No Fim escrita por Flávia Monteiro


Capítulo 9
Twister


Notas iniciais do capítulo

hmm, originalmenti esse capitulo era mais pervertido ( etbm +engraçado) + pla classificação da minha fic ñ pud colokar oq realmenti seria engreçado. sorry.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/70220/chapter/9

Brad abrira a porta e os pegara no flagra. Mike e Jennifer tentaram disfarçar, mas foi em vão.

            – Desculpe, eu não queria atrapalhar. – Disse fechando a porta.

            – Espere! – Disse Jenny – Eu vou dar um “oi” para todo mundo na casa.

            Brad deixou a porta entreaberta e seguiu pelo corredor.

            – Por que quer ver eles?

            Mike saiu de trás de Jenny e se postou na frente do teclado. Ela o ignorou se levantando e caminhando à porta. Virou-se e disse indiferente:

            – Porque não é educado estar em uma casa sem os donos saberem, não é?

            – Qual é? Eu sei que você está aqui. Isso já é alguma coisa!

            – Eu não vou discutir com você.

            Ela seguiu até a sala dos fundos, onde Joseph, Brad, Chester e Rob estavam em um circulo, assistindo a Paul e Dave jogar Twister.

            – Mão direita no azul! – disse Joe

            Paul estendeu o braço tentando alcançar a bola azul, aparentemente fora de seu alcance, se desequilibrou e caiu. Todos gritaram e bateram palmas. “Ok, isso ficou estranho” pensou Jenny enquanto via Paul sair de cima de Joe. Rob os viu parados a um canto meio “constrangidos” com a posição que acabaram de ver os amigos. Jenny estática, coma boca levemente aberta e as sobrancelhas levantadas e Mike pouco atrás dela com um dos braços encolhidos e o outro se sustentava sobre o primeiro levando o punho para esconder-lhe a boca que, certamente estava idêntica à de Jenny. Ele deixou a roda para encontrar-los e perguntou:

            – Por que vocês não jogam uma rodada? – Rob estava eufórico para que tal coisa acontecesse com eles.

            – Ah, não. Muito obrigada. – Jenny foi rápida na resposta depois do que viu.

            – Por que não? – Mike estava curioso e seus olhos sorriam por ele – Você não quer perder não é?

            Ele estava tentando puxá-la para uma armadilha novamente, já que a primeira não deu certo. Pena que o orgulho de Jenny não recusava desafios.

            – O quê? Você acha que eu iria perder?

            – Eu não disse isso!

            – Mas insinuou e, agora eu quero jogar!

            – Tem certeza?

            – Tenho.

            – Tem mesmo?

            – Eu já disse que tenho e, além disso, vou acabar com você! – ela proferiu apontando para o peito de Mike.

            – Está bem, se você pensa assim...

            Em poucos minutos eles estavam sobre o “tabuleiro de bolas” do Twister, em uma posição nada agradável para Jenny que, acabou ficando como um caranguejo embaixo de Mike, que abusava da situação.

            – Mike – Paul anunciava os resultados da roleta – pé direito no verde.

            Mike levantou a perna para passar sobre uma das pernas de Jenny que, não pôde esconder o riso de Mike porque, enquanto arrumava o pé na bola verde, ele não desgrudava os olhos dela.

            Giraram a roleta novamente. Enquanto o resultado não saía, Mike encontrou uma brincadeirinha para zoar com Jenny. Suavemente, bem devagar, foi agachando seu corpo sobre o de Jenny que, não teve outra saída além de descer também. A cada centímetro que ela agachava, Mike ia junto. Não foi tão difícil no começo, mas depois de quase estar encostando-se ao chão seus braços não agüentavam mais agachar tanto, já estavam bamboleando. Percebeu que o plano de Mike não era abusar de sua boa vontade no jogo, mas sim, fazê-la cair ao tentar desviar dos atos insanos dele. O jeito foi empurrá-lo de volta, com o próprio corpo. Tentou empurrá-lo o máximo que pôde com tórax e menos possível com o quadril. Quando fez isso, alguns que assistiam não puderam conter “uh-hu” ou sorrisos maliciosos. Mike que sorria desde que começara a ação, apenas alargou mais o sorriso ao ver que Jenny reagira. Ela aproveitou que sua boca estava perto da orelha de Mike, e sussurrou para ele:

            – Se você pensou que poderia me vencer assim, se enganou. Eu não vou me render tão fácil!

