Cinzas de Prata escrita por Petra del Rei


Capítulo 34
Capítulo 33 – Escapando do Subsolo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Desculpem me pela demora nas postagens. Estou escrevendo para fics com menos frequência pois estou estudando para concurso.

Bom... no capítulo anterior, nós vimos um pouco do passado de Silvestre e sua motivação para ser um treinador forte para enfrentar as adversidades. Mas pelo visto, não dá pra ajudar ele não. Ashley e Whitney salvam ele. Mas ele não parece ser muito grato por isso.

Tenham uma boa leitura!



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Ashley e Whitney ainda estavam escondidas atrás da empilhadeira. As duas estavam ofegantes e pensavam no próximo passo. Porém, elas devem se decidirem rápido, pois os inimigos já sabem da sua presença. É questão de tempo até serem encontradas. E para piorar a situação, Rochelle e Miles haviam se separado delas. Ashley estava apreensiva por causa disso.

— E agora? – murmura a garota – Rochelle e Miles estão em perigo.

— Ashley! – Whitney encara a treinadora seriamente – acho que o melhor que temos a fazer é confiar em seus Pokémon. Não podemos perder mais tempo procurado por eles. Temos que resgatar o dono da Rádio e sair logo daqui para que a polícia possa agir contra eles. Você acha que eles são capazes de entender a situação e ficar escondidos em um lugar seguro até serem resgatados?

Ashley pensou. Sabe que Rochelle é responsável e prudente. Ela evitaria batalhas desnecessárias e faria o possível para proteger Miles. Porém a pequena raposa, apesar de bem inteligente, pode ser que não tenha maturidade em perceber que estão em sérios apuros. Então ela deve contar com a Rochelle para proteger o Miles e esperar que eles não sejam pegos pelos Rockets.

— Whitney! Vou te ajudar com o resgate! – decide a treinadora – quando concluir sua missão, você pode sair com o refém. Se a Rochelle não conseguir voltar, eu vou permanecer aqui e procurar por ela!

— Mas é arriscado você ficar aqui sozinha e...

— Os meus Pokémon são de minha responsabilidade! – Ashley interrompe a Whitney – eu sei que não devo te atrapalhar na sua missão. Porém, assim que a terminar, vou seguir a minha em procurar os meus Pokémon. Você não precisa se preocupar comigo!

— Você é teimosa garota! – disse a líder dando nos ombros – espero que Rochelle consiga te encontrar antes disso!

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Em uma outra parte do depósito, Rochelle e Miles vão caminhando rapidamente pelo caminho sinuoso formado pelas pilhas de caixotes. Eles estavam despistando um adversário que a Graveler considera perigoso. Eles param por um momento e se escondem por entre os pallets abarrotados de produtos.

— Shhhiiii! Fique quieto! – cochicha Rochelle para o Miles.

A pequena raposa não tem escolha senão obedece-la. Estão em um lugar escuro e desconhecido e, segundo Rochelle, cheio de inimigos. Eles se assustam ao perceberem que uma sombra em forma de estrela passa por eles.

Permaneceram em silêncio por alguns minutos. Imaginando que estariam seguros, o Vulpix resolve perguntar:

— Por que estamos com tanto medo daquela Staryu?

— Fale baixo moleque! – com o dedo próximo a boca, a terrestre pedia que a raposa baixasse o tom – não devemos subestimar esse Pokémon! Ele tem vantagem sobre nós dois! Sempre ouvia do meu namorado que esse Pokémon é de uma das linhas evolutivas mais perigosas de se lidar em batalha. Se isso evoluir para uma Starmie, teremos um adversário bem problemático!

— Por que? – pergunta o Vulpix curioso.

— Meu namorado disse que, se bem treinado, um Starmie pode ser mais perigoso do que um Gyarados e...

Mas não deu tempo para Rochelle terminar com a explicação. A Staryu se coloca diante deles. Sem a estrela dizer nada ou esboçar qualquer reação, uma onda simplesmente surge por de trás dela.

