Vivendo com o Crime escrita por Tuany Nascimento


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora!

Obrigada pelo apoio, pelo carinho e pela paciência.

ENJOY



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(BPOV)

 

Fui para a janela, olhando através da cortina quem era. Tinha um homem com o uniforme do FBI, segurando uma caixa e uma mala. Respirei aliviada e abri a porta, mostrando o meu crachá de identificação para ele, que repetiu o meu gesto.

 

- Jackson mandou-me entregar-lhe essa caixa com os disfarces prontos para você e para o agente Winchester.

 

- Obrigada.

 

- Seu pai mandou te dizer que mandou um relatório com os novos adendos sobre o TJ e as coordenadas.

 

- Ah, que ótimo. Eu ia pedir isso para ele.

 

Ele me entregou a caixa e a mala, me desejando boa sorte no caso e entrando no carro blindado. Entrei na casa e levei as coisas para o quarto. Desci as escadas e sentei-me novamente na mesa, e reparei que Edward me olhava irritado, mas sabendo disfarçar muito bem. Dean e Thom nem conversavam, apenas olhando para o enorme prato que tinha na frente de cada um.

 

- O que ele queria? – Dean me perguntou.

 

- Ele me entregou os novos adendos do relatório e os nossos disfarces. Depois você vai lá dar uma olhada.

 

- Por falar nisso, temos que nos reunir para discutir sobre como vamos nos aproximar. Thom, iremos precisar de seu cérebro tecnológico.

 

- É, eu sei. Não acredito que ficarei de fora de novo.

 

- Por que será? – eu disse irônica.

 

- Eu não tive culpa. – ele disse inocentemente.

 

- Deixar o distintivo à mostra realmente não é sua culpa. – Dean falou sarcástico

 

Thom olhou para baixo envergonhado, enquanto Dean e eu ríamos muito.

 

- Vocês parecem ter muitos casos engraçados. – Emmett comentou.

 

- Temos. Os melhores são quando nós três estamos juntos. Thom é muito inteligente, mas muito atrapalhado. Dean é muito engraçado, mas muito impulsivo. – eu disse.

 

- Bella é uma ótima lutadora, mas muito desequilibrada. Tem dois pés esquerdos. – Thom disse debochando.

Eu o mostrei a língua como uma garota de cinco anos e ri. Terminamos de comer e nos sentamos na sala, com os relatórios espalhados no chão, canetas, muitas folhas e os disfarces. Edward, Emmett e Jasper ficaram perto de nós, sentados no canto mais afastado da sala, perto da mesa de xadrez, fingindo jogar, já que Edward lia todos os pensamentos de Jass e de Emm, antes do movimento ser realizado.

 

- Podemos fingir que eu sou um antigo amigo de Christian, que soube da sua prisão e que quer ajudar no que for possível. E então você me liga e eu a chamo para onde eu estarei. – Dean começou.

 

- Eu deixarei com vocês pontos, onde poderão me consultar para qualquer informação, assim como comunicadores, que ficarão presos nos molares, assim, eu poderei escutar o que lhe dizem e o que acontece, para mandar reforços ou alguma outra coisa. – Thom disse enquanto mexia em micros chips, com uma lupa.

 

- Thom, será que não precisaremos de algo mais? Afinal, TJ sempre está cercado de muitos seguranças. Se algo acontecer...

 

- Por isso Bella irá com um mini câmera, escondida no sutiã dela. Quando TJ tentar algo, eu verei e assim, entraremos em ação.

 

- Mas quem ficará com os Cullen? – eu perguntei

 

- Não podemos deixá-los com simples policiais ou agentes. Eles precisam de alguém que tem treinamento especial, eles precisam de proteção. – Dean disse.

 

Emmett e Jasper começaram a gargalhar, enquanto Edward estava com a cara fechada, emburrado. Dava-se a entender que Jasper estava ganhando de Edward e Emmett estava zombando-o. O que eu sabia que era mentira.

 

- Parece que o seu namoradinho tem problemas em perder. – Dean disse debochado.

 

- Cala a boca, Winchester. – eu disse.

