, pelo som de gritos e de um prédio caindo, que a tentativa de Kevin de parar Apolo não estava indo nada bem. Depois que saíram da concessionária, os heróis haviam tentado segui-los e ajudar as pessoas que corriam pela rua, mantendo-as longe do perigo, porém não eram rápidos o suficiente para acompanharem a luta.

— Nossos pais vão nos matar quando virem isso — Speedy já havia se recuperado e acabado de salvar duas mulheres que quase foram esmagadas por um carro.

— Pensa pelo lado bom, se morrermos o Apolo não vai conseguir matar a gente — Scott carregava Natasha sobre seu ombro direito, já que ela era mais pesada por causa das asas. — Vou morrer de qualquer jeito quando a Nat acordar e achar que eu estou olhando pra bunda dela.

— Você estava há dois minutos atrás — Yuki apontou.

— Mas ela definitivamente vai me bater quando eu não estiver, então estou dando a ela uma boa razão para fazer isso.

— Acho que o Apolo bateu sua cabeça no chão com muita força — Grace estava ao lado dele um segundo depois, cutucando a testa do atlante.

Damian havia retirado o capacete depois de sua luta contra o semideus, já que o mesmo estava com o vidro quebrado e seu rosto ficaria exposto de qualquer jeito. Seu rosto tinha alguns arranhões superficiais que sangravam, porém nada grave. Não parecia nem um pouco preocupado que o vissem, apesar de já ter sido alertado por todos os outros heróis que não deveria mostrar seu rosto.

— Deveríamos ter arrancado o cabo quando tivemos a chance, ele poderia estar blefando.

— E arriscar o cérebro do Apolo sem sabermos o que iria acontecer? É, ótimo plano — Questão ironizou.

— Seria um risco aceitável para evitar isso — ele sinalizou com a cabeça na direção de uma parte destruída da cidade, onde carros de bombeiro iam, assim como ambulâncias. — Criminosos mentem, duvido que ele sofresse algum dano mental caso cortássemos o cabo.

— Não vou apostar meu dinheiro nisso, se aquele maluco pode ferir o Apolo, faremos o possível para evitar que aconteça  — Scott falou seriamente. O semideus era seu melhor amigo, afinal de contas, o Wayne precisaria passar por cima do atlante antes de fazer algo que colocasse a vida dele em risco.

Os cinco iam se separar para tentarem ajudar mais pessoas, quando viram um jato preto pousar bem ao lado deles no meio da rua, uma das asas quase acertando a cabeça de Speedy, que correu para ficar ao lado de Damian bem a tempo. Quanto tocou o chão, a aeronave transformou-se em um carro grande com rodas enormes que o deixavam alto, as janelas era escuras e o casco negro era feito de um metal grosso. Grace reconheceu o veículo quando viu as iniciais "DS" na porta direita, que ela mesma havia pintado quando Ethan e Melissa haviam terminado de construí-lo.

— É o DS Car! — ela gritou, boquiaberta agora que vira o veículo transformar-se tão rapidamente.

— Vocês fizeram um ótimo trabalho nele — Yuki disse para Tony.

— Só me pediram ajuda pra garantir que todas as fraquezas seriam encobertas, já que sou bem paranoico, mas ele não é invencível, tem um ponto fraco — o detetive respondeu.

— Achei que ele deveria ser completamente indestrutível, qual o ponto de ter uma fraqueza? — Scott perguntou.

— Se ele for roubado por algum criminoso, não acha que precisaríamos de um jeito de pará-lo? É para emergências — ele deu de ombros.

— Eu disse que deveríamos ter descido antes! — eles ouviram a voz de Kate, que havia saído do carro e batido a porta com força, e ela estava extremamente irritada.

— E eu disse que se quisesse pular, que ficasse a vontade! — Batgirl retrucou, gritando pela porta aberta do seu lado.

— Acho que alguém quebrou a regra de não deixar elas sozinhas no mesmo lugar — Speedy sussurrou para os outros.

— E o que você está fazendo sem a máscara no meio da rua?! — a morena berrou para o irmão.

— Meu capacete foi destruída pelo seu namorado.

— Entra na droga do carro antes que te vejam, não está num parque de diversões — ela fechou a porta novamente e abriu a outra.

Damian resolveu não argumentar mais e entrou no carro.

