Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 11
Capítulo 11 - A Prova


Notas iniciais do capítulo

Agradeço gentilmente ao Pedro que comentou a fic e a todas as outras pessoinhas maravilhosas que já haviam comentado outros capítulos e continuam comentando a cada capítulo que posto. Vocês são demais, sério. ♥
Enfim, sem mais delongas...



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POV DRACO MALFOY 

Acordei e junto com meus amigos descemos para o café da manhã. Ao olhar para mesa da Grifinória observei que Potter tomava café sozinho, Weasley e Hermione não estavam ao seu lado. Ele parecia nervoso, isso me fez bem. 

Fomos conduzidos pelos professores para o lago, onde a prova seria realizada. Com nossos botons menosprezando Potter, a Sonserina não se importava com aquela prova. Chegamos a conclusão que só queríamos ver alguém se machucando. 

"Algumas pessoas só querem ver o circo pegar fogo".

Avistei a torcida do Potter, mas os fãs principais dele não estavam lá, de novo. Fiquei imaginando se haviam brigado ou coisa do tipo, isso me fez sentir ainda melhor. 

Dumbledore explicou a prova rapidamente e eu podia ver algumas pessoas prendendo a respiração. A prova era mais perigosa do que a anterior. Toda Sonserina chegou mais perto das barras de contenção, se alguém tivesse um acidente estaríamos assistindo atentos. E depois riríamos do pobre infeliz.

O canhão disparou e os quatro participantes pularam na água. Ficamos quase 45 minutos sem ter nada para ver depois que Fleur surgiu com a irmã na superfície da água. Ela havia conquistado o primeiro lugar. Krum então surgiu na superfície, dizia aos berros que não havia conseguido completar a prova e gritava desesperado: 

—NÃO CONSEGUI... HERMIONE... REFÉM... 

Então entendi sobre o que era a prova. As palavras de Dumbledore fizeram sentido em minha cabeça. Para cada participante havia um refém. Fleur tinha sua irmã, Krum tinha... 

Hermione. 

Empurrei os idiotas que estavam na minha frente. Lá embaixo vi Cedrico chegando com Cho.  

"Potter, se tem um momento para você bancar o herói é esse. SALVE HERMIONE!" 

Minha mente gritava aquelas palavras. Nós aguardamos. Um silêncio perturbador se instalou. Faltava pouco para a prova terminar, questão de segundos. 

Dez... Nove... Oito... Sete... 

Eu corria  meus olhos por toda extensão do lago. Nada. 

Seis... Cinco... Quatro... 

Todos estavam agoniados, mas eu, eu estava pronto para pular daquela altura e buscar Hermione se fosse preciso. Não me importava com aquela porcaria de briga entre nós, eu daria tudo para ter ela a salvo novamente. 

Três... Dois... Um... 

Harry Potter surgiu com Ronald Weasley em um braço e Hermione Granger em outro. Todos aplaudiram e eu não pude deixar de baixar a cabeça e suspirar aliviado. Parecia que um peso gigantesco havia sido tirado dos meus ombros. Não pude deixar de sorrir. 

 

Quase todos já haviam se retirado no final da prova, mas eu não. Eu estava esperando pela trilha que levava para o castelo. 

Hermione apareceu enrolada em um cobertor com o Potter e Weasley ao seu lado. Ela levantou o olhar e viu-me. 

Dor cruzou seu rosto, mas eu não estava lá para brigar. Brigar não era nem uma possibilidade

Caminhei em linha reta até ela. 

Cheguei em frente a ela e coloquei minhas mãos no rosto dela e beijei-a.  

Pouco me importava o que diriam, o importante era que ela correspondia o beijo timidamente, estava a salvo e eu poderia tomar ela em meus braços e dizer que eu havia sido um idiota. 

Mas Weasley arrancou-me de perto dela e socou-me na cara. 

—O que diabos você pensa que está fazendo, seu imbecil? Ela não é um dos seus brinquedinhos. 

E ele veio para cima de mim.  

Graças ao bom Merlin ele veio para cima de mim, eu estava pagando para entrar numa briga nos últimos dias. 

Quando ele chegou perto o suficiente, soquei-o no nariz e vi ele recuar, uma linha de sangue escarlate escorria pelo nariz quebrado. Coloquei as mãos em frente ao meu corpo e fiz sinal para ele vir para cima. 

Eu estava tão enfurecido que não enxergava as pessoas gesticulando para aquilo parar, muito menos ouvia os gritos de Hermione que quase chorava em pânico. 

—Então, Weasley, é só isso que você consegue? - Falei em tom de desafio - Não me admira que frequentemente você seja chamado de fracote. 

Ele rosnou e veio de novo.  

Mas dessa vez o santo Potter agarrou os braços dele atrás de suas costas e Hermione correu para minha frente. Ela colocou os braços em meu peito e falou tão calmamente quanto conseguia: 

—Draco, respira, ele não sabe o que está fazendo. Ele não sabe sobre nós. Olhe para mim.

