Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira
Emma está se arrumando enquanto eu preparo o café. Emilie está sentada à mesa junto com Kyle.
Já se passou uma semana e Emma já voltou para casa. Whale me explicou sobre o coma dela e sobre a lavagem estomacal que fizeram nela assim que souberam do veneno. Tudo foi explicado; menos o motivo daquele homem tentar matá-la.
Afasto esse pensamento ruim que me dá calafrios e me viro para pôr o prato de bacons na mesa. Logo Emilie e Kyle agarram um e comem.
A porta de entrada se abre, e os Três Mosqueteiros (assim apelidei Phillip, Lancelot e Merlin) entram em casa, trazendo uma brisa gelada da neve.
— Fecha, Merlin. Aqui dentro está tão quente... — pede Lancelot.
Merlin fecha a porta e os três vêm em nossa direção.
— Bacon! — comemora Merlin, pegando um e o abocanhando.
Termino de fritar os ovos e coloco-os na mesa. Pego o bolo de laranja que compramos (a Swan tentou fazer, mas não deu muito certo) e coloco-o ao lado dos ovos, junto com uma jarra de suco de manga.
— Chegamos no horário certo! — Phillip exclama, sorridente.
— Estou sentindo cheiro de comida? — pergunta Henry, descendo as escadas.
Meu telefone vibra em cima do balcão e vejo que é Regina. Com um suspiro, o pego e aceito a chamada.
— Onde está, Jones? — ela pergunta.
— Na minha casa, ué.
— A votação vai começar daqui a duas horas e a confusão já começou. Eu preciso da polícia de Storybrooke.
— Estou a caminho. Daqui a meia hora chego aí.
— Mas eu preciso de você ago...
Desligo antes de ela poder terminar e sento-me à mesa com a minha família+Três Mosqueteiros.
— Ufa! Killian, Regina acabou de ligar sobre irmos para a prefeitura...— Emma diz, descendo as escadas. Meu Deus, e que mulher...
— Vamos comer primeiro, Swan. Vem, sente-se ao meu lado.
Ela beija Kyle e Emilie e logo senta-se ao meu lado. Me dá um beijo rápido nos lábios e então cumprimenta Phillip, Lancelot e Merlin, começando então o café da manhã em família.
***
Acabei de colocar a fita para separar os dois lados opostos: Regina e Neal. Claramente, tem mais pessoas no lado de Regina do que no de Neal, e me surpreendo pelo fato de Marco (pai de August) estar apoiando Neal. Mas não é só ele, até a Granny está envolvida naquele lado. Mas não parece estar querendo defender Neal, está quieta e calada, observando Ruby (já de volta) do outro lado conversando com o marido.
Me aproximo de Emma, que está arrumando o gorro de Kyle.
— Amor, posso falar um pouco com você? — pergunto.
— Merlin, cuida dele por mim? — ela pergunta.
— Tudo bem. — responde o mesmo.
— Obrigada. — Emma agradece.
Seguro a sua mão e juntos nos afastamos do demais, indo para a lateral da prefeitura, onde não chamamos atenção (até porquê, ninguém fica olhando para esse lado).
— Tem algo de errado aqui. Veja só... O que a Granny faz ali? E Marco? Olha! Will também está... — viro-a gentilmente para olhar aquilo.
— Acredito que eles têm a opinião deles e preferem Neal, certo? — Emma se vira para mim, fitando os meus olhos.
— Logo eles? Neal? — insisto. — Até a Granny?
Emma afasta os lábios para começar um discurso, e pela sua expressão, ela vai falar muito. Então eu apenas me aproximo mais e a beijo nos lábios, sentindo o seu gosto e o seu amor, pela forma como retribui. Acaricio o seu rosto e afasto os meu lábios, ainda com os olhos fechados e as testas coladas.
— É estranho, é isso. — digo.
Emma solta uma pequena risada.
— Você consegue me calar de uma forma tão romântica... — envolve os braços ao redor do meu pescoço.
— Obrigado. Embora essa não seja a minha área... — abro os olhos e a vejo jogar a cabeça para trás, rindo.
— Está tudo bem, Killy. Deve ser o que querem. — fala, depois do seu ataque. — Eu te amo.
Viro-me para trás a fim de ver se as crianças estão nos fitando. Ótimo que não; Merlin está entretendo Kyle e Emilie está com Phillip. Feliz com isso, viro-me e volta para Emma e lhe roubo um beijo demorado e cheio de estalos. Inclino o meu rosto para o lado e continuo beijando-a intensamente
Um pigarreio interrompe o nosso beijo e somos obrigados à nos afastar.
— Regina... — diz Emma, quase sem fôlego.
Eu a abraço de lado, controlando a vontade de beijá-la mais.
— Por estarem nesse momento, eu deduzo que terminaram o trabalho. — Regina fala.
— Ahn... Ainda não. Quer dizer, nós conseguimos controlá-los. — respondo, subindo a mão pelas costas de Emma e tocando o seu cabelo.
