Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Escada


Notas iniciais do capítulo

Devo dizer que o primeiro capítulo foi inspirado em outra fic que eu havia lido sobre Dramione. MAS NÃO TEVE UMA ÚNICA PALAVRA PLAGIADA, JÁ ADIANTO.
Espero que vocês gostem.



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Nós dois estávamos em detenção.  

Nós dois tínhamos que polir toda prataria de Hogwarts. 

Nós dois não conseguiríamos dormir com as dores depois do longo serviço. 

Nós dois estávamos em detenção. 

Eu estava polindo toda prataria de Hogwarts. 

Eu não iria conseguir dormir com as dores depois do longo serviço. 

Mas as dores teriam que esperar, antes de aconchegar-me na minha cama e ter uma briga interna comigo mesma do porquê não ouvi minha mãe e não trouxe alguns analgésicos Trouxas no malão, eu iria enforcar Draco Malfoy. 

Em um dos últimos confrontos a céu aberto que tivemos, eu acabei por dar um soco na cara dele. Com muitas testemunhas e um olho roxo para comprovar o acontecido, apenas consegui defender-me alegando que ele havia, mais uma vez, chamado-me de sangue ruim. A professora Minerva McGonagall, exasperada, só falou o dia, a hora e qual a detenção. Era raro não estarmos em detenção. Eu e a doninha tínhamos um repertório.  

Eu estava com a blusa arremangada, suando e torcendo para não cair da escada que eu estava equilibrando-me. Enquanto isso, o loiro aguado estava sentado, observando entretido meu esforço. Filch havia deixado-nos sozinhos depois de ouvir miados desesperados de Madame Nor-r-ra. 

Flash back on 

Eu e Draco estávamos limpando as prateleiras mais altas quando o miado começou. Filch estremeceu e olhou-nos em dúvida sobre como proceder. 

Quando o miado não cessou ele tomou uma atitude. 

—Volto em breve, se eu chegar aqui e vocês não estiverem limpando... O diretor Dumbledore vai ser informado e ai sim vocês terão uma punição descente. 

E saiu apressado. 

No momento que ele virou as costas, Malfoy desceu as escadas, sentou em um degrau da escada, atirou o pano que usava para limpar as taças no chão e esticou as pernas a sua frente. 

Eu bufei. 

Flash back off 

Mais ou menos vinte minutos haviam passado-se e nada de Filch. 

—Você vai mesmo ficar aí sentado, Malfoy? - disse enquanto esticava-me para pegar uma taça um pouco mais longe. 

—Sabe, Granger, a visão daqui de baixo está bem interessante... Então, sim, vou ficar por aqui mesmo. 

Graças ao bom Merlin eu estava de costas, meu rosto ardeu em chamas vivas. Eu estava de saia e meia calça.  Malfoy tinha sorte que eu estava sem a minha varinha e sem nenhuma intenção de ir para uma próxima detenção muito em breve. 

—Tomara que Filch veja você aí... - comecei, mas fui cortada. 

—Filch não vai voltar tão cedo, nem se preocupe. Granger. E se ele me visse aqui não faria a mínima diferença - Malfoy falou indiferente - "Eu vou contar pro Dumbledore" - disse ele imitando Filch - E o que Dumbledore fará? Vai me expulsar? Acho que não. 

Eu revirei os olhos. Tive que descer a escada para empurrá-la, nesse momento eu me encostei na escada e passei a mão sobre a testa encharcada. Olhei diretamente nos olhos de Malfoy e questionei: 

—Como você tem tanta certeza de que Filch não vai voltar tão cedo?  

—Simples, Crabbe e Goyle estão com a gata. Eles estão levitando ela por todo o castelo, quando Filch chega perto, eles entram em uma passagem secreta (não tão secreta assim) e saem na outra ponta do Castelo. E vão fazer isso por um bom tempo. 

Eu não sabia formular uma frase ou um olhar. Entre repulsa e uma risada escondida, apenas voltei a subir a escada com as emoções mascaradas. 

—Sério você podia ir limpando pelo menos as prateleiras mais embaixo – virei para encará-lo. 

—Sabe que não é uma má ideia olhando agora, Granger? - E soltou um sorriso malicioso – Acho que vou começar por aqui...  

E ele foi reto na minha direção e pegou uma taça entretido na prateleira embaixo de mim, saiu de lá e começou a "polir" a taça olhando para as minhas pernas. Eu olhei incrédula para ele e sentindo o vermelho do meu rosto voltei a fazer o serviço.  

Inacreditável, simplesmente inacreditável. Essa doninha tira proveito de qualquer situação. 

Eu estava perdida nos meus pensamentos, xingava mentalmente de vez em quando, mas, então, fiz uma coisa estúpida. 

Estava tentando alcançar uma taça na ponta da prateleira para não ter que arrastar a escada pela terceira vez para cobrir uma distância tão pequena. Estiquei o corpo inteiro e acabei levantando um dos pés. Perdi o equilíbrio e soltei-me da escada. Fechei os olhos e torci para que quando chegasse no chão não gritasse. 

Adeus coluna. 

Mas então um par de braços sustentou meu corpo e parou a queda. Ao longe, a taça que Malfoy estava limpando tilintava rolando pelo chão. Abri os olhos e permiti-me por uma fração de segundos perder-me no mar cinzento que eram os olhos de Malfoy.  

Pisquei e voltei a mim. 

—Já pode soltar, Malfoy – disse entredentes, não admitiria que ele salvou minha coluna. 

—Eu sei que você tem sonhado com esse momento por anos, Granger, não precisa fingir – ele disse sorrindo. 

Um sorriso cafajeste e sedutor.  

Por que ele tinha que ser bonito? Por que ele tinha que saber usar aquele sorriso? Por que eu não fazia nada? 

—Esses são meus pesadelos, acho que está confundindo com os seus sonhos, Malfoy – disse fingindo estar braba. 

Ele me soltou e cruzando os braços falou: 

—Granger, Granger, Granger, você não precisa se fazer de difícil, eu conheço você e seus pontos fracos, então, sugiro que... 

Nesse momento, suspirei aliviada, Filch vinha esbravejando. Continuei a limpar e Malfoy continuou a fingir que limpava. 

Não descobri naquele dia o que Malfoy ia sugerir, e esperava que nunca descobrisse.


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Notas finais do capítulo

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