— Ferrou! – Rochelle se desespera. Ela pega o Miles e corre para escapar das ondas. Ela havia realizado alguns Polimentos da Rocha para melhorar sua agilidade, então ela foi capaz de escapar da água que começava a inundar o local.

Porém a Staryu poderia tentar atingi-los de novo. Em um rápido raciocínio para garantir a segurança deles, Rochelle desfere uma Tumba de Rocha na estrela. Isso reduz a agilidade da mesma. Então a Graveler resolve empurrar alguns caixotes que estavam empilhadas em um pallet. Essas caixas, juntamente com as Rochas vão soterrando o aquático no local. Sem olhar para trás, Rochelle se afasta do tumulto causado juntamente com o Miles.

— Rochelle! Você matou aquela Staryu? – questiona a raposa, que estava meio assustada.

— Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe! – disse a Graveler rispidamente. Não podia ter piedade naquele momento. Ou era ela, ou eles.

A terrestre encontra um corredor estreito e se esconde juntamente com o Miles. Ofegante, ela se senta para recuperar o fôlego.

— Acho que estaremos seguros, por enquanto!

Ficaram alguns minutos em silêncio. Miles resolve conversar:

— Ei Rochelle!

— Fala!

— Você tem namorado?

— O certo seria que eu tinha... – ela respira fundo – faz muito tempo que não o vejo. Ele tinha ido embora com o seu treinador!

— Mas como alguém pode namorar uma Pokémon tão feia quanto você? – pergunta Miles com a maior naturalidade.

— Feia?! – Rochelle franziu a sua rochosa testa – ó moleque, você deveria saber que o conceito de beleza varia de Pokémon pra Pokémon!

— Varia? Como! – o Vulpix fica sem entender nada.

Rochelle pega a raposa pelas costas e olha bem nos olhos delas.

— Um monte de pelos como você deve se achar a coisa mais fofa do mundo! Mas fique sabendo que você não me atrai em nada! O que você pode achar bonito, pra mim pode parecer bizarro. E o contrário disso também acontece.

— Como assim?

— Bem... – Rochelle pensa em uma explicação para que a raposa possa entende-la – você pode achar lindo e fofo criaturas peludas como Pokémon de sua espécie, ou Eeevee, ou Pikachu. Mas pra mim, são criaturas como Onix, Graveler ou Rhydon que são graciosas.

— Onix? Graveler? Credo! – a raposa demonstra certa repulsa.

— Que credo o que! – repreende Rochelle – eu mesma já namorei com um de minha espécie e ele era um cara muito legal! – ela baixa o tom de voz, em tom de tristeza – por que ele tinha que me deixar?

— É... se bem que faz sentido sendo alguém de sua espécie! – Miles começa a entender a sua companheira.

— Mas tem muitos Pokémon minerais eu que gostaria de encontrar! – Rochelle recupera seu ânimo – vi em revistas encontradas em Centros Pokémon, várias espécies rochosas de diversas regiões. Tem o Gigalith de Unova. São tão elegantes com aquelas rochas polidas. E tem um de Galar que... MEU ARCEUS! O nome da espécie é Coalossal. Tem o corpo tão lustroso e quente... não me importaria em passar a noite com um e... – Rochelle começa a se sentir envergonhada. Estava ficando empolgada demais em seus devaneios. Não deveria ficar falando uma coisa dessas na frente de um filhote.

— Por que você queria ficar com um “Colassoau” por uma noite? – pergunta Miles inocentemente, sem entender a insinuação de Rochelle.

— Você é muito novinho pra entender essas coisas! – a terrestre resolve encerrar o assunto.

Então ela vai até o começo do corredor para observar a situação. Ela escuta certos múrmuros de Pokémon. Ela escuta fungadas de Houndour e Houndoom. Ainda avista três Magnemite e um Magneton flutuando pelo local. Eles estavam rastreando os invasores.

