Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 15
Capítulo 15 - A Sala Precisa


Notas iniciais do capítulo

Muuuito obrigada pelos comentários amorzinhos e pela fidelidade de não perderem um só capítulo. Vocês são os melhores ♥
Também agradeço por terem favoritado a história e pelas marcações de acompanhando, se não fosse pelo estímulo que vocês me deram, essa história não teria chegado ao segundo capítulo.
Sem mais delongas...



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POV DRACO MALFOY 

—Hermione, eu não fiz isso. - Olhei com os olhos cheios de lágrimas para ela. 

Eu repetia a frase enquanto tentava entender o que se passava.  

—Draco. - Ela chamava. 

Depois da terceira tentativa ela pegou gentilmente meu rosto em suas mãos e forçou-me a encará-la. 

—Eu sei que você não fez isso. - Ela disse calmamente.  

Ela me abraçou e eu desabei. Havia ficado sem chão naqueles últimos minutos. Eu tentava não chorar, entendia que o choro tornava-me um covarde, mas eu não estava no controle das minhas emoções. Não estava no controle de nada. 

—Venha, vamos procurar Dumbledore. - Disse ela. - É a coisa mais sensata a se fazer.

Fomos até a sala do diretor. Dumbledore recebeu-nos com um par de sobrancelhas levantadas. Sentamos e Hermione explicou que havia acontecido. Dumbledore franzia a testa. Eu não conseguia prestar atenção nas palavras de Hermione, fitava a paisagem através da janela. Duvidava que algo que Hermione dissesse fosse novidade para o homem. Havia quem dizia que Dumbledore sabia das coisas antes mesmo de elas acontecessem, se isso era verdade, Hermione nem precisava ter se dado ao trabalho de explanar, se ele sabia o que aconteceria, quem dirá o que já tinha acontece sob o teto da escola que ele coordena

—Sr. Malfoy? - O diretor chamava-me, parecia não ser a primeira vez. 

Virei o rosto em sua direção. 

—O que a Srta. Granger diz é verdade? Você não tem relação com esse ataque a nossa escola? - Dumbledore indagou. 

—Eu não tenho nada a ver com isso. - Proferi. 

—Por qual razão seu pai citou seu nome?  

—Diretor, se me permite, - Pediu Hermione com aflição na voz, mas tentando oprimi-la. – o pai de Draco está fazendo parte de uma armação. 

—Continue, Srta. Granger. - Falou Dumbledore curioso. 

—Com o depoimento que ele deu e o que aconteceu hoje, senhor, suspeito que a intenção dele seja desviar nosso foco. Comensais da Morte invadiram a escola, entretanto o que estará estampado no jornal amanhã é que um estudante de Hogwarts traiu os seus. - Hermione falava rápido demais, teve que tomar fôlego para poder prosseguir. - Ele quer que desviemos nosso foco. - Repetiu. - Enquanto estivermos ocupados culpando Draco de ter ajudado ou não a entrada daqueles animais, e sabemos que a resposta é não, os Comensais e Voldemort estarão organizando-se para atacar novamente e, dessa vez, colocar tudo abaixo. 

—Muito bem analisado, Srta., mas devo questionar: de onde surgiu essa ideia? 

—Com todo respeito professor, a comprovação foi há alguns segundos atrás, os alunos esqueceram que o ataque poderia significar a volta de Voldemort, todos tinham seu enfoque em acusar Draco.  

Eu não sabia como expressar minha gratidão a Hermione. Além de confiar em minha palavra, ela ainda defendia-me e criava argumentos legítimos e racionais para minha defesa, no mesmo tempo que nem eu mesmo conseguia fazê-lo. 

O diretor de Hogwarts estava pensativo, aparentava ter esquecido de nossa presença em sua sala. No momento que nos encarou de novo disse: 

—Vocês dormirão na Sala Precisa. Acredito que seja um local longe de perigos, pelo que me contaram, muitos de seus colegas não querem a sua presença, Sr. Malfoy. Imagino que não precisem da minha explicação sobre como encontrar o local. 

E não precisávamos.  

—Nós precisamos de um lugar para dormir, mas que seja seguro. - Hermione disso. 

