Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 10
Um filho?!


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas lindxas. Tudo bom com vocês? Espero que sim. Bem, espero que gostem deste capítulo. Boa leitura!



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Me desvinculo dos braços de Regina e me levanto rapidamente. Ela suspira e pousa as mãos no colo, enquanto me observa. 

— O que vai fazer? - Regina pergunta. 

— Ficar com Kyle e Emilie. Vou levá-los para o meu navio junto com Mary. 

Ela balança a cabeça, aprovando. 

— Vou falar com Emma sobre o que aconteceu. - Ela vai até a mesa e pega o celular. 

— Nada disso. - A proíbo. - Você não vai ligar para ninguém. 

— Emma tem que explicar. 

— Deixa que eu lido com isso. 

— Deixe-me adivinhar então.  Gritos ecoando pela casa inteira, acordando seus filhos e a vizinhança, Emma vai vir para minha casa conversar e chorar e por a culpa em meu travesseiro o espancando, você vai estar de mau-humor porque não dormiu bem no dia anterior e vocês fazem as pazes na delegacia depois de uma última discussão e um beijo roubado. 

— Não é como uma simples briguinha, Regina. 

— Eu sei, mas... 

— Eu não vou brigar com ela. - A interrompo. 

— Vai, vai sim, Killian. Eu sei que vai. 

— Não dessa vez. 

— Como consegue mentir para si mesmo?  

— Pode ocorrer uma discussão, mas não uma briga. Agora, vou pegar meus filhos e me divertir um pouco. 

— Não brigue com Emma.  

— Não vou. - Aviso antes de sair do gabinete. 

 

                                                               ❉              ❉              ❉ 

 

— E aqui... É o navio do famoso Killian Jones. - Anuncio guiando Mary pela entrada do navio. 

— Uau... - É o que ela diz. 

— Papai, posso brincar de espadas? - Kyle puxa a barra da minha camisa. 

— Agora não, filho. - Digo. 

— Por que não? A Emilie está brincando de bonecas. - Ele argumenta. 

— Não vai querer mostrar o navio para a vovó? - Pergunto. 

— Tá bom, então. - Ele dá de ombros e segue conosco. 

— Esse é o mesmo navio? Quero dizer, aquele que você comprou quando adolescente? - Mary pergunta olhando ao redor. 

— Sim. - Respondo. - É o mesmo. 

— Nossa, esse navio é incrível! - Mary sorri. 

— É. Eu sei. - Sorrio de volta e voltamos á caminhar pelo navio. 

Conto coisas, mostro cômodos e acontecimentos que ocorreram nos mesmos para Mary. 

 

                                                              ❉              ❉              ❉ 

 

Assim que chego em casa, levo as crianças direto para o banheiro, tomar banho. Depois de ambos limpos, Kyle sentou no sofá para assistir desenhos e Emilie pediu para pentear seus cabelos. E, aqui estou eu, penteando os cabelos loiros de minha filha mais velha. 

— Pronto. - Digo. - Já penteei. Agora minha linda filha está mais linda que nunca. - Sorrio. 

Ás vezes fico imaginando quando Emilie crescer. Como será vê-la naquela crise de adolescente? Como será quando arrumar o primeiro namorado? Como será quando tiver o coração partido pela primeira vez?  

Um dia sonhei que ela estava chorando em seu quarto. Eu abri a porta e a vi deitada na cama, olhando para o teto com os olhos e nariz avermelhados. Me deitei ao seu lado na cama e lhe segurei a mão. 

 - Sabe, Flor-de-lótus... Talvez você esteja sabendo agora, e me perdoe por não ter te avisado antes, mas... amar dói. - Eu falei olhando para ela. Emilie me fitou com aqueles olhos que, pelo menos isso, havia herdado de mim, azuis como o mar.  

 - Eu sei disso. Mas não te culpo, pai. - Ela me falou. E eu só consegui ver uma versão mais nova de Emma com olhos azuis, e não verdes. 

— Mas eu deveria ter te preparado para isso, de algum jeito. Eu apenas te mostrei o quanto o amor é lindo, minha filha. Não te expliquei que ele pode ser perigoso. 

— Não têm problema. Ás vezes a gente precisa aprender na prática, pai. Você não pode me proteger sempre.  

E Emilie sorriu o mesmo sorriso que sorri quando me vê chegar na escola. 

E, então, eu acordei. 

— Obrigada, papai. - Emilie se vira para mim e sorri, me acordando do meu transe. 

— De nada, minha flor-de-lótus. 

A chamo assim desde que vimos uma flor-de-lótus no lago de Storybrooke. Ela se encantou pela pequena planta. Começou á dizer: "papai, quero uma flor-de-lótus". E, a partir daí, comecei a chamá-la de flor-de-lótus. 

— Papai, onde está mamãe? - Ela me perguntou. 

E acabo de me lembrar o que me esforcei á esquecer: ela, o cara, seus cabelos loiros, suas mãos apertando seus ombros firmemente. 

