Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 19
Ele Não Pode Descobrir


Notas iniciais do capítulo

Oieee. Desculpem a demora. Mas eu fiz um capítulo maiorzinho e também estive com bloqueio de criatividade por uns dias. Espero que entendam e me perdoem. Perdoem também alguns erros que podem encontrar nesse capítulo. Eu releio, mas sempre alguns conseguem fugir da minha vista. Boa leitura.



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— Está pronto para se tornar um homem? — pergunto para Henry.
— Só vamos jogar boliche. — responde ele.
— É como se fosse um baile de debutantes, só que para homens.
— Não faz muito sentido.
— Apenas consiga se enturmar. E depois, ature Graham bêbado, a não ser que tenhamos nossa infeliz derrota.
— Derrota? Quem disse que vamos perder?
— Já jogou boliche antes?
— Esqueceu que jogo videogame?
— Não é a mesma coisa, te garanto.
— Mas se for, eu sinto pelo longo reinado de David, mas quem vai ganhar somos nós. Aliás, quanto tempo vocês não vencem?
— Não vou falar sobre isso.
Entro no clube e puxo Henry. Depois de calçarmos os sapatos adequados vamos ao encontro de David, August, Graham, Robin, Will e Jefferson. Assim que nos aproximamos, David diz:
— Olha só quem chegou... Aposto que Henry vai ficar na minha equipe.
— Desculpa, vovô. Mas vou ficar na equipe de Killian e garantir a sua derrota. — responde ele.
— Que garoto afiado! — comenta Will.
— Até o próprio neto se virando contra ele, essa cidade é uma piada! — August diz rindo.
— Tudo bem, Henry. Não vou te dar aquele seu joguinho do seu Xbox no Natal. — ameaça David.
— O senhor deveria saber que não se mistura vida profissional — conta Henry vestindo as luvas de boliche — com vida pessoal.
— Wow. Acho que vamos ganhar mesmo. — Graham grita.
— Tenho certeza que sim. — concordei.
— Eu queria te poupar, Henry, mas agora você se tornou o meu inimigo. — David diz.
— Que assim seja. — responde Henry sorrindo.
— Tudo bem, tudo bem. Henry, August e Graham, todos ao meu lado. Hora de acabar com eles. — falo.
— Boa sorte. — deseja-nos Robin.
— Bode apostar, vocês que vão precisar. — respondo sorrindo.

