A Uchiha-Hyuuga escrita por Aninha B


Capítulo 8
Uma visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

demorei, mas aqui esta o novo capitulo !! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/701460/chapter/8

Ana estava treinando nos arredores da aldeia, finalmente Kakashi havia começado a treina-la e ela estava tão animada que treinava mesmo sem ele por perto. Estava tentando acertar uma combinação de shiurikens que acertasse os 8 alvos, mas parecia impossível e sua concentração não estava das melhores.

Ela tenta de novo jogando as shiurikens de um ângulo diferente, mas consegue acertar apenas 6 alvos. Solta um ruído frustrada com o fracasso.

—Sabe se você vai passar suas terças me observando treinar podia pelo menos me ajudar, irmão- diz indiferente ainda encarando os alvos.

Itachi sorri de lado por ela ter notado sua presença, se posiciona atrás dela.

—Parece que subestimei seus olhos.

—Eu mudei bastante nesses três anos.

Ela vira de frente para ele, sorrindo abertamente. Não aguentou e se jogou o abraçando o mais forte possível. Ele retribui um pouco surpreso.

—Eu pensei que não ia mais te ver- diz se afastando e se recompondo.

Ele vira a cabeça ao ouvir um ruído vindo do caminho de volta para a aldeia. Itachi pega a irmã pelo braço correndo para dentro da floresta, ela tropeça não entendo a pressa do irmão e o mesmo a segura antes que ela caia.

—Acho que aqui esta bom- declarou largando o pulso da caçula.

Ana começa a andar para trás até bater as costas no tronco de uma arvore. Seu olhar serio estava fixo em Itachi. Não disse nada por minutos e o irmão não tardou a descobrir o porquê da reação estranha da irmã.

—Eles te contaram, certo?- quebrou o silencio mantendo a voz calma como sempre.

—É verdade, não é? Por isso fugiu tão rápido... Eu achei que se você estava aqui... Achei que talvez tivesse mais a saber sobre essa historia.

Ele tenta se aproximar, mas ao ver a irmã se recolhendo ainda mais desiste se afastando novamente. Ele suspira olhando para o céu.

—Não vai negar? Tentar me explicar? Me contar o que aconteceu? Não acha que me deve uma explicação, Itachi?

—Se eles já te contaram o que aconteceu não tem o que eu explicar.

—Então é tudo verdade? Não pode ser verdade, você não faria isso! Não faz o menor sentido, por que você mataria todo o seu clã, mas continuaria tomando conta de mim?

Ele da de ombros visivelmente incomodado com o fluxo da conversa.

—Eu não cuidei de você, te mandei para o outro mundo.

—Mas você não me matou, por que não me matou?- perguntou intrigada.

Ao mesmo tempo em que estava assustada e surpresa com tudo aquilo, Ana sentia que aquele seria a única chance de conversar com Itachi sobre o assunto e não desperdiçaria isso por nada. As coisas não batiam para ela, como ele pode odiar Sasuke e amar do jeito que amava? O que ela tinha de especial para ser a única familiar merecedora de algo além de ódio?

—Você não vivia na vila e tinha 8 anos, qual seria o desafio em matar alguém da sua idade?

Ana sentiu seu estomago se embrulhar completamente, a razão de estar viva é por que era fraca demais? Não era desafio o suficiente?

—Ta brincando comigo? Então por que passou 8 anos comigo? Pra que se dar ao trabalho?- perguntou raivosa.

—Ana, só porque matei quase toda a minha família não quer dizer que eu não possa amar alguém. Tomei conta de você porque me importo com você.

—Se você mata toda a sua família significa que você não se importa com família, e eu sou sua família Itachi, então por que esta aqui?

Ele suspira pesadamente incomodado com a teimosia da garota que não havia mudado em nada durante esses anos.

—Aninha, você é minha irmã, mas não tem nada a ver com eles. Com o clã. Se você soubesse o que acontecia por lá... Escute, eu cuidei de você durante 8 anos, eu te ensinei e fiz de tudo por você isso não é prova o suficiente de que eu me importo e te amo?

—O que acontecia no clã? O que acontecia de tão terrível para fazer você mata-los?- ela questiona ignorando todo o resto que ele havia falado.

Itachi a encara duvidoso pensando no que responder para faze-la entender sem revelar demais, conheci a irmã e sabia que ela não ia desistir fácil da pergunta.

—Eles queriam te matar- mentiu com a primeira coisa que veio na cabeça- lembra em Suna? Lembra por que teve de ir embora?

—Porque alguém entrou e tentou me matar...

—O clã Uchiha estava armando um plano para te matar, todos eles estavam loucos os ideais do clã estavam destruídos.

Ela balança a cabeça confusa.

—Por que eles tentariam me matar? O que eu fiz?- perguntou sem entender.

—Você era a mistura de dois clãs, você não é 100% Uchiha e eles não aguentavam. Tinham medo do quão poderosa você iria se tornar.

