"Is in here..." escrita por April Criatividade Brooke


Capítulo 8
I'm coming for you


Notas iniciais do capítulo

O negócio tá esquentando aqui! Vamo que vamo achar a Sardenta juntos pessoal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702090/chapter/8

         O inverno se aproximava, o tempestuoso céu da noite iluminava com pequenas estrelas os corações dos solitários, não havia luz que surgisse na calmaria da escuridão. A insuportável pressão afligindo seus corações na calmaria de uma tempestade...

         Guerreiros vikings nasciam dominando a arte da batalha manuseando suas emoções nas lâminas afiadas de seus machados e a bravura banhada em seus escudos, que Thor os protegesse e às suas famílias.

         O clima em Berk estava indomável, sim, mas não surpreendente...

         Os passos lentos de Áster no solo hostil o traziam antigas lembranças, o frio o permitia ver seu próprio hálito misturando-se a brisa, a temperatura estava baixando, logo seria o solstício... Seu tempo estava acabando...

         Os cabelos loiros do viking eram levados pela brisa enquanto ele dirigia-se à casa de Gunna, a jovem garota que aparecera no começo desta narrativa, lembra-se? A viking que sonhava em ser uma piloto, ela não aparecera em vão...

         Ele bate na porta da casinha rústica e arrumadinha da mesma e é recebida por Alberta, a mãe da garota, que insiste que ele entre animadíssima pelo guerreiro mais belo e valente procurar por sua filha.

         Alberta mexe o caldeirão com o cheiro irresistível misturou-se ao ar enquanto a mulher gritara o nome de sua filha, Gunna desceu as escadas normalmente balbuciando alguma coisa, mas quando viu Áster, seu coração parou. Ela tinha uma queda pelo rapaz era bem óbvio (assim como na série RTTE).

         Os pais da garota insistiram em sentar-se junto à filha mesmo com o pai da garota quase tendo um ataque “fangirl” sentado ali.

         - Então, o que o traz aqui, meu querido? Nossa filha fala muito de você – Pergunta Alberta.

         - Na verdade, ela não fala de outra coisa – Completou o pai.

         - Mãe! Pai! – A menina reclamou ficando vermelha e mexendo nervosamente no cabelo – Então... Como anda Sardenta?

         Áster tossiu desconfortável com aquela situação.

         - Ela foi corrompida... – Suspirou se inclinado para trás cruzando os braços – Quebrada, não está mais do lado certo.

         - Então precisa da minha ajuda? Porque eu posso ajudar! Eu... – Gunna gaguejou.

         - Sim, eu preciso – admitiu – Me disseram que ela veio para Berk antes de irmos ao plano de ataque naquela noite, ela passou aqui, não foi?

         - Como sabe? – Gunna pergunta.

         - Seria o último lugar que alguém procuraria – Ele pigarreia – Quero dizer, já que você não é da família dela, seria a pessoa mais inusitada...

         - Ela... eu não sei exatamente se posso ajudar, tudo que ela me deu foi um pedaço de papel sem sentido – Gunna desviou o olhar.

         - Diga o que estava no papel, filha – empurra a mãe.

         - Eu vou buscar – a menina se levantou e correu para o quarto quase tropeçando.

         Passaram-se alguns minutos e nada dela, já estava começando a ficar embaraçoso as indiretas dos pais de Gunna. Alberta inclusive insistiu que ele fosse ajudar Gunna a procurar, ás ter hesitou, mas achou melhor do que continuar naquela situação...

         Áster bateu na porta.

         - Tudo bem aí, Gunna?

         - NÃO ENTRE! – Gritou ela em resposta.

         Afinal, ele não podia ver os milhares de desenhos dele pendurados no quarto, sem falar que se um viking entrasse no quarto de outro, era pra casar.

         Gunna sai do quarto fechando a porta atrás de si.

         - Sem pressão, Gunna – suspirou impaciente – mas estou com pressa aqui.

         - Eu sei, mas tenho que aproveitar sua visita, meu amor.

         Ela lhe entrega um papel. Áster o recebe e lê as escritas “onde tudo começou”, ele sorriu empolgado, sabia exatamente para onde deveria ir.

