Beijos napolitanos. escrita por Apenas um Réptil Aleatório


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MARILENE! o/
Okay, segunda fic postada.
Migs ~143__son (SocialSpirit) me ajudou com um dos temas, e acabou que eu o utilizei bastante. ♥ Thanks ♥
Gostaria que soubessem que demorei para postar porque inventei de bater a cacet♥ do meu pé na parede, e além de enfaixar, tive que tomar um anti-inflamatório não muito amigável com a minha pessoa, e não conseguia produzir nada (Nem mesmo a capa, o que mais me matou, já que eu estava realizando um perfeito cosplay de gelatina ambulante).



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Que belo dia. O som do vento contra as folhas das árvores era agradável, e seu frescor no rosto de Jimin também. O sol brilhando, a cor viva do parque, e a animação de Jungkook eram aconchegantes para seu coração. No dia anterior, o maknae parecia irritado com alguma coisa – Mais tarde descobrira que teve dificuldade para encontrar os seus sagrados Toddynhos (ADHAUDHAODAH) - então era bom vê-lo alegre esta manhã, mesmo que estivessem ali para trabalho.

A sessão de fotos que estariam realizando se concentrava em transmitir todos os sentimentos “fofinhos” que conseguissem com as diversas cores espalhadas pelo parque e a animação presente nos garotos. Teriam várias fotos individuais, ou em duplas ou trios, de acordo com a diretora de fotografia.

Já era verão na Coréia do Sul, e por mais que estivesse muito ensolarado, o horário não permitia que se queimassem com o sol. Ele estava apenas ali, radiante, tranquilo e favorável, iluminando o ambiente, e destacando o verde da vegetação.

— PFFFFHAHAHAHAHAHA – Jungkook gargalhava como se não houvesse amanhã.

— Ya! Jung Jungkookie, não tem graça! – Tentou repreender o amigo, mas ele mesmo tinha vontade de rir.

— Hahahaha, Hyung... PFFHAHAHA – O maknae não se aguentou, e teve que se apoiar no mais baixo para continuar em pé. – Você está tão bonitinho! Olha só pra você!

— Hey! Por que eu sou o único vestido assim?! – Perguntou para a equipe tentando aparentar raiva, mas rindo também.

— Por que está bravo? Está tão fofinho. – Respondeu a diretora.

Jungkook se recuperou e tentou permanecer em pé como uma pessoa normal permaneceria, mas foram apenas mais cinco segundos olhando para a face apertada de seu hyung na fantasia, e teve uma recaída, gargalhando até cair no chão, recebendo uma bronca da equipe de fotografia que dizia que sujaria suas roupas.

Jimin estava enfurnado em uma enorme fantasia de sorvete napolitano, e seu pequeno corpo tentava se acomodar com o espaço da casquinha. Por mais que estivesse ventando bastante, a fantasia ainda fazia Jimin suar um pouco, e alguns fios de sua franja castanha clara continuavam insistindo em grudar em sua testa.

— É muito quente! E eu não sei nem como estou conseguindo andar dentro disto aqui, eu quase tropecei ali atrás. – Reclamou.

— As fotos são sobre o verão, o que melhor para representá-lo do que um sorvete? – Respondeu a diretora, novamente.

— UE, MAS A REPRESENTAÇÃO PRECISAVA SER EM MIM?

— Aff, é por pouco tempo, aguente um pouquinho, ok? Esforce-se.

— É, hyung... – Jungkook olhou Jimin nos olhos, e o mais velho, analisando seu rosto, já previu a tiração de sarro que vinha pela frente. – Se ficar de cabeça quente pode acabar derretendo PFFHAHAHAHAHAHAHAHAHA (Nem teve graça, Jung Kungkook)

— Ridículo.

Este maknae estava muito abusado.

Várias poses foram feitas, inúmeras vindas do além. Não sabiam por quê, mas a equipe estava pegando pesado com eles. Foram incontáveis fotos, apenas com Jimin vestido de sorvete. Quando começaram a posar para as fotos em dupla, Jimin percebera que o mais novo estava bem mais terno com ele do que geralmente era. O cutucava continuamente, não parava de sorrir, e o clima estava muito agradável. Seria a fantasia? Oh, se soubesse que seu amado dongsaeng era tão amável com sorvetes gigantes, não teria reclamado de tê-la vestido.

— Cheguem um pouco mais perto um do outro. – Ordenou a diretora de fotografia.

