Angels — Everybory Will Fall Tonight escrita por AS Kiara Ogden


Capítulo 1
God, I’m going insane


Notas iniciais do capítulo

Welcome, my beautiful people!

Para a leitura, recomendo:
*Angels — Vicetone
*Angel with a Shotgun — The Cab
*Heartbeat — Vicetone
*Europa — Globus
*Ask the Lord — Hipsway
*Salve os Proscritos — O Corcunda de Notre Dame Salve os Proscritos

Boa leitura :3



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Tudo o que acreditamos, em tudo que está nas nossas crenças, o que é verdadeiro?

Eu vi os votos que fiz sendo queimados, como se não fossem nada. E perante isso, eu me revoltei. Como diziam, eu dancei no inferno, no meio das labaredas, e a única música que tinha era a que tinha na minha mente e a que eu cantava. Eu sai, corri, e fiz o que queria, afinal foi por isso que estou aqui. Pelas coisas que fiz e que quis.

Querer justiça não é ruim, de forma alguma. Mas quando as pessoas sabem da minha justiça ela ficam aterrorizadas. Choram por mim, mas também me batem, me xingam, falam como sou um demônio. Mas eu não ligo. Eu não vou negar mais isso.

Quando eu era jovem, eu tinha algum tipo de fé. Eu não me lembro, mas eu era uma grande devota. Ia aos cultos, sentia com o coração cada uma das palavras sagradas. Mas essas mesmas palavras sagradas não me salvaram do homem que entrou no meu quarto, que fez o que fez. Eu me senti nojenta, como se eu não tomasse banho por anos, com o cheiro tão podre que era complicado respirar. Porém, a cada segundo que eu tentava me limpar, eu ficava mais suja. Eu só perguntava o “porquê”, o motivo daquilo ter acontecido. E o engraçado era que, no começo eu não me via culpada de nada, apenas vítima. Já o resto da minha comunidade me via como algo parecido com uma pecadora. Um monstro que cometeu um grave erro. Depois de algum tempo, eu me perguntei se o que acontecera fora mesmo minha culpa. E eu sabia, obviamente não.

Eu estava enlouquecendo. Os meus amigos de antes tinha se tornado fortes inimigos. Tudo estava desmoronando. Então aconteceu. Aconteceu que eu fui no último andar de algum prédio, e me joguei. Fui covarde? No meu caso, naquela época, diria que não. Mas se fosse agora, com certeza. Pois tudo é diferente nesse instante.

Quando eu acordei, eu sentia uma raiva enorme. Primeiro por continuar acordada no mundo, segundo por conta do mundo onde eu estava. O clássico cenário de sala vermelha, com fogo, também era aplicado. Mas na sua maioria era um lugar muito, muito frio. E tremendamente escuro. Eu sentia meus monstros perto, como se fossem comer a minha carne. Na verdade, acho que era isso que estava ocorrendo. E minha raiva só subia. Eu não sentia medo, só ódio. Até explodir.

Praticamente explodir na sua forma literal. Pois chegou uma ponto que tudo o que via ao meu redor era chamas, tão iluminadas quanto o próprio Sol. E, naquele momento, nada mais me parou.

 

Já na superfície, eu era surpreendentemente rápida, e forte. Além disso, eu comecei a me aconchegar a lugares que a grande maioria das pessoas chamaria de pesados. Gostava de bares, mas também de moteis. Adorava ver casais se pegando. Isso parecia que me deixava mais forte ainda. Então eu descobri um novo prazer: sugar vida. Eu não sei como eu fazia tal coisa, mas fazia. E era maravilhoso.

Foi ficando cada vez mais forte, cada vez mais frequente. Até eu não conseguir não fazer isso. Era uma droga, viciante, e mortal. Entretanto eu não pensava nisso. Não pensava até eles começarem a vir atrás de mim.

Achava que eram mais demônios que eu, mas as pessoas os definiriam-os como anjos. Oh, anjos. Como são, vamos ver. Não posso negar que são bonitos. Mas são de uma beleza estranha, pois ao mesmo tempo que você que muito beijá-los, você quer que eles sumam da sua frente. Ah, eles me caçaram muito, por muito tempo, incansáveis, assim como eu. Todavia eles conseguiram.

Eu ainda ria, ria até minha barriga doer, sem parar um minuto. Os alados nem se importavam. Só me carregavam. Eu perguntava coisas que, pela cara que alguns faziam ao longo do corredor, eram consideras impróprias. Aff, quem eu estou enganando? Óbvio que eu falava tantos coisas ruins que chegou uma hora que eu mesma me senti nojenta. Mas isso fez me deu mais vontade de falar, de continuar, de rir. Eu já estava morta. Pior não ficaria.

A sala que nós entramos era ampla, e “para minha surpresa, parecia uma igreja”, mas também misturada com um tribunal. No pedestal mais elevado do chão estava um anjo de seis asas, rodeado de fogo. Brilhava intensamente, tanto que percebi que não nenhuma outra iluminação para a sala, por mais enorme que fosse. Ele estava vendado, parado com as mãos na frente do corpo. Os anjos que me carregava, um de cada lado do meu corpo conduzindo os meus braços, pararam. Me prenderam com cordas finas prateadas, me colocando de joelhos, a algo semelhante a um altar.