— Ai ai! Estamos encrencados! – Rochelle fala baixinho – mandaram a cachorrada atrás de nós! Esses bichos devem ter um bom faro! É questão de tempo até eles nos encontrarem!

— O que a gente tem que fazer? – pergunta Miles também falando baixo.

— Temos que agir discretamente!

Segurado o Miles com um dos pares de braços, Rochelle vai se movendo por entre as caixas e armários, fazendo de tudo para que não seja notada pelos caninos noturnos. Ela contabiliza que haviam dois Houndoom e quatro Houndour no recinto. Ela lembra que os menores são liderados pelas formas evoluídas. Se conseguir debilitar os Houndoom, será muito mais fácil em lidar com os Houndour, que ficarão desorientados.

— Miles, fique por cima dessas caixas!

Obedecendo o comando da mais velha, a raposa vai subindo pelas caixas. Enquanto isso, Rochelle vai se espreitando até ficar atrás de uma pilha de caixotes de madeira que estava logo atrás de um dos Houndoom.

— Fazer a mesma coisa que eu fiz com a estrela! – com seu Tumba de Rocha, ela empurra pedras e caixas que soterraram um dos Pokémon noturno. O mesmo acabou ficando bastante machucado com essa ação e acabou ficando inconsciente.

— O que está acontecendo? – o outro Houndoom ficou em guarda – fiquem atentos cambada! Alguém derrubou o Skull!

O Houndoom começa a farejar as caixas que caíram sobre o seu companheiro – se eu pego o desgraçado que fez isso... xiii rapaz, parece ser um Pokémon mineral... deve ser um de pedra...

— Acertou querido! – rochas são lançadas em direção ao noturno. Esse ataque não foi capaz de derrubá-lo, apesar de deixa-lo bem ferido.

— GRRRRRR! Você me paga sua feiosa! – rosna o Houndoom – EI! SEUS PEDAÇOS DE SUCATA! DEEM UM JEITO NESSE PREDEGULHO! – ele ordenava para os Magnemite e Magneton que estavam por perto. Logo, os Pokémon metálicos estavam com sua atenção voltada para a Rochelle.

— Droga, e essas pragas vão acertar movimentos metálicos em mim... – a Graveler demonstra preocupação, já que movimentos metálicos podem ser bastantes prejudiciais a ela. Porém uma intensa rajada de fogo acerta os imãs, deixando os Magnemite incapacitados e causando um bom dano no Magneton.

“Tem mais intrusos aqui!” declarou o elétrico, tentando avistar quem foi o responsável pelo ataque de fogo.

— Tem um Vulpix ai em cima! – Um dos Houndour consegue avistar o Miles por cima das caixas.

— Vocês vão se arrependerem por isso! Grrrrrr! – o Houndoom continua rosnando de modo ameaçador. Uma rajada negra e sinistra sai de sua boca e é disparada contra a Rochelle. Era o Pulsar Negro, que causa um bom dano em Rochelle.

—Arg... atacante especial... – a Graveler estava ofegante – Miles, não desça dos caixotes! – Ela ergue um pé e começa a pisotear várias vezes no chão com força. Isso vai causando um forte tremor que vai dificultando o equilíbrio dos Pokémon. Até o Magneton acabou caindo no chão devido a vibração do solo.

Percebendo o perigo que o movimento de Rochelle, Miles se abaixa e se equilibra como pode no topo da caixa. Se ele caísse no chão, também seria afetado pelo tremor. A vibração logo se torna um tremor de terra. Isso causa um barulho estrondoso e os Pokémon inimigos não resistem a vibração e acabam caindo todos debilitados. E para piorar a situação deles, algumas caixas acabam caindo por cima deles. Rochelle acabou desferindo com sucesso o seu ataque Terremoto.

