W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 24
Corações partidos (+18)


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal tudo bem?
Venho com um cap +18 e já aviso no título caso se incomodem. O POV do Sam é tranquilo, o próximo é que tem as cenas! Espero que gostem (e não se ofendam), e claro, me digam o que acharam! Obrigadinha!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/701430/chapter/24

Sam’s POV

 

Depois de dar um beijo em Aurora eu subi as escadas dando um aceno para Castiel que com uma pilha de livros nos braços me desejou uma boa noite. Lúcifer estava encostado no parapeito da escada olhando a movimentação e cantarolando ‘’T.N.T.’’.

 

—Vai dormir? - ele veio atrás de mim quando passei por ele.

—Como se você me deixasse em paz para isso – reclamei abrindo a porta do quarto.

—Aqui é melhor que aquele quarto do hospital não é? - ele já estava lá dentro sentado ao pé da cama – Tem mais nossa cara – seu sorriso me tirava do sério, mais do que já estava, e eu evitava olhá-lo – Está chateado não está? - ele falou enquanto eu tirava os sapatos.

—Uma noite – implorei – Preciso dormir uma noite – me sentia mais cansado do que nunca, mas não podia descansar com a imagem de Dean e Aurora queimando em uma fogueira.

 

Ele adorava essa imagem, colocava nas pálpebras de meus olhos quando eu os fechava como se elas fossem um telão branco de projetor. Ás vezes mudava para Jess queimando no teto, ou Castiel cortando a própria garganta e sangrando até a morte, mas adorava mesmo mostrar a da fogueira.

 

—Ah Sam leve na esportiva – ele se deitou de costas ainda no pé da cama e cruzou as pernas – Vamos conversar o que acha?

—Eu não tenho o que conversar com você, não sei nem porque está na droga da minha cabeça – respirei fundo fechando e abrindo os olhos por algumas vezes e apertando minha mão onde já não havia mais um corte, somente a cicatriz.

—Ah claro que sabe – ele gargalhou alto como se eu tivesse acabado de contar uma piada inédita – Você está inseguro – Lúcifer apareceu do meu lado e fez um biquinho – Com medo de que não consiga terminar o que Bobby pediu a você – ele passou a mão por meus cabelos em uma espécie de carinho – Sabe que quando terminar o trabalho – meu empurrão sortiu efeito e ele apareceu sentado em cima da cômoda – Vai ficar tudo bem…

 

Fechei os olhos e os apertei soltando um grunhido de ódio.

 

—Sam? - ouvi Aurora chamar do outro lado da porta.

—Oi – me levantei rápido tropeçando nos sapatos e a abri.

—Dean saiu e Cas já foi deitar – havia somente uma luz acesa no corredor – Eu estou com medo de ficar sozinha, estou sem sono – suas mãos estavam no bolso de trás e ela pendia para frente e para trás sem me olhar.

—Entre – ri do seu jeito – Medrosa – brinquei.

—Não sou – ela passou por baixo do braço qual eu segurava a porta. Graças a Deus, Lúcifer havia sumido – Já estava deitado?

—Não – fechei a porta e chutei o sapato para debaixo da cama – Estava trocando de roupa.

—Está com a mesma – ela reparou.

—Só havia tirado os sapatos até então.

—Vou embora quando, hm – ela mordeu o lábio inferior – O medo passar – admitiu.

—Pode ficar – tentei não parecer suplicante – Melhor que dormir sozinho – sorri.

 

Aurora rodeou a cama ficando do outro lado sentando na beirada. Eu pedi um minuto para que pudesse colocar uma roupa confortável e que eu habitualmente usava estava pendurada atrás da porta do banheiro, não fedia, então seria aquela mesma.

 

—Quer me contar agora o que você tem? - ela perguntou quando deitei ao seu lado. Estava deitada de barriga para baixo e abraçada em um travesseiro que havia pegado do guarda-roupas – Talvez se me contar os problemas acabem.

—Quero – brinquei com a ponta do seu cabelo – Ultimamente você me tem feito um bem enorme – sorri sem olhá-la – E estava me sentindo mal por ter parecido um canalha – menti – Você me desculpa de verdade? - aquilo saíra totalmente em improviso, mas ela pareceu acreditar quando sorriu e enfiou o rosto no travesseiro deixando as orelhas vermelhas para fora.

