A mais bela entre as belas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
O Baile




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P.O.V. Lorde Charles.

Estamos todos muito ansiosos para ver a filha do Rei da Inglaterra, os poucos que a viram falam muito de sua beleza.

—Será que ela é mesmo tão bela quanto dizem ou é só floreio?

—Vamos descobrir meu caro Senhor Darcy.

—Ótimo.

Soaram as trombetas e ela entrou com graça e beleza, desfilando pelo salão.

—Ela é a criatura mais bela que meus olhos já contemplaram. A encarnação de Afrodite.

—Ela sorri demais.

—Não meu caro, ela é um anjo.

P.O.V. Ella.

Eu estou tão nervosa, mesmo com toda a preparação, a educação e as coisas que me ensinaram.

Me sinto fora de contexto nesse lugar. Então, soaram trombetas, as portas abriram eu respirei fundo e entrei.

Todos os olhos se viraram para me encarar, eu me senti um pão na vitrine de uma padaria.

—Alteza, é uma honra estar em sua presença. Um prazer conhecê-la.

—Igualmente senhor.

—Eu sou o Governador Swan e essa é minha filha Elizabeth.

—Senhor, Senhorita.

—Alteza.

—Lady Marie, irmã do Príncipe D'Artangnan.

—Prazer Milady.

Então chegamos á frente de dois homens muito bonitos bem vestidos.

—Alteza, eu sou Lorde Charles Bingley.

Ele beijou a minha mão como muitos outros. Mas, ele tinha olhos verdes penetrantes.

—Ouvi muito falar de sua beleza Alteza, parece que desta vez os boatos eram verdadeiros.

—Sabe, esse é o primeiro elogio verdadeiro que eu ouvi essa noite.

—Eres muito bela, Alteza. Sou o Senhor James Darcy.

—Obrigado.

Acho que devo ter dado muito na cara, porque parece que ele percebeu que eu não fui com a cara dele.

—Acho que tenho que aprender a mentir melhor, mas não sei se quero.

—Se me permite a ousadia, gostaria de roubá-la pelas próximas duas danças. Isso se não estiver prometida.

Olhei para as minhas damas em busca de respostas.

—Que coisa é essa de prometida?

—Geralmente as Princesas e nobres em geral são prometidas em casamento.

—Deus me livre! Não, não estou prometida e mesmo se estivesse, dançaria com você.

Eu acho que ele ficou chocado, mas pegou a minha mão mesmo assim.

P.O.V. Charles.

Apesar da incapacidade de esconder suas emoções, a Princesa dançava com muita graça, parecia flutuar.

—Não se esqueça da nossa próxima dança Princesa.

—Não me esquecerei.

Então um choro de bebê começou a ecoar pelo salão. E uma Lady tentava desesperadamente calar a criança.

—Isso não vai prestar. O bebê vai vomitar.

Disse a Princesa. Antes que eu pudesse reagir ela já estava caminhando até a Lady.

—Me perdoe Alteza.

—Me permite?

Ela estendeu os braços para que a Lady lhe passasse a criança. A Princesa pegou a criança, com jeito um jeito que nenhuma nobre tem e começou a cantar e a ninar o bebê. Ela cantava em Francês.

O bebê rapidamente se acalmou.

—Qual é o nome do bebê?

—O nome dele é Joseph.

—É um lindo nome. Estenda os braços milady.

Ela ajeitou os braços da Lady e colocou a criança neles.

—Não chacoalhe. Balance, mas não chacoalhe, se chacoalhar a criança vai vomitar.

—Obrigado, Alteza.

—Disponha.

Ela voltou para o meu lado e ficou aquele silêncio agourento.

—Credo. Por que todo esse silêncio? Alguém morreu?!

Perguntou a Princesa desesperada.

—Não, Alteza. Ninguém morreu. É que geralmente as nobres não tem jeito com crianças.

—É. Quem tem é a nobre e quem cria é a serva. Sei bem como é.

—Sabe?

—Eu posso ter nascido Princesa, mas eu cresci serva. Já cuidei de muitos bebês, especialmente bebês de nobres. Ainda me lembro de quando uma filha de um Lorde de uma grande propriedade me chamou de mamãe, na frente da mãe. Ela falou mamãe e a mulher ficou toda contente, pensando que era pra ela. Rá, doce ilusão. O bebê falou mamãe e veio correndo pro meu colo e ficou me chamando de mama o dia inteiro. A mulher não sabia onde enfiava a cara.

Disse a Princesa rindo.

—E o que aconteceu depois?

—Toda a corte ficou fofocando que a mulher não era boa mãe etc. Eu quase fui açoitada naquele dia.

—E não foi?

—Não. Mas, queria ter sido.

—Porque?

—Ver o meu pai tomar aquelas chibatadas no meu lugar foi mais doloroso do que se as tivesse tomado mesmo. Passei meses cuidando das suas feridas.

—Porque está sempre de luvas, alteza?

—Porque eu sou uma Princesa com mãos de serva. Eu tenho as mãos ásperas, calejadas. Mas, meus dedos são finos se quer saber.

—Eu não me importo com isso.

—Jura?

Perguntou ela usando a ironia, então ela tirou uma das luvas e tocou minha mão. A mão dela era mais áspera que a minha.

—Porque eu acho, pela cara que acabou de fazer que você se importa sim. Você é igual a eles. Tá atrás de dinheiro, não de amor, de dinheiro.


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