—Por isso que desde que eu era pequena fui criada longe de konoha? Eu sou uma desgraça tão grande para eles tentarem me matar? Calma, quer dizer que você os matou por minha culpa? E se sim, se você se importa tanto por que nunca me visitou? Melhor, por que me mandou para aquele mundo?- cospe as perguntas com rapidez sem parar para deixar o irmão mais velho responder.

—Ana- interrompeu antes que ela perguntasse mais- não interessa o passado, eu não vou entrar em detalhes sobre esses assuntos, tudo o que fiz foi por alguma razão é o que você precisa saber. Eu tive meus motivos. Esqueça o passado, não vale a pena- rejeitou as perguntas irritado e desconfortável com toda a situação.

—Você esta pedindo para eu simplesmente deixar quieto e esquecer tudo o que aconteceu? Que eu fique aqui te tratando como sempre depois de tudo isso? Alias, como soube como me encontrar?- soltou outra serie de perguntas.

Itachi bufa visivelmente irritado pela curiosidade incessante da caçula. Ele a encara com um olhar severo, mas ela não muda a postura atrevida.

—Não estou te pedindo nada, Ana. Se quiser nunca mais me ver é um direito seu, mas eu precisava vir aqui para te ver, ver como você estava. Estive ocupado nesses tempos, mas não quer dizer que eu a tenha esquecido. Como eu disse, tudo o que eu faço tem razão, mas eu não sou obrigado e não vou me explicar para você então pare com as perguntas inúteis.

Sua voz era calma, mas séria e com um fundo raivoso. Não lembrava dessa atitude tão questionadora da irmã e não gostava de dever satisfação para ninguém. Ela faz bico olhando para o chão sem expressão.

—Não me diga que vai chorar, por favor Ana, não chore- pediu com a voz mais carismática se aproximando.

Ela o encara com o semblante calmo sem nenhum sinal de choro.

—Eu mudei muito nesses três anos, eu não choro não se preocupe- diz com um toque de magoa na frase- Me diga o que veio fazer aqui.

—Já disse que queria te ver.

Ela assente séria. Não esperava que o irmão fosse procura-la sabia que konoha não podia nem sonhar em saber disso, tinha prometido não procura-lo em hipótese alguma, mas ele que a procurou.

—E o que vai ser agora? Eu volto a morar com você?- perguntou alegre, mas cautelosa.

—Não, sem chance. Não posso leva-la comigo até porque sua família esta em konoha é lá que você deve ficar- explicou se aproximando ainda mais da irmã.

—Então eu nunca mais vou te ver?- perguntou com a voz começando a ficar embargada.

Mesmo depois de tudo o que descobriu Itachi ainda era seu irmão e a pessoa que ela mais amava no mundo e uma despedida para sempre seria algo completamente devastador. Mas não iria chorar, sabia que não iria, ela havia perdido essa capacidade há muito tempo.

—Não- ele reponde imediatamente- quero dizer, se você quiser que eu vá e não volte nunca mais eu respeitarei sua vontade, mas se quiser ainda me ver daremos um jeito. Você não pode deixar konoha descobrir, mas eu darei um jeito de te ver sempre que o possível.

—Me ensinar algumas coisas também?- perguntou com uma leve animação.

—O que você quiser irmãzinha- responde carinhoso.

Ela o abraça forte novamente não querendo larga-lo nunca mais, ela sai do abraço após alguns minutos com um sorriso imenso.

—Escute eu vou te ensinar um jutsu agora mesmo para não perdermos o contato, ele só funciona entre membros do clã Uchiha e permite que nos comuniquemos por telepatia. Você faz os símbolos, faz um pequeno corte na mão ou em qualquer lugar e pensa na mensagem quer enviar e para qual membro, quando esse membro cortar a mão ou qualquer membro intencionalmente ou sem querer a mensagem surge a tona em sua mente- explicou enquanto os olhos de Ana brilhavam de excitação.

—Então vamos conversar por meio desse justsu?- perguntou empolgada.

Ele ri balançando a cabeça como se ela fosse doida.

—Não mesmo, a menos que você queira sair por ai toda cortada e sangrando. Vamos usar isso para marcar algum lugar para nos vermos. Vamos combinar o seguinte, todo o dia as 22:00 os dois olham para ver se tem alguma ‘mensagem’ e vamos marcar com no mínimo 4 dias de antecedência, konoha não pode suspeitar nada então vamos marcar em lugares alternados e afastado da aldeia- ordenou e a garota assente ainda com um brilho no olhar.

—Tudo bem, vou te ensinar os símbolos então...- ele começa a mostrar devagar igual fazia antes. A garota ri e ele pare sem entender.

—Você sabe que não precisa mais mostrar tão devagar assim não é?

Ele coça a cabeça sem graça murmurando sobre como estava acostumado e esquecia que ela já tinha crescido bastante, ela gargalha ainda mais o abraçando novamente.

—Não me interessa o que pensam de você em konoha e não me interessa o que fez, faz ou deixa de fazer. Eu só sei que senti muito a sua falta e estou muito feliz que você veio me procurar- diz dócil o fazendo a abraçar forte de volta.

—Eu nunca mais vou me afastar, é meu dever tomar conta de você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Uchiha-Hyuuga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.