Cinzas de Prata escrita por Petra del Rei


Capítulo 22
Capítulo 21 – Viagem pelo mar aberto


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase um ano sem atualização! Finalmente mais um capítulo!

Ashley prossegue viagem até a cidade de Olivine! Chegando lá, ela descobre que a sua líder de ginásio, Jasmine, não está a frente do ginásio pois está cuidando de um Pokémon que necessita urgentemente de um remédio que está com um farmacêutico na cidade de Cianwood. A garota prontamente se oferece a buscar o medicamente e irá atravessar o mar juntamente com a Caninana.

Boa leitura!



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As Rotas 40 e 41 são rotas marítimas que Ashley deve atravessar para chegar à cidade de Cianwood. Ela vai navegando nas costas de Caninana, que por sua vez, estava maravilhada por conta da grande extensão de mar por onde vai nadando.

— Cara! Nunca tive tanto espaço para nadar! – a Gyarados estava com os olhos brilhando.

— Realmente você nunca tinha estado no mar antes, não é? – pergunta a garota. Caninana balança a cabeça negativamente:

— Passei maior parte da minha vida naquela poça pequena! Agora que estou esse marzão, agora vou nadar até não poder mais! – nisso ela se empolga e acaba dando um mergulho.

Isso pega Ashley de surpresa, que se segura firmemente nas escamas da Caninana. Em seguida, ela emerge do mar dando um enorme salto – UH HUUUUUH! – grita a aquática alegremente.

— Caninana, lembre-se que estou montada em você e não posso ficar submersa! – alertou a garota – e além disso, temos que chegar à Cianwood antes da tempestade, porque senão vai ficar perigoso!

— Foi mal! – a Gyarados se acalma e continua o nado com segurança.

Ashley acaricia a cabeça dela – quando terminarmos essa tarefa de levar o remédio até a Amphy, eu deixo você se divertir no mar o quanto quiser, está bem?

— Certo! – respondeu Caninana contente. E assim elas prosseguiram com a viagem.

Passou-se algumas horas. Vez ou outra elas encontravam Tentacools e Tentacruéis pelo caminho. Algumas vezes, Ashley teve que chamar o Shion para espantá-los. À medida que se aproximavam da ilha, elas vão encontrado rochedos e redemoinhos pelo caminho. Elas estão na Rota 41, e a garota percebe que o caminho é mais complicado do que parece.

— Esse complexo de rochas e redemoinhos deixam essa rota se parecer com um labirinto! – suspira a garota.

— Será que um Pokémon local saberia o caminho daqui? – pergunta Caninana.

— Talvez saibam pelo menos de uma rota segura! – idealiza Ashley.

Logo, elas avistam um Tentacool passando. Ashley resolve capiturá-lo. Ela lança a Pokebola e pega o aquático sem problemas. Após isso, ela o solta de volta ao mar.

— Olá querido! – ela cumprimenta o recém-capturado.

— Olá! – a criatura disse em uma suave voz feminina, meio relutante – você quer algo de mim?

— Quero chegar a uma ilha mais próxima daqui, tem como me guiar até lá? Esse caminho de pedras e redemoinhos me confunde! – pedia a garota.

— Se for para umas ilhas que está além dos redemoinhos eu não posso te levar! Não posso passar pelos redemoinhos, que as protegem contra invasores! – disse a Tentacool timidamente – e dizem que o Guardião dos Mares vive nela e não gosta de ser incomodado.

— Mas não quero uma ilha com um guardião, eu quero uma onde tem uma cidade com pessoas! – explica a treinadora – prometo que te solto depois dessa!

— Agora que me falou, realmente tem uma grande ilha cheia de humanos! Lembrou a água-viva – ela não fica muito longe daqui. Dá pra eu levá-las para lá!

— Aí sim! – disse a garota empolgada.

Assim, com a Tentacool nadando na frente, Ashley seguiu viagem pela Rota 41. Depois de algumas horas, quando o sol estava se pondo, nuvens carregadas surgiram no céu. Ela ficou preocupada pela iminência de uma tempestade que foi prevista durante o dia. Mas viu luzes de uma cidade em uma ilha que avistou no horizonte. Estavam chegando em Cianwood.

