W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 22
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Oioi pessoal. Pra quem me acompanha sabe que posto diariamente, mas bom, ás vezes a falta de inspiração me pega e eu fico pensando em um capítulo, melhor e maior até ele sair, eu demorei três dias para escrever um bom cap pra vocês!
Como sempre, cada comentário me faz querer escrever mais e mais! Desde já, obrigadinha!



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Ótimo, vamos recapitular.

 

Eu havia ‘’me tornado’’ uma profeta havia mais ou menos um mês, já tinha passado por vampiros, wendigo, um monstro do filtro dos sonhos, um demônio, mais especificadamente o rei do inferno, que me havia feito uma droga de queimadura que vinha da minha barriga e descia até a sola do meu pé. Acabou? Não. Meu melhor amigo estava vindo em direção ao bunker e como disse Dean havia um anjo na nossa sala, ou melhor, um ex anjo, além de que, se os anjos caíram, então eles estavam andando livremente pela terra e poderiam estar o que? Causando confusões?

 

Eu fiz um muxoxo involuntário depois que Castiel nos disse a última frase, respirei fundo pensando em o porque da minha vida estar se tornando uma loucura e qual dos pecados que já havia cometido estava pagando.

 

—Quem tirou sua graça? - Sam perguntou olhando Castiel que parecia mais sereno do que nunca.

—Eu não sei – ele deu de ombros e fitou Sam.

—Ah você não sabe? - Dean usava o tom rude, o olhei com ar de reprovação e ele pigarreou.

—Bobby me ligou e disse que você apareceu na casa dele – olhei para Castiel – Ele disse que você estava péssimo.

—É – ele meneou a cabeça pensativo – Não consigo me lembrar, só acordei dentro do meu carro com o corpo dolorido e não sentindo minha graça mais – ele interrompeu o que Dean queria falar – Eu estava mais próximo a casa de Bobby e fui para lá primeiro.

—As coisas acontecem rápido demais aqui – pensei alto.

—Quer voltar pra casa? - Dean me olhou.

 

Levantei uma sobrancelha me perguntando se ele realmente tinha me dito aquilo. Ele fez o mesmo me encarando.

 

—E tem mais uma coisa – Castiel levantou o indicador como se pedisse a vez de falar, mas foi interrompido pelo telefone de Dean tocando.

—Crowley – ele fechou a cara para atender e fez o favor de colocar no viva voz.

—Dean, preciso falar com você urgente.

—Pode falar, estou escutando – Dean puxou uma cadeira e sentou apoiando os cotovelos na mesa.

—Aqui não idiota, preciso falar pessoalmente.

—Crowley que tal você quebrar os sigilos do bunker e vir aqui jogar água quente em qualquer um de nós? - Sam usou um tom irônico.

—Ah – ouve uma pausa – Vocês já sabem, me desculpe Alce eu não tinha intenção de machucar sua namorada.

 

Eu, Dean e Sam soltamos respectivamente as frases ‘’Ele não é meu namorado’’, ‘’Ela não é namorada dele’’ e ‘’Ela não é minha namorada’’. Houve troca de olhares entre nós, inclusive Castiel, mas ninguém ousou falar.

 

—Nossa, é pior do que pensei – Crowley pareceu falar consigo mesmo – Enfim, estarei naquele galpão da rua principal, espero vocês lá – e depois da frase ele desligou.

—Crowley quer falar com vocês sobre o novo ser que está surgindo – Castiel fez com que todos os olhares fossem para ele – Uma mistura de anjo e demônio.

—É cada vez pior – Dean bufou – Sabe mais?

—Os anjos estão se aliando ao mal e alimentando esse ser, ninguém sabe ainda o seu propósito, o céu está em alerta, Hannah pediu minha ajuda e eu disse que resolveria o problema – ele olhou para Dean levantando os ombros com um meio sorriso.

—Tentando impressionar a namorada? - Dean se levantou subitamente – Vou encontrar Crowley, vamos Sam.

—Eu fico eu…eu – Sam gaguejou – Acho melhor Castiel ir com você, depois você me conta.

 

Dean encarou Sam por uns segundos e depois me olhou sem expressar absolutamente nada. Ele deu as costas a nós com Castiel na sua cola em direção a garagem e Sam me olhou com um sorriso tímido.

 

—Podemos pesquisar sobre esse ser que está por aí – ele desviou os olhos para sua mochila – E se os anjos caíram, não devem estar acontecendo muitas coisas boas.

