No Fim escrita por Flávia Monteiro


Capítulo 19
Dia de sorte




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     Chester fora puxado com toda a força por algo invisível. Praticamente voou por metade do estacionamento e bateu em um carro que disparou o alarme, e caiu sentado. Sua cabeça girava levemente, mas ao ver Jenny se aproximar a passos firmes, quis sair dali. Rastejou para a saída, mas, algo o puxara para junto do carro novamente. Jenny agachou até seus olhos ficarem da altura do de Chester.

     – Acho bom você nunca mais encostar um dedo em mim.  – ela disse - Ou, posso te dar uma lição que você vai se lembrar para toda a vida. Você está me entendendo?

     Ele assentiu. – Você realmente não vai querer abrir a boca sobre o que aconteceu, vai por mim.

    Ela se virou e saiu. Balançou um pouco a mão sobre a cabeça e, o alarme do carro parou instantaneamente.

     Quando Jenny sumiu do estacionamento, Rob saiu de uma Van e Paul de outro carro e, correram até Chester, que não havia movido um músculo. Parecia estar em estado de choque com os olhos vidrados por onde Jenny tinha saído.

     – Você está bem? – perguntou Rob.

     – A-acho que sim. Vocês viram aquilo?

     – Ela me dá arrepios! – disse Rob.

     – Vocês acham que ela seja algum tipo de mutante? – perguntou Paul.

     – Pelo jeito... – respondeu Rob, mas, Chester interrompeu:

     – Eu não vou mais chegar perto dela!

     – Vai ver ela não pôde controlar.

     – Nem vem Paul. Você viu o que ela fez comigo!

     – Só que eu pedi para você seduzir ela, e não estuprar.

     – Eu não ia... Fiquei nervoso!

     – Na hora ela pensou que você ia e... Aconteceu isso.

     – E?

     – Acho que é só quando ela precisa.

     – nem vem!


# Instituição de Mutantes de Dourados, 3:00 PM #


     A porta do quarto bateu com força contra a parede, fazendo Janice se levantar aos sobressaltos da cama.

     – O que aconteceu?

     Jenny jogou um saco de plástico barato sobre sua cama.

     – Olá, vai me dizer por onde andou? – Janice cruzou os braços sobre o peito.

     Jenny se deitou na cama e cobriu os olhos com um braço.

     – Não. Talvez depois.

     – Pois eu acho bom você se vestir, que a aula vai começar.

     – Que horas são?

     – São: nós ainda temos quinze minutos!  - disse Janice olhando em seu relógio de pulso.

     Jenny não se mexeu.

     – Vamos! Ou você pode aumentar o seu tempo aqui dentro!

     Ela se levantou molemente, pegou a sacola e entrou no banheiro.

     – Vamos rápido! A porta do banheiro abriu e, de lá, Jenny saiu vestindo uma saia, uma camiseta preta e All Star de canos longos. – Sabe, quando me disseram que você era rebelde, eu não quis acreditar...

     – Cala a boca! Onde é o portal?

     Janice a levou ao 10º andar, onde tinha uma aglomeração de pessoas querendo ouvir um homem.

     – Eu sou o guia, para os novatos – começou ele – aqui eu tenho um colar para cada um de vocês. É só vocês virem ate mim e pegarem um colar e o colocar na parede, naquele circulo, para ser mais exato. Cada um de vocês sairá em uma dimensão diferente. Boa sorte!

     Cada aluno pegou um colar e agora faziam uma fila para entrar no portal.

     – Vamos? – perguntou Janice, apontando para a baia onde restavam os últimos colares.

     – Vai, eu fico por ultimo.

     Janice se perdeu no meio daquelas pessoas, deixando Jenny no fundo da sala. Com o tempo eles sumiram e Jenny se aproximou do homem para pegar o colar que restara.

     – Você não está com sorte, minha jovem. Deixaram o mais difícil para você.

     – Qualquer coisa.

     – O que aconteceu?

     Lembrar o que aconteceu só piorava o seu humor. Pegou o colar sem responder a pergunta do homem, e colocou-o no circulo.

     Sua visão se ofuscou e logo ela viu que estava entre duas tropas se atacando, no meio do deserto. Com o estrondo de um trovão, um vento saiu do lugar onde Jenny estava e derrubou todos no chão, se retorcendo e gritando de dor. Ela não moveu nenhum músculo, apenas olhou as várias pessoas caídas ali e sua visão se ofuscou novamente.

     Ao piscar os olhos, viu que estava no 10º andar novamente.

     – Como fez isso? – o guia saiu correndo de trás da bancada até Jenny.

     – O quê? Eu só fiz o que eu sempre faço para resolver um probleminha daqueles.

     – Você já acabou? – Ela não gostou nem um pouco que ele usasse aquele tom de incredulidade com ela.

     – Já.

     – Minha jovem, vá agora falar com o Mestre Ivan.

     – Mas...

     – Vá!

     Jenny foi, contrariada, ao elevador, que desceu a 3º andar. Ela caminhou até a mesa prateada, onde Ivan estava sentado de costas para ela.

     – Eu sei. – disse quando Jenny abriu a boca para falar – Vou passar a noite com você, e se tudo der certo, você estará dispensada.

     Ele girou a cadeira até ficar de frente para Jenny.

     – Como assim dispensada?

     – Você vai voltar a sua cidade. Não é todo mundo que sai do “pior do mundo” sem um arranhão e em menos de um minuto.

     Ele se levantou e começou a andar.

     – Podemos começar por aquela ali. – disse apontando para a primeira sala da esquerda.


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Notas finais do capítulo

soh faltam dois cap's. aproveitem bem e aguardem a segunda temporada! ;)



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