— Vamos procurar o Kev pelo lado da cidade mais afetado na luta e ver se alguém precisa de ajuda, vocês podem continuar por aqui — Batgirl disse pelo comunicador.

A voz em seu ouvido fez Natasha acordar e olhar ao seu redor, sua cabeça doía assim com seu maxilar, mas ela ignorou a dor e simplesmente empurrou quem a segurava e se colocou de pé.

—  Onde ele está? — ela olhou em volta.

— Quem? Seu futuro namorado? Se for, eu estou bem aqui — Scott ergueu uma mão e sorriu.

— O Apolo, cabeça de alga!

— Perdemos ele, e o Superboy também — Kodachi respondeu.

— Como perderam eles?! — Canário indagou.

— Não é tão fácil quanto parece seguir dois cara super fortes enquanto eles destroem a cidade numa luta, sei que parece quando eu falo, mas realmente não é — Speedy cruzou os braços.

— A trilha de destruição termina naquela loja — Questão apontou para a esquina não muito longe de onde eles estavam. — Podemos começar olhando ali.

— O último a chegar é um ovo podre! — Speedy fez menção de correr, mas foi impedida quando Scott segurou a parte de trás de seu uniforme e a levantou até que seus pés não tocassem o chão.

— Não sabemos o que vamos encontrar lá, é melhor irmos todos juntos e termos cuidado.

— Às vezes você consegue não ser um completo idiota — Natasha comentou e andou na direção da loja com os outros.

Scott deu um leve sorriso para a garota alada e colocou uma Grace emburrada de volta no chão, enquanto a jovem murmurava algo sobre eles serem lentos demais.

— Questão, que parte de entrarmos todos juntos você não entendeu? — Kodachi gritou para o amigo, que já estava a alguns passos de distância dos outros heróis.

— Vocês ficaram parados, só estou me adiantando — ele respondeu, olhando sobre o ombro por um momento antes de voltar-se para frente.

O detetive estava quase chegando na loja com a parede destruída, quando viu algo que fez seus pés travarem no chão e seu corpo ficou estático. No momento em que ele viu aquela máscara de espantalho, a mesma que havia visto há dois anos, ele sentiu como se o lado esquerdo de seu rosto queimasse por alguns segundos antes de a sensação se espalhar para o resto de seu corpo, deixando seu estômago embrulhado e sua cabeça doer. As lembranças da noite em que ele viu aquela máscara pela última vez passavam como flashes em sua mente, como se tudo estivesse acontecendo ali mesmo.

— ...dá um tapa na nuca dele, isso sempre faz o Eth parar de me ignorar — a voz de Grace foi a primeira coisa que ele ouviu quando piscou com força e viu que estava encarando o buraco na parede da loja não muito longe do mesmo.

— Tony! — ele virou o rosto na direção de Kodachi, que segurava seu braço esquerdo com força. — A gente está te chamando há muito tempo, o que houve?

A oriental olhou para o outro braço dele, e só então o detetive percebeu que estava segurando sua besta e a apontava na direção da loja. Seu aperto na arma era tão forte que sua mão estava quase dormente.

— Você parou do nada e ficou olhando fixamente pra lá, e depois apontou a sua besta naquela direção como se tivesse alguém ali, mas não tinha — Scott disse, ele e os outros de pé ao lado de Yuki.

Tony sabia que eles estavam esperando uma explicação, porém não conseguia fazer nenhuma palavra sair de sua boca. Ele só viu que ainda mantinha sua besta apontada para o local quando Kodachi se colocou na frente dele e abaixou seu braço devagar, apesar de forçá-lo a fazê-lo.

— Você viu alguém lá dentro? — ela perguntou firmemente, encarando a máscara do maior onde sabia que os olhos dele estavam.

Ele assentiu com a cabeça.

Canário foi a primeira a correr na direção da loja e foi seguida pelos outros, exceto Kodachi.

— Não vou nem perguntar se você está bem, porque é óbvio que não está. O que causou um impacto tão grande em você que está paralisado e não consegue falar?

— Encontramos ele! — Speedy gritou para os dois. E mesmo se não tivesse sido interrompido, ele não teria conseguido respondê-la ainda.

A oriental suspirou antes de dar alguns passos para trás.

— Quando voltarmos para a base vamos ter uma conversa séria — ela fez um sinal de "estou de olho em você" e se virou para entrar na loja pelo buraco.

