Crônicas das terras arrasadas: O sentimento algoz escrita por Abistrato


Capítulo 16
Capítulo 16 - Jennifer Wagen




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Capítulo 16 – Jennifer Wagen

Durante os dias seguintes, nós três seguimos uma rotina bem estrita. Todos os dias nós acordávamos bem cedo para checarmos se a armadilha ainda estava funcionando, Amy subia no topo dos prédios para ficar de sentinela e nos avisava, usando uma garrafa de vidro cujo som do sopro em sua boca ressoava por toda cidade destruída, quando alguém adentrava a cidade, para nos escondermos, porém dois sopros significaria que nosso alvo estava vindo. Por incrível que pareça quem teve essa ideia, fruto de suas brincadeiras de bar, foi Dimitri, que se mostrou muito mais engenhoso e prestativo do que o normal nos últimos dias. Não só isso, ele ainda teve a ideia de obstruir as entradas das ruas paralelas a Avenidas com carcaças de carros e utilizá-las para nos movimentarmos com a caminhonete durante a emboscada, o que mudou um pouco o meu plano original.

Essa por sua vez consistia num zigue-zague seguido de um paredão feito de carcaças de carros e destroços de prédios antigos dispostos pela avenida principal que forçaria o caminhão de guerra a desacelerar, o fazendo tomar as ruas paralelas, mais propicias para uma emboscada, e esconder as armadilhas. Se a formação for igual a que Will e eu vimos no galpão Draug, haverá três caminhonetes armadas que seguirão na frente para avaliar se o caminho é propício para o caminhão de guerra que, por sua vez, deve vir mais atrás. Essas primeiras nós vamos eliminar usando a mesma tática que o Golem usou para matar a mãe de Dimitri, mas ao invés de uma corrente, nós usamos minha corda, três carros que ainda tinham rodas funcionais e uma das motos dos assaltantes.

A ideia geral era a seguinte: Os batedores entrariam na avenida onde desacelerariam e, depois, chocariam-se com os carros que apareceriam no meio da avenida, puxados pelo motor da motocicleta. O caminhão por sua vez tentaria fugir, mas estaria numa velocidade muito pequena para atravessar o paredão de carcaças de que se encontrava a alguns metros do acidente o que o forçaria a ir para uma rua paralela à direita onde se depararia com a Woman O’War. Daí para frente era uma questão de invadir o caminhão em movimento.

O plano tinha tudo para dar certo, exceto por um único defeito: ele dependia do elemento surpresa, algo que eu não tinha na manhã que a garrafa soou duas vezes pela cidade.

..._________...

Assim que ouvimos o segundo soar, Dimitri correu para a caminhonete já armando minha metralhadora ao mesmo tempo em que eu fui para o prédio onde a motocicleta da nossa armadilha estava. Amy apareceu atrás de mim com uma cara aterrorizada quando eu dei partida na motocicleta.

— Amy! Esse não é o combinado você deveria estar na caminhonete me esperando! — eu disse, mas a única reação que Amy tinha era apontar para fora na direção dos nossos alvos. A tamanha preocupação que Amy expressava me fez ir discretamente olhar com a ajuda da mira telescópica do meu fuzil o que havia de errado, mas tudo que eu via era uma nuvem de poeira aumentando. —Ué, as caminhonetes não levantariam tanta poeira... nem tão rápi... — Foi quando a minha ficha caiu. Eu corri para acelerar a motocicleta puxando os carros para o meio da avenida onde foram subitamente levados pela coifa quebra-gelo de aço do caminhão de guerra que passou em altíssima velocidade.

Eu teria me machucado se Amy não rapidamente me tirasse do caminho da motocicleta que foi arremessada contra a parede puxada pela corda como um chicote não restando nada da carcaça. Com ajuda de Amy eu me levantei e, nós duas, corremos para a Woman O’War, que nos esperava na saída dos fundos do prédio. Assim que subimos na caçamba Dimitri acelerou pelas ruas paralelas.

