A Lufana amiga de Severus Snape escrita por Guyn


Capítulo 1
Capítulo unico


Notas iniciais do capítulo

Ola galera estou trazendo mais uma pequena aventura de como foi a batalha final da visão de um Lufana! Boa leitura!



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A escuridão da noite chegou e com ela veio à batalha da grande guerra, todos no castelo estavam alerta a grande maioria com medo e comigo não era diferente. Quando tudo aquilo começou eu deveria te ido embora com os alunos mais novos, eu era apenas uma criança para participar de uma guerra. Mas mesmo com a tensão e o medo eu fiquei para lutar, não tinha mais nada o que perder aquela guerra já tinha me tirado tudo e todos que amava.

Da torre onde estava pude ver pela janela a professora Minerva lançar um feitiço e um grande exército de estatuas ganha vida. Poder vê aquilo foi fantástico e o mais arrepiante foi quanto todos os professores levantaram suas varinhas ao alto e criaram uma barreira de proteção magica. Apesar das circunstâncias estava sendo incrível viver aquele momento, o medo e a adrenalina corriam por todo meu corpo.

Ainda olhando pela janela além dos terrenos da escola na escuridão do céu uma luz brilhou e mais outro e outra, uma chuva de feitiços vinham em nossa direção e se chocou contra a barreira de proteção. No pátio as pessoas ficaram atentas a todos a aqueles feitiços que atingiam a barreira, mas do nada tudo parou, ficou escuro novamente e silencioso ate que um único feixe de luz atingiu a barreira e um grande estrondo foi ouvido, olhei para alto e o medo aumentou um pouco mais ao ver a barreira de proteção magica sendo destruída... Aquilo foi à certeza a batalha final tinha iniciado. Da janela que eu estava pude ver os comensais da morte e dementadores se aproximando e a luta começando.

O tempo passava, mas eu não tinha noção de quanto já tinha se passado, grande parte do castelo já se encontrava destruída, vários corpos espalhado pelo chão e muitos outros ainda de pé lutando bravamente, feitiços e mais feitiços cortavam o ar, o cansaço já atingia a grande maioria, mas mesmo assim continuávamos a lutar.

Estupefaça. — o feitiço acertou em cheio as costas de um comensal que batalhava com outro aluno.

Eu só tinha 13 anos, mas já havia nocauteado 5 comensais da morte, claro que nenhum deles soube de onde veio o feitiço, pois eu tinha o cuidado de atacar de longe.

Expelliarmus.— mirei em outro comensal, mas o infeliz desviou no ultimo minuto e olhou diretamente para mim. Para minha sorte ou meu azar não sei ainda a parede atrás dele explodiu... Eu fui arremessada a uma certeza distancia e algumas pedras ainda me atingiram. – Ai... Essa doeu. – me levantei um pouco zonza. O bruxo mesmo em meio aos destroços ainda estava vivo e antes que ele pudesse me atacar gritei. – Bombarda.— e novas pedras caíram em cima dele.

Não esperei nem meio segundo e sai correndo desviando de vários feitiços e pedras que voavam.

“Merlin desde quando as pedras aprenderam a voar.”.

Avada Kedavra. ­— não só ouvi como vi o feixe de luz verde passando a centímetros de mim. “Caralho!”. Tive muito medo nessa hora.

Aquela parte do castelo estava muito perigosa tinham muitos bruxos lutando para todos os lados e nem dava para saber quem era aliado e quem não era.

Protego.— falei quase no ultimo minuto. Olhei para frente e vi um bruxo rindo e lançando outro feitiço consegui desviar e revidar. – Expelliarmus. — quase o acertou.

O comensal ficou furioso e começou a me atracar novamente, eu só conseguia defender e desviar, já estava bem cansada quando um me acertou e eu fui lançada pelo ar, esperei pelo forte impacto que felizmente foi amortecido por outra pessoa que caiu junto comigo ao chão. Essa mesma pessoa apontou sua varinha para o comensal a minha frente e um feixe de luz verde o atingiu.

Eu não ouvi o feitiço sendo emitido, mais sabia muito bem que aquela tinha sido a maldição da morte. Ainda encostada no peito da pessoa olhei para cima e dei de cara com professor Snape. Confesso que fiquei um pouco tensa, no entanto ele tinha acabado de me proteger não tinha porque te medo, mesmo sabendo que ele também era um comensal da morte.