Logo que entrou, Kodachi viu Superboy caído no chão no meio de alguns destroços, e Kate e Natasha tentando levantá-lo.

— Algum sinal do Apolo, peixinho? — Speedy gritou para Scott, que estava olhando o resto do lugar.

— Ainda não! — ele berrou de volta.

A gritaria dos dois pareceu fazer Kevin recobrar a consciência, mas ele não abriu os olhos, apenas apoiou-se em uma das mãos e pôs a outra sobre sua testa.

— Kev, fica calmo, estamos aqui agora — Kate segurou um dos braços do namorado.

Quando ouviu o som de algo se quebrando e viu que o chão debaixo da mão que ele usava para se apoiar havia afundado, a heroína sentiu que algo estava errada. Os músculos dele estavam tensos e sua respiração havia começado a ficar pesada, o herói parecia se segurando para não fazer algo.

— Nat, não levanta ele ainda — a Queen disse quando viu que a garota alada tentava fazer isso. Natasha se colocou de pé e deu um passo para trás, também percebendo que alguma coisa estava errada.

— Já achou alguma coisa? — Grace gritou mais uma vez, e Kevin sentiu como se alguém acertasse uma martelo gigante em seu cérebro.

— Por que você não está procurando?! — Scott retrucou, também elevando o tom de voz, apesar de estar do outro lado da loja e ela poder ouvi-lo perfeitamente bem de onde estava.

— Porque ainda estou me recuperando, quanto mais eu ficar parada até estar 100% de novo, melhor!

Quando Kevin colocou ambas as mãos no rosto, Kate percebeu que aqueles gritos o estavam deixando ainda mais perturbado e lançou um olhar furioso para o atlante e a velocista. Em seguida fez um sinal de silêncio com uma das mãos e voltou a se concentrar no namorado.

— Vamos te levar para o STAR Labs, tem algo de errado com você — ela segurou os pulsos do herói e os trouxe para longe de seu rosto Depois que fez aquilo, ela viu, mesmo ele estando com os olhos fechados com força, um brilho vermelho sob as pálpebras dele.

Grace estava ocupada trocando gestos com Scott, como se discutissem em silêncio, porém algo a fez olhar na direção de Superboy e Canário. Seu raciocínio rápido a alertou sobre algo que iria acontecer e, no mesmo segundo, ela estava ao lado de Kate a puxando consigo para longe de Kevin. Isso ocorreu bem no momento em que ele abriu os olhos e dois lasers saíram por eles, errando as duas por dois centímetros e atingindo um prédio do outro lado da rua.

Scott e Yuki deram vários passos para trás, enquanto as outras três heroínas ficavam estáticas encarando os lasers que saiam à uma força absurda. Nenhum deles havia visto Superboy disparar aqueles raios com tanta intensidade e isso parecia estar causando uma grande sensação de dor no herói, já que ele tinha o maxilar trincado e suas mãos tremiam. Alguns gritos começaram a serem ouvidos por eles, o que fez Kevin mover a cabeça na tentativa de encontrar a fonte dos mesmos.

Grace fechou os olhos e acelerou sua respiração para aumentar seus batimentos cardíacos e ter uma crise de hiperatividade, que era o único jeito de tirar os civis dentro do prédio a tempo para que não fossem torrados. Assim que sentiu o mundo ao seu redor se mover em câmera lenta, ela passou por debaixo do laser e correu até o edifício, passando por todos os apartamentos para tirar as pessoas de lá. Infelizmente só conseguia arrastar dois deles por vez para fora, o que a fez ter que entrar no prédio de oito andares várias vezes. Numa delas precisou se esquivar quando o laser por pouco não cortou seu braço fora, mas em um minuto tinha todos a salvo longe daquela área.

Sua respiração logo se normalizou e ela reapareceu ao lado de seus amigos, que ainda estavam pasmos e não compreendiam o que estava acontecendo com Superboy.

— Batgirl, venha para a nossa localização imediatamente! — Natasha gritou pelo comunicador.

— Kevin! — Kate berrou e, com muita força de vontade, ele conseguiu fechar os olhos e os lasers sumiram.

Ele ainda parecia atordoado, mas mesmo assim tentou se colocar de pé. Antes que a heroína ou qualquer um dos outros pudesse ajudá-lo, ele levantou voo, atravessando o teto da loja.