 

- Bom, deixa que eu fico com eles. Eu conseguirei monitorá-los daqui. Vocês podem levar alguém com vocês. Quatro ou seis agentes. – Thom disse.

 

- Você conseguirá Thom?

 

- Não se preocupe, Baby B. Eu sei o quanto os Cullen são importantes para vocês. Eu os cuidarei como se fossem a minha própria vida.

 

- Obrigada Thom. Aprecio muito a sua preocupação.

 

- De nada, é o mínimo a se fazer para a minha irmãzinha.

 

- Voltando ao assunto... Por que a câmera ficará no sutiã de Bella? – Dean perguntou.

 

- Porque é mais viável e se confundirá com algum ornamento da peça.

 

- Mas como conseguiremos as informações com TJ? Se fizermos perguntas muito direta, ele irá desconfiar. – eu falei.

 

- Podemos perguntar quais meios TJ utiliza para ajudar na liberação de Christian. Porém, eu acho que na escola não foi ele quem agiu. – Dean disse.

 

- Por quê?

 

- Bells, você deve ter percebido que o tiro foi dado após a morte do diretor. A marca de sangue era muito superficial para um tiro no peito. Porém, não há sangue no corpo, o que nos evidencia que a morte foi um pouco estranha, o que não é comum no método de TJ. Obviamente, a morte foi para incriminá-lo, pois ele sempre mata com um tiro no peito e com uma bala especial, o que não foi o caso. A bala era muito comum, calibre 38.

 

Quando Dean mencionou a falta de sangue no corpo do diretor Greene, eu fiquei tensa, assim como Edward e os Cullen, como pude perceber. Olhei discretamente para meu namorado, que devolveu o olhar percebendo o quão perceptivo Dean é.

 

- Não podemos ter certeza sobre isso. TJ pode ter novos comparsas, que matam em diferentes jeitos.

 

- Não vamos contar com o destino, Bella. Precisamos pesquisar e descobrir quem está por trás disso. Não acho que seja TJ. Não dessa vez.

 

- Eu estou com Dean. Precisamos investigar isso. – Thom disse.

 

- Primeiro, devemos conversar com ele e ver se ele está por trás disso. Se não está, fazemos uma investigação. – eu falei.

 

- Você decide, chefa. – Dean disse batendo continência.

 

- Então vamos repassar as estratégias: Dean é um contrabandista, que trabalhou com Christian há alguns anos, mas devido as suas viagens para a Europa, perdeu o contato com ele. Quando chegou ao país há uma semana, ficou sabendo da prisão de Christian e soube que TJ está atrás da agente especial Isabella Marie Swan, que foi quem o encontrou no esconderijo e lutou com ele. Não só a ela, mas pessoas próximas também, como o rico namorado e a família dele.

 

“Bella será uma prostituta de luxo, que trabalha para Dean, é mandada por ele até o hotel para resolverem alguns problemas, até que Dean a oferece para TJ. Dentro do quarto, Bells tentará achar algumas respostas, obtendo sucesso, efetuará a prisão de TJ, com a ajuda de Dean e de alguns outros policiais.” – Thom foi explicando a missão.

 

- Mas Bella ficará desarmada?

 

- É óbvio que não. Eu vou esconder a arma em alguma parte do meu corpo. Provavelmente coxa ou tornozelo.

 

- Mas e o disfarce? Não tem como esconder no tornozelo e muito menos na coxa. Não há lugar.

 

- Thom, eu arranjarei algum lugar. Não se preocupe.

 

Emmett se aproximou de nós, vendo algumas das fotos que estavam espalhadas no chão. Ele focalizou em uma tirada recentemente de TJ, conversando em um restaurante com uma mulher. Edward e Jasper se aproximaram também, conversando com Dean e Thom sobre alguns detalhes da missão. Fui até a parede sul da casa dos Cullen, que é toda de vidro, deixei minha visão se perder no verde da floresta a minha frente. Fiquei um tempo parada, pensando, tentando encaixar as peças do complicado quebra-cabeça que havia se formado com todas as mortes. Tentando achar uma peça que se encaixava. Senti um forte e gélido par de braços me abraçando por trás, na cintura, um familiar cheiro me envolvendo. Encostei minha cabeça no peito dele e fechei os olhos.