Regina fica um pouco em silêncio, então eu fico olhando para Emma, que por sua vez, está olhando para Regina. Então ela olha para mim e abaixa o olhar por alguns segundos.
— Então acho que deva controlar a sua cobrinha querendo criar asas para fora do jeans. — diz Regina.
Emma, que estava rindo, a censura:
— Regina! Para com isso!
Olho para baixo e solto um palavrão ao ver a situação. Abraço Emma por trás, para tentar esconder aquele acontecimento.
— Eu não tenho culpa! — Regina se defende. — Vocês viram Sidney? Ainda não conversei com ele sobre o que ele escreveu no jornal na semana passada...
— Não, não vimos. — Emma responde.
— Ah, seus pais chegaram, Emma! — ela olha por cima do meu ombro. — Acabou a festa, capitão.
Abro um sorriso falso para ela e me afasto da mesma. Continuo abraçando Emma por trás (embora desse jeito as coisas nunca vão deixar de acontecer, se é que me entendem).
— Killian! Emma! — exclama Mary, vindo em nossa direção.
— Oi, Mary. — a cumprimento.
— Oi, mãe! — Swan se afasta de mim para abraçar Mary, quase me fazendo gritar para voltar. Ela deve ter esquecido. Então o que me resta é virar para trás e fingir estar procurando os meus filhos que estão, claramente, com os Três Mosqueteiros.
— Killian? Você está bem? — ouço o meu sogro me chamar.
— Não muito. Estou preocupado com Emilie e Kyle. Será que estão bem? — fico olhando para os dois, se divertindo e rindo com Merlin e Phillip, correndo e sendo carregados e girados.
— Claro, estão brincando. — David fala.
Então eu sinto a mão de Emma me puxar para eu abraçá-la por trás.
— O que a Granny faz ali do outro lado? — Mary pergunta, olhando para a senhora.
—Eu não sei. É o que tenho tentado explicar para Emma. — respondo.
— Estranho... — David comenta.
— Muito. — concorda Mary.
— Talvez ela prefira Neal. — fala Emma.
— Não acho isso. — David diz.
— Vovó! Vovô! — Emilie e Kyle vêm correndo em nossa direção e pula nos braços de David e Mary.
— Como vão, bebês? — diz David, carregando Emilie e beijando-a na bochecha.
— Não sou bebê! — reclama Kyle, abraçando Mary.
— Oh, desculpe... — David finge-se arrependido.
— Oi, vô. Oi, vó. — Henry se aproxima dos dois e os abraça. Em seguida, se afasta um pouco e põe as mãos no bolso.
— Falta cinco minutos para começar. — anuncia Lancelot, se aproximando.
Logo o resto chega também e Ruby junto com August, Aurora, Whale e Archie. Até Leroy junta-se à nós e Graham.
— Eu odeio votação. Ainda bem que aqui não tem muito... — comenta Leroy.
— Isso é estranho. — comenta Phillip.
— Ninguém quer concorrer para prefeito. Quer dizer, menos Neal. — Aurora responde.
— É, percebi... — Phillip sorriu para ela.
— O que a Granny está fazendo do outro lado? — Graham pergunta.
— Ah, eu não sei. — diz Ruby. — Brigamos mais cedo por conta disso e ela me disse que apenas escolheu estar ali.
— Olha só quem deu as caras!! — grita Leroy, apontando para Neal saindo de um carro preto.
— Chegou quem não devia... — comenta August.
— É errado desejar que ele caia no chão enquanto anda com o nariz erguido? — pergunta Aurora, arrancando um riso suspeito de Philip.
— Depende do ponto de vista. Do nosso, isso estaria mais para um milagre, uma benção. — August diz, impossibilitando as chances de Swan não rir.
— Estamos desejando que ele se arrebente? — pergunto, observando-o andar com mais dois homens aos lados.
— Talvez sim. Seria uma boa. — Graham diz, rindo.
— Se arrebente, seu cão! — deseja Ruby. — Onde está a Gina?
— Eu sei lá. Não importa para nós. O que importa é que ela ganhe. — respondo.
— Killian! — Emma me cutuca com um olhar de repreensão.
— O quê? É bom mesmo que ela não esteja conosco, ou eu iria embora. — dou de ombros.
— Vocês ainda estão brigados? — quer saber David.
— Eu não briguei. Ela que não se importa com ninguém além de si mesma. Eu só cansei. Quantos anos estou nessa batalha? — respondo com raiva.
— Tudo bem, amor, me abraça. — Emma me puxa e me abraça, ficando na ponta dos pés para ficar no mesmo tamanho que eu.
— Ei, por favor, educadamente, se dirijam para o interior do prédio e...
— Já sabemos, xerife. — Leroy corta David e dá dois tapinhas no ombro dele, antes de se juntar aos cidadãos que estão entrando.
— E lá vamos nós... — comento quando Emma me solta e começamos à andar.
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