            – Eu não pensei nada. –ele se defendeu – Só queria me divertir um pouco!

            – Abusado!

            Mike riu baixinho no pé de sua orelha.

            – Jennifer – disse Paul – pé direito no amarelo.

            Estaria muito fácil de cumprir a ordem, se não fosse o Mike movendo seu corpo, para uma das pontas do tapete do jogo, sobre o dela. Isso exigia um pouco mais de concentração do esperava para, apenas, colocar a pontinha de seu pé no amarelo. Faltava pouco agora, Mike movia seu corpo para a outra ponta do tapete, fazendo parecer outra coisa. Ela sabia exatamente o que tinha que dizer para fazê-lo parar.

            – Pare com isso, Mike! – sussurrou para ele.

            – Por quê? Está tão bom aqui. – sussurrou ele de volta.

            – É, acho que percebi.

            – Vai dizer que não está gostando? - insinuou

            – Quer que eu diga a verdade? – Jenny riu

            – Quero.

            – Então pare de me fazer cócegas!

            Mike saiu de cima de Jenny e se sentou no chão.

            – Agora você me ofendeu!

            O grupo, que assistia a rodada, ficou sem entender o que aconteceu, e eles trocaram olhares interrogativos.

            – E agora, - ela disse e se sentou também. Orgulhosa que sua idéia deu certo – eu ganhei! Cadê os meus parabéns?

            – Parabéns, senhora estraga prazeres!

            Ela levou uma mão ao peito, pestanejando para o teto.

            – Obrigada, eu sei que minhas técnicas sempre funcionam!

            Mike a olhou meio irritado e, se levantou estendendo a mão para ajudá-la a se levantar também.

            – Você não falou sério, não é?

            – Não sei. – respondeu ela – Mas você deve saber. Por que não me diz?

            Ele ficou meio avermelhado “Ela tinha que fazer isso?” e disse:

            – Deixa pra lá!

            Jenny olhou ao seu redor por alguns instantes e, encaminhou-se para a cozinha. Ela sentou em uma cadeira que tinha sido esquecida ao lado a mesa e encarou o armário à sua frente. Podia ouvir murmúrios na sala e também a conversa sussurrada entre Dave e Mike atrás da parede da cozinha.

            Tinha que encontrar algo para se entreter com Mike. Um tempo a mais juntos, poderia significar mais tempo livre depois. Ou não. Dependeria de duas pessoas: Mike e DP. Se Mike quiser vê-la, não poderá negar, mas, se não fizer objeção DP poderá encher o seu saco o tempo todo insistindo para que faça. Isso se ela não conseguisse acabar com aquele mau humor que vinha possuindo-o há semanas.

            Mike entrou na cozinha e estacou ao vê-la sentada em sua frente, encarando-o.

            – O que foi?

            – Eu estava aqui pensando com meus botões se, teria algo a mais para eu conhecer desta casa. Por que eu já conheço as salas, frontal e dos fundos, e a cozinha. Será que esta casa se resume a só isso?

            Ele deu um sorriso debochado.

            – No que você está pensando? – ele perguntou.

            Ela podia ver que suas palavras foram muito bem entendidas e queria ver a reação dele quando uma fumaça cobrisse esse brilho, temporariamente.

            – Onde fica o banheiro? - Seu rosto, inocente, e sua pergunta, inocente, fizeram-no reprimir um sorriso ainda maior e se agarrar a pia.

            Jenny não entendeu se, Mike estava rindo por pensar em coisas erradas de uma simples pergunta inocente ou, por que percebera que ela quisera puxá-lo para o lado errado para ver sua reação.

            – Tem um ali, entre a cozinha e o quarto do Joe – ele apontou para a esquerda e depois para o corredor à direita – e outro que, seguindo pelo corredor fica à esquerda, entre o quarto do Chez e o meu.

            – Era mais fácil você falar “É a porta do meio”. – disse ela se pondo em pé.