Os garotos tinham bastante contato físico nesta sessão de fotos. Podia até ser um pouco desconfortável fazer esse tipo de coisa apenas porque eram ordenados, mas além de serem profissionais, tinham muita química na hora de tirar fotos juntos, principalmente hoje – Culpa da fantasia, provavelmente. Todas elas pareciam tão naturais. Tão singelas. A equipe estava gostando do resultado.

Foram vários abraços e carinhos, e – surpreendentemente ou não – o maknae parecia estar se divertindo bastante. Apertava a fantasia do mais velho a todo momento, incluindo suas bochechas ou o seu nariz avermelhado. O clima estava tão bom, e as fotos tão ternas por causa da felicidade e química expressa em seus sorrisos.

— Jungkook-Sshi, pode beijar a bochecha dele? – Pediu a diretora.

— Isso Kookie, beije minha bochecha! – Brincou Jimin, sorridente, apontando com o dedo para suas próprias maçãs do rosto. Sabia que o mais alto não faria isso. Nunca fazia. Bem, desta vez ele fez.

Jungkook, um pouco quieto, olhou estranho para Jimin. Apoiou um de seus braços lentamente nos ombros de seu hyung, e com a mão direita, segurou seu rosto, e tocou seus lábios na pele macia da bochecha corada do mais baixo, que parecia bem encabulado. “Que sensação gostosa”, fora a única coisa em que Jimin conseguiu pensar.

Por causa das fotos, ficou na mesma posição por um tempo – para a felicidade do mais baixo -, até afastar seu rosto quieto e desviar o olhar brevemente com um pequeno estalo. O coração de Jimin estava agitado, e o seu também.

— Oh, ficou ótimo. Pode fazer novamente? Precisamos de mais algumas. – Disse a moça cujo nome eu não inventei, e me arrependo de não tê-lo feito (Porque apenas a chamo de diretora de fotografia, e isto é repetitivo).

Jungkook sorriu meio sem-graça e olhou para Jimin, que ainda permanecia meio avoado. Logo, repetiu a ação, e o mais velho pensou em como seria perigoso se talvez, as borboletas alvorossadas que sentia em seu estômago escapassem pela sua boca, assim que a abrisse.

— Novamente. – Pediu a shipper tiradora de fotos (Razô migs).

— Haha – Jimin começou a rir. Sentia-se muito bem, além de vitorioso por finalmente receber “beijinhos” de Jungkook depois de tanta persistencia. Ria também, porque estava com vergonha. Deus, ele estava com muita vergonha. E Jungkook também, pois agora, estalava seus lábios em seu rosto sorrindo.

O toque suave da mão do maknae em seu rosto, e os lábios gentis em sua bochecha direita lhe provocavam sensações típicas de uma pré-adolescente japonesa apaixonada pelo seu senpai. Era bom, e aconchegante. Nossa, ele com certeza devia se sentir assim mais vezes.

— Já está bom, vocês podem descansar. Obrigada pelo trabalho duro, chamaremos se precisar. – Disse a diretora.

— Obrigado. – Agradeceram em uníssono.

— Ah, esperem, você querem ver algumas fotos?

— ... Oh, pode ser, pode ser. – Respondeu Jimin, ainda encabulado, enquanto Jungkook permanecia calado e vermelinho.

Foram até a diretora e ela os mostrou algumas fotos, já selecionadas. Só agora, observando, realizaram sobre o quão doce foram um com o outro nesta sessão. Davam as mãos sem perceber, e se tocavam naturalmente várias vezes. Sinceramente, pareciam namorados, e não apenas hyungs de um grupo musical de sucesso. Apenas o pensamento fazia seus estômagos se transtornarem. Oh, as fotos do beijo. Eram encantadoras. Dignas de deixar corações quentinhos. Jimin encarou levemente o maknae, apenas para... Não sei, nem ele sabia. Queria captar sua reação. Jungkook estava sereno, e sorria um bocado. O maior se virou e encontrou o olhar do castanho claro – Um olhar brilhante, cativante. -, e se permitiu mergulhar no mesmo por alguns instantes, até criar vergonha na cara e impedir que a moça falasse sozinha e mostrasse fotos para o além. Uma questão de educação, é claro. – Algo que Jimin não fez, aliás.

Isso não quer dizer que seus corações tinham se aquietado, nem por um minuto.