Olhei para baixo e vi ela, ela estava nervosa e não sabia o que fazer. Minerva veio correndo até nós. 

—O que é que está acontecendo aqui? 

Nossas caras culpadas contavam metade da história. Fomos todos para sala dela. 

—Expliquem-se – ela exigiu. 

Para minha surpresa foi Hermione Granger quem se pronunciou. 

—É tudo culpa minha, professora – ela levantou a cabeça e olhou diretamente para Minerva - nós estávamos voltando, Draco me viu e beijou-me – percebi que Minerva deu uma rápida olhada em minha direção, eu assenti, confirmando - então... 

—Esse imbecil agarrou ela... - Começou Weasley. 

—Cala a boca, Ronald – falou Hermione, o que surpreendeu a todos - então, Rony puxou ele e deu-lhe um soco, Draco defendeu-se, mas depois começou a provocá-lo. 

—E o Potter? - Perguntou ela. 

—Apenas tentou parar a briga. 

—Potter, – ele levantou a cabeça prontamente para professora - vá descansar. Você teve um longo dia e em poucos dias terá uma partida de Quadribol. Você não tem nada a ver com isso. 

Potter levantou-se em dúvida, não sabia se realmente deveria ir, acabou acendo e saiu da sala. Minerva encarou-nos. 

—Srta Granger, ao que me parece você também não teve culpa. 

—Não, eu... 

—Srta Granger, ser motivo de uma briga entre garotos sem ter provocado a situação não a torna culpada de nada. 

Hermione calou-se.  

—Já os dois rapazes, considerem-se em detenção. Combinaremos a data e o serviço a ser prestado. Agora saiam, tivemos emoções demais por um dia. 

Saímos os três em um silêncio mortal. 

Weasley apressou-se e saiu chutando as pedras que apareciam no caminho. Ele estava vermelho de raiva. Resmungava consigo e olhava furioso para nós enquanto se distanciava.

Hermione virou-se para mim. 

—O que foi aquilo? O beijo, quero dizer.

—Foi um pedido de desculpas por ter sido tão idiota e, também, uma reação pelo nervosismo que você me fez passar. Achei que você poderia morrer. 

Ficamos em silêncio. 

—Eu não sabia se gostava de você... - Hermione começou. 

—Vamos esquecer isso – eu cortei ela desesperado – eu diria isso antes se não fosse tão orgulhoso, nós podemos construir isso com o tempo... 

—MAS – ela me cortou erguendo a voz, então retomou o timbre normal – quando você saiu e ficamos brigados por todo aquele tempo, eu descobri que não sentiria tanta dor se realmente não gostasse de você. 

Eu olhei encantado para ela. 

—Não vou mentir para você, Draco, não é amor. Mas eu gosto de você, mais do que eu gostaria de admitir. 

—Eu também gosto de você, Hermione. Eu poderia ficar com todas as meninas de Hogwarts e mesmo assim só pensaria em você, e olha que eu tentei. Eu tentei esquecer você com todas as minhas forças, Srta Granger. Tentei ignorar meus sentimentos por você, mas ver você e Krum juntos... Fazia eu temer que tivesse te perdido para sempre - confessei. 

Se ela queria estar no meu mundo, ela precisava saber como eu pensava, quem eu era. 

—Nem que eu tentasse eu conseguiria ficar com outra pessoa, Draco – ela falou - você já está se entranhando em mim e não importa o que eu faça, você só reclama mais partes minhas para si. 

Eu poderia chorar como uma criancinha quando ela disse aquilo, mas seria de pura felicidade e alívio. O tom de seriedade dela não deixava espaço para dúvidas. 

—Então, o que faremos? - Perguntei. 

—Nós vamos indo e vemos no que dá - ela piscou sorrindo, sorrindo de verdade pela primeira vez em semanas pelo que ela me contou depois. 

—Hermione Granger, não saia do meu lado – falei. 

Ela se abraçou em mim e ficamos parados lá no corredor. Apenas curtindo o momento, apenas sorrindo para o nada, bom eu estava, como era mais alto estava com o queixo apoiado na cabeça dela, ela estava escondida entre as dobras da minha jaqueta. Dei um beijo de boa noite na testa dela e fomos para nossas casas. Teríamos um longo dia amanhã. 

Aquela foi a primeira vez que usei o Vira Tempo para reviver algum momento. Vi as expressões de Hermione de novo e de novo de todos os ângulos. Eu não cansava de olhar para ela. 

Quando voltei para a Torre, recuperei meu caderno de desenhos e terminei os detalhes que faltam no rosto de Hermione. Eu nunca conseguiria capturar tudo que eu via nela. A força, a confiança, a coragem, a inteligência, o sorriso, a timidez,... Era demais para colocar em apenas um pedaço de papel. 


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Notas finais do capítulo

Então, estou perdoada por fazerem vocês sofrerem nos outros capítulos? Foi como vocês esperavam? Faltou alguma coisa?
Aguardo os comentários!!!