— Depressa Caninana, devemos chegar lá antes da tempestade iniciar!

A Gyarados nadou mais rápido que podia. Demorou vinte minutos até que finalmente chegassem à praia. O mar estava ficando agitado e uma garoa estava caindo quando Ashley pisou em terra firme.

— Ufa... chegamos bem a tempo! – suspirou a treinadora aliviada.

Ela se virou para o mar e viu a Tentacool olhando para elas. Foi até a criatura para ver o que ela quer:

— Obrigada por nos guiar até aqui! Se quiser pode ir embora... ou quer ir com a gente?

— Posso ficar com vocês? – a Tentacool perguntou timidamente.

— Pode! – responde Ashley – qual seu nome?

— Úrsula!

— Pois bem Úrsula, depois a gente conversa melhor sobre esse guardião que me falou, está bem? – e então ela recolheu a Tentacool na pokebola, assim como a Caninana, que deve estar cansada da viagem.

A chuva começou a cair mais forte. A garota então começou a correr para cidade em busca de abrigo. Mas ela vê um vulto azulado passando rapidamente por ela.

— Quem está aí?

Ela seguiu os rastros que a criatura deixou. Não demorou muito até ela avistar, entre os rochedos da praia, o Suicune, que olhava fixamente para ela.

— Er... o que você faz aqui?

A curiosidade falou mais alto do que o medo. De certo modo, Ashley sentia que o Suicune não queria lhe fazer mal. Então, cautelosamente, ela vai se aproximando da criatura lendária. Faltavam apenas uns cinquenta centímetros para ter o alcance de tocá-lo, quando se escuta uma voz estridente:

— SUUUUICUNEEEEEE!!!

Foi o suficiente para Suicune sair correndo em direção ao mar. Ele corria sobre o mar. E em poucos segundos ele some do horizonte.

— Não acredito que você esteve tão próxima do Suicune novamente! – Eusine era o dono da voz – não acredito que ele fugiu novamente! Justo quando eu estava prestes a contactá-lo!

— Se você não tivesse dado aquele berro...

— Agora eu estou enfezado! – o rapaz interrompeu a Ashley – a desafio para uma batalha!

E ele liberou um Drowzee. Ashley viu que não tinha escolha e liberou a Caninana.

— Morfeu, use Hipnose! – comenda Eusine e o psíquico prontamente executa a técnica, tentando adormecer a adversária.

— Não, obrigada! Não tô com sono! – Caninana consegue evitar as ondas hipnóticas e desfere uma mordida que debilita o Drowzee.

— Uma Gyarados! Pois tenho algo apropriado para ela! – declarou Eusine recolhendo o Pokémon derrotado. Em seu lugar, ele libera um Electrode – agora é sua vez Hermes!

Ashley sabe que um elétrico é bem problemático para Caninana. Ela a chama de volta e libera a Rochelle.

— Espero que tenha um bom motivo para você me chamar nesse chuvaréu! – disse a Graveler aborrecida. Ashley aponta para o Electrode diante delas.

O elétrico desfere o Estouro Sônico, causando um pouco de dano na terrestre. Mas a Magnitude de Rochelle bastou para derrotá-lo.

Ashley tratou logo de recolher a Rochelle devido à chuva. Eusine agora chamou por um Haunter. E a garota chama novamente a Caninana. Bastou algumas mordidas para que o fantasma fosse derrotado.

— Desisto! Admito que batalhas nunca foi meu forte! – o jovem aceitou a derrota.

— Então vamos sair logo daqui que eu não quero pegar um resfriado! – a garota correu para buscar um abrigo.

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As ondas estavam intensas no meio da Rota 40. Não é recomendado que ninguém estivesse navegando naquele mar neste momento, seja em embarcação ou em Pokémon. Mesmo assim, havia um garoto de cabelos ruivos que tentava desbravar esse caminho sendo carregado por um Tentacruel recém capturado.

— Vamos logo criatura imbecil? Não sabe navegar por essas águas não! – disse enquanto estapeava a cabeça dele.

