− Tudo bem gente, ele odeia o Stark tanto quanto a gente agora. Não vai ter problema nenhum...

Scott usava um boné escuro e roupas igualmente escuras. Estava na porta da casa de Hank junto de mais 3 colegas de equipe. Dos quais 2 ficariam abrigados ali também.

Respirou fundo 2 vezes.

− Eu sou o cara, eu sou o cara. Você consegue Scott, ele com certeza vai te receber bem.

Tocou a campainha. Respirou fundo mais uma vez com um sorriso cara de pau nos lábios. Ninguém atendeu.

− É cara, parece que não tem ninguém em casa.

− Tem sim. Eu podia jurar que vi o Hank entrando aqui – ele apontou para a casa – e a Hope está aí também. Certeza absoluta.

Tocou a campainha outra vez. Ouviu o barulho de chave do lado de dentro. Sorriu outra vez. Hope abriu a porta.

− Hope! – ele disse animado.

Ela estava de cara fechada. Bufou e fechou a porta na cara de Scott.

Wanda o olhou de forma sugestiva, cruzando os braços, e rindo um pouco.

− Isso que chama de “tudo bem”?

− Ela é esquentada assim mesmo, mas depois passa – ele fez uma careta, virando-se para a porta novamente – anda Hope, abre isso aqui. Ou quer que eu vá preso de novo?

− Não seria a primeira vez – ouviram ela dizer lá de dentro.

− Cadê o Hank hein? Tá de TPM?

Ela abriu a porta novamente, ainda com cara de poucos amigos.

− Há alguns meses você saiu daqui dizendo que ia fazer algo grande. Quando vejo pela TV está no meio de uma briga na Alemanha, vai preso e agora volta com essa cara lavada querendo que eu abra a porta? Poupe-me Scott.

− Hope. Deixe-os entrar – Hank apareceu no fundo da sala.

Mesmo contrariada, assim o fez. Scott sorriu e apontou para Hank com alguém que mostrava quem está certo, seguido dele entraram Clint e Wanda. Acenaram para Sam, este que estava num carro do lado de fora. Sam não ficaria pois tinha favores a fazer para o Capitão.

− Tem 10 segundos para me dar um motivo para não te matar aqui e agora – Hank falou de forma firme.

− Hm, não perdi a roupa, não estou mais preso e voltei para casa?

Hank continou sério. Andou até Scott da mesma forma. Pensaram que alguém ia apanhar, e muito feio. Mas não foi isso que aconteceu. Hank o abraçou, para espanto de todos, inclusive o de Hope.

− Foi contra um Stark. Me deixou orgulhoso.

− Ah... bom, também tem isso né? – Scott deu tapinhas nas costas de Hank. Este que logo soltou o mais novo e encarou as visitas.

− E estes são dois dos que estavam lá? Minha casa virou abrigo?

− Certo. Hank, Hope, estes são Wanda e Clint – os dois os cumprimentaram – e eles vão ficar aqui por um curto período de tempo até conseguirem ir para a fazenda dele.

− E?

− E, olha que coisa boa, vamos ter 2 vingadores embaixo do nosso teto! Isso é irado cara, você devia ser eu para poder esse tipo de coisa.

− Scott... – Hope colocava a mão na testa – por mais que eles sejam decentes, você não é. Pai podemos ficar com os dois e mandá-lo de volta pra cadeia?

− Ei!

− Você ajudou a destruir um aeroporto quase inteiro.

− O cara sai da criminalidade, mas a criminalidade não sai do cara – Clint comentou – fazer o que.

− Acho que ele gosta bastante de celas – ela deu um sorriso azedo.

− Tá bom gente, entendi já. Mas pulando essa parte, podemos ir para a parte em que me recebem e ficam felizes por eu estar vivo? Não? Tá certo.

− E, Scott, eu sei quem são os dois. Barton é ex-agente da SHIELD e Maximoff é uma das cobaias de Strucker. Bem vindos à minha casa, espero que se sintam bem. Venham, vou mostrar aonde podem ficar.

Wanda e Clint sorriram amigavelmente e seguiram Hank. Scott estava com os lábios em linha reta e Hope com incredulidade em sua face.

− Esse cara sabe de tudo. Isso irrita. E geralmente só coisa que eu não sei.

− Como se soubesse de muita coisa.

− Ah, qual é, sabe que eu sei.

− Sei que é um completo imbecil. E lembra da raiva que eu sentia por ti? Aumentou um pouquinho.

− Não ficou nem um pouco feliz nem por ter conseguido ficar enorme de novo?

− Você se expôs ao mundo Scott. Agora todos sabem que o Homem Formiga realmente existe e que fez sua entrada triunfal do lado de meliantes. Pelo menos assim que a mídia e o governo falam.

− E você acha que eram meliantes?

− Pelo contrário, teria ficado do lado do Capitão. Mas a questão aqui é você e não eu.

− Olha – ele aproximou-se de Hope e a segurou suavemente pelo lado de fora dos braços – era meu dever ajudar quem precisava. Olha eles dois, seriam muito afetados por isso. Ela estava com camisa de força e uma coleira que a impedia de utilizar os poderes, ele tem esposa e 3 filhos e não pode ir até eles porque senão vão achá-lo. Com aquilo assinado ninguém poderia fazer mais nada. E se ajudar o time que me recrutou me fizer ser um meliante de novo, que assim seja, mas agora por uma causa boa.

− Tudo bem. Mas ainda assim foi imprudente. A propósito, naquele dia na Alemanha, você saiu na TV e a Cassie estava aqui. Ela viu tudo.

− O que? Ela viu?

− Sim, adorou ver você daquele tamanho enorme. No dia a mãe dela teve que fazer alguma coisa e a deixou aqui pois sabe que ela gosta do Hank. Fez um questionário bonito sobre todos envolvidos naquele ataque terrorista.

− Que show! Essa a minha menina. – Hope arregalou um pouco os olhos.

− E eu não sei mais porque ainda tenho fé em ti.

− Qual é Hope, pare já com isso.

− Eu vou é tentar ajeitar a papelada para a reconstrução das industrias Pym. Depois disso quem sabe eu durma.

− Hope.

− Sim, Scott.

− Não está esquecendo de nada?

− Se estiver querendo o abraço, desista.