W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 12
Anti Possessão


Notas iniciais do capítulo

Oi como estão? Espero que estejam gostando, me digam o que estão achando da história!



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Eu servi de vigia para Dean e Sam colocarem o corpo no carro.

 

—Você vem comigo – Dean me chamou.

—E Sam? - perguntei.

—Vou ir falar com o delegado, ele já passou por um caso sobrenatural, não vai ser difícil – ele sorriu.

—Tudo bem – entrei no carro.

—Onde vamos? - perguntei enquanto Dean dirigia.

—A algum lugar queimar isso aí – ele moveu a cabeça indicando o porta-malas.

—A senhora Capp levou seu caso extraconjugal por muitos anos – comentei.

—Como assim? - ele perguntou me olhando.

—Petter estava com ela no dia do crime – ainda estava de vestido e quando sentava ele subia mais do que devia – Afinal, se era um meta morfo, porque o cara não tinha marcas nem nada?

—Ele morreu de ataque cardíaco – ele mantinha os olhos na estrada.

—Ataque cardíaco? - perguntei olhando ele.

—Máquina de choque, conhece? - ele me olhou.

—A que quase matou você? - perguntei.

—Exatamente.

 

Dean mudou o rumo do carro para uma estrada no meio de algumas árvores e dirigiu até uma clareira.

 

—Precisamos de lenha – ele falou assim que saímos do carro – Não tem mais perguntas?

—Estava esperando a oportunidade – ri – Como sabiam que era um meta morfo? - caminhei para longe perto de uns galhos secos.

—Na câmera de segurança, o tal Petter tinha olhos brilhantes, depois de algum tempo você já sabe do que se trata – ele estava longe de mim fazendo um monte de madeira.

—E como sabia que não era eu? - depositei o que havia pegado lá.

—Foi sorte – ele riu, mas parou quando viu minha cara assustada – Eu sondei a janela antes de entrar é claro, vi os olhos brilhantes.

 

Seus olhos pararam nos meus e eles eram bonitos, apesar de termos a mesma cor, ele se encaixavam bem em seu rosto. Dean abaixou e começou a acender o fogo.

 

—Preciso e gasolina, pode pegar pra mim? - ele perguntou.

—Claro – assenti.

 

Caminhei até o carro e evitei ao máximo encostar na coisa que estava dentro do porta-malas. Enquanto ainda pegava o galão Dean apareceu para pegar a minha cópia.

 

—Joga aí – ele disse enquanto eu tentava abrir a tampa.

—Sim, só estou tentando abrir – respondi.

 

Dean jogou o corpo em cima da pilha de madeira e tomou o galão de minha mão.

 

—Fraquinha – ele riu abrindo com facilidade.

—Vou dar uma volta – anunciei.

—Porque?

—Não consigo ver isso – realmente era ruim.

—Isso, ia matar o meu irmão e depois você, a sua sorte é que ele não te queria primeiro – Dean estava sério, mas não me olhava.

 

Depois de jogar a gasolina me deu uma caixa de fósforos do hotel e eu a acendi jogando em cima do corpo. Ele saiu do meu lado.

 

—Sabe – encostei ao seu lado no Impala – Tive um encontro com aquela vampira antes de ela voltar ao casarão.

—Sério?

—Eu não estava em muitas condições de lutar e disse a ela que se fosse me matar que o fizesse – respirei fundo – Ela disse que tem ordens restritas de não matar a última profeta – aquilo me dava medo e eu me encolhi – Porque isso?

—Porque não contou antes? - Dean colocou as mãos no bolso da jaqueta.

—Não achei que fosse importante – cruzei os braços – Mas hoje o meta morfo me poupou também.

—Acho que Castiel pode nos responder – ele pensou.

—Está de pé sobre me proteger ainda? - sorri olhando para ele.

—Sempre estará – ele retribuiu o sorriso.

 

Nós entramos no carro e voltamos para o hotel onde Sam nos esperava lá na frente com as malas. Eu não desci quando ele anunciou que ia atrás.

 

—Isso mesmo, um de cada vez para não ter briga – Dean brincou.

—Aí atrás é mais confortável – falei.

—Eu sei disso – Sam riu.

—Acho que precisamos passar em um lugar antes do bunker – Dean olhou para Sam.

—Onde? - Sam pareceu não se importar.

—No Hook – Dean sorriu e depois me olhou.

—Se não me colocar a par dos assuntos eu não sei do que está falando – respondi um pouco irritada.

—Ela é uma profeta, não tem um arcanjo que a protege? - Sam debruçou sobre o encosto do nosso banco.

—Para de respirar no meu cangote – Dean reclamou.