— Mudança de planos: vamos para a avenida principal depois da nossa barricada — disse puxando o ferrolho da metralhadora para pôr o primeiro projétil no cano.

— O que que aconteceu para mudarmos o plano? — perguntou Dimitri preocupado.

— O caminhão estava vindo à frente a toda velocidade — disse recuperando meu fôlego —  Eles já deviam saber da emboscada pra fazer isso.

— Será que...? — Ele olhou para mim pelo meu retrovisor preso por fita adesiva.

— Talvez... — Me mantive séria.

Assim que cruzamos a barreira entramos na avenida principal a tempo de ver o caminhão jogando as carcaças para todos os lados. Ele era parecido, porém muito maior do que o que eu tinha visto com Rachel, mais chapas recobriam a boleia do caminhão deixando apenas uma fresta para que o motorista enxergasse. O motor era certamente maior e continha um par de estruturas captadoras de ar que eram expostas pelo capô a fim de conseguir força suficiente para puxar duas carretas blindadas repletas de soldados. Atrás do caminhão havia seis caminhonetes, como a minha, todos pintados com as cores e o símbolo Draug.

O caminhão investia sua coifa contra nós tentando tirar da estrada, mas Dimitri desviava por pouco delas. Amy deliciava-se com o nosso desespero e seu rosto expressava um prazer psicótico que deixavam seu rosto vermelho, suas pupilas dilatadas nos olhos estalados, sua respiração ofegante e, o mais assustador, sua longa língua para fora da boca.

— Não dá pra ir mais rápido não?! — berrei disparando contra as chapas impenetráveis do caminhão. Assim que me frustrei com todos aqueles ricochetes, uma nova investida do caminhão tocou com força a traseira da Woman O’War amassando a porta da caçamba. Amy aproveitou a oportunidade para pular sobre a coifa do caminhão e escalou seu caminho para a carreta do caminhão com a sua risada típica.

— Atira no blower! — Dimitri berrou de volta. — Isso deve desacelerá-los

— O que raios é um blower?!

— Essa coisa pra fora do capô!

Dito e feito: assim que destruí os dois blowers o som do motor diminuiu junto com sua velocidade. Agora era possível ouvir os gritos e o som da motosserra sobre a caçamba de onde braços, pernas e outras partes do corpo eram jogadas quando não o indivíduo inteiro. As caminhonetes começaram a tomar a dianteira e, ao passo que ultrapassavam o caminhão, disparavam contra nós. Dimitri dançava na estrada para não sermos atingidos, mas isso dificultava muito a minha vida em manter o equilíbrio e tentar acertar as caminhonetes ao mesmo tempo.

Conforme as duas primeiras se aproximavam, meu coração começava a acelerar, eu estava me desesperando. Respirações profundas, mãos firmes e olhos cerrados era tudo que me mantinha sob controle. Minha calma não aumentou assim que consegui fixar a minha mira na caminhonete mais próxima rasgando sua lataria e todos que estavam nela, nem quando a outra capotou ao tentar desviar de um destroço de prédio na avenida, mas sim quando Amy saltou da segunda carreta sobre a terceira caminhonete que tentava ultrapassar o caminhão.

A caminhonete desacelerou e se chocou com aquela que vinha atrás abrindo uma oportunidade de pular para a quinta caminhonete. Enquanto Amy tomava conta das duas últimas pequenas preocupações fora da nossa vista, eu iria tomar conta da  grande preocupação.

— Dimitri, emparelha!

— Tá louca, Jenny?! Eles vão esmagar a gente!

— Faz o que eu tô mandando!

Dimitri desacelerou a caminhonete e lentamente foi para a direita do caminhão mantendo uma distância segura dele. Assim que conseguimos ficar ao lado da segunda carreta sua porta se abriu cerca de dez homens conseguiram sair para as correntes laterais antes que Amy pulasse da última caminhonete, cujos tripulantes estavam mortos, para dentro da carreta fazendo um rastro de sangue pintar a estrada.

