Innocence - Arya escrita por LittleWolf


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Short-fic, espero que gostem;)



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Mikaelson's, uma família com muitos inimigos. 

Arrogantes e destemidos, monstros guiados por sangue, crueldade e escuridão. Era assim que Edgar via os originais.

Quando jovem, sua família foi massacrada por tais monstros, desde então, o bruxo jurou vingança.

Ele passou anos, décadas em busca de algo que fizesse os temidos originais sofrerem a morte merecida. E como se por acaso, ele esbarrou em sua solução.

Seria preciso o sangue de uma inocente, pura de alma e coração, descendente direta das primeiras anciãs.

Quando Edgar finalmente a encontrou, ainda bebe, matou sua mãe, e a levou pra longe. Iniciando assim, o destino da inocente Arya.

...

Grades, paredes desgastadas, pilhas de livros, uma cama de antiga e um pequeno banheiro. Toda sua vida se resumia aquele pequeno cômodo.

A jovem sempre sonhou em ver o mundo lá fora, mas pedia, Edgar apenas a encarava de modo estranho, e então negava.

Arya não o culpava, apesar de ser velho e meio frio, Edgar era o único contato humano que ela tinha, e por mais que ela se sentisse sozinha, sabia que sem Edgar se sentiria mais.

Aconchegada ao lado da pequena janela, Arya lia um livro infantil, Peter Pan, hora ou outra olhava pelas grades, sonhando com o dia que conheceria o mundo lá fora.

—Hora do almoço- Edgar diz, segurando uma pequena bandeja e entrando no comodo.

—Obrigada- e menina sorri agradecida.

—Peter Pan, de novo?- o velho diz, enquanto observa a jovem comer.

—É divertido- ela diz, meio alheia ao olhar do mais velho.

—Amanhã, é um dia especial- o tom sério do bruxo, chama a atenção dela- amanhã você completa dezesseis anos.

—Isso é incrível, não é?- ela sorri, sua ingenuidade deixa tudo ainda mais cruel.

—Sim, amanhã vou te levar a um lugar especial- o tom de culpa é ignorado pela simples e pura animação de sair.

—Esse é o melhor presente que eu poderia desejar- a menina sorri contente, abraçando o mais velho.

—Sim, sim, agora volte a ler, e lembre-se de ir dormir cedo- o velho resmunga, fechando a porta atrás de si.

O dia passa mais rápido que o normal, logo a menina esta debaixo das cobertas, ansiosa demais pra dormir.

Sempre sonhando com um anjo que a levaria pela floresta, ela desejava ter a chance de encontrar seu anjo. Algo sem eu coração dizia que ele estava perto.

...

Vestida com seu vestido branco, com pequenas borboletas na borda, Arya seguiu Edgar pelo jardim.

—São tantas cores...-elas sussurrou admirada para as flores.

—Aproveite, hoje é um único- Edgar disse apenas, deixando a menina explorar o jardim.

Em volta a flores e aos sons dos pássaros, ela aproveitou cada momento.

O modo como tudo balançava suavemente quando ventava, as borboletas passando pelas flores.

Deitada no meio das flores, ela assistiu o sol desaparecer, dando lugar a um céu estrelado.

—Está na hora, venha- Edgar estendeu a mão, e ainda meio confusa, ela aceitou, e o seguiu.

—Obrigada por hoje, foi incrível, o melhor aniversario que eu já tive- ela sorriu docemente, seu coração queimando de alegria.

Logo os dois chegaram. Um círculo repleto de tochas, e pessoas cobertas por mantos negros.

Arya não se sentia assustada, ela era tão inocente que nunca imaginaria ato terrível que estava por vir.

Edgar a guiou até o centro do círculo, a olhou ternamente, e se afastou.

—Não saía dai- ele instruiu.

Ela assentiu, a curiosidade era maior do que qualquer outro sentimento. Meio alheia aos acontecimentos a sua volta, ela observava a lua, encantada.

Ela encarou Edgar confusa, quando este, se aproximou, dizendo palavras estranhas, e segurando uma adaga reluzente.

Ingenua, ela não entendia nada daquilo.

A lâmina gelada em sua garganta causava arrepios estranhos.

As chamas a sua volta aumentaram, era como... mágica.

Ainda segurando a lâmina contra pescoço da jovem, o bruxo tocou sua testa gentilmente.

Logo a menina começou a gritar, a dor era quase insuportável, ela sentia seu corpo em chamas, até o simples ato de respirar doía.

—Por favor, pare- ela disse, as lagrimas escorrendo pelo rosto pálido- por favor...

O barulho de algo se quebrando, Edgar caindo no chão, os olhos sangrando.

Assustada e confusa, e menina assistia enquanto criaturas de dentes afiados e olhos sombrios atacavam as pessoas de manto. Eles eram tão rápidos, quase como vultos. As chamas aumentaram, e como se guiadas por alguém, elas atacavam as criaturas.

—Corra, Arya, corra- Edgar sussurrou.

A menina levou apenas um segundo pra entender as palavras, logo ela estava correndo sem rumo pela floresta escura. A cada vez que os gritos se faziam presentes, ela corria ainda mais.

Seu vestido estava rasgado e sujo, suas pernas estavam arranhadas, ela tinha certeza que seu joelho estava sangrando. Mas ela não conseguia parar de correr, estava apavorada demais.

E desespero da garota era tanto, que ela não viu desnível do chão. Rolou alguns metros abaixo, parando ao lado de um riacho. Seu coração pulsava em seus ouvidos, seu corpo doía, as lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto. 

Ela permaneceu imóvel, chorando silenciosamente, rezando pra que seu anjo a salva-se.

Foi como se as estrelas ouvissem seu desejo.


 

Marcel sabia sobre o bruxo que estava fazendo magia negra, e sabia que aquilo era parte de um plano maior pra matar Klaus. E ele não permitiria que isso acontecesse, sua viada dependia literalmente da do híbrido.

Niklaus sabia do ataque que Marcel tinha planejado, ele permaneceu alheio. Depois que as bruxas foram mortos, e o bruxo capturado, ele vagou pela floresta, seus pensamentos longe.

Enquanto ele pensava numa forma de conseguir o perdão dos irmãos, ele ouviu os soluços.

Não foi difícil encontrar de onde os sons viam, ele sentiu o cheiro de sangue.

Encolhida em meio as folhas secas, tremendo e assustada, ele a observou a jovem.

Os cabelos emaranhados, um vestido sujo, o rosto coberto por um trilha de lágrimas.

Ele poderia simplesmente matá-la, era uma presa fácil, e ele ainda estava com fome.

Ele se inclinou sobre o corpo frágil e trêmulo da garota, pronto pra se alimentar.

Surpreso, ele observou ela abrir os olhos, e sorrir.

Um sorriso tão doce e carinhoso, que o deixou confuso.

—Anjo...-ela sussurrou, erguendo mão, tocando carinhosamente seu rosto.

Ainda surpreso pela atitude da jovem, ele ficou imóvel.

Algo em seu coração queimou, talvez compaixão.

Pegou cuidadosamente a menina no colo, e sussurrou que tudo iria ficar bem.

De alguma forma, ele soube que nunca seria capaz de machucar a jovem em seus braços, e que faria de tudo para protegê-la.


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Notas finais do capítulo

E então?