— O que está acontecendo aí? — Batgirl respondeu pelo comunicador.

—  O Kev começou a soltar laser pelos olhos do nada! Agora ele saiu voando e não sabemos onde ele vai parar! — Speedy respondeu e, um segundo depois, todos ouviram um barulho extremamente alto de concreto sendo quebrado e correram para o lado de fora, vendo que Kevin havia pousado no final da sua e que havia criado uma cratera ao seu redor.

— Não acho que ele esteja controlando os poderes agora — Kodachi percebeu.

— Será que algo aconteceu durante a luta contra o Apolo? — Scott questionou.

— Quem liga?! Precisamos ajudá-lo agora, podemos falar sobre isso depois — Canário tentou correr na direção do namorado, porém foi impedida quando Grace apareceu na sua frente.

— Não é uma boa. Se a Yuki tá certa e ele não controla os poderes, é melhor só o peixinho e eu chegarmos perto dele — a mais velha abriu a boca para contradizê-la, mas a velocista foi mais rápida, como sempre. — Em primeiro lugar, sou mais rápida do que o Kev. Em segundo, o Scott é forte e pode conseguir mantê-lo no lugar até a Mel chegar. Sem discussão!

— Ela está certa. Nós três podemos evacuar aquela área para que ninguém fique ferido — a jovem alada disse e levantou voo.

Kate ainda queria estar perto dele, mas sabia que não seria nada inteligente. Ao invés de argumentar mais, ela correu junto com Yuki para tirarem os civis dali.

— Hora de dar uma de herói, peixinho — Speedy o viu sorrir e o puxou pelo braço, correndo até estar ao lado de Kevin.

O Kent estava de joelhos com as mãos no chão e olhava para baixo com os olhos fortemente fechados. Scott se colocou atrás dele e pôs a mão em seu ombro. O movimento fez Superboy virar bruscamente o rosto sobre o ombro na direção do atlante, que deu um passo para trás.

— Vamos precisar que fique calmo, Kev, queremos te ajudar — Scott disse, não tão alto. — Fica parado, nada vai acontecer.

Kevin, no entanto, não estava conseguindo filtrar a voz do amigo no meio de todas aquelas que estava ouvindo por toda a cidade. Sua super audição nunca havia sido tão extrema, então ele nunca teve aquele tipo de problema. Agora parecia que sua cabeça iria explodir, assim como seus olhos, que queimavam por ele não estar deixando o laser sair. Sua respiração continuava ofegante e ele estava desesperado por não saber o que fazer, ou quem acabaria machucando se movesse um músculo.

Scott e Grace ficaram parados por poucos minutos, menos apavorados por verem que ele estava mesmo parado. Quando viram o DS Car se aproximando bem a frente deles, suspiraram aliviados e o atlante ajoelhou-se ao lado do amigo.

— Kev, vou levantar você para te levarmos para o STAR Labs, ok? Tenta não me agredir, por favor — Scott murmurou a última parte. Já tendo apanhado muito para um dia, não queria outra surra.

Colocou uma mão no braço do Kent e o levantou sem muita dificuldade. Isso acabou destruindo a concentração do herói e, mais uma vez, seus olhos se abriram e os dois laser saíram com uma intensidade extremamente alta, acertando em cheio o DS Car.

Para a surpresa de Scott e Grace, o veículo nem saiu do lugar e sua camada blindada não deixou que o mesmo fosse sequer arranhado. Eles não estavam brincando quando disseram que aquilo era quase indestrutível.

— O que houve com ele? — a voz de Melissa soou mais uma vez no comunicador, ela estava mais irritada do que antes.

— Não sabemos! — todos gritaram ao mesmo tempo.

Kevin começou a dar vários passos para trás, ainda acertando o carro por um tempo antes de olhar para cima, onde tinha quase certeza de que não machucaria ninguém. Ao ver que seu amigo ainda estava um pouco consciente do que estava fazendo, a Wayne abriu um painel de controle ao lado do volante e ativou as armas do veículo.

— O que vai fazer? — Damian perguntou do banco do carona.

— Se ele não está conseguindo controlar os poderes, vou incapacitá-los — ela odiava aquela ideia, mas foi para isso que haviam criado boa parte das armas não letais daquele carro. Aquilo iria machucá-lo, ela sabia, e Kevin iria querer que o fizesse se significasse impedir que pessoas inocentes se ferissem.

