Queen escrita por Little Vit


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura:



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Queen

Capítulo Um


        Os sons dos pesados passos da rainha ecoavam por todo o grandioso castelo,  Selene andava apressada e remexia as mãos em um sinal claro de preocupação. Abighail ainda não tivera descido, e a rainha começara a pensar se seu perfeito plano, não estava indo por água a baixo. De repente os passos sessaram, a rainha se encontrava parada em frente a uma grande porta de madeira antiga, elevou o punho e bateu, batidas leves, porém, carregadas de nervosismo.

A jovem princesa que naquele recinto escondia-se, mexeu-se incomodada com a insistência das batidas de sua madrasta.

Farta das batidas, que aos poucos, tornaram-se um pouco mais ferozes, Abighail suspirou.

 “ Deixe-me, por favor. ” Ela implorou com a voz embargada.

Porém, suas suplicas não foram atendidas, nem compreendias, e as batidas da rainha a cada segundo que passava tornavam-se mais e mais insistentes e pesadas.

Aborrecida do repetitivo som, Abighail levantou-se e caminhou em direção a porta que a abrir, revelou uma rainha de semblante arrogante e aflito.

“ Francamente Abighail, cogitei que já era crescida, mas vejo que ainda persiste em agir como uma criança. ” A rainha esbravejou.

“ Eu sou crescida. ” Abighail encorajou-se a dizer.

“ Não está agindo como tal. ” Ponderou Selene com desdém. “ Por qual razão ainda não está arrumada para o enterro? ” Indagou erguendo levemente a sobrancelha esquerda.

“ Eu...eu...não irei... ” Abighail gaguejou.

“ O que disse? ” Selene questionou incrédula.

“ Sinto muito madrasta, porém, não consigo ir ao enterro, é o meu pai que está naquele caixão. ” A princesa argumentou.

Abighail já tivera visto Selene enraivecida antes, porém, ainda foi uma total surpresa a reação da rainha.

“ Não consegue? Não irá? ” A rainha repetiu descrente. “ Sei perfeitamente que ele é o seu pai, mas, não esqueça jovenzinha que aquele homem era meu marido, e eu estou igualmente desolada pela a sua morte. ” Ralhou fazendo Abighail encolher. “ Deve ir, o que o povo pensará? Ora por favor Abighail, deixe de bobagem e vá já se vestir. ” Vociferou assustando a jovem.

Retraída e assustada a jovem pôs se a chorar, Selene farta daquela demonstração de fraqueza, resolveu dar um basta.

“ Chega. ” Rugiu e logo Abighail prendeu o choro. “ Não que ir, não vá, fique em seu quarto e chore, chore até não aguentar mais... ” A rainha esbravejou aproximando-se da jovem princesa, parando a centímetros de distância. “ Mais saiba princesinha, chorar e lamentar não irá trazê-lo de volta e muito menos irá ajudar. ” Afastou-se virando e retomando caminho a porta, onde virou-se novamente para a princesa que a fitava confusa. “ Nem sei porque chora pelo o seu pai, já perdeu sua mãe, deveria saber como lidar com o luto. ” Selene zombou fechando a porta, deixando Abighail em estado de choque.

As janelas que sempre estiveram abertas, estavam fechadas, as cortinas claras deram lugar a panos pretos, e o grande salão, sempre tão vazio, estava lotado de pessoas, no seu centro, o caixão do rei, ao seu redor dezenas de pessoas espremiam-se para poder simplesmente conseguir tocar no ataúde de descanso de sua majestade, dentre as pessoas Selene distinguia nobres, burgueses, súditos e servos, todos abatidos, ou ao menos fingindo estar.

A rainha encontra-se frente a um grande espelho do majestoso corredor do castelo, seu cabelo negro está preso em um coque, com alguns fios sobre sua face, a pele pálida faz um perfeito contraste com o batom escarlate, o vestido negro caia em camadas sobre o esplendoroso corpo da rainha, inconscientemente Selene sorri, seu plano perfeito estava dando certo.

Na cabeça dos presentes naquele salão e no castelo, pairava a incerteza, o rei tivera morrido, precocemente era uma verdade, deixando o pequeno reino nas mãos desconhecidas da jovem rainha, e o futuro, nas fracas e inexperientes mãos da jovem princesa, que nem se dignou a estar presente no enterro do próprio pai e rei. O povo receava o presente, mas sem dúvida era o futuro que os assustava.

Conforme descia os degraus olhares caiam sobre a rainha, que encenava sua melhor feição de luto.

Os chegar ao último degrau, um lorde concedeu-lhe a mão, que Selene aceitou, e começou a andar em direção ao caixão.

“ Onde está a princesa? ” Outro lorde indagou.

“ Não virá. ” Selene respondeu.

“ Como assim não virá? É dever dela estar aqui. ” O lorde esbravejou.

“ Senhor, eu tentei, mas a princesa não quer descer, nem sequer se dignou a abrir a porta para mim, muito menos responder meus chamados e batidas persistentes. ” Selene mentiu.

“ Uma falta de respeito sem precedentes. ” A esposa de outro lorde murmurou.

A rainha não respondeu, apenas ficou em silêncio fitando o corpo do homem no caixão. Aos poucos o assunto morrera ali, porém, já rodava todo o salão.

Horas mais tarde, o salão que mais cedo estivera lotado, encontrava-se vazio, apenas as cadeiras e o lixo deixado pelas as pessoas ficara ali, do alto da escada Selene observava os servos limparem tudo. No centro, onde estivera o caixão, estava apenas o vazio, o caixão fora levado e enterrado, Selene sorria ao pensar que um dos seus problemas estava resolvido, agora, só precisava lidar com o segundo, Abighail.