  ☼

Enquanto os outros terminavam de tirar suas fotos, Jungkook e Jimin, já banhados e trocados, foram liberados para dar uma leve volta no parque. Não tinha muita gente, principalmente perto da área em que estavam, pois precisavam de um lugar vazio para as fotografias, e por isso a serenidade tomava conta do lugar.

Os dois estavam um pouco inquietos por dentro. Davam olhadas rápidas para o rosto um do outro, e logo desviavam com um risinho soprado. Riam como bobos do nada, e depois voltavam a se aquietar. Oh, o que é isso? Estavam flertando?

O sol já não estava tão forte quanto antes, mas ainda destacava a cor verde das folhas das árvores com sua luz. Destacava também, os lindos olhos de Jimin, e a pele clara de Jungkook, que andavam lado a lado, lentamente, quase de ombros encostados.

— Jiminnie... – Jungkook chamou, manhoso, provocando risos nervosos do mais baixo.

— Haha, “Jiminnie”? O que você quer de mim, Kookie?

Jungkook riu junto, olhando para baixo, e depois para o rosto de seu hyung, fazendo com que os dois desacelerassem até parar. Olhou para suas mãos e novamente para seu rosto. Jimin era tão bonito. O cabelo claro e o rosto iluminado pela luz, seu olhos brilhantes, sua bunda voluptuosa (pernas também) e sua “inocencia” estampada no rosto. Jungkook sempre brincara que o mais baixo era também o mais feio do grupo, mas Jimin não fazia ideia do quão bonito era aos olhos do maknae. Uma das pessoas mais atraentes que já vira.

— Jungkookie, o que foi? – Perguntou com demasiada calma e ternura presente na voz.

— ... – Jungkook pegou uma das mãos de Jimin com delicadeza – o toque fez o sorriso do baixinho ir de orelha a orelha – e começou a levá-lo para perto dos lugares mais “escondidos” entre as árvores.

Assim que pararam em frente á um ceboleiro (É uma árvore, não um vendedor de cebolas) escondido, Jungkook continuou a segurar sua mão, mas não deu índicios de nenhum outro movimento.

— Por que viemos pra cá? – Perguntou Jimin.

— Uh... Eu não sei, hyung. – Riu sem-graça, mas foi acompanhado pelo mais velho.

Ficaram um pequeno intervalo de tempo em silêncio, segurando as mãos um do outro, até que Jimin criou coragem, e comentou:

— Haha... As fotos ficaram boas, né?

— Hmhum... É porque você foi muito doce comigo. PFF – Caçoou, soltando uma risada frouxa no final da frase.

— Bem engraçado você, hein. – Tentou não rir. – Aish, esse maknae abusado. – Deu um empurrãozinho com o ombro.

— Não sou abusado. A diretora de fotografia é. – Ele nem sequer pensou isso sobre ela, mas fora a única forma que vira de abordar o assunto que tanto queria abordar.

— Pfhahaha, por quê? Porque ela te pediu para me beijar? Sente-se mal pela sua resistência sendo quebrada desta forma?

— Foi só um beijo na bochecha. – Respondeu sorrindo envergonhado, encarando suas mãos entrelaçadas balançando.

— Sim, sim, mas... Você sempre foge. – Jungkook voltou a olhar pra Jimin, diretamente em seus olhos.

— Eu não “sempre fujo”, hyung. – Fingiu sentir-se ofendido.

— Claro que foge, diga-me uma vez em que eu te pedi um beijo na bochecha e você tenha me dado.

— Hyung.

— Hm?

— Você quer um beijo na bochecha?

— O que?

— Você quer um beijo na bochecha, agora?

— ... Ahn, Jungkookie.

— Responda, hyung.

— Sim. – Saiu automaticamente.

O castanho, ainda segurando nas mãos do mais velho, se aproximou devagar, e se deixou sentir a sensação de parte de seu rosto se encostando com o de Jimin, e em seguida, deu-lhe um beijo doce no meio das maças do rosto. O mais baixo fechou os olhos instintivamente, para apreciar o toque macio dos lábios de Jungkook. Era maravilhoso.

Jungkook se afastou lentamente, com as palpebras um pouco pesadas e o coração agitado, e, ainda próximo de Jimin, disse:

— Esta vez.

— Hm? – Jimin estava atordoado, tanto pelas sensações provocadas pelo leve estalar de lábios de Jungkook, quanto pela frase repentina.

— Uma vez em que você me pediu para te beijar e eu beijei, esta vez. – Ah sim.

— N-não, mas eu não te pedi para me beijar.