— Me diz que não tá apontando uma arma gigante de cano grosso para o seu amigo! — Grace gritou pelo comunicador.

— O quê?! Ficou maluca?!  — Kate berrou.

— Se afastem dele — ela respondeu simplesmente e apertou o botão do painel, liberam uma granada cilíndrica e acertando o peito de Kevin com força.

Quando a mesma fez contato com o corpo do herói, explodiu-se em uma cortina de fumaça verde, que Grace logo soube ser kryptonita num estado gasoso. Kevin finalmente fechou os olhos e, por sua respiração estar acelerada, acabou inalando uma boa quantidade do gás. Começou a tossir e a tentar recuperar o fôlego, mas o gás havia vindo em uma quantidade tão grande que ele não conseguia mais absorver oxigênio sem ele. Suas pernas começaram a ceder quando uma fraqueza repentina dominou seu corpo e ele caiu de joelhos, ainda tossindo muito.

— Para! Você vai matar ele!

Melissa viu Kate correndo na direção do namorado e pôde ouvi-la mesmo de dentro do carro, sem o uso do comunicador. Ela suspirou profundamente e continuou a encarar o painel de controle, sabendo que ele não morreria, mas que ficaria incapacitado por um tempo. Antes que a Queen chegasse até Kevin, Batgirl apertou mais uma vez o botão e outra granada de gás foi disparada, acertando-o no rosto dessa vez. Não demorou para ele cair de costas no chão, imóvel.

— Kevin! — Kate e Grace gritaram ao mesmo tempo quando se aproximaram do líder caído.

Scott segurou ambas as pernas do amigo e o puxou para longe da fumaça verde, impedindo que ele ficasse sufocado pela mesma. Ele olhou para o lado quando viu o carro preto sendo estacionado a alguns passos de onde estavam e Damian abrir as portas duplas traseiras.

— Coloquem ele no carro — Melissa disse olhando pela janela. Viu o olhar de ódio que Kate lançou em sua direção e revirou os olhos. — Não me diverti fazendo o que fiz, não tive escolha. Agora coloquem ele dentro do carro para o levarmos ao STAR Labs o quanto antes, ou ele definitivamente vai morrer!

O atlante não precisou ouvir uma terceira vez e colocou o amigo desmaiado sobre seu ombro, o levando até a parte traseira do carro e o colocando deitado no chão. Kate subiu e sentou-se em um dos bancos, assim como Scott, enquanto Damian voltou para a frente.

— Vão para o de Central City, lá eles entendem melhor sobre genética meta-humana e alien — Grace falou pela janela. — Nat, Yuki e eu vamos encontrar vocês lá quando garantirmos que todos estão seguros aqui.

Batgirl assentiu e quando as portas traseiras se fecharam, ativou o modo jato, fazendo o carro transformar-se novamente em uma pequena aeronave e voou para longe.

Speedy sentiu um vento atrás de si e virou-se para ver Natasha pousar, com Yuki em seus braços, e depois colocar a oriental no chão.

— Onde está o Kev? — Nat perguntou, preocupada.

— Os outros conseguiram conter os poderes dele e o levaram para o STAR Labs — a velocista explicou, finalmente respirando fundo e se acalmando depois daquela confusão toda. — Preciso comer algo, estou morta!

— Precisamos ir garantir que ele vai ficar bem — a garota alada logo disse para que a loira não tivesse nenhuma idéia de parar em uma lanchonete ou algo do tipo.

— Grace, onde está o Questão? — Yuki olhou em volta, não o vendo em lugar algum.

— Ele não chegou a entrar na loja conosco e sumiu logo que o Kev surtou, não faço ideia — a Allen deu de ombros.

— Podemos procurá-lo depois. Speedy, mostre o caminho para o laboratório em que eles vão — Goldfire abriu suas asas e puxou Yuki para carregá-la enquanto voava, não esperando pela aprovação da oriental.

— Sim, senhora! Toda força até Central City, vejo vocês lá — a velocista prestou continência, apontou para o noroeste e disparou como um míssil na direção da cidade.