Assim que cessou o tremor, ela respirou fundo para recuperar o fôlego. Ela pega o Miles, que estava se tremendo todinho, e sai rapidamente do local. Aquele barulho forte com certeza irá atrair outros inimigos.

Ela correu por alguns momentos, até que encontrou um estreito corredor, onde ela se esconde para recuperar as energias.

—  Nossa! Foi quase... – suspira ela. E agora sente as dores causadas pelo ataque que tinha recebido do Houndoom – Miles... você ficou com medo?

— Um pouco... – o Vulpix ainda se tremia, mas queria demonstrar valentia – mas esse seu ataque foi demais.

— É mesmo? É o movimento Terremoto! E é bem perigoso de se usar! Se não tomar cuidado, isso pode afetar até os aliados! – explica a Graveler – mas aquele cachorro me deixou bem acabada! Não sei se aguento mais um ataque desses!

— Ei Rochelle, será que isso vai fazer você se sentir melhor? – Miles revela que tinha uma Super Porção escondida por entre os seus rabos.

— Isso é uma porção! Aonde conseguiu isso moleque?

— Daquelas caixas que quebrou com o Terremoto! – responde a raposa – vi um frasco cair próximo de mim e eu achei que isso possa ser útil!

— Normalmente eu te diria que não é certo pegar as coisas dos outros sem permissão! Mas como estamos em situação de vida e morte, então eu não tenho escolha senão usar isso! – Rochelle aperta o spray e despeja todo o conteúdo da Super Porção em si. Eles ficaram por um tempo no corredor até que a Graveler ponderou que ficar muito tempo em um mesmo lugar seria arriscado. Depois de analisar os arredores, ela finalmente saiu daí segurando o Miles.

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Ashley e Whitney desceram por uma escada que as levaram para o segundo andar do subterrâneo. O local ainda tinha mais caixas de madeira estocadas. A movimentação dos capangas era menor pois eles achavam que neste andar ainda não tinha invasores. Elas percorrem pelo recinto sorrateiramente até que chegam próximas a uma parede onde há um conjunto de interruptores.

— Deve ser aqui que estão os botões que os capangas mencionaram! – cochicha a líder – você se lembra da sequência?

— Peraí... – Ashley ficar pensativa para se recordar da sequência – lembrei... é vermelho, verde e azul.

Whitney aciona os botões na ordem mencionada por Ashley. Elas escutam um barulho de uma porta automática se erguendo próximo a elas. As garotas vão rapidamente para o recinto que se abriu e viram que havia um senhor de idade que estava atado com teias de Ariados.

— Mais Rockets?! O que mais vocês querem... cof cof...

— Senhor Diretor! Se acalme! – Whitney vai rapidamente até ele para acalmá-lo – nós não somos Rockets! Não me reconhece? Sou a Whitney, líder de ginásio de Goldenhod! Eu e minha amiga estamos aqui para resgatá-lo! – Ela tira o boné para que seja reconhecida pelo diretor.

— O Senhor está bem? – confere Ashley, que estende uma garrafa para oferecer ao idoso – vai querer uma água?

— Não vou negar que estou com a garganta seca... cof... cof... espero que isso seja água mesmo... – o diretor ainda desconfia de Ashley.

— Pode confiar nela! – fala Whitney – ela também foi vítima dos Rockets. Agora está me ajudando a detê-los.

— Se é o que você diz – o velho bebe da garrafa que é segurada pela líder.

— Vou tirar o senhor daí – a garota libera seu Lickilicky – use o Lança-chamas, porém tente na menor intensidade possível, pois é só para libertar o diretor das teias.

O Pokémon cor de rosa sopra uma fraca rajada de fogo, apenas o suficiente para libertar o refém das teias de Ariados. Depois disso, ela recolhe o Lickilicky.

— O senhor pode andar? – pergunta Ashley.

— Acho que sim... – o diretor, que usava um terno marrom, que estava cheio de fiapo de teia de Ariados, levanta com uma certa dificuldade. Porém ele demonstra que pode se locomover até a saída.

