Soushi: meu gato apaixonado escrita por lunakurama


Capítulo 1
Meu gato preto




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Alguém já te disse algo que você julgou sem uma completa loucura? Não sei, talvez sobre ter visto um anjo, um demonios, uma pessoa virar um animal. Eu também nao acreditava, na verdade uma parte de mim ainda se recusa a acreditar, mas aconteceu.
Meu nome é Luana, tenho 17 anos e moro em Los Angeles desde os 10 anos com meus tios que quase nunca estão em casa. Sou a tipica garota nerd, que é fã inveterada de jogos e animes, mas o meu grande amor mesmo são gatos, eles são fofos, meigos e tem a sua maneira de ver o mundo.
Voltei um pouco tarde da casa de uma amiga e resolvi ir pelo parque já que era mais claro quando ouvi um barulho no meio das árvores, quando cheguei perto vi um gato preto tentando se levantar, me aproximei devagar e o carreguei
—tadinho de você pequeno, que tal cuidadoso desses machucados- ele deu um pequeno miado em resposta antes de deitar a cabeça sobre meu peito. Corri pra casa e fui direto pro meu quarto deixei o gato na minha cama, fui até o banheiro e peguei uma caixinha com curativos
—fique quieto, isso pode arder- limpei seus ferimentos enquanto ele reclamava, mas permanecia quieto, depois que acabei fui tomar banho, quando terminei me enrolei na toalha e sai, fui até o armário e peguei uma muda de roupa, o gato me olhava de uma maneira estranha o que me deixou desconfortável, peguei minha roupa e me troquei no banheiro. Depois sai e subi na cama
—vem aqui gatinho, vem dormir- peguei um lençol e improvisei uma pequena cama pra ele no canto da cama e me deitei na beira, ele se ajeitou e deitou me olhando com aqueles olhinhos verdes de tirar o fôlego
—boa noite, gatinho- disse quando senti o sono me carregando
—meu nome é Soushi -disse uma voz no meu ouvido, mas eu já estava longe demais pra raciocinar.
Acordei no dia seguinte com algo tocando meu nariz, abri um pouco os olhos e minha visão embaçada só discerniu um rabo preto
—bom dia gatinho
—bom dia anjo- abri os olhos assustada e levei uma queda feia da cama ao ver um garoto sentado na minha cama
—quem, é você
—meu nome é Soushi
—sushi?
—nanao, Soushi
—não me interessa. Como entrou aqui
—você me trouxe, eu só queria agradecer por cuidar de mim ontem
—cuidar de você? Mas ontem eu só...-pela primeira vez eu realmente o vi, Soushi tinha não só uma causa, mas também orelhas de gato, meus olhos se prenderam aos seus e eu vi o gato da noite anterior- tá de brincadeira
—não, eu realmente estou em dívida com você
—você não pode ser aquele gato, isso é loucura
—loucura ou não cá estou eu. Como pagamento por ter me ajudado, serei seu companheiro fiel, pode pedir o que quiser, mas... -ele se deitou na cama fazendo uma cara fofa e inocente digna de uma Lolita - tenha cuidado comigo
Senti meu rosto queimar de vergonha pelos pensamentos maldosos que eu tive
—não precisa fazer isso, está tudo bem
—dívida é dívida, e eu só vou embora quando eu pagar
—o que? Não pode ficar aqui -ele me ignorou completamente e foi pro banheiro levando a minha toalha- hein. Abre essa porta. Soushi, abre já essa porta
Cansei de bater na porta e me joguei na cama, isso não podia estar acontecimento, era simplesmente impossível, mas lá estava ele. Não sei quando foi que eu dormi, mas acordei com ele deitado do meu lado brincando com meu cabelo
—o que você está fazendo
—nada, só vendo você dormi, fiz isso a noite toda
—você passou a noite me vendo dormir?
—sim- me peguei fazendo carinho em uma de suas orelhas e ele começou a ronronar. Por que ele tinha que ser um gato, por que não um cachorro, eu posso resistir a um cachorro, mas um gato pra mim é impossível. Ouvi a campainha toca e me levantei sendo seguida pelo Soushi, olhei pelo olho mágico e vi minha amiga do outro lado
—Soushi, você tem que se esconder, se te virem aqui eu vou ter um problema enorme
—pode deixar- ele se agaxou e começou a se transformar. Ele soltou um miado e pulou no meu colo. Sorriu e abri a porta
—oi Mel
—Luana não acredito que você ainda está de pijama, esqueceu que temos aula hoje- droga eu havia esquecidos completamente prestei tanta atenção no Soushi que esqueci completamente a aula. Deixei Soushi em cima da cama e corri pra tomar o banho mais rápido da minha vida, depois peguei meu uniforme e me vesti o mais rápido possível. Mel pegou minha bolsa enquanto eu tropeçava em direção a saída, quando cheguei a porta vi Mel com o Soushi no colo
—não sabia que tinha um gato
—você vai ficar aqui e não apronte nada -disse pegando ele do colo dela e o pondo no chão, ele se deitou de barriga pra cima- por que você tem que ser tão fofo
Me virei e sai antes que eu agarra-se aquela bola de pêlos e não soltasse nunca mais. Mel me levou pra escola e por pouco não chegamos atrasadas. As primeiras duas aulas foram tranquilas e fiquei sabendo que teríamos alguém novo na nossa turma, como sou curiosa fiquei imaginando que tipo de pessoa seria, espero que seja uma garota louca por gatos que nem eu.
O professor de matemática entrou na sala e eu quase tive um treco com um garoto que entrou na sala, ele tinha o cabelo preto e usava uma camisa branca pra fora da calça em um clássico estilo badboy, em total contrariedade com as orelhas felinas no alto da sua cabeça. As meninas da sala vibraram enquanto eu desejei ao máximo fugir daquele lugar.
—por favor se apresente a turma
—eu me chamo Soushi Yamato, tenho 17 anos, por favor cuidem bem de mim- disse ele se curvando e depois fez uma cara fofa, as meninas fizeram um " ah" coletivo enquanto os meninos o olhavam com um olhar assassino.
—vejamos onde você vai sentar...-disse o professor
—eu sei onde quero sentar- levantei a cabeça e vi meu pior pesadelo vir na minha direção é sentar bem ao meu lado
—bem vamos voltar a aula
—o que você está fazendo aqui-perguntei
—não queria ficar em casa sozinho
—que seja, mas por favor cuidado com o que você diz. E não pode esconder as orelhas como fez com a cauda?
—não posso, e já é bem incômodo manter ela quieta e presa dentro da calça, é quase doloroso- senti pena dele, mas me mantive quieta. Passei o resto do dia sendo seguida pelo Soushi e algo me dizia que esse dia não seria o último


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