Momentos escrita por Countess Dracula
Notas iniciais do capítulo
Para Lyn Hale Bass.
;*
Ally estava pensativa, encostada à janela de seu quarto. Larry e Sam já haviam saído – o primeiro para defender um cliente e o segundo para a escola. Não sabia que iria trabalhar aquele dia, algo a estava perturbando.
O estranho bebê dançarino voltara.
Primeiro ele veio de madrugada, quando ela levantou-se para beber água. A criatura passou por ela sacudindo uma bandeira branca, como que pedindo paz entre eles. Logo em seguida apontou para um relógio de pulso e depois tocou a barriga da advogada. Abobada, fitou-o com os olhos arregalados, saindo desse estado apenas quando ouviu Larry chamá-la, perguntando se ela estava bem.
Na segunda vez em que ele apareceu foi nessa mesma manhã, logo após ela despedir-se dos dois homens de sua vida. Ela voltou ao quarto apenas para pegar uma pasta e lá estava ele. O bebê apenas repetiu o gesto da noite passada para depois desaparecer espontaneamente quando ela finalmente entendeu o recado. Ally então ligou para o trabalho, avisando que não estava bem e chegaria mais tarde. John disse que tudo bem e desejou melhoras, pedindo que ela ligasse, caso precisasse de algo. Ela agradeceu e desligou.
Foi até a janela e perguntou-se como dizer à Larry que queria ter um filho. Não sabia qual seria a reação dele. Também havia Sam, que podia não gostar da idéia. Por mais que o garoto fosse maduro para sua idade – e era – ainda assim, ele poderia sentir-se inseguro com a idéia de um novo irmão. Sem contar que Sam morava a pouco tempo com eles. Talvez fosse muita mudança para ele.
Uma pena Renée ter viajado com Jackson – até que enfim tinham se acertado novamente – e ela não poder contar com seus conselhos no momento.
Mais tarde Ally não saberia dizer em que momento começou a bater a cabeça na janela, repetindo insistentemente: “Um dia, eu vou olhar para trás e rir. Eu vou olhar para trás e rir. Eu vou olhar para trás e rir...”
Em seu escritório de advocacia, Larry Paul estava em um terrível dilema. Como dizer à Ally que gostaria de ter outro filho?
- Apenas chame-a para jantar, só vocês dois e diga à ela! – Sua associada bradava. – Você está complicando demais!
Agitado, Larry passou as mãos pelos cabelos, em seguida inclinou-se para a frente, colocando a cabeça entre as mãos.
- Mas e se ela não quiser? Se ela não gostar da idéia?
-Você apenas vai saber se perguntar, Larry.
Ironicamente, quem resolveu a questão foi Sam. Quando Ally chegou do trabalho, pai e filho já estavam sentados lado a lado no sofá. Imediatamente o garoto assumiu um ar sério.
- Ally, papai? Posso conversar com vocês?
Larry olha do filho para a noiva e concorda, assim como ela.
-Claro.
-Não sei quanto à vocês, mas acho que está na hora de sermos quatro.
-Sermos quatro? – Diz Larry, tirando os óculos e limpado-os na gravata.
-É, vocês sabem. Hora de vocês me providenciarem um irmãozinho e tudo o mais.
-Um irmãozinho? – Larry repetiu, segurando o riso e olhando orgulho para o filho.
-Ou irmã. Tanto faz.
- Você está falando sério? – Ally pede, com a voz um pouco mais suave.
- Claro, vocês não?
- Eu adoraria! – Ri Ally.
-Eu também.- Larry olha novamente do filho para a noiva. - Então, estamos combinados?
Estavam. A família em breve aumentaria.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!