—Claro, pode ser – respondi indo em direção as escadas – Vou pegar o que eu tenho – olhei a mochila de Dean e seu computador – Vi pornografia demais nesse computador o dia que usei, prefiro o meu.

 

Sam riu assentindo e puxando uma cadeira. Subi para o quarto conferindo se Kellan não havia me ligado e supondo que se ele estava perto da casa de Bobby provavelmente estaria a mais ou menos cinco horas do bunker e seria esse o tempo que demoraria a chegar.

 

Meu estômago roncou quando desci as escadas, eram quase duas horas da tarde e eu não havia sequer tomado um copo de água. Por minha sorte Sam tinha batas fritas, murchas, mas eram fritas na mochila e me deu a opção de comer o que tinha na geladeira, ou comer aquilo mesmo e bom, já não aguentava mais ver presunto e queijo.

 

—Temos que ir ao mercado – coloquei meu computador estilizado em cima da mesa.

—Rosa? - ele me olhou um tanto incrédulo.

—Não posso gostar de rosa? - me sentei ao seu lado, minha boca estava cheia de batatas.

—Não é isso – ele se embaralhou – É que… - ele me olhou digitar a senha – Jura que você é da Corvinal? - ele havia notado o papel de parede do aparelho.

—Não tenho perfil da corvinal? - perguntei olhando ele.

—Acho que sim – sua falta fé estava exposta em cada palavra.

—Eu acho o que você quiser na internet, a propósito – segui com a seta do computador até um programa – A DeppWeb deve estar cheia dessas coisas.

—Você meche na DeepWeb? - sua voz afinou e eu não pude segurar o riso – Você… - ele pigarreou – Sabe mexer nisso?

—Ter um padastro que meche com coisas que até Deus duvida serve para alguma coisa – sorri vendo sua expressão de espanto.

—O.k. - ele respirou fundo – Não precisa de um endereço certo para buscar aí?

—Porque acha que o seu computador está ligado? Eu sou Batman e você e o Robin vamos lá – peguei mais algumas batatas, apesar de murchas e frias estavam deliciosas.

—Não tenho como concordar com isso, me desculpe – ele balançou a cabeça em negativo.

—Tem medo de entrar na DeppWeb? - naquele momento eu senti um pouco de medo da sua reprovação.

—Não, eu não tenho como concordar que você é o Batman, o Dean é o Batman – ele levantou os ombros como se estivesse se desculpando.

—O Dean não tem perfil pra ser o Batman, ele é, sei lá, ele está mais para o Thor, meio irracional e explosivo – analisei mentalmente se ele poderia mesmo ser o Thor.

—Não deixe ele ouvir você dizendo isso – ele me olhou – Você está mais para a Kitty do x-men.

—Não eu não sou a Kitty – rebati incrédula – Porque eu sou ela? Não tem nada a ver.

—É que você é pequena e fofinha e não consegue ficar brava por muito tempo, se meteu com o cara mau, no nosso caso os caras maus – ele incluiu aspas com a mãos quando usou o termo ‘’mau’’ e no fim sorriu forçado para mim.

—Ah eu sou fofinha? Eu matei um vampiro e isso me caracteriza como fofinha? Salvei sua vida a propósito – meus dedos correram para o teclado do meu computador depois que Sam achou um link interessante.

—A Kitty já fez muitas coisas e ainda é fofinha.

—Sam – o olhei – Cale a boca, eu sou o Batman.

 

Ele concordou com um ‘’tá’’, mas não pareceu estar realmente estar de acordo com aquilo. O link que havíamos encontrado nos levou a alguns fóruns sobre as pessoas serem anjos ou ter visto algo semelhante. Nada era muito concreto, mas algumas informações batiam com as notícias reais e nós anotamos fazendo uma espécie de planilha.

 

—Meus olhos doem – gemi encostando as costas na cadeira – Acho melhor ver onde Kellan está – não havia notado, mas já se passavam das cinco – O Dean deve estar bem não é? - perguntei preocupada, ele também não dera notícias.

—O Dean sempre fica bem – havia um tom de decepção em sua voz.

—Está chateado com algo? - perguntei enquanto levava o celular a orelha.

—Não – ele me olhou e sorriu – Não é nada.

—Me conte – tirei um fio rebelde do seu rosto – Oi Kell – mais uma vez o alívio – Onde está?

—A cinco minutos daí, em uma autoestrada.

—Ótimo vou abrir a garagem pra você – respondi e desliguei – Vou trocar de roupa – falei me levantando – Ele chega em cinco minutos, você abre a garagem? - perguntei indo em direção a escada.

