Once I Dreamed With You, Now You Are My Reality escrita por OneMoreKlainer


Capítulo 13
He Needs Me


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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“Eu também te amo, Kurt!” – Ele respondeu e deu uma risadinha.

— Seria pedir demais se eu pedisse para você abrir a porta? – Eu perguntei a ele.

“Espera ai, o que?”

— Vem aqui abrir a porta, logo. – Eu disse já reclamando.

“Já estou chegando.” – Ele disse e logo abriu a porta.

— Boa noite, Blaine. – Eu disse entrando quando ele deu espaço.

— Boa noite, meu amor. – Disse ele me dando um selinho.

— Estou atrapalhando algo? – Eu perguntei inocente.

— Só meu tédio. O que é algo bom. – Ele disse rindo.

— Ah, então tá bom! – Eu exclamei também sorrindo.

— O que veio fazer aqui essa hora? – Disse ele com o semblante preocupado.

— Vim te ver, bobinho. – Eu disse apertando o nariz dele.

— Correção: Veio me alegrar. – Disse ele e eu corei.

— Ain. O que estava fazendo? – Perguntei sentando no colo dele que agora estava sentado no sofá.

— Pensando. Em várias coisas. Eu estava pensando que eu quase perdi meu emprego, e que agora todos sabem sobre nós, e também que agora qualquer coisa que eu permitir que você faça vão dizer que você é o meu preferido. E claro, estava pensando em você. – Ele disse me puxando mais para ele.

— Desculpa não ter dito antes. – Eu falei meio baixo.

— Dito o que?

— Não se faz. – Eu disse rindo. – Que eu te amo.

— É que é bom de ouvir. – Ele disse rindo e eu o beijei. – Acho que eu te amo desde o momento que meus olhos encontraram os seus.

— Eu digo quantas vezes você quiser ouvir. – Eu falei ainda próximo a ele.

— É melhor pararmos um pouco, antes que o clima esquente demais. – Ele disse e eu saí de seu colo. – Quer ir lá em cima comigo? Eu estava organizando algumas partituras e separando-as para levar para vocês.

— Deixa eu escolher uma?

— Quantas você quiser. – Ele me deu um selinho, pegou minha mão e fomos até o quarto dele.

— Nossa, você tem muitas partituras. – Eu disse observando a quantidade de folhas espalhadas pelo quarto.

— Pois é. – Ele disse rindo. – Pode ir olhando e escolhendo a que quiser.

— Tudo bem. – Eu disse e comecei a olhar. – Você gosta mesmo de Phil Collins, né?

— Aprecio muito a música dele. E não me julgue, pois é melhor que Adam Lambert.

— Retire o que você disse. – Eu falei fingindo estar magoado. – Adam é único.

— E as músicas dele não prestam. Me diz uma que seja boa, de verdade.

— Todas. – Eu falei e ele me olhou sério. – Tem várias. Não dá para nomear, são muitas boas.

— Ok, nosso gosto musical é bem diferente.

— Sim, você nos fez cantar Justin Bieber. – Eu falei irônico.

— E qual o problema nisso? Ele é um ótimo ídolo teen.

— Exatamente. Teen. – Eu disse e ele me encarou sério.

— Você está me chamando de velho? – Ele parou em minha frente bem sério.

— Adulto?! – Eu falei incerto.

— E eu não posso gostar das músicas dele? – Ele falava se aproximando cada vez mais de mim.

— Pode gostar do que quiser. – Eu falei e eu estava ficando com calor.

— No momento só preciso de uma coisa que eu gosto. – Ele falou com seus olhos brilhando.

— E o que seria isso?

— Você.

Ele disse e me atirou na cama e veio por cima de mim me beijando. Seu olhar estava demonstrando puro desejo, e suas mãos eram ágeis em me apertar por todas as partes possíveis. Eu estava perdido e não sabia direito o que fazer. Até que, ele simplesmente me largou e sentou.

— Desculpa, Kurt. Eu não devia ter feito isso. – Ele falou de um jeito meio enrolado.

— Não precisa se desculpar. Se eu não quisesse, teria te parado. – Eu falei e ele arregalou os olhos. – Ok, você não esperava que eu dissesse isso.

— Kurt, eu preciso te perguntar uma coisa.

— Sim, eu sou virgem. – Eu falei óbvio.

— Não era isso. – Ele disse revirando os olhos de um jeito fofo.

— Então o que é?

— Você sabe como isso funciona? É só que, eu nunca tive esse tipo de relações com.. érr.. homens.. Você foi o primeiro garoto que eu beijei, então. – Ele se enrolou um pouco nas palavras.

— Sim, eu sei como é. Quer dizer, eu sei o que acontece, mas como é exatamente, não posso dizer. – Eu disse e acabamos rindo. – Estamos rindo por nervosismo?

— Provavelmente. – Ele disse ainda rindo e logo ficou sério. – Eu só quero que você tenha certeza do que quer. Não quero te pressionar a nada. – Ele disse calmo.