— O que devo fazer, te agradecer ou sai correndo antes que você também me mate? – detalhe eu ainda estava encostada em seu peito e eu não faço a mínima ideia porque eu perguntei isso sorrindo. Ele baixou a cabeça para me olhar e deu uma pequena gargalhada.

O que uma guerra não faz Severus Snape rindo, isso era novidade”.

— O que faz aqui garota? – ele perguntou e sua voz não era a mesma assustadora que ele muitas vezes usava em sala, acredito ate que era a sua voz natural.

— A mesma coisa que o senhor... Lutando só não sei se do mesmo lado. – ainda sorrindo respondi com naturalidade e ele ainda tinha um pequeno sorriso no rosto.

“Realmente isso era efeito da guerra, eu em uma conversa divertida com Severus Snape”.

— Você deveria ter ido embora com os outros alunos, isso aqui não é brincadeira, você pode morrer a qualquer momento. – ele falou um pouco serio e acho que preocupado.

— Se eu morrer professor não vai fazer muita diferença, vou ser apenas a ultima da minha família que essa guerra levou.  – sorri de maneira triste. – Ninguém vai sentir a minha falta. – ele ficou em silencio, mas em seus olhos eu vi tristeza e preocupação.

Outra explosão aconteceu ali próximo, ele me abraçou e aparatamos em outro local do castelo com menos movimento.

— Fique viva garota porque se você morrer vou sentir sua falta. – antes que ele pudesse aparatar novamente eu segurei seu braço.

— Fique vivo professor porque se você morrer eu também sentirei a sua falta. – repeti o que ele disse e um pequeno sorriso nasceu em seu rosto.

O professor aparatou e eu sentei ao chão pensando, ele ate poderia ser comensal da morte, mas naquele momento eu tive certeza que ele lutava ao nosso lado.

— Não acredito que você ainda esteja viva. – olhei para o lado e vi o mesmo comensal que eu havia deixado embaixo de vários escombros da primeira explosão.

— Eu que não acredito que você ainda esteja vivo. – saquei a varinha e mirei na parede ao lado. – Bombarda Máxima! — gritei e o feitiço que saiu foi bem poderoso. Varias pedras caíram encima dele. – Faz o favor de morrer agora seu desgraçado.

Levantei o mais rápido e sai correndo novamente, todos os corredores daquele lado do castelo estavam destruídos e impossibilitados de passar a única direção era para o pátio. A noite já estava quase se tornando dia e ali fora quando eu parei e olhei todo o local, deu muito medo, tinha um gigante muito grande, dementadores e varias aranhas para todos os lados.

Aranha Exumai­... Aranha Exumai­... Aranha Exumai­. – eu girava de um lado para outro e sempre viam mais e mais aranhas. – ESSAS PRAGAS NUM ACABAM NÃO! – gritei irritada.

Expecto Patrono!— olhei para trás e foi incrível ver o poder daquele patrono lançado por um senhor que eu jurei ser Dumbledore e foi tão forte que espantou todos os dementadores.

Por causa dessa pequena distração senti algo corta o lado direito do meu rosto.

— Aiii... – gritei enquanto cobria a lateral do meu rosto. Foi tão rápido que nem senti direito e quando afastei minha mão ela estava ensanguentada, eu sentia o sague descer pelo meu rosto e minha visão do lado direito ficou um pouco embaçada.

— Ei criança você está bem? – o mesmo bruxo que havia lançado o patrono se aproximou de mim.

— Estou senhor, foi só um corte. – disse cobrindo novamente meu olho.

— Volte para dentro do castelo que é mais seguro. – eu assenti, mas quando pensei em correr dois bruxos aparataram ali no meio do pátio.

O senhor muito parecido com Dumbledore me puxou para trás e fez uma barreira protetora ao nosso redor, todas as pessoas que ali estavam se afastaram e pararam as lutas para olhar os dois bruxos no centro do pátio. Voldemort e Harry Potter.

— Você não matará mais ninguém esta noite.  – Harry falou.

— Você é um tolo, Harry Potter. E vai perder... Tudo. – a voz de Voldemort tinha um som muito estranho que me deu arrepios.

Expelliarmus!

­- Avada Kedavra!

Um feixe de luz vermelha se chocou com um feixe de luz verde criando uma grande magnitude de poder para logo em seguida explodir em um clarão. Eu já não estava vendo direito e com o clarão foi que eu não vi mais nada, só depois de alguns minutos que pude ver novamente Harry Potter em pé e o corpo de Voldemort se despedaçando.