Andamos três vezes extremamente concentrados no que desejávamos. Uma porta de madeira surgiu, Hermione empurrou-a e entramos. O local possuía uma cama de casal e um aspecto aconchegante. Com um pequeno lustre no centro, criados-mudos de madeira escura, encontrava-se lá até mesmo um guarda-roupa com pijamas. E um repartimento mais ao fundo, era um pequeno banheiro equipado como se fosse um banheiro comum. 

—Talvez eu devesse ser culpado de mais coisas... Já que vamos ter essa cama só para nós dois, sem correr o risco de alguém nos atrapalhar. - Brinquei com Hermione, ela me fazia sentir melhor do que eu merecia. 

—Muito engraçado, Sr. Malfoy. - Disse ela desfazendo o rabo de cavalo, soltando uma massa de fios castanhos volumosos. - Mas depois dos acontecimentos de hoje, banho e cama. 

Suspirei. Sentei na beira da cama e puxei ela pela mão, colocando-a em frente a mim. Olhei sério para ela. 

—Obrigada por tudo que você fez hoje. - Falei esquadrinhando cada centímetro do seu rosto. 

—Você não tem o que agradecer, Draco. Você estava falando a verdade, qualquer um que fala a verdade merece ser tratado com afabilidade, isso está tornando-se cada vez mais raro. E você salvou pessoas hoje, ajudou Hogwarts... Sei o que dirão "era tudo encenação", mas se era tudo encenação, tudo para ajudar você a não ser acusado de ser um espião, por que seu pai citou seu nome? Se você tivesse uma missão de informante aqui dentro, você deveria ser um segredo. - Ela olhava para mim firmemente.  

—Eu já disse como eu adoro a sua inteligência? - Perguntei incrédulo. 

Aquela garota era areia demais para o meu caminhãozinho.  

—Não tenho certeza. - Ela disse com um sorriso fraco. 

—Hermione, meu pai está preso... Em Azkaban... As pessoas acreditam que eu serei um Comensal, ou pior, que já sou. Você não quer estar perto de mim. Você não tem nada a ver com essa porcaria. Além do mais, você é amiga do Potter... Eu não quero que você seja difamada e sofra por minha causa, eu acho melhor... 

—Nem ouse completar essa frase, Malfoy. - Ela censurou. - Já disse, você estava falando a verdade, eu vou defender-lhe sim! Isso não é discutível. 

Impressionado com a certeza em suas palavras não pude evitar um sorriso. Puxei-a para cama e fiquei por cima dela. Ela estava um tanto assustada. 

—Você tem fé demais em mim, garota. - Sussurrei em seu ouvido. 

—Eu tenho um coração indômito, Sr. Malfoy. - Ela cochichou em meu ouvido em resposta. 

Beijei-a indomitamente.  

—Agora, Sr. Malfoy, você fica aqui enquanto eu tomar meu banho. 

Gemi em protesto. 

—Por que eu tenho que ficar aqui? Eu posso ir junto e ajudar com as suas costas, não acha uma boa? - Falei sorrindo. 

Era incrível o efeito que Hermione tinha sobre mim, ela conseguia fazer eu me sentir melhor mesmo em situações como aquela. 

—Sonha mais um pouco, Malfoy. 

Sorri para ela.  

Ela pegou uma muda de roupa que estava no guarda-roupa e foi para o banheiro. Olhando uma última vez para mim, ela deixou o quarto e fui para o banheiro. 

Porém, ficar sozinho com meus pensamentos era tenebroso. Eu visualizava uma imagem de meu pai acorrentado gritando aos risos que eu havia sido o traidor. Fechei os olhos e respirei fundo. Eu precisava de minha mãe e ela precisava de mim.  

Pensar sobre ela me deixou ainda pior. Sua irmã já estava na prisão, agora o marido e o filho sendo acusado de ajudar o lado das trevas. Narcisa Malfoy suportaria tudo aquilo de cabeça erguida, sofreria em silêncio e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Minha mãe era uma mulher forte, entretanto, gostaria de estar lá por ela. 

Hermione saiu do banheiro de cabelos molhados, usando pijama e pantufas. Era minha vez. 

Deixei a água escorrer pelo meu corpo, evitando a região enfaixada. Pela manhã Madame Pomfrey daria a mim uma poção. Quando terminei o banho, escovei os dentes e fui para o quarto. Não foi uma surpresa ter encontrado Hermione dormindo. Havia sido um longo dia. 

Deitei-me ao seu lado e adormeci também.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Esse capítulo foi menos intenso que o anterior, na minha humilde opinião. Comentem!