—Claro – a voz abafada me fez rir.

—Era só isso, e eu estou muito cansado mesmo – boa parte da frase tinha sido verdade – Então se puder ficar a noite inteira – virei de lado e joguei meu braço por cima dela – Vai ser ótimo.

—Pelo menos não vai parecer que eu estou com medo – ela riu tirando o rosto do esconderijo e me olhou – Só durma bem, eu estarei aqui – eu fechei os olhos prestando atenção no seu sorriso.

 

Não havia fogueira, não havia sangue nem fogo. Havia um sorriso perdido no escuro das minhas pálpebras.

 

 

 

Dean’s POV

 

—Certo então – terminei minhas anotações depois que Aurora e Castiel pararam de falar – Precisamos da localização, Castiel tem alguma ideia?

 

Nós olhamos para onde Castiel estava, mas ele somente babava em cima de um livro enquanto dormia.

 

—Todo mundo baba quando dorme? - Aurora perguntou vendo a situação – Você baba quando dorme – ela me olhou acusando e eu ainda reparava em Castiel.

—Vou dormir com você hoje – retruquei com um sorriso – E te digo amanhã se todo mundo baba quando dorme – ironizei fechando um livro.

—Não te chamei para dormir comigo Dean – ela foi grosseira e eu não entendi o porque no primeiro momento, achei que fosse brincadeira.

—Oi? - perguntei tendo quase certeza que era uma, mas Aurora fechou o livro que lia.

—Aquilo foi de momento – ela tirou os olhos da capa e os voltou para mim. Não havia nenhum tipo de arrependimento ou falsidade em seu olhar.

 

Fiquei em silêncio por alguns segundos até pegar em seu braço com mais força do que eu achava que precisava e por isso aliviei me sentindo um idiota.

 

—Está brincando comigo não está? - a fiz me olhar.

—Não – o desdém acabou por me convencer – Você sabe muito bem como é isso – completou quando assumi a dúvida em meu rosto.

—Você não tem cara de ser de momento – soltei seu braço de vez e baixei os olhos para o chão.

—Eu gosto do Sam – sua frase saiu clara como água – Nós conversamos na cozinha antes que ele fosse se deitar e tive certeza de que com você não fora nada mais que só um momento – era até cômico, se não fosse ao mesmo tempo triste, ela não expressar sentimento no que dizia.

—Tudo bem – ri, mas não havia graça nenhuma – É, eu sei como é isso – senti a raiva subir a minha cabeça.

 

Fiquei em pé chutando a cadeira para trás a fazendo cair no chão em um estrondo. Isso a fez pular de susto e acordar Castiel que nos olhou confuso limpando a baba com a manga da blusa. Quem era aquela garota mimada pra me fazer passar por aquilo?

 

Peguei as chaves do baby em cima da mesa e marchei para a garagem fazendo o motor roncar mais que o normal quando o liguei. Engolia seco qualquer menção de lágrima que pudesse descer pelo meu rosto, não eram lágrimas de sentimento, eram de ódio do que acabara de acontecer. Aquela vadia havia brincado comigo e eu como um pato havia caído em seu ‘’charme’’.

 

Passei do centro da cidade dirigindo sem rumo acelerando como um louco. Em um bar no meio do nada eu joguei o carro para o estacionamento que gemeu contra o ato me fazendo diminuir a velocidade e parar em um estacionamento improvisado.

 

—Desculpe baby – gemi encostando a cabeça no encosto do banco.

 

Sam havia ganhado, mais uma vez, e eu sentia inveja disso apesar de não querer. Mais uma vez ele tinha sido o melhor e tinha ficado com o prêmio. O que era mais insuportável, era saber que a garota havia tirado a roupa para mim e poderia muito bem ter transado, se Castiel não interrompesse, e depois olharia na minha cara e falaria ‘’Foi um momento’’. Eu estava indignado e uma boa bebida com gelo cairia muito bem.

 

Entrei no bar e o balcão vazio me chamou mais atenção do que as mesas do salão. Não era muito agradável, mas um cara parecendo um guarda-roupa antigo que precisava se barbear me serviu a primeira dose e eu imaginei o que poderia ser, como sempre.

