Ressurreição escrita por Eve brt


Capítulo 6
Capítulo 6




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10 anos depois...

Era uma tarde muito quente, típica daqueles verões de Arendelle. A rainha não era muito chegada ao calor, preferia o inverno... Mas tinha que confessar, a chegada dessa estação lhe trazia sempre um alívio. Dois anos se passaram dês da sua coroação, da revelação dos seus poderes e o mais importante: da reabertura dos portões. Seu poder não a atormentava mais, ao contrário! Ele trouxe alegria, encanto e diversão para seu reino, ela não podia mais acreditar que aquilo poderia ser uma maldição.

 Conseguiu fazer com que Arendelle crescesse em todos os termos, arranjou novos parceiros comerciais e diversos tratados com reinos vizinhos e distantes, a economia estava em uma incrível expansão. Com certeza era um feito que deixaria seus pais orgulhosos. Naquela tarde Elsa se pegou pensando neles, inevitavelmente sorrindo. Tudo o que desejava era ser uma rainha digna do reino que seus pais a deixaram para governar, ser um orgulho para eles. Bem, ela estava cumprindo essa meta da melhor maneira possível.

Voltou a examinar alguns documentos, provavelmente já estava fazendo aquilo por longas horas no escritório real, onde passava a maior parte do dia. Fato interessante é que sempre se sentia bem ali, não era só o local de trabalho, tinha boas recordações. Seus pais a traziam para algumas lições e, muitas vezes, apenas para passar um tempo com eles... Sem sua irmã. Esse era um fato doloroso para a rainha, embora seja muitas vezes esquecido quando está com Anna.

Falando nela, Elsa teve sua atenção roubada por uma súbita entrada da irmã caçula, que não se importou em fazer barulho.

“Elsa! Kristoff levou um coice do Sven, sei lá como. Nem sabia que renas podiam fazer isso né... Mas não vem ao caso! Ele parou entalado num barril! Foi hilário! Mas agora nem consigo tirar ele de lá... Venha me ajudar, uns seis guardas já tentaram. A propósito, essa trança grega ficou linda em você!” A rainha teve que parar para recapitular tudo o que Anna disse por cinco segundos, a garota nem tinha parado para respirar. Elsa apenas riu e acenou com a cabeça, se levantando em seguida.

“Bem, acho que esses documentos podem esperar.” Disse já sendo arrastada pela irmã escada abaixo, descendo deslizando pelo corrimão. Riam alto. Correram para fora do castelo, lá perto estava Kristoff preso de cabeça para baixo, mexendo as pernas freneticamente. Anna caiu no chão dando mais gargalhadas.

“Hahaha, é ainda mais engraçado do que eu me lembrava!” Praticamente gritou. A rainha de Arendelle sorriu de canto, ela juntou as mãos criando gelo nas fendas do barril, expandiu-o. As tábuas quebraram e Kristoff caiu de cara no chão, gemendo de dor. Logo em seguida se levantou, com uma expressão de incredulidade ao ver Anna.

“Por que está rindo?! A culpa é sua! Você deixou a caixa cair na pata do Sven!” Disse ele vermelho de raiva. A princesa também se levantou, ainda dando gargalhadas.

“Fala sério! Cadê o seu senso de humor?” Fez graça indo até o vendedor de gelo, arrumando o cabelo dele. Seguida por um olhar repreensivo da irmã. “Tá bom! Desculpe! Mas se não fosse por mim ainda estaria entalado!” Kristoff esqueceu que estava com raiva e sorriu também, e foi a vez de Elsa se mostrar incrédula. “Com uma ajudinha da minha irmã, é claro.” Disse a abraçando. Esta que teve de voltar sua atenção aos seus deveres, caminhando em direção ao castelo.

“Já que foi tudo foi resolvido, e não vai se repetir...” Deu uma pausa olhando de relance para irmã. A outra fez biquinho. “Tenho que resolver alguns assuntos, se divirtam!” Disse criando leves flocos de neve, para refrescar aquela tarde extremamente quente. Olaf, que havia acabado de chegar das montanhas, ficou tentando apanhar os flocos, reclamando que desapareciam na sua mão (ou graveto, como preferir). Enquanto Sven tentava pegar a cenoura dele e Kristoff corria atrás do amigo para impedi-lo.