O silêncio se fez presente todos ainda hipnotizados com a cena, quando não restava mais nada do corpo foi que a certeza chegou, Voldemort havia sido derrotado, o bem havia vencido o mal, a guerra enfim havia acabada.

Aberforth nome do senhor que era irmão de Dumbledore por isso da semelhança me levou para o salão principal a onde todos estavam reunidos para tratar os feridos. Entra naquele salão nunca foi tão estanho como naquele momento. Todas as mesas estavam encostadas nas paredes para ter mais espaço ao centro onde alguns corpos estavam ao chão com pessoas ao lado chorando a perda, alguns ainda gravemente feridos uma cena bem forte de se ver.

Segui ate uma mesa e me sentei, já nem estava mais sentido o lado direito do meu rosto por causa da perda de sangue, acho que madame Pomfrey me viu passar, pois logo se aproximou.

— Minha criança deixe-me ver esse ferimento. – eu tirei minha mão do rosto e vi o sua expressão de horror. – Oh meu Merlin.

Ela conjurou um pequeno recipiente de agua e um pano, começou a limpa muito lentamente, pois a cada toque era um gemido de dor.

— Tá muito feio? – perguntei,

— Graças a Merlin foi um corte leve e não danificou muito a visão. – ela conjurou um espelho e me entregou. Ao me olhar vi um corte em cima do meu olho que ia da sobrancelha ate metade da bochecha. – Mesmo com magia vai deixar uma cicatriz.

Eu dei um pequeno sorriso sem animo, ela terminou de fazer o curativo e depois se afastou para tratar dos outros feridos que continuar a chegar. Eu continuei sentada olhando de longe toda aquela movimentação a procura apenas de uma pessoa na qual não estava ali. Eu tinha cumprido a minha promessa estava viva, mas será que ele havia cumprido com a dele.

— Meu Merlin! – exclamou a professora Sprout quando me viu. – Leticia você não deveria estar aqui e o que ouve com seu rosto?

Mas eu não cheguei a responder, pois a pessoa que eu procurava apareceu na porta do salão. Sem notar um grande sorriso nasceu em meu rosto o primeiro pós-guerra, pulei da mesa e sai corri fazendo todos me olharem indo em direção ao professor Snape pulando em seus braços lhe dando um grande abraço. Devido à surpresa e ao cansaço ele se chocou com a parede e escorregou para o chão.

— É a segunda vez que você me derruba, estou só contado. – ele falou com um sorriso no rosto e eu gargalhei, mas logo ele ficou serio e preocupado. – O que foi isso? – perguntou colocando sua mão em meu rosto e fazendo um pequeno carinho próximo ao curativo.

— Eu prometi ficar viva não inteira! – respondi com um sorriso brincalhão. – ele semicerrou os olhos balançando negativamente a cabeça com um pequeno sorriso.

Incarcerous.­— ouvi alguém atrás de mim falar e cordas aparecerem em torno do professor Snape.

— Mas o que é isso? – falei me levantando e olhando para trás onde se encontrava dois aurores.

— Ele é condenado por ser um comensal da morte. – um dos auror respondeu já pronto pra lançar outro feitiço, só que eu fui mais rápida.

Protego Totalum.— gritei fazendo uma barreira proteger eu e o professor Snape. Nem preciso dizer que todos já estavam prestando atenção no que acontecia né. – Ele não é um traidor, estava nos protegendo o tempo todo, ele lutou ao nosso lado, ele me protegeu durante a batalha. Albus Dumbledore confiava nele. – falei muito confiante.

— E ele matou Albus Dumbledore. – o auror rebateu e eu me calei não tinha argumento contra aquilo.

— A pedido do próprio Dumbledore. – olhei para o lado e vi Harry Potter junto de seus amigos.  – A garota tem razão senhor Shacklebolt, Albus Dumbledore sempre confiou em Snape e nos deixou varias provas de que o professor Snape é inocente e sempre esteve ao nosso lado.

 O auror mesmo sem quer desfez o feitiço fazendo as cordas que prendiam o professor Snape sumirem, eu também desfiz minha barreira e fui direto ao chão, extremamente cansada sorte que o professor me segurou.

— Obrigada por me segurar. – sussurrei.

— Eu que agradeço por me defender. – eu dei um pequeno sorriso e apaguei em seus braços.