            – Eu só estava te apresentando a casa. Era o que você queria. – ele explicou, indiferente.

            Jenny saiu da cozinha, deixando-o imóvel ao lado da pia. Mike refletiu um pouco e tomou a direção contrária a de Jenny. Passou pela porta dos fundos e subiu as escadas, que ficavam no lado de fora da casa, que davam para o primeiro andar. Atravessou a pequena varanda, entrou na casa e dirigiu-se para um dos quartos.

            Estava remexendo em uma gaveta cheia de objetos pessoais quando ouviu um leve passo atrás de si. Virou-se e viu Jenny escorada no portal do quarto.

            – Sabe, você não é muito bom em notar a presença de outra pessoa no mesmo ambiente em que você está. – pensou ela.

            – O que faz aqui? – sua pergunta saiu antes que ele sequer pensasse em fazê-la.

            – Te segui.

            – Veio atrás de mim?

            – Na verdade eu usei as escadas da frente.

            – A porta para chegar a elas está trancada. – ele lembrou.

            – Não está não.

            – Porque me seguiu?

            – Sinceramente você não sabe conversar em voz baixa. Você e Dave agora a pouco, lembra?

            – Mesmo assim, eu vir fazer um favor a ele é um motivo para você me seguir?

            A calma que Mike mantinha desde o começo, sem elevar a voz nenhuma vez sequer, não era uma coisa que Jenny esperava. Ela lhe deu um meio sorriso, sem responder lhe a pergunta e saiu dali dizendo:       

            – Pense em outro motivo que eu tenha para te seguir.

            Ele a seguiu e, encontrou-a sentada no braço do sofá da sala ao lado, fitando-o.

            – O que eu deveria pensar exatamente? – ele começou, movendo-se até ficar a três passos dela.

            – Bom, não há nada que você queria há alguns minutos e, não deu certo? Estou te dando essa chance.

            – Realmente não esperava isso, sabia?

            – Você ainda vai descobrir um monte de coisas que não espera, vindas de mim!

            Jenny percebeu que Mike percorria a distância entre eles meio relutante, estudando seus olhos com cuidado. Talvez estivesse meio dividido entre ir e ficar. Sentiu que a pouca resistência que estava nele desaparecer um segundo antes de beijá-la.

            Podia sentir a mesma energia súbita que transpassara seu corpo no dia anterior voltar. Mike levara uma de suas mãos ao rosto de Jenny e, ela notou que ele se apoiava com a outra no encosto do sofá para evitar cair em cima dela. Aproveitando a deixa do “acidentalmente aconteceu”, Jenny inclinou-se levemente para trás, levando Mike, ao se desapoiar do sofá para tentar puxá-la pela cintura de volta, consigo.

            – Hmm – ele disse – Eu acho que esse não era um bom lugar para isso.

            – Quer eleger um lugar perfeito? – riu ela

            – Qualquer lugar é perfeito, desde que ele me favoreça a não passar do limite.

            Ele se levantou, ajudando-a a se pôr em pé. Quando isso ocorreu o celular de Jenny tocou. Ela silenciou alguns instantes, lendo a mensagem e, depois disse:

            – Tenho que ir.

            – Eu te acompanho até a porta. – falou Mike.

            – Tudo bem.

            Enquanto desciam as escadas, Mike não se conteve:

            – Por que disse aquilo?

            – Aquilo o quê?

            – Eu não te fiz e não faço cócegas.

            – Tem certeza? – vendo o olhar meio irritado de Mike ela resolveu parar – Ok, isso foi só por causa daquela sua brincadeira sem graça!

            Mike riu.

            – Foi legal para mim.

            – Rá... Rá... Rá... Muito engraçado.

            – Vai falar que você não gostou?

            – Abusador de liberdade!

            – Hã?

            – O que eu quero dizer – ela parou junto á porta – é que, não é por que a gente acabou naquela posição, que você tinha que fazer aquilo! É por isso que eu não gosto daquele jogo.

            Mike escondia um sorriso cabisbaixo. Jenny abriu a porta da sala e se virou para Mike:

            – Tchau.

            – Espere!

           


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

deixem reviews



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.