 

—Um igual a esse – uma garota sentou ao meu lado e apontou para meu copo.

—É forte – falei pedindo mais uma dose.

—Preciso de algo muito forte – seu pensamento estava longe. Olhei para os lados e seus braços tinham algumas marcas roxas além de arranhões.

—Marido? - perguntei olhando seu rosto.

—Irmãos – virou a dose de uma vez só.

—Problema com irmãos também – ironizei – Hoje é o dia.

—O que seu irmão fez? - ela me olhou, tinha olhos verdes profundos e a pele amarelada o que os deixava escuros.

—Nada – dei de ombros – Ele nada.

—Vou fazer de conta que entendi – ela riu.

—Quer dar uma volta? Espairecer? - sugeri sem muita certeza. Após alguns minutos de silêncio.

—Seria ótimo – ela sorriu maliciosa.

 

Nós saímos do bar não deixando gorjeta pro balconista. A puxei pela cintura quando errou o caminho do carro fazendo a garota rir e soltar um ‘’Me respeita’’ que eu fiquei em dúvida se era sério ou não. A bebida já havia subido um pouco e eu não pensava em mais nada que não fosse passar um bom tempo nu com ela. Entramos no carro, a intenção era ir até uma clareira não muito longe dali e eu toquei pra lá.

 

—Vamos onde? - sua mão correu minha coxa me fazendo sorrir ao toque.

—Qualquer lugar onde possamos ficar sozinhos – respondi sentindo um arrepio correr meu corpo quando ela tocou meu membro já rígido.

—Qual seu nome? - mordi os lábios sentindo ela massagear levemente.

—Alanny – ela sussurrou em minha orelha e pude sentir seu suave bafo de menta da última dose que tomara – E o seu?

—Dean – abri a boca em um gesto involuntário soltando um gemido baixo quando as unhas de sua mão livre arranharam de leve minha nuca.

 

Eu encostei o carro na pequena clareira. Não havia luz a não ser a da grande lua cheia e por mais que não achasse certo olhei para cima pedindo em pensamento para Deus que não aparecesse um lobisomem naquele lugar.

 

Allany mordia o lóbulo de minha orelha passando a língua molhada por ela e procurando abrir o botão do jeans batido que eu usava. A ajudei com o trabalho encontrando sua boca com a minha lhe dando um beijo enquanto ela já colocava a mão por dentro da box. Estava quente e era macia, sentia o sangue irrigar as veias do meu membro e pulsar em sua mão que subia e descia me fazendo acelerar a respiração e as vezes perdê-la.

 

Ela sorriu vendo meu rosto se contrair em um gemido alto e depois de uma mordida na minha bochecha se abaixou empinando a bunda e abaixando o rosto em direção ao sexo.

 

—Está gostando? - senti a respiração quente lá e minha mão foi automaticamente levantar a saia curta que vestia.

—Est… - soltei um gemido alto, soou mais como um grito quando sua boca molhada abraçou a glande e brincou com a língua no prepúcio.

 

Apertei uma nádega com força descontando a líbido que sentia enquanto jogava a cabeça para trás e agarrava os cabelos castanhos dela empurrando sua cabeça para baixo. Senti a glande bater na sua garganta e nisso ela engasgou e sem que eu quisesse tirou tudo de uma vez da boca.

 

—Vai – falei respirando devagar enquanto ela limpava a saliva em volta da boca borrando o batom e sorrindo.

—Estamos com muita roupa ainda – ela tirou a blusa decotada que vestia – E acho que o banco de trás tem mais a oferecer – seus peitos balançaram quando ela se virou para passar para trás o que fez minha vontade aumentar.

 

Antes que ela passasse a perna por cima do encosto eu me levantei encaixando a cintura atrás de seu traseiro e o puxando contra meu corpo. Allany gemeu e me olhou sorrindo abrindo as pernas enquanto eu subia sua saia até a cintura, ela apoiou os braços no encosto ficando em uma posição perfeita. Abaixei a calça junto com a box até os joelhos passando o membro por suas nádegas a fazendo implorar para que eu colocasse. Sentia algo quente escorrer pela minha virilha e sabia que era seu sexo molhado pedindo para que eu entrasse ali.

