No Fim escrita por Flávia Monteiro
Chester fora puxado com toda a força por algo invisível. Praticamente voou por metade do estacionamento e bateu em um carro que disparou o alarme, e caiu sentado. Sua cabeça girava levemente, mas ao ver Jenny se aproximar a passos firmes, quis sair dali. Rastejou para a saída, mas, algo o puxara para junto do carro novamente. Jenny agachou até seus olhos ficarem da altura do de Chester.
– Acho bom você nunca mais encostar um dedo em mim. – ela disse - Ou, posso te dar uma lição que você vai se lembrar para toda a vida. Você está me entendendo?
Ele assentiu. – Você realmente não vai querer abrir a boca sobre o que aconteceu, vai por mim.
Ela se virou e saiu. Balançou um pouco a mão sobre a cabeça e, o alarme do carro parou instantaneamente.
Quando Jenny sumiu do estacionamento, Rob saiu de uma Van e Paul de outro carro e, correram até Chester, que não havia movido um músculo. Parecia estar em estado de choque com os olhos vidrados por onde Jenny tinha saído.
– Você está bem? – perguntou Rob.
– A-acho que sim. Vocês viram aquilo?
– Ela me dá arrepios! – disse Rob.
– Vocês acham que ela seja algum tipo de mutante? – perguntou Paul.
– Pelo jeito... – respondeu Rob, mas, Chester interrompeu:
– Eu não vou mais chegar perto dela!
– Vai ver ela não pôde controlar.
– Nem vem Paul. Você viu o que ela fez comigo!
– Só que eu pedi para você seduzir ela, e não estuprar.
– Eu não ia... Fiquei nervoso!
– Na hora ela pensou que você ia e... Aconteceu isso.
– E?
– Acho que é só quando ela precisa.
– nem vem!
# Instituição de Mutantes de Dourados, 3:00 PM #
A porta do quarto bateu com força contra a parede, fazendo Janice se levantar aos sobressaltos da cama.
– O que aconteceu?
Jenny jogou um saco de plástico barato sobre sua cama.
– Olá, vai me dizer por onde andou? – Janice cruzou os braços sobre o peito.
Jenny se deitou na cama e cobriu os olhos com um braço.
– Não. Talvez depois.
– Pois eu acho bom você se vestir, que a aula vai começar.
– Que horas são?
– São: nós ainda temos quinze minutos! - disse Janice olhando em seu relógio de pulso.
Jenny não se mexeu.
– Vamos! Ou você pode aumentar o seu tempo aqui dentro!
Ela se levantou molemente, pegou a sacola e entrou no banheiro.
– Vamos rápido! A porta do banheiro abriu e, de lá, Jenny saiu vestindo uma saia, uma camiseta preta e All Star de canos longos. – Sabe, quando me disseram que você era rebelde, eu não quis acreditar...
– Cala a boca! Onde é o portal?
Janice a levou ao 10º andar, onde tinha uma aglomeração de pessoas querendo ouvir um homem.
– Eu sou o guia, para os novatos – começou ele – aqui eu tenho um colar para cada um de vocês. É só vocês virem ate mim e pegarem um colar e o colocar na parede, naquele circulo, para ser mais exato. Cada um de vocês sairá em uma dimensão diferente. Boa sorte!
Cada aluno pegou um colar e agora faziam uma fila para entrar no portal.
– Vamos? – perguntou Janice, apontando para a baia onde restavam os últimos colares.
– Vai, eu fico por ultimo.
Janice se perdeu no meio daquelas pessoas, deixando Jenny no fundo da sala. Com o tempo eles sumiram e Jenny se aproximou do homem para pegar o colar que restara.
– Você não está com sorte, minha jovem. Deixaram o mais difícil para você.
– Qualquer coisa.
– O que aconteceu?
Lembrar o que aconteceu só piorava o seu humor. Pegou o colar sem responder a pergunta do homem, e colocou-o no circulo.
Sua visão se ofuscou e logo ela viu que estava entre duas tropas se atacando, no meio do deserto. Com o estrondo de um trovão, um vento saiu do lugar onde Jenny estava e derrubou todos no chão, se retorcendo e gritando de dor. Ela não moveu nenhum músculo, apenas olhou as várias pessoas caídas ali e sua visão se ofuscou novamente.
Ao piscar os olhos, viu que estava no 10º andar novamente.
– Como fez isso? – o guia saiu correndo de trás da bancada até Jenny.
– O quê? Eu só fiz o que eu sempre faço para resolver um probleminha daqueles.
– Você já acabou? – Ela não gostou nem um pouco que ele usasse aquele tom de incredulidade com ela.
– Já.
– Minha jovem, vá agora falar com o Mestre Ivan.
– Mas...
– Vá!
Jenny foi, contrariada, ao elevador, que desceu a 3º andar. Ela caminhou até a mesa prateada, onde Ivan estava sentado de costas para ela.
– Eu sei. – disse quando Jenny abriu a boca para falar – Vou passar a noite com você, e se tudo der certo, você estará dispensada.
Ele girou a cadeira até ficar de frente para Jenny.
– Como assim dispensada?
– Você vai voltar a sua cidade. Não é todo mundo que sai do “pior do mundo” sem um arranhão e em menos de um minuto.
Ele se levantou e começou a andar.
– Podemos começar por aquela ali. – disse apontando para a primeira sala da esquerda.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
soh faltam dois cap's. aproveitem bem e aguardem a segunda temporada! ;)