Sanidade. escrita por flowerswriter


Capítulo 1
Prólogo: Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Eu espero que vocês gostem dessa nova fic.
Eu estava tentando escrever a outra, porém essa saiu mais fácil... Logo logo eu att ''Como foi seu dia''.

Se gostarem dessa me avisem para continuar ♥



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Point of View: Felicity Smoak

Lily estava brincando com a boneca enquanto eu lia, sorri para a pequena Merlyn e suspirei. Tommy estava no trabalho, algo de última hora surgiu e ele teve que correr para o escritório. Era sempre assim. Escutei o meu celular tocar e o peguei, vendo que era uma chamada dele.

— Fel, será que você pode pedir comida chinesa? Não consegui ir ao supermercado antes de fechar... E teremos visita – A voz dele soou um pouco preocupada, o que me fez arquear a sobrancelha.

— Peço sim – Respondi suspirando. – Posso saber qual visita? – Indaguei, notando Lilian tornar a cabeça para mim.

— Não quero preocupar Lily, então não – Ele respondeu por fim, me fazendo revirar os olhos enquanto levantava da poltrona e procurava o telefone do Andy, a melhor comida chinesa de Coast City. – Fique tranquila, em menos de meia hora estarei em casa.

— Sem problema. Até – Respondi por fim.

Desliguei o telefone e logo disquei o número de Andy, há algum tempo eu ou Tommy cozinhávamos, então eu acabei esquecendo o número de Andy, mas quando me mudei para cá, a única coisa que comíamos era comida chinesa. Nós intercalávamos com pizza e com algumas noites de lanche. Mas após Caitlin entrar em nossas vidas, passamos a prezar ainda mais a saúde da pequena Lilian.

— Andy’s. Boa noite – Ouvi a voz de Bettany, nossa vizinha que trabalha no turno da noite aos fins de semana.

— Bettany, tudo bem? É a Felicity.

— Oi Fel, vai querer o que? – Ela me indagou.

— Manda o tradicional. Para dez pessoas – Soltei sem pensar. – Não sei quantas pessoas Tommy vai trazer. Espero que sobre – Ouvi uma risada e sorri.

— Daqui quarenta minutos está aí. Jimmy pediu para falar que no máximo cinquenta. A moto está dando problema novamente – Soltou a menina, falando do irmão que trabalhava no local como entregador. Jimmy era um menino legal, se envolver com coisas erradas no passado, mas agora ajudava a irmã e a mãe em casa sempre que pode.

— Ok. Obrigada! – Declarei, desligando o celular logo após.

Olhei para a sala e voltei meu olhar para Lily, dei um sorriso pequeno. Ela estava com um vestido que ia até os joelhos, na cor azul, e com os pés descalços. Olhei para baixo tentando assimilar se eu estava vestida para receber visitas, seja lá quem fosse. Uma calça de moletom, uma camiseta do MIT e meus cabelos estavam limpos, dei de ombros. Não é como se fosse vir me visitar o presidente do país ou um Brad Pitt.

Ouvi o barulho do carro parando na garagem e passei a mão na calça. Já estava feito Felicity, não adianta querer tirar o amassado na calça, talvez desse tirar esse amassado na sua cara. Urgh, por que eu estava com algo vermelho na bochecha? Tommy abriu a porta e pediu para o exército entrar. Com ele eu podia notar a presença de mais oito pessoas na sala, por sorte Lily não tinha muita fome. E depois de prestar atenção de quem estava no mesmo cômodo que eu, eu também não tinha.

— Felicity? – Indagou Ray me olhando, sem reação. Engoli seco e virei para Tommy, buscando por ajuda.

— Desculpe Fel, mas meu pai e minha madrasta queriam conversar – Ele tentou explicar enquanto se aproximava. – E o único jeito era se todos viessem.

— Você conhece a namorada do Tommy? – Perguntou a loira, me fazendo querer ter uma arma, apontar para minha cabeça e finalizar o serviço.

— Ray e eu somos irmãos – Eu soltei dando um sorriso torto. – E eu e Tommy somos quase isso também.

— Outch. Eu te aturo todos os dias por três anos para você me falar que eu sou quase seu irmão? – Tommy me pergunta e eu reviro os olhos. -  Família essa é Felicity. Ela é uma irmã para mim, e essa é a pequena Lilian.

Ele apresenta Lilian que se esconde em minhas pernas, tentando se tornar invisível. Lily era uma criança maravilhosa, mesmo com o enorme problema de se entrosar com outras crianças – de algum modo ela era simplesmente melhor na bolha dela: comigo, Tommy e Caitlin.

— Olá Lilian, eu sou Malcolm e essa é minha esposa Moira – Ele se apresentou junto com a madrasta de Tommy. – Esses são The, Ray, Sara, Laurel e Oliver – O pai de Tommy os apresentou e eu foquei em Oliver. Raios, por que ele?

