Try Again escrita por Deh


Capítulo 17
Biggest Mistake


Notas iniciais do capítulo

POV Jenny

OBS: capítulo editado em 23/07/2020!



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But I think I´ve just made the biggest mistake of my life

And I think I´ve just made the biggest mistake of my life

Biggest Mistake - Rolling Stones

 

—Eu tinha orgulho de ser amiga de William Decker... –Eu comecei a falar quando uma jornalista me perguntou sobre Decker. Do canto do olho podia ver Ziva e Tony a uma certa distância, um tanto impacientes diga-se de passagem.

Após terminar de falar, eu fui assinar o livro de presença, quando ouvi um homem com sotaque russo mencionar a nossa palavra de segurança da missão na Europa.

Sem pensar duas vezes, deixei meus instintos de agente de campo assumirem, peguei meu pó compacto e tentei reconhecer o homem pelo reflexo, mas não consegui. Fui então obrigada a pegar o meu celular e comecei a tirar fotos dele, em seguida da mulher que estava dirigindo o carro e a própria placa do referido carro. Afinal de contas eu precisaria descobrir o que estava acontecendo.

Sendo assim, dispensei Tony e Ziva, liguei para um velho amigo de Jethro e pedi a Abby para tentar identificar as fotos, mas só depois de fazer ela jurar segredo, alegando ser uma questão confidencial.

Mike Franks não demorou muito a chegar, assim eu estava dirigindo em direção a casa de Will, o carro já fedia a álcool e cigarros, não preciso dizer de quem é a culpa, Deus como eu odeio cigarro. Foi então que ele começou a perguntar:

—O que estamos fazendo aqui madame?

—Um agente aposentado do NCIS morreu e não foi causa natural e eu sou a próxima. –Expliquei, afinal de contas se ele estava entrando nessa, que ao menos entrasse ciente e então acrescentei. –E depois Gibbs.

Não esperei que ele dissesse mais nada e assim desci do carro. Logo que chegamos em frente a porta da casa de Will, fiz uso de algo que aprendi com Gibbs na Europa e logo conseguimos entrar.

Vasculhamos o local e encontramos Sasha, a namorada de Decker, escondida. A moça bem mais jovem que Will, nos deu informações sobre o ocorrido e eu lhe entreguei o carro em que eu estava para que ela fosse o mais longe que conseguisse, afinal de contas eu não precisava de mais gente pagando por um erro meu.

Dirigi o carro que Mike após muito reclamar havia alugado até um restaurante que Decker havia comprado no meio do nada. Chegando ao local, olhei ao redor e mais parecia que eu estava no Cairo novamente, só de pensar no Cairo uma sensação ruim me veio a boca do estômago.

Inevitavelmente começo a pensar que talvez eu não consiga sair dessa e assim meu coração se aperta, entretanto, não tenho tempo para lamentar, apenas para corrigir um erro do passado.    

Mike e eu estávamos sentados, eu havia descoberto o código de Decker e queimado as fotos para que não houvesse uma tentativa de descodificação.

—Como vamos fazer isso? –Mike me perguntou finalmente mostrando um pouco de seriedade.

—Do seu jeito, sem papelada. –Eu respondi, afinal de contas isso deve ser extremamente extraoficial.

O agente aposentado me olhava sério e eu não recuei, agora ele iria dar uma de bom samaritano?

—Você pode ir agora Franks. –Eu disse, afinal de contas eu não podia colocar outra pessoa que Gibbs gostava em perigo, quando ele ainda nem me perdoou por DiNozzo.

—Você está brincando? O que probie diria? –Franks disse.

—Chauvinistas. –Eu disse, enquanto rolava os olhos.

—Não quero ser eu o culpado por você morrer ruiva, eu vou ficar. –Ele disse, tendo dito isso ele me entregou uma arma.

—Esta é limpa. –Ele acrescentou.

Ficamos em silêncio e eu comecei a limpar minha arma, ele começou a falar, nada que eu realmente estivesse prestando atenção, até que ele perguntou:

—Como essa bagunça começou?

Ergui a sobrancelha, mas percebi que ele não iria recuar, então me vi dizendo a ele algo que nunca havia dito a ninguém, nem mesmo ao Jethro:

—Há nove anos eu deveria ter feito algo e não fiz.

Ele estava calmo quando perguntou:

—Você e probie?