“Elsa! Espere!” Exclamou Anna, chegando até a irmã. “Deixa eu te acompanhar?! Prometo que não vou te incomodar!” Falou a princesa implorando. Elsa se virou. Só queria passar um tempo com ela... Que mal teria nisso?

“Claro Anna, vamos!” Disse a rainha sorrindo. Anna pulou para cima da irmã, puxando-a para o castelo. Gargalhavam em direção ao doce silencio da companhia uma da outra.

Com suas risadas contagiantes, passaram pelos portões de Arendelle.

Aqueles... Que qualquer um nunca mais ousou fechar.

                                                                                                                                                           ~~~~~*****~~~~~

Seu reflexo virou sua assombração, as emoções... Sua perdição. Jack estava sozinho na velha cabana de Vicent, tinha acabado de cortar mais lenha. Provavelmente ele se arrependeu de ter se olhado no espelho, apesar de não estar surpreso. 10 anos se passaram, seu corpo tinha mudado meio que drasticamente. Afinal, querendo ou não, era um adulto. Seu rosto estava rosado por conta do esforço, o suor escoria pela sua pele, outra coisa que não era novidade. Os poderes de gelo estavam praticamente acabados, um enorme esforço só gerava pequenos flocos de neve, e ainda sim o esgotavam. Havia até adquirido músculos, a vida naquela cidade não era fácil.

O que mais lhe assustava era seu cabelo... Estava totalmente castanho, começou nos primeiros anos, foi um processo devagar e tortuoso. Seus olhos... Quase. Sua única razão de esperança estava naqueles dois pequenos traços azuis nos cantos deles, um em cada. Tinha que fazer a barba, embora não esteja ala Vicent, que ia até o pescoço, estava rasa.

O fato é que Jack mal podia se reconhecer, passou todos esses anos em busca de uma saída que agora acreditava ser inexistente, como um sonho distante. Saiu da frente do espelho, não queria mais ver aquela dura realidade. Estava indo em direção ao sofá quando Vicent chegou espalhafatoso.

“Jack! Jack! Jack! Você não vai acreditar garoto!” Disse ele, largando o que trazia num canto da casa. “Ouvi uma história! Não como outra qualquer, é incrível!” Exclamou correndo em direção ao amigo. “É sobre um reino distante rodeado por magia e governado por uma feiticeira!” Disse meio sem fôlego, parecia que tinha corrido.

“Como assim?” Questionou o moreno. Já fizeram inúmeras viagens, mas nunca o velho Vicent pareceu tão entusiasmado.

“Não me contaram detalhes, mas não importa! Viajaremos agora mesmo!” Disse ele decidido. Abriu uma gaveta pegando umas roupas, Jack não soube muito o bem o que fazer, quando resolveu retrucar o outro foi mais rápido. “Escuta, mergulharemos num verdadeiro desconhecido agora. Não iremos voltar, tentaremos a sorte nesse reino... Tomara que dê certo.” Falou olhando para o céu recitando alguma coisa.

“Espera! Por que não?” Perguntou Jack, tinham todo um negócio naquela cidade.

“Bem, já pagamos o que tinha para pagar e temos que resolver sua volta para o século XXI antes que seja tarde. Colabora garoto, tenho uma sensação boa!” Disse colocando algumas coisas numa trouxa. “Faz logo sua mala! Um novo mundo nos espera!” Concluiu sorridente. Jack ficou apático, mas fez o que foi mandado.

                            ~~~~~*****~~~~~

Vicent, com seus cabelos grisalhos e sua barba gigante colocava as bagagens na carroça de um só burro. O moreno estava em cima dela ajudando-o, ainda assimilando tudo o que ocorreu. Deixar a segurança da sua casa para ajudá-lo? Jack realmente devia muito ao amigo. Ao terminar, os dois se sentaram na frente da carroça, Vicent estava com as rédeas nas mãos.

“Pronto para partir garoto?” Perguntou ele rindo.

“Posso pelo menos saber onde estamos indo?” Questionou o outro, retribuindo o sorriso.

“Arendelle. Parece ser um reino legal.” Respondeu dando uma alta gargalhada e puxou as rédeas rumo ao sudeste. Jack ficou pensativo.

Arendelle...

Que surpresas você me aguarda?


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