— Ashley, vamos leva-lo para fora daqui! – decide a líder.

Assim saíram da sala que confinava o diretor. A treinadora vai indo na frente, enquanto que Whitney vai logo atrás segurando a mão do diretor.

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Enquanto isso, Rochelle ainda perambulava pelo primeiro andar subterrâneo a procura de sua treinadora. Ela acaba passando por um lugar que estava alargado e cheio de caixas que haviam sido derrubadas e espalhadas, e que agora, bloqueavam o corredor.

— Acho que já passamos por aqui! – a Graveler reconhece que tinha sido ela mesmo que derrubara essas caixas. Então ela escuta batidas vindas de uma pilha dessas caixas.

— O que é isso?- pergunta Miles.

— Agora lembrei! Foi por aqui onde eu derrubei um monte de caixotes sobre aquela Staryu que estava nos perseguindo! E não é que ela sobreviveu a isso! Criatura sortuda!

As batidas continuavam. O Pokémon aquático estava preso no meio daquela pilha de caixas e estava querendo se libertar.

— Pare de se debater aí, senão você vai acabar sendo esmagado! – aconselha Rochelle.

Logo as batidas cessaram.

Rochelle logo decidiu, mesmo achando que vai se arrepender disso depois – se eu te tirar daí você simplesmente dá o fora daqui, está bom?

“Tá!” apenas uma aguda voz telepática surgiu na mente de Rochelle. Foi o suficiente para ela saber que o acordo está feito. Cuidadosamente, ela foi tirando as caixas uma em cima da outra até que se abriu uma fresta. De lá, a o Pokémon estrela rapidamente saiu voando daí e sumiu da vista dos outros dois Pokémon.

“Obrigada!”

— Hunf... pelo menos é educada! – suspirou Rochelle.

A Staryu vai levitando sem rumo pela sala. Repentinamente, ela é agarrada por uma mão roxa.

— Finalmente te encontrei! – um sinistro Haunter agarrava a estrela pela ponta superior – você não falhou em derrotar aqueles dois, falhou?

“Eles... eles escaparam...” disse a estrela relutante.

— Minha nossa! Até mesmo contra Pokémon de pedra e de fogo você é inútil! – zomba Buster – vamos logo encontra o Silvestre. Ele vai ficar bem surpreso ao saber da sua derrota... kkkkk... a não ser que a gente guarde uns certos segredinhos... – ele ri de forma maléfica. Apenas percebe-se que a luz do núcleo da Staryu estava piscando de forma trêmula.

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As garotas, juntamente com o refém, já subiram para o primeiro andar subterrâneo. Elas vão procurando rapidamente pela saída.

— Ashley! Se formos por aquela porta de ferro enorme, iremos subir para o térreo da Loja de Departamento e... se abaixem!

Os três se esconderam rapidamente por de trás dos caixotes. Logo próximo à porta que levava a saída, Silvestre ainda duelava com os Rockets.

— Saiam do meu caminho seus bandidos! Eu vou destruir o chefe de vocês!

— Hahahahahaha... – riram os capangas. Era uns dez que estavam bloqueando a saída - Acham que um moleque desses pode nos deter?

Cinder, Raver, Spark e Frost estavam bem exaustos por causa das inúmeras batalhas que enfrentaram. Silvestre sabia que se eles caírem, ele com certeza será o próximo. Já estava se maldizendo pela fraqueza do seu time e a sua. Só que repentinamente, uma enorme onda surgiu e ela foi arrastando alguns Pokémon mais fracos que estavam diante do Silvestre e seu time.

— Hunf... olhe só quem apareceu... – ele dá uma leve risada ao perceber que ainda tem uma chance. E uma Esfera Sombria atinge mais um outro Pokémon.

— Silvestre! Achei a ... arg! Que fogaréu! –  Buster ia anunciar que achou a Staryu, porém teve que interromper a sua fala para desviar de um repentino Lança-chamas.