Seis meses haviam se passado e apesar do pouco tempo eu estava mudada, realmente a guerra muda às pessoas, não só o modo de agir, mas o de pensar também, eu só tinha 13 anos, porem minha mentalidade já estava bem mais velha.

Minha aparência também mudou um pouco, deixei minha franja crescer, passei a usar óculos devido ao corte que levei no olho direito perdi quase 10% da visão e como madame Pomfrey havia dito mesmo curando com magia a cicatriz ficaria presente. Não era muito feia, confesso que ate achava legal, eu só não gostava era quando as pessoas olhavam com pena para mim, por isso usava a franja para escondê-la.

Como ainda era menor de idade e não tinha uma responsável passei a morar em um orfanato de jovens bruxos era ate um pouco parecido com a escola, mas não era a mesma coisa, pois em Hogwarts eu me sentia em um lar de verdade.

Hoje eu não poderia sentir emoção maior do que meu retorno para o lar. Pode ver aquele castelo de novo, os alunos sorrindo e se divertindo não tinha coisa melhor.

Quando entrei no salão foi inevitável não sorri, a sensação de paz e alegria que reinava ali era magnifico, e diferente de todos os anos anteriores, hoje tinha uma festa de boas vindas. Vários alunos dançando e se divertindo, olhei pelo salão a procura de um professor que há muito tempo não o via. Ele poderia ate volta a ser o chato professor de poções que sempre foi, mas agora eu não tinha mais medo dele. Um sorriso brincalhão nasceu quando o encontrei conversando com alguns professores. Ele estava de costa para mim então não viu quando eu corri em sua direção e pulei em suas costas.

— Senti saudades professor! – falei lhe dando um beijo na bochecha.

Todos os presentes ficaram admirados pela cena, porque apesar de tudo ele ainda era Severus Snape o temido professor de Poções.

— Você ainda nem chegou e já quer ganhar uma detenção senhorita Clark? – ele disse com sua voz rouca e fria, mas com um pequeno sorriso lateral. Desci de suas costas, mas continuei abraçada com ele. Era a primeira vez que nos reencontrávamos depois da guerra. Confesso que fui louca em fazer isso, vai que ele me azarava né. Mas quando ele sorriu vi que a nossa inexplicável amizade ainda existia.

— Se na detenção tiver chocolate quente com biscoito eu quero! – gargalhei.

— Oh minha criança que saudade, seja bem vinda! – a professora Sprout diretora da minha casa veio e me abraçou.

— Tia Sprout criança não! – fiz careta retribuindo o abraçado, eu amava aquela mulher, a relação dela para nós alunos da Lufa-Lufa era de quase uma mãe.

— E posso saber que apego é esse com Severus? – ela falou cruzando os braços.

— Ah tia deixa de ciúmes, tem amor para todo mundo, a senhora sabe disso! – disse lhe dando um beijo no rosto a fazendo rir. Assim como Minerva e Snape que estavam próximos. – O tio Snape aqui e meu novo amigo! – disse voltando a abraça-lo.

— Eu não sou seu tio senhorita Clark! – ele bufou irritado.

— Oh tio diz isso não! – brinquei.

— É melhor se acostumar Severus, porque é assim que ela vai te chamar agora. – a tia Sprout falou rindo e ele revirou os olhos. – E essa franja tão grande?! – ela falou a colocou atrás de minha orelha e seu sorriso diminuiu.

— Nem é tão feia assim né! – disse brincando para corta o clima que ficou deles olhando para minha cicatriz.

— Combina com você! – eu não acreditei quando ouvi isso sair da boca de Severus Snape que tinha um contido sorriso sacana no rosto.

— O senhor me chamou de feia? – perguntei lentamente semicerrando os olhos.

— Não coloque palavras em minha boca senhorita Clark. – apesar do seu tom serio o pequeno sorriso no rosto o denunciava.

— Eu ainda não estou acreditando tio que você me chamou de feia... Magoou! – fingi cara de triste e me soltei dele indo abraçar a tia Sprout, mas ele me segurou.

— Vem cá minha Lufana sentimental, você sabe que estou brincando. – ele disse me dando um forte abraço.

Fiquei ali com eles conversando durante toda a festa rindo e brincando e fazendo o tio Snape se irritar, mas eu sabia que era só fingimento ele também estava se divertindo, depois da guerra nós nos tornamos muito amigos. Quem imaginaria Severus Snape amigo de uma Lufana.


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Notas finais do capítulo

=) Espero que tenham se divertido! Bjss!