Uma fila enorme com jovens se estendia pelo corredor, todos conversando com aspecto ansioso esperando sua vez para realizar o teste. Meu nome é Eris, tenho 16 anos e sou conhecida por não ser uma garota calma e gentil. Aquele tempo parada estava me irritando...

— Esta tudo bem Eris? - Falou minha unica e melhor amiga parada a minha frente.

— Não enche Farah! - Retruquei virando o rosto, o otimismo dela me tira a paciência em alguns momentos.

Nesse momento a fila andou e finalmente entramos para o teste, 10 pessoas no total. Dentro nos espera um velho senhor com algo em mãos, ele aparentava ter uns 70 com longo cabelo branco.

— Bem vindo jovens, vocês irão participar do teste de seleção para turmas de acordo com seu talento. Esse cristal em minha mão emana uma magia reativa quantificando o nível de poder de cada um.

O pessoal um a um se aproximava daquele velho homem e tocava aquele misterioso cristal, nossas vidas pareciam estar sendo traçadas naquele momento. Por fim chegou a minha vez, coloquei minha mão e uma luz branca se abriu por entre meus dedos.

— 14 de poder, um nível iniciante sem duvida Eris. Disse o velho com sorriso sarcástico no rosto.

Depois de receber aquele olhar devolvi um ainda bem mais furioso, quase que mortal. Farah como sempre tentou diminuir a tensão do momento...

— Tudo bem amiga, esse número não diz nada. Farah falou calmamente me passando para traz afim de fazer o teste...

— Nossa incríveis 72 pontos de poder, sem duvida um belo talento dessa geração.

Sorridente e todo sem jeito aquele velho parabenizou minha melhor amiga, como tenho vontade de arrancar sua barba e raspar seu cabelo. Não posso acreditar que a unica amiga que tenho agora não vai mais estar comigo, enviadas para turmas diferentes por um maldito nível de poder.

Apos a seleção da tarde todos os alunos foram divididos em turmas de acordo com seu nível, cada turma tem seu próprio alojamento nesta enorme escola que mais parece uma cidade. Meu alojamento é o numero 37 os iniciantes de mais baixo nível variando de 10 a 20, distante da Farah que ficou no sétimo nível de iniciantes de 70 a 80.

Anoiteceu muito depressa e quando menos notei a lua já iluminava meu quarto por completo. Eu estava escutando musica com meus fones quando um barulho muito alto chamou minha atenção. Levantei rapidamente e abri a porta do quarto curiosa.

Ao abrir a porta não encontrei nada, porem o barulho se repetiu com mais intensidade do lado mais escuro do corredor. Ao outro lado consegui ver alguns professores correndo, mas apenas ignorei tudo aquilo e voltei para o meu quarto. Rapidamente peguei meu celular e liguei para a Farah.

— Oi Eris, tudo bem? Perguntou Farah toda despreocupada como de costume.

— Aconteceu alguma coisa estranha por ai ? Fui direta perguntando logo sobre aquele fato estranho que acabei de ver no corredor.

— Aqui esta tudo bem, algum problema Eris ?

— Acabei de ouvir um barulho muito forte aqui no meu alojamento, e quando olhei no corredor vi alguns professores correndo. Mas fiquei com medo e voltei ao quarto.

— Deve ser algum pequeno problema, não liga.

Nesse momento alguém bate a porta com muita força três vezes seguidas. Ainda com o telefone ao ouvido fui ate a porta para ver quem era.

Ao abrir me deparei com um homem encapuzado vestindo um enorme sobretudo preto. Em uma voz tenebrosa e gélida ele perguntou...

— Eris...? Não respondi apenas olhando aquele homem encapuzado, balanceia a cabeça confirmando.

— Estive a sua procura por toda a noite, tenho algo para te dar. 

O velho retirou de seu sobretudo uma adaga de prata com um rubi vermelho encrustado e apontou para mim, avançou de um jeito muito rápido e desferiu um golpe me acertando no rosto cortando superficialmente.

O misterioso homem lambeu o sangue da adaga e sorriu, voltando a me atacar constantemente desferindo inúmeros golpes quebrando todo o meu quarto. Cheia de ferimentos já não podia mais me por de pé ate que...

Um jovem entra correndo e acerta a cabeça do misterioso velho que esta me ferindo. O garoto bate com bastante força derrubando em um único golpe.

— Quem diabos é você, e porque esta machucando ela? Perguntou ferozmente o jovem garoto.

— Não se intrometa, insolente. O velho e o garoto se puseram a lutar bem a minha frente. Me mantive parada observando aquela maestria de movimentos ate que o velho imobiliza o garoto com a adaga em seu pescoço...

— Agora pequena Eris, se aproxime ou ele morre.

Segui o que o velho falou, mesmo não conhecendo o garoto que acabara de me salvar eu não poderia deixar ele morrer.

— Muito bem, agora fique de costa garota

— NÃO FAZ ISSO ERIS!   >

Me virei sem pensar duas vezes, nesse momento o velho jogou o garoto para longe e me segurou por traz apontando a adaga para meu pescoço.

— Jovem insolente, ninguém pode atrapalhar meus planos. Esperei muito para ver isso acontecer.

— Larga ela seu maldito! O garoto gritava de forma que me intrigava, ate parecia se preocupar comigo.

et ocovni rotsala, egluj atse latorm

O velho enfiou a adaga bem fundo ao meu peito acertando meu coração, senti uma enorme. O velho desapareceu logo em seguida me deixando deitada ao chão com a adaga enfiada em meu peito...

Senti o tudo escurecer ao meu redor lentamente enquanto ouvia o garoto ao meu lado gritando por mim...