Mas a rainha sorria mais ainda ao constatar que a própria Abighail tivera começado a cavar sozinha sua própria cova, não comparecendo ao enterro do rei, tratar de Abighail seria mais fácil do que foi tratar do rei.

“ Minha rainha. ” Um rapaz murmurou ao se aproximar de Selene.

“ Richard, onde esteve? Não lhe vi no enterro. ” Selene questionou.

“ Estive ocupado senhora. ” Desculpou-se.

“ Com o que? ”

“ Problemas de terceiros, fui mandado pelo lorde Plilton a floresta para pegar ervas para a sua esposa que está adoentada. ” Explicou-se rapidamente.

“ Hum... ” Selene suspirou.

“ E como foi aqui? ”

“ Tudo correu como o planejado, fiz minha melhor performance, devia ter visto. ” A rainha sorriu.

“ Depois você me mostra. ” Richard cochichou malicioso e Selene lhe lançou um olhar repreendedor. “ Desculpe. ”

“ Bem, dos meus dois problemas, um está resolvido, e o outro está cavando sua própria cova, sem nem perceber. ”

“ Como assim? ” Richard apoiou o antebraço na grade da escada.

“ Abighail não participou do enterro e funeral do rei, ela disse que não conseguia. ” Selene zombou.

“ Se antes o povo e os lordes já não gostavam dela... ”

“ Agora, eles não a suportam. ” A rainha completou. “ Vai ser fácil tirá-la do meu caminho. ”

“ Tenho certeza disso. ” Richard riu, porém, logo seu sorriso se fechou e ajeitou sua postura ao ver ao longe Markus, o conselheiro chefe do antigo rei, se aproximar.

Selene fitou o conselheiro, que fez um breve sinal com a mão, chamando-lhe para juntar-se a ele no escritório real.

A rainha suspirou e assentiu, quando o velho sumiu entre as paredes Selene revirou os olhos.

“ Venha ao meu quarto mais tarde, mas cuidado, para não ser seguido ou pego. ” A rainha pediu sorrindo maliciosamente.

“ Sim majestade. ” Richard falou e logo Selene caminhou na mesma direção que o conselheiro tivera ido.

*****************

Três batidas leves chamaram a atenção da rainha que terminava de tirar o pesado vestido.

Sorriu.

“ Entre e tranque a porta. ” Pediu e logo viu Richard entrar.

“ O que o conselheiro De Guisé queria? ” Richard jogou-se na grande e fofa cama.

“ Modos Richard, modos. ” Selene reclamou e o mesmo revirou os olhos. “ Veio falar sobre o futuro, ao que parece, tem um jovem príncipe que chegou a idade de se casar, e o pai quer que ele se case com Abighail. ” Falou.

“ Isso é ruim, você não nasceu na realeza, e se Abighail casar-se.... ”

“ Não serei mais rainha, eu sei. ” Selene rosnou.

“ O que disse ao conselheiro, afinal, Abby é só tem dezesseis anos, logo, um casamento precisa da sua aceitação. ”

“ Disse que falaria com a princesa. ”

“ E o que verdadeiramente fará? ”

“ Bem, se Abighail não se casar, ficarei com a coroa, pois, sou a mais indicada, e pelo o que o conselheiro De Guisé me falou, o conselho não quer Abighail como rainha, eles a acham fraca demais para isso... ”

“ Mas, se ela tiver um príncipe ao seu lado. ” Interrompeu Richard.

“ Ela não terá, impedirei esse casamento. ” Selene falou observando-se a frente de um grande espelho.

“ Por que não diz que está grávida? ” Richard propôs e recebeu um olhar confuso de Selene. “ Se estiver grávida, todos acreditaram que é do falecido rei, grávida não poderão tirar-lhe a coroa, nem mesmo se a princesa se casar.... ”

“ Mas Abighail ainda é a primeira na linha de sucessão. ”

“ Mortos não podem governar. ” Richard sorriu. “ Mate-a, simples, depois, não haverá nada no seu caminho, seu bebê será o herdeiro e sua estadia na corte, será até a sua morte. ” O jovem explicou.

“ É uma boa ideia, mas não estou grávida. ” Selene caminhou em direção a cama.

“ Posso ajudar vossa majestade com isso. ” Richard fala e puxa Selene pelo braço a derrubando na grande cama e logo em seguida beijando-lhe o pescoço.

“ Como.... Lidarei com o.... príncipe? ” Selene indagou em meio a suspiros de prazer.

“ Deixe ele conhecer Abighail, se tentar impedir isso, poderá levantar suspeitas, se for necessário, mataremos os dois. ” Richard disse fitando os olhos verdes da rainha.

“ Cuidado. ” Selene alertou.

“ Relaxe, eu já fiz isso antes. ” O jovem riu e voltou a beijar a rainha.

Conforme os minutos passavam os beijos tornavam-se mais urgentes, apressados e eróticos, as mãos de Richard passeavam por todo o corpo da rainha.

Richard desceu os beijos molhados pelo pescoço de Selene, até o seio esquerdo, onde o abocanhou, enquanto massageava o outro com a mão.

Selene arfava de prazer, suas delicadas mãos, desciam lentamente o calção do homem e o jogou no chão, logo as roupas de Selene faziam companhia as roupas de Richard.


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Notas finais do capítulo

-Vick



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