— Aiii! Calma rapaz! – gritou a água viva macho – não deveríamos ter saído nessa tempestade! Tá muito difícil nadar por essas ondas revoltas!

— NÃO QUERO SABER! - grita Silvestre – ME TIRE DESSA AGORA MESMO, OU ENTÃO... – ele bate no orbe vermelho do Tentacruel, causando-lhe dor.

— AIIII SEU INFELIZ!!!!! – gritou o aquático. De repente, uma enorme onda desaba sobre eles.

Momentos depois, o Tentacruel se reergue para a superfície. Mas percebeu que Silvestre já não estava em cima dele.

— SILVESTREEE! CADÊ VOCEEEEÊ?

O água-viva o procurou por cerca de dezenas de minutos, mas nem sinal do garoto.

— Ai ai... SILVESTRE, ONDE VOCÊ TÁ? ESSE MAR TÁ PERIGOSO! CADÊ VOCÊ?

Porém o aquático ponderou se isso pode ser uma oportunidade para se livrar dele. Ele se lembrou que, em nenhum momento, o Silvestre foi gentil com ele. O garoto só gritava com ele e até chegou agredi-lo a poucos instantes. O curto tempo que passou com ele não foi nada agradável.

— Que seja... já era para ele! Só sinto pena dos meus companheiros que terão o mesmo destino daquele pirralho... – e então ele resolveu nadar abaixo da superfície, aproveitando a sua liberdade readquirida.

Enquanto isso, Silvestre estava com seu corpo afundando pelo mar.

“Ulisses... vem aqui desgraçado... não tá vendo que estou afundado?”

Mas nem sinal do Tentacruel. À medida que o oxigênio vai diminuindo em seu cérebro, ele vai perdendo a consciência.

“Então esse é o destino dos fracos!” ele cerra os punhos “Eles são descartados, abandonados e por fim, são eliminados por esse mundo cruel!”

Ele se lembra dos abandonos que sofreu de seus familiares. Primeiro o da mãe e posteriormente, de sua meia irmã. A última coisa que viu antes de perder a consciência foi uma pequena luz vermelha.

“Resista garoto! Vou te ajudar!” uma voz fina ecoou em sua mente.

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No Centro Pokémon, Ashley havia se banhado e seus Pokémon estavam em tratamento. No saguão, ela se encontra com Eusine, que também estava com roupas secas.

— Realmente você é uma garota muito sortuda! Se encontrar com Suicune duas vezes! – disse o rapaz.

Ele não imagina que essa é o terceiro encontro de Ashley com o lendário aquático. Ela não se atreveu falar sobre o incidente da Rota 42.

— Mas talvez você teria conseguido se aproximar dele se não tivesse feito aquele escândalo! – apontou a garota.

— Realmente... é algo que não consigo controlar! – admitiu Eusine – fico todo emocionado a respeito do Suicune. Mas e aí? Soube que conseguiu a insígnia do Morty.

— Aí, não me lembre disso! – Ashley se arrepiou ao se recordar daquela batalha – seu namorado é louco! Fez seus Pokémon criarem um monte de ilusões assustadoras em mim!

— O Morty é meio rígido as vezes!

— Meio? Sabe-se se lá o que teria acontecido comigo ou com meus Pokémon.

— Mas essa é a maneira do meu querido testar os treinadores! – continuou Eusine – ele não só examina as estratégias de batalha como também as suas maneiras de lidar com o medo! Isso é típico de treinador especializado em fantasmas.

— Que seja! – suspirou Ashley, e ela resolveu mudar de assunto – e ouvir dizer que há tipo um guardião dos mares. Tem mais um lendário por aqui?

— Talvez esteja se referindo ao Guardião dos Mares Lugia! – apontou Eusine – é raríssimo ele aparecer para os humanos. Ainda mais que ele já foi perseguido por criminosos! Porém ele, com ajuda de treinadores que protegem os lendários, conseguiu se livrar daqueles que o atormentaram. Atualmente, é dito que ele esteja em um lugar de difícil acesso nas Ilhas do Redemoinho! E ainda é dito que ele é o mestre e criador das três Aves Lendárias de Kanto.