—Abro – a resposta foi curta.

 

A gaze facilitou que eu colocasse uma calça de moletom, ele era do meu curso de filosofia e com as cores cinza e verde que representavam nossa sala. Lembrei dos meus amigos e professores e deixei com que a saudade me pegasse por um momento até ouvir Sam me chamar lá embaixo.

 

—Oi baixinha – ouvir a voz de Kellan fez minhas pernas amoleceram e eu sentir que podia cair.

 

Ele caminhou até o pé da escada e me abraçou quando cheguei lá. Notei Sam de cabeça baixa encostado no caixilho da porta da cozinha.

 

—Você é maluca – ele me soltou depois de um bom aperto – Está todo mundo atrás de você.

—É eu sei que ninguém vive sem mim – brinquei – Eu estou bem.

—Porque está aqui? - ele olhou para trás e trocou um olhar não muito amigável com Sam.

—É a casa dos filhos daquele dono do ferro velho, são meus amigos – terminei de descer os degraus –Vocês já se apresentaram? - perguntei a Sam e depois olhei para Kellan.

—Claro batman – Sam me olhou sorrindo – Vou preparar um café – ele piscou pra mim.

—Não converse mais com Gilliard – me virei para Kellan – É uma história bem longa e eu estou feliz aqui – sorri para ele, será que era mesmo verdade?

—Mas você não vai voltar mais? Tem a faculdade os nossos projetos, todas as coisas lá – ele segurou minhas mãos me olhando nos olhos.

—Eu sei – respirei fundo – Mas eu quero ficar aqui – meu coração acelerou.

—Não parece, eu conheço você – ele sentou na cadeira que Sam estava a pouco e me puxou para sentar. Tratei de fechar os computadores e empurrar as anotações para o mais longe possível.

—Você também está com a calça do curso – ri olhando sua perna.

 

Ouvi o ronco do impala e torci para que Crowley não tivesse vindo junto ou aquele disfarce ia por água abaixo.

 

—Oi Dean – fiquei esperando Crowley, mas só veio Castiel.

—Oi – sua cara não estava boa – Dean – ele estendeu a mão para um aperto e Kellan retribuiu – Posso falar com você um minutinho? - ele me olhou.

—Claro – levantei – Já venho – sorri para Kellan e segui Dean até a sala da noite que bebemos.

—O problema é maior do que pensamos – Sam chegou até nós enquanto Dean falava – O cara quer tomar o céu e o inferno – ele olhou Kellan que puxava assunto com Castiel e depois me olhou – Quando ele vai embora?

—Dean não posso mandar ele embora – ri, mas depois vi que ele falava sério.

—Seu problema, nós temos coisas de mais para lidar e quanto mais rápido e duro for o fora que der nele, mais rápido ele deixa de ser um possível problema para nós.

—Eu sempre recebi os foras, não sei como dar um – levantei os ombros pensativa.

 

Dean mordeu o lábio inferior olhando o nada. Nós ficamos os três em silêncio ouvindo Castiel e Kellan falando do clima do Kansas.

 

—Vai ter que dar um jeito – Dean finalmente falou – Fala que – ele pensou – Que o Sam está com ciúmes dele e que se ele já sabe que está bem já pode ir.

—O cara dirigiu mais de seis horas pra me ver e quer que eu o mande embora assim? - perguntei interrompendo Sam que ia dar algum palpite.

—Você está entendendo tudo o que tá acontecendo aqui? - quando Dean usava seu tom durão me fazia sentir menor ainda.

—Claro, vou dar um jeito – voltei para a sala – Cas da licença pra nós? - perguntei sorrindo forçado.

—Tudo bem? - Kellan sorriu.

—Tudo, é só o meu namorado tendo um ataque de ciúmes e o irmão dele tentando amenizar – revirei os olhos rindo.

—Ah – Kellan manteve a boca aberta por um tempo – Não sabia que estava namorando.

—É eu conheci ele, é um cara legal – como eu odiava mentir para ele.

—O Dean tem mesmo uma cara de bravo – ele riu nervoso eu ia protestar, mas a cara de bravo poderia me ajudar.

—É ele tem, você tem que ir – a frase rasgou minha garganta e meu coração, ele olhou um pouco impressionado, e logo segurou minhas mãos.

—Está tudo bem mesmo?

—Kellan está tudo bem, não vou repetir, eu não ia sair da minha casa para passar por um novo problema com homens – fui rude e mantive o tom – É só que eu vivo aqui agora, acabou a faculdade pra mim, eles são meus amigos e família.