 

Passei a mão pelos lábios molhados da sua intimidade parando no botão que aciona qualquer mulher. Suavemente rotacionei os dedos fazendo com que ela se contorcesse e empurrasse o corpo contra mim falando entre gemidos um ‘’Por favor’’ implorativo. Era divertido, era ótimo deixar uma mulher naquele estado, satisfatório melhor dizendo.

 

Preparei meu membro o colocando na entrada encharcada e ela jogou o corpo contra o meu de uma vez só dando um grito enquanto eu soltava um gemido e batia com minha bunda no painel atrás de mim. Eu estava inclinado para frente quase em cima de seu corpo. Apoiei uma perna no banco com dificuldade pedindo para que ela ficasse quieta quando começou a mexer os quadris para que eu terminasse de tirar a calça da perna de apoio.

 

Não tinha como manter a mão em seu botão, o carro não era um lugar bom para aquela posição e eu me contentei em apoiar uma mão no encosto enquanto a outra segurava sua cintura controlando o que ela fosse fazer, o que no fim não precisei. Ela mexia os quadris e se deslocava para frente e para trás, gemia sem parar e, com certeza, se alguém passasse por ali, e não precisava ser tão perto, poderia ouvir o que fazíamos.

 

Nós mantemos aquela posição por todo o tempo, eu a puxava pelo cabelo enquanto ela implorava para que meus movimentos fossem mais rápidos e eu atendia ficando quase sem ar. Ela avisou que chegaria lá e jogou a mão para trás agarrando minha panturrilha e apertando em meio a um gemido intenso. Seu corpo estremeceu e eu senti o líquido quente escorrer pelas minhas pernas.

 

Ela ameaçou parar, mas era a minha vez. Coloquei o pé mais pra frente e debrucei sobre seu corpo encostando o meu no dela segurando o encosto novamente e agarrando seus seios que pendiam e balançavam batendo contra o couro do banco. Ela falou algo que não pude entender. Desacelerei os movimentos, mas acelerei novamente quando senti que era a hora. Meu membro ficou mais rígido do que já estava e eu senti a ejaculação vir e um espasmo percorrer meu corpo. Empurrei Allany pelas nádegas tirando para fora e derramando o líquido sobre suas costas. Soltei a respiração que prendia e dei um tapa de leve um seu bumbum enquanto ela protestava com um ‘’Aí não!’’.

 

—Limpe isso – ela mantinha a posição e não fazia esforço para olhar.

—Já fiz meu trabalho – me joguei para o lado sentando na frente do volante.

—Winchester filho da mãe – ela gemeu passando um pano que achou no banco de trás, era a blusa de frio que Aurora usara em uma viagem. Teria que me livrar daquilo.

—Não te disse meu sobrenome – disfarcei que ia colocar a barra da calça e peguei uma arma embaixo do banco. Apontei para ela.

—Opa – ela sorriu tapando os seios e piscou os olhos os tornando negros – Foi mal – ela continuava sorrindo – Queria saber como era com Dean Winchester.

—Só isso? - senti nojo, havia acabado de transar com um corpo provavelmente morto, meu membro perdeu o sangue naquele pensamento.

—Não é claro que não – ela colocou a blusa azul que usava no bar – Estou presa aqui não estou? - Allany olhou em volta, e estava havia uma cilada de demônio no teto, embaixo do forro – Tem algo muito ruim acontecendo, e, com certeza, você já sabe não é? – seus olhos atingiram a cor verde de como a conheci – Não são todos a favor desse monstro, eu fugi de lá – ela mordeu o lábio inferior – Somos escravos, temos que caçar anjos, inclusive a graça do seu amigo está lá, em uma prateleira de troféus.

—Sabe onde o lugar fica? - perguntei desconfiado.

—Sei – ela respondeu – Não quero voltar, e posso ajudar, ela está viva – apontou para si mesma se referindo a dona daquele corpo – E prometo deixá-la se me ajudar.

 

Um demônio bonzinho, que ótimo. Já havia passado por isso.

 

—Está presa sim – respondi a pergunta – Vou te levar pra minha casa – eu estava mesmo fazendo aquilo?

—Vai? - ela estava incrédula.

—Quer destruir essa coisa não quer? - terminei de subir a calça – Se veste logo – liguei o carro.

—Quero – ela ajeitou a saia.

—Então vai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "W's" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.