                                                              ❉              ❉              ❉


— Mais uma rodada! — peço ao garçom.
Estamos comemorando a vitória do meu time em um bar. Sempre apostamos: o time que perder paga a conta do time que ganhar. E, felizmente, meu time teve a honra de ganhar graças a um jovem prodígio no boliche, chamado Henry. Se não fosse por ele, nem teríamos ganhado. O único que não está bebendo é Henry. Emma nunca me perdoaria se o deixasse beber algo a mais que Coca-Cola. Mas ele está pedindo muita coisa para comer.
— Nesse ritmo vamos deixá-los falidos. — comento August.
— Não importa. Quantas vezes pagamos para eles? Vamos compensar o nosso prejuízo bebendo muito! — grita Graham.
— Ele está bêbado? — Henry pergunta.
— Absolutamente — respondo.
Ergo meu copo para brindar com a Coca-Cola de Henry e assim ele o faz.
— O que acontece agora? — ele pergunta após beber um gole da bebida.
— Eu não sei. Nunca ganho lutas importantes. — respondo.
— Ei, Killian, você não vai se acabar de beber? — August pergunta.
— Eu não posso voltar bêbado para casa. — respondo.
— Nem eu. — August responde. — Mas isso não me impede de curtir.
Graham ri com August.
— Do que vamos falar? — Henry pergunta.
— Mulheres!! — grita Graham.
Ah, essa não...
— Não, de jeito nenhum. Henry está aqui, esqueceram? — digo.
— Ei, Killian. Virei homem, esqueceu?— Henry me lembra.
— Mas não quer dizer que...
— Ruby é a mulher mais maravilhosa que conheci. — comenta August, me interrompendo.
— Eu pensava o mesmo de Regina. Até que o sentimento congelou. — diz Graham.
Noto que Henry agora está realmente prestando atenção no que Graham fala.
— Aliás, o que aconteceu com vocês dois? — August pergunta. Logo após dá um grande gole de sua bebida.
— Eu não sei. Amar é engraçado, não é? Eu dei tanto amor que… Fiquei sem nenhum no final. — Graham bebe do seu rum. — Fui me encontrar com ela num dia e senti apenas carinho. Você sabe o que se sente quando encontra alguém com quem você quer ficar porque se sente a pessoa mais feliz do mundo?
Eu ia responder, mas Henry falou na minha frente:
— Você sente amor, carinho, respeito e uma vontade de abraçar essa pessoa para sempre. Porque você acha que só ela traz sentido ao mundo. E também sente uma atração de beijá-la. E você sente que tempo para. Também sente outros sentimentos inexplicáiveis. Sendo que o amor não dá pra explicar mesmo...
Todos paramos o que fazemos e olhamos surpresos para Henry, que completa:
— Li em um livro.
— É exatamente isso. — concorda August.
— Eu só senti carinho. Era como se ela fosse uma irmã para mim. — conta Graham.
Ficamos vários segundos em silêncio.
Gasto esse tempo pensando no quanto Henry cresceu.
— Eu e Ruby vamos nos casar no início do próximo ano. — August diz.
— Sério? Que ótimo. — Graham diz dando tapinhas amigáveis no ombro de August.
— Aqui está. — o garçom traz a rodada de bebidas que pedi. Ele deixa tudo em cima da mesa e recolhe a rodada anterior.
— E você, Killian Jones? Não vai contar nada? — pergunta-me August.
— E eu deveria? — pergunto pegando um copo e bebendo uma quantidade.
— Deve sim. — Graham me pressiona.
— Tudo bem. Eu amo Emma e pronto.
— Não estamos falando de Emma. — August fala.
— Como assim? — Henry pergunta.
— Eu estava com Whale e descobri algo sobre Aurora. — Graham conta.
— Graham, você está bêbado. — respondo tentando não parecer nervoso.
— Ele me disse que Aurora meio que... — Graham me ignora.
— Graham, não é melhor parar? — peço.
— Ela te ama, Killian. Como consegue ignorar isso? — Graham me ignora mais uma vez.
— Eu falei para parar! — praticamente grito.
Graham apenas gargalha e continua:
— Ela disse para Whale que você tem o sorriso mais lindo que já viu. E falou que...
— Vamos, Henry, a noite acabou. — eu levanto e bebo o resto da minha bebida. Cutuco Henry e saio do bar.
Quando Henry sai, tenta acompanhar meus passos apressados para casa.
— O que ele falou é verdade, Killian? — Henry pergunta.
— Nada. Graham perde a cabeça quando está bêbado.
— Não parecia ser mentira.
— Aurora é apaixonada por mim. Só isso.
— Por que se incomodou tanto?
— Porque Emma não gosta da nossa relação e sempre implica com isso. Não quero que conte para ela porque não quero brigar.
— Está tudo bem. O segredo está a salvo.
O abraço de lado e ele sorri. Continuamos caminhando até que vimos Regina beijar Robin na frente de um restaurante.
— Parece que as coisas estão indo bem para ela, não é?
— Verdade. Parece que está feliz.
— Tenho certeza que sim. Vem, vamos para casa.

