A princesa se encontrava em seu quarto, olhando para a grande janela que lá existia, pensando em como seria a vida fora daqueles grandes muros brancos. Como seria as pessoas fora deles, se eram como sua ama lhe dizia, se eram diferentes, como se vestiam, falavam, andavam. Ela não sabia, nunca soubera, estava trancada dentro daquele imenso castelo. 

Queria conhecer pessoas novas, conversar com elas; não, que não gosta-se de conversar com sua ama e amiga, mas... Á tanto tempo que só falará com ela. Queria se apaixonar por quem quisesse, não por quem seu pai o Rei escolhesse, mais era impossível tal desejo. Seu pai nunca mudaria de idéia, nunca voltaria atrás de suas ordens.  E ela continuava à olhar para a grande janela, e  a cada pensamento um suspiro, estava decidida iria se arriscar, não iria sair do castelo mais sair dos limitas daquela porta que simbolizava o grande salão de entrada, iria andar pelo jardim, sentir o perfume das flores, montar nos grandes cavalos brancos, que quando pequena montara com sua mãe, mais que desde que sua mãe avia morrido, estavam esquecidos por si. E com essa grande façanha contava com a ajuda da sua grande amiga e ama, Elisa.

Isabele: Elisa, venha ao meu quarto por favor.- Gritou, sabia que a amiga não estava tão longe do grande quarto, nunca estava, para caso sua ama precisasse de seus serviços.

Logo uma figura esquia e muito bela entra porta a dentro, com sua habitual rapidez, não queria perder seu emprego.

Elisa: Sim princesa- Fez uma reverência.

Isabele: Para com isso. Sabes que não gosto que me trates assim.- Fez beicinho.

Elisa fechou a porta de madeira, e sentou-se na cama da princesa. Ela era à única que tinha essa liberdade, era ama e melhor amiga de Isabele à muito tempo. Mais ninguém poderia saber que tinha essa ligação com a Lady.

Elisa: Isabele, seu pai estava à passar naquele momento pelo corredor, não poderíamos ser pegas.- Sorriu.

Isabele: Assim.-sorriu- Tens razão. Mas quero a sua ajuda.

Elisa: Sim. Mais o que vais aprontar desta vez?- Questionou.

Isabele saiu de perto da janela, e se sentou em sua grande cama, forrada por lindos lençóis de seda, que eram bordados à fios de ouro, pelas melhores bordadeiras da província. 

Isabele: Quero sair desse castelo.- Disse com rapidez. A amiga arregalou os olhos. Isso não era possível.

Elisa: O que? Estas bem?- Colocou uma das mãos sobre a testa de Isabele para ver se esta estava com febre, em sinal de brincadeira claro.

Isabele: Para com isso.- Riu e tirou a mão de sua testa.- É serio. Quero andar à cavalo novamente, sentir o vento embatendo no meu rosto, quero sentir o aroma das flores, gostaria muito de tocar nos animais, sabes que amo amimais não sabe. Quero muito sentir isso Elisa.- Deixou escapar uma pequena lágrima, que escorregou pelo seu pequeno e belo rosto.

Elisa: Não chores- Seco-lhe a pequena lagrima com o polegar- Vou...- Suspirou- Te ajudar.- Sorriu.

Isabele: Á serio- Esta estava com um largo sorriso.- Eu te amo muito Elisa- Abraçou a amiga.  Ficaram alguns minutos assim, até Elisa quebrar o abraço para formar um plano.

Elisa: Bem... Temos que ter um plano.- Fez ar pensativo.- Tens duas opções.- Olhou a Lady.

Isabele: Fala criatura.- Riu.

Elisa: 1ª Falas com o seu pai sobre isso, ou 2ª  Falas com o seu pai sobre isso.- Ficou seria.

Isabele: Com o meu Pai?- Arregalou os olhos.- Não, ele nunca deixará.- Virou o rosto.

Elisa: Se não pedires nunca vai saber. 

Isabele: Elisa, ele me mantém trancada aqui praticamente todo o tempo. 

Duvido que ele deixe eu dar um voltinha ao redor dessa prisão.- Bufou de raiva só de lembrar.

Elisa: Seja convincente. Tente pelo menos.- Tocou-lhe o ombro. 

Isabele: Tudo bem.- Suspirou- Vou vê-lo agora. Me deseje boa sorte.- Levantou-se.

Elisa: Boa sorte.- Sorriu.

Esta ficou aguardando até a princesa voltar. Ela estava muito ansiosa, além do mais, se preocupava com a amiga, só queria vê- la feliz.

A Lady andava pelos luxuosos corredores, daquilo que ela chamava prisão. Logo avistou a grande porta onde seu pai costumava ficar. 

Empurrou a porta a avistou o rei sentado em uma grande cadeira.

Isabele: Pai.- O chamou- Quero lhe pedir uma coisa.

O homem que  princesa chamava de pai, retirou o olhar dos papéis, e olhou para a loira.

Rei Henrique: Fale querida.- sorriu.

A Lady olhou bem para os olhos iguais os seus, respirou fundo e disse sem demora.

Isabele: Quero que me deixe, pelo menos sair daqui. Dar uma volta pelo lado de fora do castelo. Quero sentir um ar diferente, andar a cavalo como fazia com a...-Fez uma pausa- Como fazia com a mamãe.- A loira estava segurando suas lágrimas, não queria chorar, aquentaria firme, como seu pai sempre lhe dissera.

O Rei ficou á olhar para filha. Seu olhar não demonstrava surpresa, já sabia que cedo ou tarde isso iria acontecer. 

Isabele ficou esperando a resposta. No fundo ela saberia que teria uma chance, mais a maior parte de si dizia que perdera essa batalha. Seu pai nunca mudaria de idéia, porque logo agora ele mudaria? Ela fazia esta pergunta todos os dias, não queria, mais pensava na possibilidade de lhe pedir, para deixá-la dar algumas voltas, mais nunca tivera coragem. Agora estava ali à sua frente, e tinha feito tal pergunta que decidiria sua vida dali á diante. 

Se a resposta fosse um não, não o aceitaria facilmente, estava disposta á lutar por isso, mesmo com as chances sendo mínimas.

Pelo olhar do rei, este estava pensando na resposta que iria dar à filha. A resposta não tardou a ser dada, este abriu a boca e disse-lhe a resposta para tal pergunta.

Continua...