— Eu perguntei e você disse sim.

— Eu apenas respondi, não pedi.

— Então me peça.

— Oi? – Céus, estava tão confuso, como se concentrar com o rosto de Jungkook tão perto assim do seu? Com seu coração em um estado em que podia ser comparado com uma escola de Samba?

— Peça-me para te beijar, hyung. – Este maknae estava realmente abusado hoje.

Estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro, e talvez, até compartilhar sentimentos um pelo outro. Seus narizes não se esbarravam, mas parecia que isso podia acontecer a qualquer momento, e suas mãos agora, estavam mais entrelaçadas do que antes.

— Jung Jungkookie... – Quase sussurrou.

— Hm...?

— ... Me beija.

E assim aconteceu. Mas não foi um beijo no rosto.

Os lábios de Jungkook envolveram os de Jimin com uma delicadeza que ele nunca imaginara possuir, e o alaranjado apenas sucumbiu à sensação deixando que seu corpo reagisse como quisesse á todos aqueles sentimentos. Suas pálpebras pesaram, e suas sobrancelhas arquearam, suas mãos nervosas apertaram os dedos do mais novo, e sua respiração falhou em um suspiro pelo nariz.

Seus lábios, lentos, estalavam leves selinhos em suas bocas, e os mesmos pareciam participar de uma coreografia digna de dança de salão, pela sua sincronia. Em instantes, o beijo foi se aprofundando, e Jungkook sentiu a necessidade de apoio, então, sem se separar, deu alguns passos para frente, batendo as costas de Jimin contra a árvore ceboleira (Não, a árvore não vende cebolas) e levando uma das mãos que se ocupavam com os dedos do mais velho, agora, para seu rosto, segurando-o para dar firmeza, enquanto apoiava sua outra mão – que ainda pertencia á mão de Jimin – ao lado, na árvore. O baixinho estava encurralado. E não iria reclamar tão cedo.

A língua do castanho pediu passagem, mas foi Jimin que invadiu sua boca, surpreendendo Jungkook. A mão desocupada do alaranjado se prendeu em sua nuca, e o puxou cada vez mais para perto, como se pudessem se tornar apenas um, mas “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo”, certo?

Eram carinhos na nuca de um, leves puxões de cabelo em outro, mordidas em um lábio, lambidas em outro, e as mãos continuavam ali, a se prensar. Jimin jurava que podia voar, pois não sabia mais se seus pés ainda estavam no chão ou não. Aquele pequeno – porém alto – Jung Jungkook tinha tanto poder assim sobre ele? Aish, um caso perdido. Talvez, tudo que o castanho quisesse fazer com ele, fosse permitido, pois Jimin sentia-se assim perto dele. Nunca descobriu se realmente o amava de alguma forma mais... “aprofundada” ou se apenas gostava dele como um “irmãozinho”, mas a verdade é que flertavam várias vezes ao longo dos dias, e Jimin jurava que, de vez em quando, a ideia de beijá-lo passava pela sua cabeça, mas nunca teve certeza de seus sentimentos, nem dos do mais novo, então decidiu deixar com que tudo acontecesse naturalmente, e Jungkook pensava da mesma forma. Esse beijo fora tão natural quanto abacate orgânico.

Separaram-se pela falta de ar, mas mantiveram suas testas coladas (e os corpos também). As pálpebras ainda pesadas se levantaram, revelando os orbes opacos e concentrados dos dois para se observarem. Jungkook plantou um selinho nos lábios macios de Jimin uma, duas, três vezes, provocando sorrisos em ambas as bocas. Começaram a rir como pombinhos apaixonados. Talvez fossem pombinhos apaixonados. Talvez fosse assim há muito tempo.

Jimin trouxe a mão de Jungkook, ainda entrelaçada a sua, para sua boca, e a beijou timidamente, ainda sorrindo. O maknae não aguentou a fofura, e envolveu o mais baixo num abraço acolhedor.

— Jungkookie.

— Hm...?

— ... Acho que temos que voltar.

Jungkook o envolveu com mais aconchego.

— Eu não quero voltar, hyung.

— Não se preocupe... Podemos fazer de novo mais tarde.

— ... PFF – Um riso abafado saiu de Jungkook.

— A-aish, o que foi?

— Napolitano é meu sabor favorito.

— .....

— Mal posso esperar para comer quando chegar em casa.

— .............................. que


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Notas finais do capítulo

CAB



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