 

- Um beijo por seus pensamentos.

 

- O mesmo de sempre. Tentando encaixar as peças soltas desse enigma, mas tudo parece tão impossível.

 

Ele me abraçou mais apertado, estreitando os braços à minha volta.

 

- Tudo irá se resolver. Eu estou aqui, te protegerei de qualquer coisa.

 

- Sinto tanta a sua falta durante a noite. Preciso da sua voz entoando a minha canção de ninar.

 

- Daremos um jeito nisso.

 

- Isso, se Thom não der um piti. Ou Dean.

 

Ele riu e depois me puxou para um beijo cálido e carinhoso. Ele me puxou para seu peito, onde descansei minha cabeça e ele acariciou meus cabelos. Senti-me tão protegida nos braços dele, como sempre. Suspirei e o encarei.

 

- É, está na hora de voltar ao mundo real. Enfrentar e prender bandidos.

 

Eu dei outro beijo nele e fui em direção aos meninos que estavam entretidos nos relatórios e na construção de pontos e comunicadores.

 

- Bella, pelo o que eu li aqui as outras mortes foram da mesma maneira que a do diretor. Parece que temos um novo parceiro de Christian. Teremos que interrogá-lo.

 

- Você quer dizer que teremos que ir para Washington?

 

- Ou simplesmente trazer Christian para Forks.

 

- Isso é loucura, Dean. Não o quero aqui, é muito perigoso. Se quiser um de nós vai para lá e o interroga ou pedimos para Charlie fazer isso. Mas Christian em Forks é totalmente fora de cogitação.

 

- Bella tem razão, Dean. Temos que pensar nos outros habitantes também. Forks não tem suporte para esse tipo de prisioneiro. – Thom disse me apoiando.

 

- Ok, vocês tem razão. Eu me precipitei em minha decisão.

 

- Temos que pensar em algum meio de descobrir quem está matando desse jeito. – Thom disse – E rapidamente.

 

Foi só então que a peça de encaixou novamente em minha mente. É ela. Só pode ser ela. Eu olhei para Edward e saí da sala o puxando pela camisa em direção à cozinha.

 

- Poxa Bells, não sabia que estava tão necessitada assim. Sair puxando o namorado desse jeito selvagem pega mal, parceira. – Thom gritou para mim.

 

Revirei os olhos e continuei puxando o Edward. Paramos e ele me olhou em sem entender o que eu estava fazendo.

 

- Victória está com TJ e com Christian, não é? Ela se juntou a eles para me matar.

Ontem quando vocês foram atrás de algum rastro dela, acharam alguma coisa?

 

- Sim, uma trilha fraca ao sul, até a fronteira. Depois se misturou e perdeu-se no mar. Porém, passava por Seattle. A trilha vinha e voltava, dando muitas voltas.

 

- Isso é péssimo. Eu não quero colocar Thomas ou Dean nisso. Eles não precisam ficar em perigo. Não por minha causa.

 

- Shii, nada irá acontecer com eles e nem com você. Nós estamos aqui para protegê-los.

 

Acenei meio relutante com a cabeça, concordando com o que ele me dizia. O abracei e ele me deu um beijo na testa, me reconfortando pela segunda vez no dia. Saímos de mãos dadas da cozinha e todos nos olhavam.

 

- Mas já, cabeçudo? Rápido assim? – Emmett perguntou rindo.

 

- OMG, péssima idéia deixar Emmett e Thom juntos. – eu disse enquanto enrubescia.

 

- Cala a boca, Emm. – Edward disse.

 

- Vocês dois parem de brigar. Emmett não provoque seu irmão. E vamos almoçar. – Esme disse enquanto entrava na sala sendo seguida dos outros Cullen.

 

Todos nós fomos para a cozinha, enquanto eu via a careta se formando no rosto dos Cullen e eu ria internamente.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews, please :*

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