— Hum... – a garota achou interessante a história – você também quer vê-lo?

— Seria maravilhoso encontrá-lo! Mas não creio que ele seja tão bonito quanto o Suicune!

— Tá bom! Queria conversar mais, só que ainda tenho que passar na farmácia! Tem um Pokémon doente lá em Olivine que precisa desse remédio urgente! – Ashley se lembra de sua tarefa e se despede de Eusine.

— Certo querida! Até mais! – o rapaz também se despede.

Mesmo na noite chuvosa, usando uma capa de chuva, ela anda pela cidade de Cianwood a caminho da farmácia. Não demorou muito encontrá-la com o auxílio de um mapa. Era um lugar bem antigo. Um senhor de idade estava no atendimento em um velho balcão de madeira, onde sob ele, repousava um Shuckle.

— Senhor! É aqui que consigo o remédio encomendado pela Jasmine? – pergunta a garota mostrando para o atendente, uma cópia do receituário do remédio.

— Sim! Aquele remédio para o tratamento daquela Ampharos, não é? – ele via o papel com a ajuda de seus óculos – pois aqui está ele! – então lhe dá um pequeno frasco de vidro.

— Obrigada senhor! – agradeceu a garota. E assim, ela volta para o Centro Pokémon para descansar, pois irá acordar bem cedo no dia seguinte para entregar esse medicamento o quanto antes.

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As ondas estavam mais calmas quando Silvestre finalmente acordou. Ele sentia as pálpebras pesadas e a primeira coisa que viu foi o céu estrelado da noite. Percebeu que estava deitado na areia. Com dificuldade ele se levantou, sentindo seu corpo pesado e suas roupas enxarcadas. Ele estava em uma minúscula ilha isolada.

“Você está bem?” escutou em sua mente uma aguda voz telepática.

— Quem está aí? – o garoto não via ninguém pela praia. Mas, uma Staryu se aproxima dele timidamente.

— Então foi você? – será que foi essa pequena estrela que o salvou? “Tive que depender de uma criatura medíocre como essa?”

Ele verificou suas Pokébolas para ver se todos os seus Pokémon estavam com ele. Percebeu que a de Ulisses, o Tentacruel, estava vazia.

— Que seja... ei! – dirigiu a voz para a Staryu a sua frente – pode me tirar daqui?

“Como... como quiser!” disse o pequeno Pokémon hesitante.

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Assim que o Sol começou a surgir no horizonte, Ashley se prepara para a viagem de volta. Foi para o mar novamente com Caninana e Úrsula. Com as orientações da Tentacool, chegaram à cidade de Olivine em poucas horas.

A garota não perdeu tempo em ir para o farol para dar o medicamento para Jasmine. A líder rapidamente ministrou o remédio para a Amphy. A garota esperou por algumas horas no lado de fora do quarto de onde a Ampharos estava sendo tratada. Até que finalmente Jasmine saiu de lá, com uma expressão de aliviada no rosto.

— Finalmente a Amphy respondeu ao remédio! Ashley, não tem como agradecer o que você fez por mim!

— Tudo bem! Não poderia deixar de ajudar um Pokémon em perigo... – respondeu a garota encabulada.

— Vai demorar mais alguns dias para que a Amphy se recupere totalmente! E aí então poderei aceitar desafios novamente! – disse Jasmine.

— Certo, leve o tempo que precisar! – falou a garota.

— Em Cianwood ainda tem mais rotas para explorar! – informa a líder - além da Zona do Safari! É uma boa oportunidade para você treinar o seu time.

— Obrigada pela informação! – disse a garota – então, eu já estou indo! Até breve!

— Até mais! – despedia Jasmine. Ela volta para o quarto para continuar a cuidar de Amphy.

Ashley almoçou em um restaurante em Olivine. Após isso, ela navegou novamente pelas rotas 40 e 41 para chegar em Cianwood. Chegando lá, ela passou a noite. E no dia seguinte, ela foi até o limite oeste da cidade onde há uma caverna que tem um portão que dá acesso à Rota 47. Essa rota é conhecida pela área montanhosa, com vários penhascos e queda d’águas. Quando chegou nesse lugar, ficou maravilhada ao ver diversas cachoeiras esbanjando toneladas de água que se desembocam no mar.