Franzi o cenho, afinal de contas ele havia nos visitado quando Jethro estava com amnésia, pensei que ele estivesse ciente de nossa situação.

—Sou só mais uma na lista de ex-mulheres, que pelo visto terá uma adição logo. –Comentei amargamente.

Ficamos em silêncio por mais alguns segundos, até ele me perguntar:

—O que ele fez? Não foi atrás de você?

Desviei o olhar antes de finalmente constatar:

—Tínhamos segredos demais.

Sei que ele sabe sobre Shannon, mas se ele espera que eu diga algo a respeito dos meus segredos ele está enganado.

—Ele estava hospedado em sua casa há alguns meses. –Ele comentou.

Eu não disse nada, apenas desviei o olhar para o nada, tentando evitar pensar em nós.

—Vocês dormiram juntos. –Ele disse do nada e isso foi o suficiente para que eu o encarasse imediatamente.

—Você saiu e ele não foi atrás de você. –Ele continuou.

Pelo amor de Deus, quando começamos essa terapia bizarra?

—Você se sente culpada e está disposta a morrer por ele, em minha experiência chamamos isso de amor. –Mike Franks o maior chauvinista de todos os tempos disse.

Por mais absurda que fosse suas palavras, eu permaneci em silêncio, afinal eu não tinha o que retrucar, o que ele estava dizendo era verdade absoluta.

—Quando soube que uma mulher era diretora do NCIS, dei graças a Deus por estar no México. Mas hoje conhecendo você, sinto que é uma pena se você morrer aqui. –Ele diz.

Eu o encarei com o cenho franzido, antes de perguntar:

—O que você está dizendo?

—Chame Gibbs e diga a ele. –Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo

—Eles estão a caminho Franks, não sei o que vai acontecer e eu não quero desaponta-lo. –Eu disse, afinal de contas eu já vinha fazendo muito isso ultimamente.

O agente rabugento acendeu um cigarro e eu me levantei na esperança de achar algo para tomar e, consequentemente, fugir desse assunto. Acabei achando chá, mas precisaria de água, Mike se ofereceu para ir lá fora pegar e então eu fiquei lá dentro esperando.

Enquanto encaro as persianas não posso deixar de pensar no que me levou a essa atual situação. Eu era uma jovem agente que nunca havia matado a sangue frio antes e isso aliado ao fato de cinco testes de gravidez terem dado positivo, não ajudou meu psicológico. Na hora em que eu tive que puxar o gatilho eu simplesmente não consegui e a deixei fugir. Sim só pode ser Svetlana Chernitskaya atrás de mim, o maior erro de minha carreira conseguiu me encontrar. Acho que é verdade quando dizer que uma hora o passado volta para morder você.

Entretida pensando em meus erros, percebi tarde demais o barulho de carro e antes que eu tivesse chance de me posicionar dois homens entraram pela porta da frente.

Atirei no primeiro antes que ele tivesse a chance de atirar, em seguida o segundo no braço e depois na cabeça, mas ele havia me atingido no ombro. Busquei então uma nova posição, me abaixei atrás de uma mesa e esperei os outros dois que entraram pela porta dos fundo atirarem, em seguida atirei em um deles, mas só havia atingido a perna. Fui obrigada a sair de meu esconderijo e foi quando uma bala perfurou meu abdômen.

Atirei mais algumas vezes e consegui fazer com que o terceiro caísse, em seguida ouvi um único tiro e o quarto atirador caiu. Imediatamente Mike chegou até mim, após claro certificar que todos os outros estavam realmente mortos.

Pressionei a mão no abdômen, mas eu estava ciente da quantidade de sangue que estava perdendo e o ferimento no ombro certamente não me ajudava. Mike veio até mim e pressionou o ferimento do abdômen, eu estava sentindo meus olhos ficarem mais pesados.

—Eu não quero morrer Mike. –Eu me vi confessando.

—Você não vai morrer, eu não vou deixar Gibbs perder outra esposa. –Ele disse

Eu queria protestar que ele havia esquecido um “ex” em algum lugar dessa frase, mas respirar começou a ficar mais difícil.

Acho que começo a delirar, já que eu podia jurar ser capaz de ouvir o barulho de um carro.

—A cavalaria... –Mike começou a dizer, mas de repente eu estava imersa na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Será que ela vai sobreviver?