—Claro – ele soltou minhas mãos e se levantou – Vou indo, acho que durmo em algum motel e parto pela manhã.

—Ótimo, o centro é seguindo a autoestrada – também fiquei em pé – Dean, Sam? - chamei olhando para trás.

 

Eles apareceram lá e Castiel nos olhou de longe, havia esquecido de chamá-lo, mas ele acenou um adeus. Nós quatro caminhamos até a garagem e eu abri a porta do carro para ele entrar.

 

—Cuida dela – Kellan disse para Dean já dentro do carro.

—Hm – ele me olhou – Tá bom – ele baixou os olhos quando segurei sua mão.

 

Kellan deu a partida no carro e saiu pela garagem deixando nós três para trás. Soltei a mão de Dean e voltei para dentro do bunker com a intenção de me internar no quarto, mas seu chamado me interrompeu no meio do caminho.

 

—O que foi aquilo? - ele perguntou no pé da escada.

—Ele achou que você fosse meu namorado, por você me chamar pra conversar e por sua cara de bravo que ajudou muito – dei de ombros, estava irritada e continuei subindo os degraus pisando o mais forte o possível com o pé ainda bom.

 

Tentei não pensar em nada sobre Kellan, aquilo era o certo se eu não queria machucá-lo e assim estava bom, fechei os olhos repassando mentalmente as notícias que Castiel nos dera e lembrando das pesquisas que havia feito com Sam.

 

Já estava com as luzes apagadas quando ouvi leves batidas na porta depois de um certo tempo de isolamento. Ela se abriu antes que eu dissesse que podia e eu não esperava, mas era Dean.

 

—Oi – ele colocou metade do corpo para dentro do quarto e acendeu a luz – Quer conversar?

—Sobre o que? - sentei na cama como um índio e bati nela indicando que ele poderia entrar.

—Sobre seu amigo – ele entrou fechando a porta devagar – Sobre você estar chateada.

—Não tem ideia do quanto estou – tentei não ser grosseira e funcionou.

—Eu imagino, mas as coisas nem sempre saem como a gente quer – Dean sentou de lado para mim e olhou o chão – Você gosta dele?

—Importa? - aquela conversa não estava indo pelo caminho que deveria.

 

Dean me olhou com um sorriso curto nos lábios, pareceu sem graça quando desviou o olhar observado o quarto e eu esperei ele falar.

 

—Importa – ele engoliu em seco.

 

Meu corpo tremeu como se eu estivesse com muito frio não era Sam quem devia estar me dizendo aquilo? Uma nuvem negra cheia de pontos de interrogação cobriu minha cabeça e eu a espantei com um pensamento de ‘’Não seja irracional, ele deve estar falando de qualquer outra coisa’’

 

—Não entendi – fechei os olhos e os apertei.

—Você é muito devagar – quando abri os olhos Dean olhava o quarto como se nunca o tivesse visto.

—Sou – assenti realmente confusa

 

Ele me olhou parecendo rir e se esticou até seu rosto estar bem perto do meu e me deu um beijo. Diferente daquele do de Sam, esse não tinha gosto de cerveja, meu corpo tremeu mais que o normal de quando eu ficava nervosa, minhas mãos viraram pedras de gelo e eu estava confusa demais tanto para encerrar o beijo quanto para continuá-lo.

 

Dean me puxou pela cintura sem muito esforço, além de pequena eu era um tanto leve. Ele me colocou sobre seu colo sem tirar a boca da minha, acabei cedendo e retribuindo o beijo. Uma das mãos subiu pelas minhas costas até minha nuca pegando o pescoço com força controlando qualquer movimento que eu pudesse fazer enquanto a outra apertava minha coxa boa. Joguei meus braços em volta de seu pescoço, mas depois voltei para tirar seu casaco, mas antes que eu terminasse de puxar uma das mangas ele trocou nossas posições me deixando deitada na cama enquanto tirava o casaco e camisa que usava com os joelhos apoiados no colchão.

 

Eu nunca havia visto o corpo de Dean, tinha músculos definidos o que fazia com que naquele momento fosse ainda mais atraente. Sentia a líbido subir, aquilo era loucura, mas eu não podia parar, não conseguia, até o momento não tinha percebido o quanto estava a fim de Dean apesar de sempre parecermos estar em pé de guerra, aquele jeito durão que virava um doce quando estava comigo me deixava cada vez mais apaixonada.


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Notas finais do capítulo

E aí gente?
Me contem o que acharam!



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