— Miles cuidado! – a Graveler chama a atenção – saco... tem muitos deles aqui!

— Rochelle! Miles! – Ashley se afoba ao avistar seus Pokémon.

— A Ashley Ranes também está tentando escapar! – anuncia um dos capangas.

— Droga! Você nos revelou! – se irritou Whitney, que ainda segurava a mão do diretor.

— Vocês não vão escapar daqu... AAAARGGGGG! – os Rockets são atingidos por um forte golpe realizado por uma cauda de Gyarados.  Quatro capangas acabaram perdendo a consciência.

Acompanhada pela sua Gyarados, uma mulher de cabelos azuis e que usava um macacão e uma esvoaçante capa vai entrando calmamente no andar.

— Não imaginaria que eu encontraria esse moleque de novo! – disse ela com desdém.

— Droga... essa bruaca de novo... – murmura Silvestre meio temeroso.

— Essa mulher está do nosso lado, não está? – sussurra Ashley ao observá-la com certo nervosismo.

— Bem, ela é a líder mais casca grossa de Jotho! – explica Withney – ela é a Clair da cidade de Blackthorn.

— Ei “Whitneyzinha”, você não pôde lidar com esses fracotes não? – fala Clair de modo arrogante – teve que pedir ajuda de alguns pirralhos?

— Minha filha, estava resgatando os reféns daqui! – a de cabelo rosado rebate aborrecida – a Kuni já conseguiu saí daqui, não foi?

— Ah sim! Vi ela agora a pouco se dirigindo ao Centro Pokémon! – responde a mulher – agora leve o presidente para um lugar seguro! Agora vou fazer a limpa nesse local.

— Agora terei que seguir ordens suas?! Saco! – Whitney infla as bochechas em sinal de protesto. Entretanto, ela sabe que deve sair imediatamente para a segurança do presidente e dos treinadores Ashley e Silvestre.

Os três treinadores recolhem todos os seus Pokémon e saem correndo pela porta sem olhar para trás. Enquanto a Clair vai avançando calmamente no sentido contrário, indo em direção aos capangas que ainda permaneciam de pé. Ela vai estalando os dedos e a sua Gyarados vai acompanhando próxima à sua treinadora, lançando um olhar que intimida qualquer um que tenha coragem de encará-la.

— Agora vão conhecer a ira draconiana de Clair!

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Os quatro finalmente chegam ao salão principal da Loja de Departamento. Estava vazio já que todos os clientes e funcionários foram evacuados.

— Cara... essa Clair não é muito simpática não! – comenta Ashley meio ofegante.

— Um amor de pessoa! – ironiza Whitney, ainda meio aborrecida.

— É uma bruaca, isso sim! – resmunga Silvestre.

— E eventualmente terei que lutar contra ela... – Ashley percebe que resta apenas a Clair para enfrentar na batalha de ginásio em Jotho. Isso deixa a garota meio assustada.

— Esse jovem era tão promissor... – murmurava o presidente – não imaginaria que ele se envolvesse em algo tão terrível!

— De quem está falando? – questiona Whitney, tentando saber mais sobre o atentado dos Rockets.

— Esse rapaz não só está a serviço dos Rockets como também é o mentor deste ataque e do esquema de afetar os Pokémon com as ondas de rádio! – revela o presidente – estou falando do Archer Edgar!

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Glossário

Pulsar Negro - Dark Pulse

Terremoto - Earthquake

Esfera Sombria - Shadow Ball


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Notas finais do capítulo

Pronto gente! Demorou mais saiu! Esse capítulo teve mais interação da Rochelle com o Miles mesmo. Sem falar que a Clair chegou pra salvar o dia! Mas a revelação do presidente da rádio foi bombástica. Como Ashley e Silvestre vão agir agora?

Espero que tenham gostado da leitura!
Até mais ;)



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