§

Jane havia acabado de chegar à base da Equipe Venom, começou a ouvir um barulho estranho que parecia ser algo se chocando contra as paredes com força, mas ignorou. Andou até a sala principal, onde a maioria dos criminosos estavam presentes, assistindo o noticiário que mostrava a luta de Warrior e Superboy, ainda que de longe.

— Eles derrubaram um prédio? — Jeffrey deu uma risada. — Foi melhor do que eu esperava.

— O filho do Superman estava furioso, precisava ver a cara dele — Amanda disse para Alex, que também soltou uma risada satisfeita.

— Agora que temos o que faltava, ele e essa equipe de idiotas estão com os dias contados. Mal posso esperar para ver todos mortos.

— Tão psicótico, Luthor. Não os subestime, já te derrubaram uma vez e podem fazer de novo — Jane zombou, aproximando-se do irmão.

— Como foi com a Cassy? — Jeff perguntou, sem tirar os olhos da tela grande a sua frente.

— Disse que tivemos uma emergência no Arkham, ela acreditou.

De repente, uma das paredes perto da porta foi destruída e Rick caiu no meio dos destroços desta. Ele gargalhava sem parar e colocou-se de pé quase imediatamente.

— É só isso o que sabe fazer? Pode vir contudo, neto de Zeus! — ele berrou.

— Mas que porra é essa? — Alex gritou, vendo Apolo e Cypher passarem pelo buraco na parede.

— Esse lunático me atacou, só estou retribuindo o favor — Apolo respondeu, com a voz robótica de Cypher.

— Mars, ele não é uma ameaça — Jane explicou, revirando os olhos.

— Diga isso para o outro idiota que deixei desacordado na outra sala também, o tal de Zeus.

— Tinha que ser o demente do Zeus pra achar que o Warrior estaria mesmo na nossa base e ficaríamos tranquilos quanto a isso — Ariel deu um tapa fraco na própria testa.

— Pode ir ver se ele está vivo, por favor, Ariel? — Jeffrey pediu, contendo um sorriso.

A ciborgue assentiu e foi fazer o que o Crane havia pedido.

— Arqueira Noir e Wolf pediram para serem teletransportados de volta — Amanda informou e alguns segundos depois os dois vilões saíram da cabine de teletransporte.

— Descobriram algo? — Alex perguntou.

— Acho que temos um problema — a jovem francesa disse, friamente.

— Pode falar. Ver o Super-otário levar uma surra do melhor amigo em rede nacional fez o meu dia, não acho que algo possa me deixar de mau humor hoje — o Luthor cruzou os braços.

— Eles têm um voiture — Fleur viu o loiro franzir o cenho.

— Um carro? Eu tenho sete carros blindados, por que é um problema eles terem um?

— O deles também é blindado, só que contra ataques do Superboy e tem armas de kryptonita nele. Conseguiu derrubá-lo com dois tiros — Wolf disse e Alex ficou tenso.

— Isso porque ele é metade humano, kryptonita é letal para kryptonianos — a gêmea comentou.

Jeffrey não pareceu abalado pela notícia como o Luthor, apenas voltou-se para Cypher, que ainda mantinha os olhos em Rick, caso o psicopata resolvesse atacá-lo novamente.

— Por que não nos contou sobre o carro?

— Vocês me disseram para contar informações úteis que esse cara sabia, — Cypher respondeu. — Se eu soubesse que o carro interferiria nos seus planos, teria comentado sobre ele.

— Agora sabe! Abre o bico e fala como destruir aquela coisa — Janessa disse.

Cypher passou alguns segundos vasculhando a mente de Apolo antes de voltar a falar.

— Ele não sabe muito. Aparentemente quem o construiu disse a ele que não haviam pontos fracos. É indestrutível e pode aguentar até explosões extremas.

— Ótimo, nossos planos serão arruinados por um carro! — Alex se controlou para não socar a parede.

— Espera aí, esquentado — Jeffrey estava sério, porém calmo. — Quem construiu esse “carro das maravilhas”?

— Melissa Wayne, Ethan Palmer e Tony Bertinelli — Cypher respondeu, depois de ir mais fundo na mente do seu fantoche.

Logan, que estava sentado em uma cadeira na frente de um dos computadores, quase engasgou com o próprio ar ao ouvir o nome do seu melhor amigo ser dito. Nenhum dos outros criminosos pareceu notar, porém Jeffrey notou e andou para mais perto do Snart.