—Segundo Castiel, com alguns problemas no céu, não dá pra contar com isso – estava incomodada com o vestido.

—Quando falou com Castiel? - Dean perguntou olhando a estrada.

—Ele me ligou esses dias e batemos um papo – fui grossa – Ele apareceu do nada é claro.

 

Sam tirou o casaco e colocou sobre minhas pernas.

 

—Obrigada – sorri olhando ele que piscou como resposta.

—Está de TPM? - Dean me olhou – Estava tão boazinha de manhã.

—Estar com você é uma TPM – brinquei.

—Concordo com isso – Sam se ajeitava para deitar.

—O que é esse Hook? - perguntei.

—Você precisa de um símbolo anti possessão – Dean sorria como se estivesse se divertindo.

—Uma tatuagem – Sam puxou a gola da blusa mostrando uma tatuagem no peito e Dean fez o mesmo.

 

Era um pentagrama dentro de uma espécie de sol.

 

—Preciso disso? - me tatuar nunca foi uma ideia.

—É bom prevenir – Dean voltou a prestar atenção na estrada.

 

Dean seguiu a estrada enquanto eu e Sam conversávamos sobre faculdade e grandes filósofos da história. Ele ameaçou nos deixar no próximo ponto de ônibus várias vezes por causa da conversa, mas quando o assunto mudou para bandas de rock da atualidade ele começou a nos dar uma lição sobre as bandas antigas e Sam dormiu no começo enquanto eu fazia perguntas porque o assunto era realmente interessante.

 

—Chegamos – Dean entrou em uma cidade.

—Já? - Sam gemeu lá de trás.

—Está acordado? - joguei a cabeça para trás encostando no banco.

—Acabei de acordar.

—Aqui – Dean encostou o carro em frente ao ‘’Hook Tatoo’’.

—Pode escolher o lugar – Sam falou enquanto saíamos do carro – Acho que uma menor ficaria mais delicada.

—E combina com você – Dean andava a nossa frente.

 

O lugar era escuro. As paredes eram pintadas de preto e haviam vários desenhos espalhados nela.

 

—Hook está? - Dean perguntou a uma morena de batom vermelho vivo nos lábios.

—Hook – ela chamou sem tirar os olhos dele.

—Olha vocês aqui – um senhor saiu de uma salinha.

—Trouxemos alguém com muita vontade de fazer uma tatuagem – Sam riu do meu lado.

—Claro – revirei os olhos.

—O mesmo de sempre? - Hook perguntou me olhando malicioso.

—Isso aí – Sam ainda ria.

—Vem até aqui lindinha – Hook piscou.

 

Puxei Sam pela mão quando o tatuador virou as costas dizendo que ele não ia me deixar sozinha com aquele cara.

 

—Pode esperar lá fora – Hook olhou Sam entrar.

—Vou segurar a mão dela – ele disfarçou.

—Já escolheu o lugar? - Hook pareceu decepcionado – Há muitas pessoas que fazem em lugares que são privados – mais uma vez o olhar malicioso.

—Na nuca – não havia pensado muito, mas qualquer coisa para evitar o constrangimento.

 

Hook me olhou por alguns segundos e pediu para que sentasse de frente para o encosto da cadeira e prendesse o cabelo o mais alto que podia.

 

—Lindas pernas – Hook comentou quando o vestido subiu.

—Hook respeita minha namorada – Sam falou vendo meu constrangimento.

—Ah cara – ele se espantou – Não sabia que era sua namorada.

—Tudo bem, só respeita ela – Sam sorriu forçado.

 

Falei um ‘’obrigada’’ sem som para Sam que sorriu como resposta. Hook começou o trabalho e na primeira agulhada eu gemi, dor era algo que ninguém gostava e eu não era diferente. Sam estava rindo das minhas caras e bocas e às vezes eu ria também.

 

—Ih – Dean entrou na sala – Chorou.

 

Uma lágrima traiçoeira havia descido pela minha bochecha.

 

—Os dois sabem como cuidar disso aí – Hook terminava de passar uma pomada.

—Obrigada – sorri – Posso ver? - perguntei.

 

Ele já estava com um espelho na mão e pude ver no reflexo de outro espelho. Tinha mais ou menos duas vezes o tamanho do meu polegar e estava um pouco vermelha em volta. Havia adorado.

 

—Nós podemos ir jantar agora? - reclamei enquanto caminhávamos para o carro – Eu não comi ainda.

—Nós comemos quando saímos – Dean sorriu com culpa.

—Valeu hein – reclamei entrando dessa vez no banco de trás.

 

 


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Notas finais do capítulo

Não se sabe certamente onde os meninos fizeram suas tatuagens, mas o Hook parece um cara onde eles iriam!



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