— Não sei. - Respondo com honestidade. - Já deve estar vindo.  

Meu celular emite o som de mensagem e o tiro do bolso. Desbloqueio a tela e visualizo a mensagem: 

Aurora – Killian, o garoto acordou. Seu nome é Peter e ele não quer conversar conosco. Bem, você pode vir agora? Acho que você tem algumas perguntas para lhe fazer. 

O garoto!! Claro!! Como eu havia esquecido? 

Logo vi que tinha uma mensagem não vista. 

Regina – Emma está aqui, comigo. Está conversando sobre você-sabe-o-quê. E agora a verdade veio á tona. Então, por favor, não brigue com ela. Apenas a pergunte e tente entendê-la. E saiba: ela está se sentindo culpada. E você sabe como Emma Swan fica quando está se sentindo culpada. Me mande uma mensagem depois. Preciso falar com você. 

Mas essa criatura é difícil de convencer, hein? Eu já falei que não vou brigar nem nada do tipo. Só conversaremos como adultos. 

— Kyle e Emilie, vamos rapidinho ao hospital. - Me levanto do sofá. 

— Para o hospital? Por quê? - Kyle me pergunta. 

— Uma coisa do trabalho de papai, vocês sabem. Vai ser bem rápido. - Respondo. 

— Tudo bem. - Emilie diz e desce do sofá. - Pode me carregar, papai? 

Seguro Emlie  e, com um pequeno impulso, a carrego. 

— Por que ela vai carregada e eu não? - Pergunta Kyle. 

— Você pode segurar minha mão, Capitão. Aliás, mamãe sempre te carrega. 

— Verdade. - Emilie concorda. 

— Tá bom, então. Mas da próxima vez sou eu. - Kyle segura minha mão. 

— Calma, crianças. Não precisam disputar isso. - Vou caminhando para a entrada. Kyle abre a porta por mim e caminho até o carro. 

                                                              ❉              ❉              ❉ 

 

Whale caminha na minha direção assim que entro no hospital. Ele está um pouco diferente desde a última vez que estive aqui. Acho que foi no meu acidente... De qualquer modo, ele pintou o cabelo. Agora está, sim, um homem estranho. Mais do que já era. 

— Peter está bem. Só estava um pouco machucado. Porém, ele parece estar assustado. - Ele me diz. - Jane irá te mostrar o quarto onde ele está. - Ele aproxima uma mulher cujo os cabelos loiros me lembram os de Emma.  

— Não precisa. - Respondo. - Eu vou sozinho. 

— Leve-a mesmo assim. - Whale me responde. 

— Podemos ficar com as outras crianças? - Kyle pergunta cutucando meu braço. 

— Bem... - Pigarreio. - Desculpa por trazê-los. É que Emma ainda não voltou e... 

— Está tudo bem, Killian. - Whale sorri. - Eu entendo. Aurora pode levá-los para a Ala Infantil. 

Aurora aparece atrás de mim com um sorriso encantador. Ela tira Emilie dos meus braços e a carrega. Logo Kyle dá a mão a ela e o três vão andando pelo corredor do hospital. 

— Vamos? - A tal da Jane pergunta. 

— Sim. - Balanço a cabeça e a sigo. 

Jane para na frente de uma porta e sorri para mim. 

— Boa sorte. - Ela diz e se afasta.  

Abro a porta e entro no quarto. O garoto, que estava com os olhos fechados, suspira e olha para mim. 

— Killian, certo? - Ele pergunta. 

— Sim. - Respondo e me aproximo.  

Puxo uma cadeira por perto e me sento. Tiro um bloco de anotações do bolso e uma caneta. Abro em uma página e me preparo para escrever. 

— Você não deveria estar usando uma daquelas roupas ridículas de xerife? - Ele pergunta. 

— Sim. Eu deveria. Mas eu não quero, sabe? E, pelo o que eu acho, sou o xerife, então faço as perguntas, independente de estar com o fardamento ou não. - Respondo arqueando as sobrancelhas. 

— Ah, desculpa, amigão.  - Ele diz. 

Amigão? Amigão, não. Tudo menos amigão. 

Estreito os olhos e o observo melhor. 

— Nome? - Pergunto ignorando o "amigão". 

— Peter. 

— Peter...? 

— Peter Pan. 

Pronto, anotado. 

— Idade? 

— Dezessete. 

Anoto. 

— Filho de...? 

— Isso importa? 

— Com certeza. 

— Zelena. 

Zelena? 

Por que do nada meu coração saiu pela boca? 

— Zelena?  

— Sim. 

Respiro fundo. 

— Pai...? 

Ele permanece calado. 

— Não sabe quem é seu pai? - Pergunto. 

— Sei. - Ele se senta na cama. - Ele é mais conhecido como Sr. Gold. 

Agora estou, literalmente, boquiaberto. Zelena e Gold? Zelena e Gold? Eles tiveram um filho? Um filho!? 

Me encosto na cadeira e sinto minha boca ficar seca. Eu preciso de água. 