Eu sentia as balas se chocando contra a chapa de aço que me protegia, eu sentia o cheiro da pólvora entrando pelas minhas narinas, eu via os flashes das balas iluminando o caminho em minha direção, eu meu coração batia junto com o retumbar grave dos meus disparos e podia até sentir o gosto do sangue e da carne que acertavam meu rosto sempre que meus disparos atingiam um dos soldados. Aquilo excitava ao máximo todos os meus sentidos simultaneamente, e por um ou dois segundos tudo passou devagar para mim. Era simplesmente fantástico. Não era à toa que Amy ria enquanto lutava, era a adrenalina que a dava prazer. Foi quando eu não consegui conter mais meu sorriso.

Quando derrubei o sexto homem a munição da metralhadora acabou, então empunhei Esperança e derrubei os outros quatro tentando conservar o máximo possível de munição que chegava a completar o carregador. Minha mira, dessa vez, não me deixou na mão, mas era a mira de Dimitri que importava agora. Eu o mandei se aproximar então saltei com Herrenvolk e Esperança penduradas em minhas costas. Quase escorregando pelas correntes sujas de sangue eu subi para o final da segunda carreta quando ouvi ao longe a chapa de aço da janela do caminhão se abrir e um vulto de uma criatura estranha que se movia como um inseto rapidamente passou pelo canto do meu olho.

Quando terminei de subir, uma figura magra e alta já me esperava no outro extremo da primeira carreta. Essa figura segurava pelo cano um fuzil feito de aço e madeira que muito parecia com Herrenvolk, mas ultrapassava a altura dela mesma. Cinco projéteis, maiores do que qualquer um que eu já havia visto, estavam presos em seu pulso por uma munhequeira. Ela usava a mesma roupa que os Draugs usavam e, por cima de seu colete, um poncho bege se destacava destoante, mas não era ele que chamava mais atenção e sim a máscara de aço que usava. Essa máscara tinha três pares de frestas e uma pintura de boca com dentes pontudos que a davam um ar monstruoso e assustador. Então com uma voz feminina a figura disse:

— Eu não sei o que você fez pra aquela maneta, mas ela não estava muito feliz quando me contou do seu plano, mas não se preocupe os aleijados não valem muito, então eu dei um jeito nela pra você, já o chefe dela vai me render um bom trocado.

— Algoz! — Eu a identifiquei.

— Ó, mas que assaltante bem informada. — Meus olhos estalaram e meus batimentos subitamente caíram quando ela começou a bater palmas sarcasticamente. — Assustada? Deveria... — Ela tirou seu poncho alongando seus três pares de braços. Assim que recuperei a concentração apontei Esperança para ela e perguntei:

— Por que vocês estão caçando Draugs? — Minha pergunta disparou risadas na Algoz.

— Vocês, humanos, são muito burros! Os Draugs não existem mais desde que a caça às lendas começou. Sabe, quando Jack “Boss” me contou o plano eu não pus muita fé, mas vocês, sulistas, caíram direitinho.

— Então é ele que está por trás da morte do meu namorado! — disse abaixando Esperança.

— Não, não, ele é um nobre, quem suja as mãos aqui sou eu, mas, sabe, eu mato muitos namorados então se você puder me dizer quem foi eu posso fingir estar arrependida e pedir desculpas antes de te matar.

— Não foi você que o matou. Foi um homem! Quem foi?! — Ela riu novamente.

— Ai, Ai, Ai... Esses humanos são tão presos ao sexo... — Então a voz dela repentinamente mudou — Não é, tolinha? — Ela era o homem sem face. Um ódio súbito correu minha espinha era tamanho que eu saquei Valquíria e rapidamente descarreguei o tambor contra o Algoz, mas o resultado fez meu ódio virar insegurança.

Quando eu ouvi o primeiro clique parei, estava suando profusamente, arfava repetidamente com um coração disparado e meu pulso latejava de dor, mas ele apenas havia arqueado a cabeça para trás e em um movimento lento me encarou novamente estalando o pescoço no processo.