— Aparente conheci um da minha espécie — Falei, com a cabeça na direção no anjos com turbo de voo. — Você não pode ser normal. Olha quanta coisa na suas costas. Isso não cansa não? Você não tem problemas na coluna, não? E esse fogo, ou é do inferno ou é do espaço, ET. — Ri.

— Sabemos de sua história, …, E por isso a trouxemos aqui. Sabemos o que passou. Sabemos do seu sofrimento, e… — Falava um dos anjos que estavam nos pedestais mais baixos, sendo quatro ao todo, cada um com uma capa de cada cor, vermelho, verde, azul marinho e areia, e todos com uma espada flamejante na frente do corpo, viradas para baixo.

— Ora, sabia? Então explique-me o motivo de tudo isso ter acontecido! Você sabe o porquê de nós, os que você chamam de demônios, odiamos a sua “classe”? Pois vocês sabem de tudo, mas fazer que é bom, não fazem. E nós pagamos o pato!

—Senhorita …, Não podemos interferir sempre no livre-arbítrio dos seres, criança. — Disse outro dos anjinhos, o com capa azul.

— Então ser, me explica o motivo d’eu estar aqui, agora. Meu livre-arbítrio fala que eu tenho coisa mais importante que ver as capinhas coloridas de vocês, super angels cool. — Então o anjão, até o momento quieto, mexeu os lábios, como se dissesse algo, mas não saiu som algo. Bom, foi isso que pensei de início. Logo uma leve brisa passou pelo meu rosto, e senti algo como “Menina …, fique calma”. Como senti isso, nem eu sei. Aí percebi que ele falava assim, tão leve que parecia uma brisa. Eu, a partir desse momento, não consegui abrir mais a boca. Uma força fazia isso. Talvez medo? Não sei.

Um dos anjos menores, o de capa vermelha, desceu e caminhou até mim. Eu não o temia, mas não queria tão perto de mim. Ainda sim, ele agachou na minha frete, colocando a sua espada de lado, e olhou bem fundo nos meus olhos. Eles não tinham cor definida, pois uma hora estavam azuis, depois verdes, e terminaram dourados. Eram como o brilho de uma estrela, um ponto mínimo no céu noturno que muda de cor. Com um leve sorriso, ele começou uma frase em latim.

— Mas o que é isso? — Falei, ficando cada vez mais irritada. — Deixe eu ir embora, não aguento mais ver a cara “angelical” de vocês.

— Senhorita, como você disse, nós não fizemos muita coisa por ti. Mas decidimos que isso tem que mudar. Chegou a hora. — Falou, expressando uma falsa paz. — Você passará por um processo conhecido por alguns como Prover Os Votos. Nós vamos auxiliar a senhorita a voltar a ser como era.

— Quem você pensa que é para decidir sobre isso? Agora, essa minha forma só surgiu pois um dia eu fui daquele jeito, fraca, sem destino. Eu só mudei a direção do barco, mesmo sem vento — Soltei. Eu só percebi o quanto falar isso me doeu quando senti como u buraco estivesse sendo aberto no meu peito. O anjo a minha frente levantou, falou em latim mais uma vez e se virou para o anjo maior. E, mais uma vez vi os seus lábios se mexerem, e não escutar nada. Mas o que senti foi totalmente diferente: senti uma rajada forte, e por um segundo pensei que tudo aquilo me levaria para longe dali. E sim, levou.

Quando me recompus estava numa sala toda manchada, e obviamente a maior quantidade de pingos eram vermelhos. Nela também havia várias correntes, jogada no chão, e outras presas numa espécie de jaula.

De repente, outro ser alado apareceu (não sei como) e, obviamente após seu discurso latim, começou a falar a minha língua.

— Para todos, há uma segunda chance. Se você preferir Prover os Votos sem dor, mas por mais tempo, há um outro modo. Sirva a missão celestial de auxiliar os terrenos, e você não irá sofrer. — Mal percebi quando comecei a inclinar a cabeça; Mas naquela posição, tudo o que quis foi sorrir. Mais é claro que não gosto dos cainhos mais “fáceis”, ou pelo menos, não mais. Se era para eu sofrer, que eu o fizesse da melhor maneira. Que eu dançasse ao som da música mais complexa.

Ele pareceu entender o recado. Fez uma cara semelhante a desapontamento, e depois de suspirar, falou algo como “assim seja”.

— Entretanto, você ainda terá essa chance de escolha. E até lá, você ficará aqui.

Com isso, as corrente começaram a se prender ao meu corpo, sozinhas. E quando pararam, ficaram alguns minutos sem nada fazer, o que me pareceu ser uma chance de desistir daquilo. Mas eu não iria.








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Notas finais do capítulo

Janee, minna-chan
Bjkas, ASaKO ou RF :D



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