— Eu vou ali pegar um pouco de água. - Aviso apontando para a porta. 

— Como quiser. - Ele dá de ombros. 

Me levanto rapidamente e vou para o corredor. Respiro fundo e pego um pouco de água no filtro.  

Emma não me contou sobre um filho de Zelena. Ela só me falou sobre ele ter a matado depois que Belle descobriu que ela era amante dele. 

Apenas isso. Ela não me contou sobre um filho. 

Fico cinco minutos tentando pensar (o que foi em vão) e volto para o quarto dele. Me sento na mesma cadeira e tento retomar á minhas perguntas. 

— O que estava fazendo na rua? - Pergunto. 

— Atravessando, ué. - Ele responde. - O que mais poderia ser? 

— Quando de repente um carro apareceu na sua frente e te atropelou? 

Ele balança a cabeça positivamente. 

— Conhece quem te atropelou? 

— Killian, se liga, eu estava desmaiado! 

— Ah, sim, claro. 

Espera, espera, espera. Só um momento... 

Aurora me disse que o homem que atropelou Peter foi, logo em seguida, para a delegacia. E, depois, quando fui para a delegacia, vi alguém com Emma. Então, com certeza esse... Artur! Claro, Arthur. Então esse Arthur estava com Emma no momento em que entrei na delegacia.  

— Amanhã eu volto para falar com você. - Falo me levantando. 

— Eu já vou estar de alta. 

— Então vou falar com você na saída da escola. 

— Okay.  

— Até.  

Me retiro do quarto e vou caminhando á passos largos para a Ala Infantil. 

 

                                                                       ❉              ❉              ❉ 

 

— ... e então o príncipe matou o dragão bravamente. - termino de contar a história para Kyle e Emilie, já  deitados em suas camas. 

— Uau! - Exclama Kyle. - Conta mais! 

— Hoje, não. Amanhã, talvez. - Respondo e o cubro com o edredom. 

— Papai, podemos dormir com vocês? - Pede Emilie. 

— Outro dia, Flor-de-lótus. - Beijo sua testa e acaricio sua bochecha. 

— Papai, o que está acontecendo? - Kyle pergunta. 

— Nada. Por que acha isso? 

— Deixa pra lá. - Ele encolhe os ombros e abaixa o olhar. 

— Não, me fale. 

— Não vou falar. - Ele cruza os braços.  

— Oh, meu Capitão... - Me aproximo dele e o abraço. - O que te aflige? 

— Nada não. - Ele responde. 

— Não quer me dizer? - Kyle balança a cabeça negativamente. - Tudo bem. Não vou te obrigar á dizer. Tenham uma boa noite. - Bagunço o cabelo de Kyle e o deixo deitado na cama. Me levanto da cama dele e desligo o abajur. Saio do quarto e fecho a porta. 

Logo quando saio, ouço vozes baixas de lá de dentro. Eles devem estar conversando sobre alguma coisa que os aflige. E eu vou descobrir o que é. 

Desço as escadas e vou para a sala. Assim que sento no sofá, a porta se abre. 

— Ai, que cansaço. - Comenta Emma caminhando. - Henry decidiu dormir com os avós hoje. - Ela se senta ao meu lado. - Não te vi o dia inteiro. O que aconteceu? - Ela descansa o braço em meu ombro. 

— Eu só... Fiquei cansado. - Respondo. 

— Você dormiu praticamente a manhã inteira. 

— Eu sei. Só fiquei cansado. 

— Eu soube do que teve com o menino. 

— Peter. Será que é o mesmo Peter que aprontou uma com Henry? 

— Vai que é? - Ela dá de ombros. 

— Isso não importa. O que importa é que ele é filho de Zelena. 

Emma afasta o braço rapidamente do meu ombro. 

— Zelena? 

— Pior é o pai. 

— Quem é? 

— Gold. 

— Zelena e Gold? 

— Zelena e Gold. 

Ela olha para a frente com uma expressão incrédula. 

— Agora eu é que estou sem acreditar! 

— Pois é... Eu queria que você fosse comigo para investigamos o que aconteceu. Mas, pelo o que vi, você estava bem ocupada. 

— Ocupada? - Ela me olha. 

— Sim, ocupada. Com Arthur. 

Emma paralisa por completo. Seus pensamentos devem estar á mil e eu sei que ela não queria que eu descobrisse assim. Então, ela provavelmente vai desviar o olhar, falar algo e enterrar o rosto nas mãos. 

Eu vou querer ouvi-la. E, independente do que ela disser, eu vou acreditar nela. Como sempre faço. Eu acredito em Emma porque é isso que devo e quero fazer. E não vou ficar com pensamentos desconfiados dela ocupando minha mente. 

Mas ela apenas abaixa o olhar e segura minha mão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. Gostaria que comentassem a opinião de vocês nesse capítulo (já que me senti culpada pelo anterior). Mas, bem, obrigada por ter lido. Até o próximo e bjs no core ♥ ♥ ♥



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