** Dia Seguinte**

Estamos comendo no Granny's. Já deve ser 17:00hs da tarde. A Granny acabou de aparecer com os nossos chocolates quente. Com canela para Emma, Henry, Kyle e Emilie; já o meu... Opto pelo normal mesmo. Assim que ela os coloca em cima da mesa, agradeço e pego o meu.
— Está ficando mais frio a cada dia. — comento.
— Não vai demorar muito para nevar.— Emma diz enquanto limpa a bochecha de Kyle, que estava melada de chocolate.
— Espero que não muito. — digo antes de beber um gole do chocolate.
O sino da porta soa, deixando claro que alguém acaba de entrar no estabelecimento. E acredito que essa mesma pessoa foi a que acabou de me cutucar.
— Killian. — Regina diz. Eu me viro para ela e a espero continuar. — Me dê sua chave do carro ou terei que quebrar a janela.
— Você é delicada, Regina. — Emma comenta.
— Mãe, por que quer a chave? — Henry pergunta.
— Um documento muito importante está lá. — ela explica.
— Aquele que me deu de manhã? — pergunto.
— Mas é claro. — ela responde. — Eu vou devolver rápido.
Tiro do bolso e a entrego. Regina agradece e sai do Granny's.
— Ás vezes paro para pensar em como ela é o que é. Ela tem poder sobre todos. — falo.
— Ela só é gentil. — Emma responde.
— Super. — respondo com sarcasmo.
— Kyle, você não precisa se sujar todo! — Emma reclama com ele e tenta limpar sua camisa com um guardanapo.
— Desculpa, mamãe. — desculpa-se ele.
— E sobre Neal? — pergunta Henry. — O que faremos?
— Eu não sei. — respondo. — Se tivessem me deixado negociar com Peter, saberíamos o que ele pretende.
É mentira. Eles não sabem, mas falei com Peter de manhã. Ele disse que iria fazer de tudo parado seguir uma informação.
— É melhor assim. Peter não é confiável. — Emma me responde.
— Confia em mim, ele pode ser útil. — peço.
— Eu confio em você, mas não nele. Sinto muito. — Emma diz e continua limpando a camisa de Kyle.
— Não quero que algo ruim aconteça com você porque não confia em mim.
— Eu confio em você! — ela joga o guardanapo em cima da mesa. — Não podemos colocar tudo a perder.
— Mãe, Killian, aqui não é lugar para isso. — Henry pede.
Olho para fora do Granny's, um pouco chateado e vejo Regina lendo um papel, ao lado do meu carro.
— Vou cobrar minha chave a Regina. — aviso antes de me levantar.
Saio do Granny's, e quando me aproximo de Regina, reconheço o que está lendo: a carta da minha mãe.
A sua expressão vai de confusa á surpresa. Regina com certeza não esperava encontrar algo do tipo, e ainda em meu carro.
— Achou o documento? — pergunto.
Quase não saiu. Ficou entalado na garganta. Tive que empurrar a força, tinha que falar algo.
Peguei a carta da mão dela, a dobrei e guardei no bolso.
Regina me olha com desespero e noto uma lágrima cair do seu olho.
— Você mentiu para mim? O que isso significa? Por que não disse? E por que isso tudo? Killian, eu estou chocada. Me diz algo! — ela praticamente grita.
— Somos irmãos. — digo.
— Por que não me disse?
— Eu não sabia. Só descobri quando fui para Portland.
— E escondeu de mim?
— Emma me contou sobre sua mãe, quer dizer, nossa mãe. Eu quis te contar no momento certo.
— E que momento seria esse?
— Eu não sei.
— Eu nem sei o que pensar sobre isso.
— Me desculpa. Eu quis conversar num momento bom, quando tudo estivesse calmo. Então você poderia responder as minhas perguntas.
— Perguntas? Que perguntas?
— Sobre nossa mãe.
— Killian, ela não está mais aqui.
— Sei disso. Sei que não está em Storybrooke.
— Ela não está mais no mundo. Ela morreu quando eu tinha doze anos.
— Eu nem tive a chance de...
— ... Conhecê-la, eu sei. — Regina completa para mim.
Regina me entrega as chaves e vai retirando, mas faço-a parar:
— Ela já falou de mim?
Regina se vira para minha direção e me abraça.
— Sinto muito. — ela me diz. — Ela nunca mencionou você. — Regina afasta-se. — Ela apenas ficou fora por um tempo durante a gestação. Meu pai falou que ela estava em uma viagem de trabalho, pois foi isso que ela falou a ele. Eu sinto muito, Killian. Te recomendo a esquecer do passado, Killian. Por que não vive o presente?
Regina dá um sorriso fraco e sai caminhando pela rua.
Engulo a seco e ignoro a minha tristeza. Eu tenho que focar em Neal.