— Agora sim eu tô puto — ele disse ou ela eu, estava muito confusa para saber o que aquilo era.

Ele investiu contra mim enquanto eu apontava esperança. Quando comecei a disparar, o Algoz, como uma aranha, fugiu para a lateral da carreta e surgiu alguns metros depois pulando sobre mim, assim que minhas balas acabaram. Agora eu estava sob as coxas dele tentando proteger meu rosto de uma chuva de socos incessante.

— Tá com medo? Eu não vou te matar, eu vou vender você e seus amigos. Alguém tem que pagar o estrago que vocês fizeram, não é verdade? — Ele continuava usando a voz masculina.

Foi quando uma motosserra ensanguentada caiu atrás da minha cabeça. Amy surgiu atrás de mim com seu cutelo que foi rapidamente pareado pelo enorme fuzil. Eu aproveitei a desatenção para pegar a motosserra, mas apenas recebi mais um soco.

— Nem pense nisso — o Algoz me ameaçou rapidamente me segurando com seus braços superiores. — Amy! — ele disse sarcástica — Você por aqui?!  Saiba que dessa vez eu não vou pegar leve com você.

Amy investiu novamente agora com seu gancho que segurou o golpe da coronha do enorme fuzil, que Algoz mais usava como um bastão, fazendo-o soltar uma das minhas mãos para segurar com a própria mão o segundo golpe com o cutelo. Ele disputava força com Amy e certamente ganharia, mas com essa nova oportunidade eu consegui alcançar a motosserra e desajeitada acertei a máscara fazendo uma chuva de faíscas surgirem cegando a Algoz que recuou me libertando. Eu devolvi a motosserra para Amy e pus a baioneta em Herrenvolk enquanto Algoz se recuperava da cegueira. Assim que ela nos viu lado a lado prontas para a luta disse para Amy:

— Eu tive misericórdia com você e é assim que você me retribui? Vocês, humanos, não valem nada! Aliás valem muito, especialmente a sua irmã, Amy. — A provocação foi seguida de uma risada cruel.

Amy investiu contra ele antes que eu pudesse disparar a Herrenvolk, mas o ódio dentro de mim era tamanho que mesmo com Amy em minha frente meu dedo ficava tentado a apertar o gatilho. Entretanto eu não atirei, não era só o Algoz que deveria pagar, mas o Jack “Boss”, que o Sr. Jonhson havia dito ser o chefe do Algoz, deveria também e para isso eu precisaria de Amy.

— Veja que lindo pesadelo você se tornou, Amy. — Continuavam as provocações. — Tudo isso, por mim? — E ria. — Finalmente você se tornou um monstro como eu.

Muitas vezes eu tentei disparar ou investir com minha baioneta, mas aquele que deveria ser o meu duelo havia sido dominado por Amy. Ela não ria como de costume nem tinha seu sorriso macabro no rosto, ela só tinha o ódio e uma determinação inabalável. Foi então que eu percebi o estilo de luta de Amy. Seus olhos seguiam meticulosamente todos os movimentos do oponente. Assim ela podia prever todos os ataques e defesas e responder ainda mais rápido o que gerava a sensação no escuro de ela estar em todos os lugares e ser protegida pelas sombras. Ela era rápida no raciocínio e nas ações, mas sua velocidade não era sobre-humana ela apenas estava sempre no lugar certo na hora certa, mas a atmosfera de medo que ela construía em suas batalhas era suficiente para fazer ninguém perceber isso.

O Algoz, por sua vez, não tinha medo nenhum de Amy o que já era uma vantagem, porém a vantagem que mantinha a Açougueira calada era outra: os seis braços. Estes faziam Amy ter que seguir seis pontos ao mesmo tempo a deixando sempre preocupada em evitar ataques-surpresas, o que o Algoz usava aos montes.