— Olá Lily. Olá Felicity – Ele me cumprimentou e eu gelei. Raios duplos. Meu nome soava tão bonito pelos seus lábios.

— Olá Oliver – Soltei, dando um pequeno sorriso.

— Vocês se conhecem? – Perguntou Ray, a quem eu ignorei.

— Vocês se conhecem? – Perguntou Tommy, a quem eu queria ignorar, mas como eu morava com ele teríamos um elefante enorme para vivenciar depois.

— Cinco anos atrás nos esbarramos em uma festa – Soltou Oliver com as mãos no bolso.

— Tentamos manter contato, mas logo depois conheci você e Lily – Expliquei, fazendo um carinho na cabeça da menor.

— Uh, isso é estranho. Ele é meu irmão e melhor amigo. Você é minha melhor amiga – Tommy soltou, fazendo uma careta, o que me fez revirar os olhos.

— Lily querida, você pode tampar os ouvidos por favor? – Perguntei, vendo-a fazer o que eu pedi. – Você é meu melhor amigo. O mesmo de Caitlin. E eu não reclamo quando você e ela estão no mesmo quarto, fazendo você sabe bem o que. E dá para escutar Tommy. Dá para escutar – O acuso, ouvindo a risada de Ray.

Ouço a porta se abrir. Revelando uma Caitlin com a comida nas duas mãos e um sorriso tímido.

— Espero eu não tenha problema, Jimmy deixou eu trazer e eu já paguei. Wow, quanta gente – Ela soltou, sorrindo para os demais presentes na sala. – Hey babe – Ela cumprimentou Tommy, que lhe deu um beijo casto e pegou a comida, seguindo para o outro cômodo. – Eu vou subir e deixar minhas coisas no quarto – Eu assenti e sorri para os demais da sala.

— Essa é Caitlin – Eu soltei, dando um pequeno sorriso, voltei meu olhar para Oliver e ele olhou para a porta, como se pedisse que conversássemos. – Oliver, podemos conversar? – Perguntei e o vi acenar com a cabeça, como se falasse que sim. – Fiquem à vontade, Tommy está na cozinha e logo estará de volta.

Guiei Oliver para o quintal e me virei para ele com os braços cruzados. Percebendo a carranca que o mesmo estava, revirei os olhos e fiz um sinal com a cabeça, para que ele começasse a falar.

— Eu sinto muito. Eu deveria ter contado que eu era o Arqueiro – Ele falou baixo. – Mas eu estava com medo. Quando Tommy descobriu ele me chamou de assassino, por isso ele foi embora com Lily.

— Oliver eu não sou o Tommy. Eu entendi naquela época, e eu entendo hoje. Eu só não queria fazer parte de algo que ajuda as pessoas pelo motivo errado ok? – Falei me aproximando, relando em seu braço e vi um pequeno sorriso surgir em seus lábios. – Meu pai foi morto e tudo o que eu queria era saber o porquê, eu ainda quero, mas eu sei que isso me faria uma pessoa egoísta. Entrar na sua causa, ajudar você e Diggle, só para achar quem assassinou meu pai – Eu soltei, tentando ignorar seus olhos azuis me encarando. – Eu perdi Ray e minha mãe por conta disso, eu não pude ser eu mesma por muito tempo. Mas agora eu entendo, meu pai se foi...

— E você quer fazer o que ele acharia certo, o que ele te fez prometer fazer – Ele soltou, fazendo com que eu o olhasse e sorrisse. – Eu entendo. Malcolm e minha mãe estão aqui para levar Tommy para casa, e se ele for eu ficaria feliz que você viesse também. Assim como a futura Mrs Merlyn.

— Eu irei – Respondi o fazendo sorrir.

— E se for do seu interesse, se você puder fazer a diferença agora... Eu e Diggle estaríamos felizes que você fizesse parte da equipe. Realmente precisamos de alguém com suas habilidades.

— Talvez Oliver, talvez eu entre para a equipe – Sorri e segurei sua mão, o fazendo sorrir.

— Agora vamos, Tommy e Laurel já devem achar que eu te pedi em namoro ou algo do tipo – Ele falou, apontando para a janela onde eu podia ver os dois tentando entender o que acontecia na parte de fora da casa.

— Não que eu não fosse aceitar ou algo do tipo... – Soltei sem pensar e Oliver riu. – Mas pelo que conheço de Tommy ele já está fazendo planos para um casamento duplo.

Vi Oliver sorrir e rumamos para dentro da casa. Meus pensamentos não podiam evitar voltar no tempo, quando Oliver estava no banco de trás do meu carro, ensanguentado. Da primeira oportunidade que tiver de trabalhar com ele e Diggle, da minha recusa dolorosa. A verdade é que eu nutria algo por Oliver, não por ele ser um deus grego ou algo do tipo. Mas por ele ter visto algo em mim, por ter me permitido o ajudar algumas vezes... E por me permitir uma segunda chance agora.


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