                                                              ❉              ❉              ❉


Estamos fazendo um bolo de chocolate extraordinário. As crianças estão nos ajudando e até Henry. Emma não para de reclamar com Kyle sobre o quanto ele é desajeitado:
— Kyle! Não precisa sujar o chão com a farinha. Meu Deus, essa foi uma péssima ideia!
Kyle somente ri e a abraça.
— Foi uma ótima ideia, Swan. — digo.
Emma revira os olhos e carrega Kyle. Ela o coloca sentado no balcão da cozinha, pega um pano e começa a limpar as mãos dele.
— Coloca um pouco mais, Emilie. — Henry pede para Emilie, que está com a caixa de leite nas mãos e despejando no liquidificador.
— Você vai ficar de fora, Kyle. É um pequeno castigo. — Emma o carrega e leva-o para a sala. Lá, o deixa sentado no sofá.
— Mas eu não fiz nada! — reclama ele.
— Kyle, não entre na cozinha de jeito nenhum. Se entrar, papai não vai contar história antes de dormir.
— Tudo bem. — ele concorda.
Emma volta para a cozinha e se junta a mim, preparando a cobertura.
— Espero que ele obedeça, não é? — Emma me pergunta.
— Não se irrite muito com ele, Swan. É só um garoto. — respondo.
— Eu sei, mas ele precisa de um pouco de limite.
Ouvimos um som de plástico caindo no chão e um espirro. Olhamos para trás e nos deparamos com Kyle completamente banhado de farinha e com o saco da mesma no chão. Ele olha para nós e sorri.
— Kyle, te recomendo a correr. — digo.
Henry ri junto com Emilie. Kyle gira os calcanhares e corre para fora da cozinha enquanto ri.
— Não venha com essa conversa de não se irritar com ele outra vez. — Emma me avisa antes de ir atrás de Kyle, que já subiu as escadas.
— Sinto por Kyle. — Henry comenta.
— Digo o mesmo. — respondo.
Meu celular vibra em meu bolso da calça. Limpo minhas mãos e o pego.
PETER - Me encontre daqui a cinco minutos nos fundos do Granny's. Tenho uma informação importante.
— Killian, o que devemos fazer com este pestinha maravilhoso? — Emma pergunta quando entra na cozinha carregando o sorridente Kyle. — Killian?
Tiro os olhos da tela do celular e o guardo de volta no bolso.
— Pode dar um banho nele? Resolvo quando voltar. — respondo.
— Você vai sair?
— Prometo que vai ser rápido.
Beijo ela rápido, faço um high five em Kyle, bagunço o cabelo de Henry e beijo a testa de Emilie.
— Volto num segundo. — digo antes de pegar minha jaqueta na sala.
— Killian! — Emma me chama.
Viro-me para ela, que coloca Kyle no chão e pega uma arma no coldre e joga-s para mim.
— Leve-a. — ela pede.
Coloco o coldre em mim e visto a minha jaqueta, fazendo o máximo para esconder a arma. Me aproximo de Emm a e a abraço.
— Toma cuidado, Killian. Sei muito bem para onde está indo. — ela diz em meus braços.
— Eu sempre tomo. — respondo.
Emma se desvincula dos meus braços, um pouco preocupada. Acaricio seu rosto por alguns segundos e me viro para a porta.

                                                              ❉              ❉              ❉


Com passos largos e apressados, vou até o Granny's. Vou até os fundos e vejo-o encostado em uma vida de suporte com os braços cruzados.
— Por que demorou? — pergunta.
— Desculpe. Perdi o horário. — respondo.
— Espero que não aconteça de novo. Se Neal me vê aqui, ele me acaba só com um dedo indicador e uma pistola. E ele não teria piedade, ele está doente.
— Como assim?
— Eu vim falar sobre os objetivos dele. Não sobre como ele está louco.
— Ele virou um psicopata?
— Eu sei lá. Quem sabe da vida dele é ele.
Será que ele virou realmente um tipo de psicopata? Eu não gostaria de descobrir.
— Bem, o que queria me falar?
— O reinado de Regina está chegando ao fim.
— O que quer dizer?
Peter olha para os lados, garantindo que ninguém esteja ouvindo.
— Neal tem um documento que pode afastar Regina da prefeitura. Eu não sei onde ele arranjou este documento, mas ele o guarda como diamante. Está no quarto dele. Mas não sei onde.
— Ele quer tomar a prefeitura?
— Não seja tolo, Killian. Como não pôde perceber? Neal quer tomar a cidade só para ele. Inventou que a cidade é um reino e ele é o verdadeiro rei.
— Ele está mal.
— Claro que sim. Ele está em alerta. Não entrem na casa quando estiverem lá. Façam uma armadilha para eles saírem da toca e peguem o documento. Esse não é um momento para confronto.
— Tudo bem. Obrigado.
— Não está esquecendo algo?
— O quê?
— Dinheiro.
— Mas eu te livrei do trabalho...
— E daí? Eu poderia ter dado um jeito para me livrar também. Meus serviços tem um preço, Killian.
Olho para os lado e tiro a minha carteira do bolso. Seleciono algumas cédulas e entrego para ele. Guardo a carteira no bolso e suspiro.
— Obrigado. — digo.
Peter acena com a cabeça.
Quando vou me virar para trás, com o objetivo de voltar para casa e livrar-me dessas ruas escuras e geladas, ouço uma voz perguntar:
— O que é isso?
É Neal. Tenho total certeza de que é Neal. Eu sei que é ele.
Provavelmente deve ter seguido Peter, mas não é isso o que importa. Ele pode descobrir o que Peter está fazendo e pode cometer uma loucura contra o rapaz. E ele vai ter mais uma razão para me odiar.
Eu só tenho que saber o que vou fazer neste exato momento para dar uma ideia oposta do que estamos fazendo.
E eu tenho exatamente alguns segundos para pensar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo. Vou tentar ser mais rápida dessa vez. Obrigada por ter lido. Bjs no core e até o próximo ♥



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