O caminho mais seguro para atravessar essa rota é descendo a montanha internamente através das cavernas. Com isso ela chega ao mar, no qual pode se atravessar com a ajuda de um Pokémon com Surfar.

Durante o percurso, ela estava prestes a capturar uma Staryu que avistou pelas águas. Mas um Seel entrou na sua frente e foi pego pela Pokébola.

— Afe... – suspirou a garota – que seja... não sei se quero treinar um Staryu novamente! – ela se lembra de Garnet por alguns instantes – mas também não quero treinar um Seel! Caninana e Úrsula já bastam para as viagens marítimas! Então esta foca vai direto para o laboratório do professor Elm!

Francisca estava fora da Pokébola, no lombo da Caninana, para ajudar com as batalhas contra os Pokémon aquáticos locais. Depois de alguns combates, ela percebe que seu ataque Folhas Mágicas estava mais forte. E os brotos em volta de seu pescoço estavam lhe causando um incomodo.

Foi quando chegaram em terra firme e desceram da Gyarados que a Bayleef informou do que estava sentindo.

— Ashley, tem alguma coisa estranha nos meus brotos! Parecem que estão descascando!

— Deixa eu dar uma olhada – a treinadora resolveu examiná-la quando os brotos repentinamente começaram a se abrirem. Deles surgiam enormes pétalas rosas em volta do pescoço de Francisca.

— Ashley! O que está acontecendo?

A folha da cabeça de Francisca caiu. No lugar dela surgiram um par de estames amarelos. Seu corpo cresceu, seu pescoço se alongou e o verde de sua epiderme se intensificou. Francisca evoluiu para Meganium, sua forma final.

— Francisca, você evolui! – disse Ashely maravilhada – você se tornou uma linda Meganium!

— Oh! Finalmente eu evoluí por completo! – mas ela incha a bochecha de decepção – mas não foi nem um pouco emocionante como a minha evolução para Bayleef!

— Deixe de reclamar! Por mim é bem melhor uma evolução em circunstâncias seguras do que naquela situação de vida ou morte! – disse a treinadora – agora vamos que daqui o novo Safari não fica muito longe!

E assim eles prosseguem viagem pela Rota 47. Passaram por pontes e foram desafiados por alguns treinadores. Mas não tiveram maiores contratempos durante a trajetória. Ao meio-dia, ela parou para um piquenique com seus Pokémon, aproveitando para mostrar aos outros a evolução de Francisca.

— Agora você está literalmente uma flor! – comenta Rochelle.

— Seu cheiro é tão doce que até dá vontade de te comer! – fala Caninana.

— O quê que isso? – Francisca olha para a aquática com desconfiança – eu heim!

— O que foi! Só tô brincando! He he! – ri a Gyarados.

Quem mais se impressionou com a evolução de Francisca foi o Shion. Desde que entrou no time ele havia se simpatizado muito com a vegetal. Ela tem sei jeito teimoso e genioso, porém ele sente que tem algo radiante nessa Pokémon. E agora que se tornou uma Meganium, ficou ainda mais maravilhado com a doce presença dela.

— Ei Francisca... – chama o Flaaffy – você ficou mais... mais...

— Fiquei como? – perguntou a vegetal radiante, esperando um bom elogio dele.

— Ficou mais... verde! – o carneiro ficou tão encabulado que não encontrou a palavra certa para agraciá-la. E sua espinha gelou ao ver a cara aborrecida dela. Virou o seu rosto avermelhado e não disse mais nada.

“Ai ai! Esse carneirinho não tem noção! Mas ele fica tão fofo quando ele está encabulado!” Francisca não pôde deixar de se encantar com o jeito tímido de Shion.

Terminado o almoço, a garota continuou a caminhada junto dos seus companheiros. Eles chegaram na Rota 48, que consiste em uma planície com campo aberto, coberto por gramíneas que vão até o joelho. Estão próximos à Zona do Safari. Mas o gramado se mexe freneticamente.