Apesar de usar o enorme fuzil como bastão o Algoz não hesitava em dar socos ou tentar roubar nossas armas. Quando ela chegou a passar a mão em Valquíria, eu investi com minha baioneta que ele rapidamente desviou para o lado segurando o cano da minha arma. Eu queimava de ódio por dentro e era tamanho o sentimento contido que, quando o Algoz abraçou minha cintura para dar uma cabeçada com sua máscara de aço em mim, eu puxei a coronha de Herrenvolk, que ele ainda segurava pelo cano e eu que ainda segurava o gatilho com minha mão direita em uma posição desconfortável, fazendo-o bater contra a madeira.

Enquanto eu estava sendo tocada por aquele ser horrendo, eu não consegui mais me conter e repetidamente comecei a socar com toda a força que minha raiva me dava a coronha do meu rifle que acertava a máscara. O Algoz puxou minha arma para tirá-la do caminho, me fazendo socar o aço e, com a dor, apertar o gatilho. O coice do disparo acertou a lateral desprotegida da cabeça com força suficiente para que ele me soltasse, mas não Herrenvolk. Eu tentei puxar o meu rifle para mim, mas, não sendo tão forte quanto meu inimigo, fui jogada para a beirada da carreta quase que caindo. Eu decidi fazer um novo disparo, mas, quando fui tocar no ferrolho, a coronha do enorme fuzil acertou o meu rosto me fazendo segurar Herrenvolk com ambas às mãos para não cair.

Mais quatro vezes meu rosto foi atingido enquanto o Algoz me fala para largar a arma, mas, percebendo que eu não iria largar, ele disse:

— Alguém sempre acaba cedendo... — Então me soltou.

Quando estava caindo, antes de escorregar, o gancho de Amy apareceu num pulo junto de sua dona se enroscando na bandoleira da minha arma parando minha queda. Assim que vi o rosto de Amy troquei as balas do meu fuzil e falei para Amy:

— Vamos atirar nela! — Amy concordou largando sua motosserra pendurada em seu corpo e me puxando com os dois braços.

Meu fuzil se apoiou no ombro de Amy quando o Algoz havia acabado de acertar as costas da minha canibal favorita com sua arma e, no meio da queda eu disparei. Nós duas caímos depois de ouvir o doce som de metal com metal, mas só eu vi, com um prazer aliviante, o luminoso flash do choque que fizera o Algoz cambalear para trás até cair do outro lado da carreta.

...________...

Tanto Amy quanto eu estávamos prontas para nos entregar à estrada, mas Dimitri tinha uma ideia diferente. Assim que minhas costas atingiram a caçamba da Woman O’War, ele disse:

— Acho que você não vai poder mais me chamar de inútil. — Eu responderia, mas Amy “aterrissou” em mim antes que eu pudesse fazê-lo.

Depois que nos recuperamos da queda Amy me olhou como quem esperava uma resposta:

— Acho que conseguimos, Amy. — Ela sorriu alegre e me abraçou forte. Eu também não podia conter minha alegria e a abracei de volta rindo. — Nós conseguimos! Nós matamos o Algoz!

— Conseguiram?! — Perguntou Dimitri também comemorando, desacelerando e se afastando do Caminhão — Então não vai ter mais tiroteio?!

— Não! — respondi sorrindo.

— Então aquele bicho estranho ali é amigo? — disse ele apontando para o Algoz que escalava as correntes do caminhão de guerra.

— Como assim ele ainda tá vivo?!

— Eu e minha boca grande... — Dimitri reclamou.

O Algoz subiu até a extremidade traseira da última carreta. Ele se ajoelhou seus braços superiores apontaram o fuzil para nós o alimentando uma bala gigantesca, o par mediano segurou os cotovelos dos primeiros e ou dois últimos se apoiaram atrás dele na carreta. Eu entrei na cabine falando para Dimitri desviar, mas já era tarde demais. O enorme flash do disparo precedeu um estrondo ecoante que nos fez capotar algumas vezes arremessando Amy longe e resultando num monte de ferragens espalhadas pela estrada. Claro que eu perdi a consciência como de costume.


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