Laços na quietude escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 4
Jogo perigoso


Notas iniciais do capítulo

Oiii, desculpem pela demora. Para me desculpar esse capítulo terá o dobro de tamanho e de personagens. Espero que gostem dele. Boa leitura e abraços. Nos vemos nos comentários.



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Cersei

Uma mãe faz qualquer coisa pelos filhos, mas aquilo estava indo longe demais até mesmo para ela. Não era para ter tomado esse rumo. Mas seu filho Joffrey preferiu terminar o serviço da forma mais sangrenta possível. A morte de Ned Stark foi a primeira peça que foi derrubando outras peças até chegar ao ponto que chegou. Em que ninguém sabia quem era o inimigo, contra quem estavam lutando e em quem podia confiar.

Vestida com seu roupão vermelho que tinha bordado o leão Lannister, símbolo da sua casa.Segurando a taça com um vinho que já havia esquentado devido ao tempo que estava acordada ela pensava em como o plano inicial era apenas para obrigar Ned Stark a ir para um tipo de exílio forçado com sua família. Ficar longe dela e de seus filhos amados, mas Joffrey deu uma ordem errada e tudo foi por água a baixo. Foi dado o tiro inicial do grande e perigoso jogo...

Porém Ned não era o único a saber do seu segredo pelo jeito e ela parecia não ser a única a querer os Stark fora do caminho. Ele também estava longe de ser seu único inimigo... Isso se mostrou verdade depois do ocorrido com Myrcella. Sua filha querida. Alguém havia tentado a envenenar. Não entendia como. Sempre teve muito cuidado com as coisas que ela iria comer e beber. Sempre a aconselhou, mas de alguma forma quase que ela morre por culpa de um veneno muito raro. Ela ainda se recuperava em seu quarto. Cersei queria entender de onde havia vindo o veneno e como a menina havia entrado em contato com ele. Aquilo estava indo longe demais. Estava começando a atingir seus filhos. Os motivos para ela ter entrado no jogo eram eles. Aquilo que ela começou tinha que acabar. Iria vencer esse jogo.

Tormund

Tormund estava comendo na praça de alimentação do hospital quando viu Brienne passar. Estava comendo uma deliciosa canja de galinha e sorriu um sorriso cheio de gordura e pedaços de carne ao vê-la passar. A mulher pareceu ignorar o sorriso. Parecia com a mente em outro lugar. Parecia mais do que preocupada com algo. Passou direto e comprou um copo de café tamanho grande para viagem. Eram umas três da manhã, mas ela não parecia querer dormir tão cedo. O café com certeza a ajudaria.

—Para onde vai?- perguntou Tormund quando a viu ir em direção a saída e não em direção ao quarto de hospital onde as meninas estavam com o irmão.

—Não quero ser indelicada, mas isso não lhe diz respeito.

—Posso lhe acompanhar como o seu guarda-costa?

—Sou minha própria guarda-costa...

“Mulher difícil”pensou Tormund decidido a segui-la.  Sabia que não devia se afastar de Jon, mas ele estava seguro. Sentia que o hospital era o lugar mais seguro para ele no momento. Não somente para ele, mas para as meninas também. Haviam câmeras e muitos guardas. Por isso Brienne confiou as deixar sozinhas por um tempo. A preocupação de Tormund não eram elas ou Jon, era Brienne. Onde estaria indo? Iria descobrir...

Mindinho

O caos era uma escada. A única pela qual pretendia subir. Seu escritório ficava na cobertura do edifício. Tinha uma vista privilegiada pela sua janela de vidro e o que via era uma grande oportunidade que não poderia deixar passar. Ele fingia jogar do lado dos Stark e do lado dos Lannister. Ambos pareciam acreditar. Ainda mais agora que Cersei se encontrava em um estado delicado por causa do ataque que Myrcella sofreu.

A melhor coisa para ele foi Ned ter confiado nele e ter lhe deixado responsável pelo comando da sua empresa um pouco antes de ir negociar com Cersei. Quando passasse mais o tempo Mindinho pretendia mudar o nome da empresa. Faria isso depois que restarem somente cinzas dos seus concorrentes e do que sobrou dos Starks. Seu único arrependimento foi ter perdido Catelyn. Ele amava ela. Aquilo não estava em seus planos. A morte dela e de seu filho eram um mistério até mesmo para ele que era o mestre do jogo.

Tinha mais alguém jogando... Sabia disso. Suspeitava de um filho bastardo de Roose Bolton, o chamavam de Ramsay ou algo assim. Pesquisaria mais sobre esse tal bastardo. Assim como procuraria saber quem estava por trás do ataque ao filho bastardo de Ned Stark. Os outros jogadores estavam agindo...

Mas isso não o preocupava. O caos é uma escada e ele havia chego ao topo já. Estava relativamente seguro. O inverno não havia chego para ele, mas logo chegaria para os outros. Mas ficaria alerta. O caos é uma escada, porém também pode ser uma faca que ataca de forma sutil...

Rickon

Rickon gostava daquela ilha, mas sentia falta do resto de sua família. Por onde andariam? Sabia que Osha não lhe contaria a verdade. Ela nunca contava. Apenas falava que era para a sua segurança. Ela lhe considerava um bebê. Mas ele não era mais um bebê. Havia crescido muito desde sua mãe e irmão morreram.

—Quero voltar para perto dos meus irmãos!- exigiu ele com seu jeito selvagem naquela manhã quando Osha voltou da feira local.

—Sabe que não é seguro.-respondeu Osha colocando as compras em cima da mesa. Ela não parecia ter a maior pressa para voltar. Gostava do lugar. Porque não gostaria? Os moradores da ilha eram o povo dela. Rickon se sentia parte do lugar. Sempre teve uma natureza mais selvagem, mais voltada a natureza dos lobos. Mas sentia falta de seus irmãos. Com eles a ilha se tornaria perfeita e completa.

—Eu quero voltar!- gritou- Porque não posso voltar?!

—Tem muitas pessoas perigosas lá... Você ainda não entende. Ainda é muito criança.

—Me explique.

—Ok, eu prometi lhe deixar seguro. Não é seguro lá enquanto as pessoas ruins estiverem lá. Só podemos voltar quando elas forem embora. Antes que pergunte não sei quando isso vai ocorrer. Mas enquanto isso não acontece, porque não tentamos aproveitar a ilha? Vai ter um festival essa noite. Talvez tenha roda gigante e sorvete. O que acha da gente ir lá? Podemos levar o seu cachorro junto. - respondeu Osha confiante de que o perigo não poderia os alcançar naquela isolada, mas alegre ilha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Não se esqueçam de comentar e não percam o próximo capítulo. Bjs!



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