— Os Pokémon daqui estão meio alvoraçados! – se espanta a treinadora.

Logo ela ver o motivo do tumulto, são dois Tauros perseguindo um pequeno Vulpix.

— MUUUUUUUUU!!!! VOLTA AQUI MOLEQUE!!!!

— VAI SE ARREPENDER POR TER DITO AQUILO!!! MUUU!!

A pequena raposa avista uma humana acompanhada por Pokémon que podem ser poderosos:

— MOÇAAA! ME AJUDEEEE! ESSES VALENTÕES QUEREM ME PEGAR!

— Vixe! E agora? – a treinadora pensa em como reagir a essa situação.

— Ashley, deixa eu experimentar meu novo ataque! – pedia Francisca.

— Que ataque é esse?

Logo, a Meganium vai realizando estranhos movimentos semelhantes a uma dança. Pétalas surgiram rodopiando ao lado dela. Girando seu próprio corpo, ela vai produzindo mais dessas pétalas e as lança em um vento esvoaçante contra os Tauros. Os bovinos ficaram atordoados e até sofreram alguns cortes com essa poderosa técnica. Eles começaram a fugir. Mas Francisca não consegui parar com os giros.

— Francisca! Pode parar que eles já foram embora!

A Meganium tenta parar, mas continua rodopiando incessantemente. Foi necessário Ashley recolhe-la na Pokebola para que ela parasse.

— Eita, que ataque foi esse? – se questiona a garota.

Ela chama novamente a Francisca, que saiu da Pokébola bem tontinha:

— Cês vão ver só bandu de gadus! – a vegetal estava meio desorientada.

— Francisca! Francisca! Olhe para mim! – a treinadora pega as bochechas da Meganium com as mãos – tudo bem com você?

— Aí, minha cabeça tá girando! Tô tontinha, tontinha... – aos poucos, Francisca se recupera da tontura – esse ataque é meio difícil de controlar...

— É a Dança das Pétalas! – aponta a garota – é um bom movimento, mas é difícil de controlar! Só devemos usá-lo em caso de necessidade!

O Vulpix que estava sendo perseguido se aproxima deles cautelosamente.

— Você está bem? – a garota se abaixa para falar com a raposa.

— Obrigada por me salvar! – ele diz com uma voz infantil – esses gados tiveram o que merecem!

— O que você fez para enfurecer esses Tauros? – interrogou Rochelle.

— Fiz nada com eles! – o Vulpix disse de forma manhosa – eles não queriam dividir as frutinhas que tinham coletado! E ficaram bravos só porque eu peguei uma fruta deles e os chamei de cornos.

— Rapazinho! Não deveria ter dito isso a esses bovinos! – avisava Caninana com um olhar bem sério. Ela tem péssimas lembranças da última vez que ofendeu uma bovina.

“Esse moleque deve ter roubado eles!” deduziu Rochelle.

— Moça! Posso ir com você! Percebi que tem companheiros fortes que pode me proteger! – ele pede com uma cara meiga. E a treinadora acabou se encantando com o jeito meigo desse Pokémon.

— Talvez você fique seguro com a minha mãe! – respondeu a garota – qual seu nome?

— Sou o Miles! – respondeu o pequeno Vulpix macho.

Ela lança a pokebola e mais um entra para o time. Após esses eventos, ela segue viagem para o Safari.

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Úrsula

Espécie: Tentacool

Lv 13

Fêmea

Encontrada na Rota 41

Natureza Apressada (Hasty)

Capaz de aguentar pancadas

 

Miles

Lv 24

Espécie: Vulpix

Macho

Encontrado na Rota 48

Natureza Calma (Calm)

Muito mimado

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GLOSSÁRIO

Estouro Sônico - Sonic Boom

Dança das Pétalas - Petal Dance


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Notas finais do capítulo

Realmente peço desculpas pela demora! Tinha coisas da minha vida pessoal que me deixaram meio estressada e ainda estava com bloqueio em passar as ideias para a escrita. Espero que não demore novamente!

Mas o próximo capítulo não será tranquilo como esse...

Mas eu agradeço a leitura de vocês!

Até mais!



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