— Eu te amo. Precisa de mais que isso? – Eu falei me aproximando dele.

— Eu também te amo. E não, não precisa. – Ele falou e voltou a me beijar.

O clima não estava simplesmente quente, estava pegando fogo. Ele rapidamente tratou de tirar minha blusa e eu a dele. Quando estávamos quase que completamente sem roupa o meu celular começou a tocar.

Quando eu vi o número na tela, vi que era Sebastian. Um lado meu quis ignorar, mas, felizmente, meu lado que quis atender foi maior.

— Oi, Seb. Tudo bem? – Eu perguntei e Blaine revirou os olhos ao ver quem era.

“Kurt, você precisa ir até o hospital principal da cidade, Sebastian está internado e precisa de você.” – Meu pai falou e eu cheguei a cair no chão.

— Mas, o que aconteceu? – Eu perguntei ainda desnorteado.

“Filho, só vem para cá. Aqui eu te explico tudo.” – Ele disse e eu respondi um sim e desliguei.

— Blaine, desculpa, mas precisamos ir até o hospital. Sebastian está internado. – Eu falei juntando as roupas e tentando botar.

— Kurt, você está botando a minha roupa. – Ele disse e por mais que fosse uma cena engraçada, não era engraçado.

— Eu preciso chegar no hospital logo.

[...]

— Paaai! – Eu gritei no meio do hospital assim que avistei meu pai.

— Calma, filho. – Disse ele me abraçando.

— A última coisa que eu quero, é ficar calmo. O que houve com ele? Como ele está? O que está acontecendo? Me fala alguma coisa. – Eu disse chorando e completamente histérico.

— Eu não vou mentir para você. O estado dele é grave. Ele tentou se matar, ele perdeu muito sangue. Ele está em coma. Os médicos não sabem o que vem a seguir, mas sabem que provavelmente não é bom. – Ele disse e eu novamente caí.

— Amor, vem cá. – Disse Blaine me levantando e indo comigo até as poltronas.

— Blaine, por que ele tentou se matar? O que aconteceu? Antes de eu sair de casa ele estava bem. Quer dizer, bem não. Ultimamente ele nunca está bem, mas ele estava rindo com o filme que estava assistindo. Eu não entendo como isso pôde acontecer de uma forma tão rápida e avassaladora.

— Eu não sei, Kurt. Ele deve ter tido algum motivo. – Ele disse acariciando minhas costas e meu rosto.

— CLARO QUE ELE TEVE. E PROVAVELMENTE PRECISOU DE MIM, MAS EU SOU ESSE AMIGO INÚTIL QUE AO INVÉS DE FICAR AO LADO DO AMIGO QUE ESTÁ COM DEPRESSÃO, EU ESTAVA QUASE INDO PARA CAMA COM VOCÊ. – Eu gritei aquilo no hospital, me levantando.

— O que você estava fazendo? – Perguntou meu pai.

— Discurso depois, pai. – Eu disse meio ignorante, não por querer. – Sério que foi o Doutor Ralph que atendeu ele? Esse é o médico de Blaine. – Eu disse quando o homem se aproximou de nós.

— Boa noite. Eu vim aqui dar o diagnóstico do paciente. – Começou ele e observou a ficha que possuía em mãos. – O estado dele não está nada bom. Ele perdeu muito sangue, e já fizemos o necessário para ele o ter de volta. Ele precisa se recuperar. O coma é o maior problema. Não sabemos o que levou ele a entrar em coma, pois ele chegou acordado ao hospital, e aparentemente estava bem. Ele está cheio de curativos nos braços e com o rosto machucado, como se tivesse batido em algo. A última coisa que ele falou antes de desmaiar foi: “Eu preciso de Kurt aqui”. Então, seria uma boa se você fosse até lá vê-lo.

— Tudo bem. Eu vou.

— Tem certeza? – Perguntou Blaine.

— Sim. Ele precisa de mim. – Eu disse e acompanhei o Doutor até o quarto.

— Eu vou deixar vocês a sós. – Ele disse e se retirou.

Minha única vontade era chorar ao me aproximar da cama. Sebastian possuía milhares de curativos em seus braços. Seu rosto estava inchado e perto de seu olho direito ele possuía um corte meio profundo. Já perto do esquerdo, ele estava com um hematoma gigante, que ia até o lado de sua boca, que também estava cortada. Eu me aproximei mais e me sentei na cadeira que tinha ao lado da cama, perto da janela.

— Seb, eu sei que você está dormindo, mas eu sei que está vivo. Você precisa ser forte, você precisa viver. Você é muito novo para ir embora. Você tem que experimentar muitas coisas, errar muitas vezes e ser feliz. – Eu falei esperando uma resposta que não viria. – Eu estou me sentindo o pior amigo do mundo. O pior mesmo. Se existe o pior do pior, esse sou eu. Eu estava me divertindo enquanto você estava desse jeito.

Eu não consegui mais me controlar e acabei chorando escorado nele.