— Conhece algum deles, Logan? — ele perguntou, percebendo o nervosismo do mais novo.

— Hum… Não exatamente, eu… É que esse Palmer é muito famoso em Central City, o pai dele é um grande inventor — Logan evitava contato visual com o Crane, que conseguiu ouvir a mentira na voz dele.

— Vou te dar uma tarefa especial, garoto, pra provar que posso confiar em você e que merece o meu respeito, — Jeff puxou outra cadeira e sentou-se ao lado do Snart — Se, por acaso, encontrar esse Ethan Palmer na sua cidade, quero que converse com ele. Pergunte sobre o carro do Deep Six, descubra qual é a fraqueza dele… E fale que se ele estiver interessado em fazer coisas legais assim para nós, que ficaremos muito felizes de tê-lo trabalhando conosco. Consegue fazer isso?

Quando Jeffrey não usava sua máscara, ele não parecia nem um pouco assustador. Muito pelo contrário, era sempre bom conversar com ele, sua expressão era sempre amigável e calma, pelo menos até alguém deixá-lo irritado. Logan sentia a necessidade de impressioná-lo desde que havia começado a trabalhar com a Equipe Venom e não entendia o motivo.

— Acho que consigo — Logan quase sussurrou, recebendo um sorriso do maior.

— Esse é o meu garoto. Me deixe orgulhoso — Jeff se levantou.

— Por que quer perder tempo? Já ouviu que o carro não tem pontos fracos — Alex suspirou, irritado.

— Tony é, possivelmente, o cara mais paranóico que conheço, se tem uma coisa que ele não faria, é um carro que pudesse ser roubado por nós e usado contra eles sem um ponto fraco. Só precisamos descobrir onde ele fica — o Crane olhou para Jane. — Eu cuido da Melissa, você pode tentar arrancar algo do seu ex-namorado, irmã, não deve ser problema.

— Não será — ela sorriu.

— Enquanto isso, acho que já está na hora de uma adição especial à equipe — ele virou-se para Rick, que agora havia voltado sua atenção para o Crane. — Acham que são capazes de tirarem a Duela de Belle Reve com a ajuda do nosso novo amigo herói?

Só de pensar na palhaça psicótica trabalhando com eles novamente, os gêmeos Luthor sentiram um arrepio na espinha e uma dor de cabeça que certamente viria quando ela estivesse por perto. Rick abriu um sorriso de orelha a orelha e apontou para Jeffrey.

— Pode apostar que sim, colega! Vou matar cada guarda daquele lugar se for pra libertar a minha Duelinha — ele afirmou, confiante.

— Estamos falando de invadir uma prisão de segurança máxima onde colocam os meta-humanos mais perigosos do país, para libertar uma psicopata que deve estar sendo trancada debaixo da terra por ser tão perigosa — Amanda falou. — Não vai ser fácil.

— Não, mas vai ser divertido! — Rick gritou e pegou sua metralhadora que sempre ficava presa em suas costas, atirando para o alto sem um motivo aparente. — O que estão esperando?! Vamos logo!

— Divirtam-se — Jeffrey sorriu, vendo todos exceto por ele e Alex deixarem a sala.

— Ei, como conhece Melissa Wayne? — o Luthor indagou.

— Temos um passado. Se ela continua a mesma de três anos atrás, isso vai ser fácil.

— Se ela era idiota naquela época, sinto dizer que ela mudou e muito.

Jeffrey deu uma risada nasal e balançou a cabeça levemente em sinal negativo.

— Para mim, todos ao meu redor são idiotas incompetentes que não servem para nada vivos, a menos que sejam usados para eu alcançar o meu objetivo. Então, Alex, não pense que não sei lidar com nossa querida Batgirl e fazê-la se curvar à minha vontade.

Ele não esperou uma resposta, apenas colocou as mãos nos bolsos e andou na direção da saída.


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Notas finais do capítulo

Esqueci de falar no começo, então botei aqui mesmo; Quem quiser mandar sugestões para o tumblr, é só ir nesse link aqui: http://deepsixfanfic.tumblr.com/submit

Obrigada a todos que estão acompanhando, as views estão me deixando muito feliz e espero que continue assim!! Caso queiram me deixar mais feliz ainda, deixem um review dizendo o que acharam do capítulo, vou amar responder :D

Un beso mis amores :*