         - Valeu, Gunna! – ele a abraçou e saiu correndo deixando a menina feliz pelo resto da vida.

***

         A clareira.

         Áster lembrava bem deste lugar, foi onde ele sentiu algo por Sardenta pela primeira vez, ironicamente, este lugar era o que lhe trazia mais lembranças... era quase coincidência demais Sardenta estar sem memórias em meio à tantas lembranças.

         - Ok, está aqui em algum lugar... – Murmurou ao pousar com Tempestade – Vamos lá, garota! Quem achar primeiro ganha!

         Tempestade se entusiasmou e começou a procurar rapidamente. Os dois ficaram horas procurando e brincando, afinal, depois de tanta tensão, a pobre Nadder precisava de um tempinho bom ao lado do triste amigo. O tempo passou, o frio e o cansaço tomaram conta e os dois passaram a noite ali.

         O sol nasceu e áster e Tempestade dormiam juntos até a luz bater em seus olhos os incomodando, o tempo estava acabando...

         Áster tapou o a luz quente de seus olhos com a mão, coincidentemente ele segurava o bilhete de Sardenta, e contra a luz ele pôde ver um desenho.

         Parecia apenas um rabisco acidental, mas era mais do que isso... Era familiar.

         Aquele risco parecia-se muito com uma fina linha d’água que saia das rochas para o lago onde estavam, ele só precisou seguir o desenho por aí até se encaixar com a paisagem.

         - Achei você! – Exclamou ele, vendo um brilho não natural vindo da fina linha d’água escorrendo nas rochas.

         Tempestade o ajudou a escalar e a sensação de ter o olho de dragão nunca fora tão libertador, era meio caminho andado para ter Sardie de volta e em seguida pedir desculpas como nunca antes.

         Agora tudo o que precisava era um plano...

***

         Sardenta observou os prisioneiros de longe, eles pareciam tristes, desanimados e sem esperança alguma. Até Victória agia suspeito, como se a confiança entre elas estivesse por um fio, mas Sardenta ainda tinha Banguela.

         Banguela a fazia se sentir bem, se sentir um pouco feliz.

         - Estamos quase lá, minha irmãzinha – Victoria se aproxima para observar junto com ela.

         Elas estavam na sacada de uma arena antiga onde eles costumavam por os dragões para lutar, ainda faziam isso, mas tiveram de ceder o local para Victoria, embora Sardenta tenha achado estranho à facilidade de tal compromisso. Era quase como se o vendedor tivesse medo dela...

         - Espero que dê tudo certo, Vic.

         - Sabe que não gosto de apelidos, Sardenta – Ela a repreendeu.

         - Sinto muito – ela suspirou – E o que faremos depois que pegarmos o olho de dragão?

         - Continuar nossos negócios em paz.

         - Que tipo de negócios?

         - O de compartilhar nossos dragões com o mundo, para que todos tenham o prazer de voar e a facilidade de transporte na vida – Explicou Victória – Dragões nasceram para ser domados, você entende?

         Sardenta olhou hesitante para Banguela.

         - Eu acho que sim...

         - Você acha? Não, Sardenta – Ela voltou-se para Victória e falou algo importante – Decida logo de que lado está.

         E partiu.

         “A guerra de nossos pais, logo será a nossa. Decida logo de que lado está”.

         Os olhos de Sardenta brilharam e hesitaram, sua cabeça doeu, uma lembrança antiga veio em sua cabeça sobre um rapazinho loiro apontando um machado para ela.

         Parecia com ele... mas... Não poderia ser...

         Banguela apoiou o corpo de Sardenta antes que resolvesse cair, então Áster realmente o inimigo, quer dizer, não havia outro contexto para a cena que ela acabara de lembrar, não é?

         Sardenta suspirou e foi para o seu quarto, sentou-se no chão e abraçou suas pernas em um canto com os olhos marejados. Ela deveria estar feliz por achar sua casa, saber quem era...

         - Mas se deveria estar feliz... por que sinto que deveria ser resgatada?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sinto que tô fazendo muita gente sofrer c:
E eu adoro isso ;9



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história ""Is in here..."" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.