— Quando nos conhecemos, você era líder de vinte clubes da escola, era o garoto mais popular e todos sabiam seu nome. Já eu, era um aluno novato, cheio de problemas comigo mesmo, com dificuldade de fazer novas amizades. Você fez da minha vida escolar um verdadeiro inferno, mas eu sabia que você tinha algum motivo, e deveria ser muito bom, para me odiar. Quando eu falei com você e você me tratou bem pela primeira vez, foi como se eu enxergasse sua alma só de olhar nos seus olhos. E sabe o que eu vi? Dor. E eu só queria entender de onde vinha tanta dor. Até que, você me contou. E eu senti o que você sentia. Se observarmos o quanto amadurecemos nossos pensamentos, juntos, merecemos até um prêmio. Após começarmos a nos falar, eu me tornei o líder dos Warblers junto com você, nós até namoramos de brincadeira, criamos coragem para nos declarar para quem amamos, enfim, fizemos tanto juntos. Coisas que não teríamos feito separados. Ter você ao meu lado é como uma vitória para mim, e te perder agora não está nos meus planos, Seb. – Eu não conseguia parar de chorar nem um instante. – Sebastian, eu queria poder ter estado junto a você, eu não sei se eu poderia ter ajudado, mas eu poderia ter evitado que isso acontecesse, eu não sei. Eu só queria ter estado lá com você. Poder dizer algo bom. – Nesse momento o Doutor Ralph entrou no quarto.

— Eu sinto muito, mas você precisa sair agora. Ele precisa descansar. – Ele falou e aquilo me atacou, eu já estava perdendo o juízo. A última vez que fizeram isso eu não tive a oportunidade de me despedir da minha própria mãe.

— EU NÃO VOU SAIR DAQUI! – Eu gritei me segurando na cama. – ELE PRECISA DE MIM, ELE ME QUER AQUI, EU NÃO VOU SAIR. – Blaine veio para cima de mim tentar me tirar.

— Amor, nós precisamos sair. – Ele disse calmo.

— AMOR É O CARAMBA. E OUTRA, COMO VOCÊ CONSEGUE FICAR CALMO? ELE NÃO ESTÁ BEM, ELE PRECISA DE MIM. – Meus gritos e meu choro estavam se misturando, eu estava completamente sem controle.

— Kurt, me escuta. – Ele falou ainda calmo, mas eu não me controlei. – ELES PRECISAM FAZER ALGUNS EXAMES NELE. VOCÊ VAI PODER PASSAR A NOITE AQUI COM ELE, MAS ELE PRECISA FAZER ALGUNS EXAMES, E VOCÊ FICAR AQUI GRITANDO PERTO DELE NÃO VAI AJUDAR. – Ele disse perdendo a paciência e eu saí do quarto irritado.

Fui até as poltronas novamente, e me sentei apoiando os braços aos joelhos e botando as mãos na cabeça.

— Desculpa ter gritado com você. – Disse Blaine se sentando ao meu lado.

— Ele vai ficar bem, não vai? – Eu perguntei como uma criança inocente que acredita em papai Noel.

— Estamos todos torcendo para que sim. Ele é forte, ele vai conseguir.

[...]

— Pessoal, precisamos dar uma notícia meio chata. – Disse Blaine na sala do coral. Eu estava já chorando, meio que sem reação nenhuma.

Eu passei a noite inteira ao lado de Sebastian, sem nem piscar. Ele não está melhorando, pelo contrário, está piorando.

— Aposto que vocês querem anunciar o casamento de vocês. – Disse Carl e eu me levantei para falar.

— Sebastian está em coma. Os médicos não sabem se ele vai... – Eu não tive coragem de concluir minha frase.

Me sentei novamente e fiquei lá apenas sentado, esperando algo que não viria. Eu fiquei imaginando Sebastian entrar pela porta cantando alegre, com aquele belo sorriso. Mas, nada aconteceu.

— Em respeito a isso, eu falei com o novo diretor, e nós vamos ficar sem o coral até Sebastian voltar. Eu sei que tem gente aqui que realmente gosta dele, e que não está preparado para ficar sem ele sabendo do que está acontecendo. Eu falei também com o coordenador da competição. Ele disse que vão adiar em duas semanas a competição. – Disse Blaine.

— E se ele não voltar? – Perguntou John.

— Ele vai voltar. – Eu disse baixo, era mais para mim do que para os outros.

— Ei, Kurt. – Disse Carl sentando ao meu lado. – Eu posso ir lá ver ele?

— Agora você se preocupa? – Eu perguntei meio irritado, porém sem forças o suficiente para parecer irritado. – Todos que quiserem vê-lo é só falar comigo, eu mando as horas de visita para vocês. Só tem um detalhe, só podem entrar dois por vez. – Eu falei um pouco mais alto, para todos poderem me escutar. – E eu espero, de coração, que todos vocês visitem ele. Ele precisa de toda ajuda possível, e eu sei que muitos aqui não gostam dele, mas muitos gostam. Então, por favor.

Eu só queria o meu melhor amigo bem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Me digam ♥ Bjo ♥



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