Em Teu Olhar escrita por Helena Lourenço, Keh Lopes


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que goste ♥



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       Olhava Alice arrumar meu cabelo enquanto Rosalie fazia os retoques em minha maquiagem. Hoje eu me casaria, eu deveria está pulando de alegria, mas não, eu não estou animada e a ultima coisa que estou é feliz. Vejo Rosalie me olhar e desvio olhar, para ela eu não conseguiriam mentir também. Suspiro, lembrando quando nos reencontramos depois da batalha em Seattle.

   Percebo passos bem perto e fico nervosa, é um vampiro e pior de tudo, um Volturi. Lembro-me bem desse perfume, naquela quase guerra, e engulo em seco vendo Alec Volturi tirando seu capuz e me olhando.

— Olá, princesinha.

 — Por favor, não me mate... — murmuro apavorada. Ele aproxima-se. Mesmo com o jeito de galã, ele parecia receoso em se aproximar de mim. Com delicadeza e bem de vagar, ele levou sua mão ao meu rosto. Eu estava apavorada. Ele tocava em meu rosto, qualquer movimento errado e ele arranca meu pescoço.

 — Não te mataria nem se eu quisesse — disse ele — tão bela... — sussurrou mais para ele mesmo do que para mim”

 Sorrio boba com aquela lembrança. Rosalie pega minha mão e sorri triste, ela sabe que não estou feliz pelo motivo certo.

— O primeiro beijo de vocês também é encantador de se lembrar.                                    

— O que disse? — pergunto ainda um pouco apavorada, mas corada já que não sei lidar com elogios — eu...

    Rosalie solta minha mão. Só então noto que mostrei-lhe tudo o que pensava.

Alice, que não tinha notado ter saído, volta para o quarto, trazendo minha mãe com ela. Bella parecia realmente satisfeita. O sorriso estampado no rosto. O batom vermelho sangue que ela usava contrastava com a pele pálida, o vestido verde-água indo até seus pés com, acredite se quiser saltos pretos.
  Ela caminhou até mim, colocando seu queixo em meu ombro. Afasto-me um pouco dela e a mesma me olha sem entender.

— Vai... Vai amassar meu vestido.

 Eu amo a minha mãe, claro que amo, ela me deu a vida. Mas, hoje, ela é a ultima pessoa que quero conversa.

— Ela está certa, Bella — balbuciou Alice dentro do meu closet.

  — Prazer, Renesmee... Sou Alec Volturi — diz o mesmo sorrindo de lado bem perto de mim, arfo com isso corada.

— Oi... Você já sabe quem eu sou.

 Ele ri uma risada gostosa. Me pego rindo também.

— Sim, eu sei quem você é, Cullen.

 — Por favor, meu nome é Renesmee.

 — Renesmee — repete ele, sorrindo. — belo nome. O que significa?

Ele arqueia a sobrancelha, graciosamente. Meu Deus, que vampiro lindo... Não, pare Renesmee.

 — Na verdade, é só a junção dos nomes das minhas avós; Renée, minha avó humana; Esme, a esposa de Carlisle.

 — Esme, sim. — tira a mão do meu rosto — ela é uma boa pessoa.

  — Alô, Terra para Renesmee?

Alice estralava os dedos finos e ágeis na minha frente, trazendo-me para o mundo real novamente.

—Ah, oi Alice, poderiam me deixar um pouco sozinha? Apenas por 10 minutos.

  Contrariada, Alice acaba concordando e sai do quarto. Rosalie manda-me um olhar triste e compreensivo e deixa- me sozinha.
 Finalmente, colocando meus pensamentos em ordem. Não consigo guardar mais as lagrimas que descem.

  Uma semana que já encontro Alec escondido, e estamos encima do hotel olhando a rua embaixo com a lua como nossa única amiga e confidente. Alec brinca com uma mecha do meu cabelo, sorrindo.

— No que está pensando? — pergunto encarando seus olhos alaranjados. Nessa semana, Alec alimentara-se apenas de animais, o que fazia seus olhos ficar alaranjados.

— Em como você é maravilhosa — diz ele ainda em sotaque italiano e me olhando — acho que vou fazer algo que não devia.

  Ele, que estava quase deitado, senta-se e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— O que? — pergunto.

 Sem responder, ele inclina-se sob mim e delicadamente cola seus lábios gélidos e macios aos meus. Naquele dia, percebi que não poderia ficar longe dele.

 Coloco alguns dedos em meus lábios, lembrando daquele dia, cada momento. Reparo que estou fazendo a pior escolha da minha vida. Uma lagrima solitária escapa de meu olhos dourados, rapidamente a enxugo.

— Renesmee eu preciso dizer algo muito importante para você.

 — Eu também, Alec!

— Fale você primeiro então, pequena.

 — Eu irei casar... Desculpe Alec...

— Eu venho aqui dizer que estou apaixonado por você e você me fala isso? Olha agora quem não tem coração Renesmee.

 Ele levanta bruscamente, salta e corre em direção à floresta. Se Alec não fosse um vampiro, suspeito que ele estivesse chorando.

 As lembranças daquele dia ainda doem em meu coração.

  Olha agora quem não tem coração, Renesmee.  

 Ah, sinto tanto a falta dele...

— Renesmee.

   Edward está na soleira da porta, olhando-me. A não, ele viu.

— Pai, eu sei... Ele não é certo para mim, mas eu... Eu...

 Meu pai sorriu, tristemente e caminhou em minha direção.

 — Eu sei — ele disse — você o ama.

 — Com todo o meu coração.

— Então vá lá e diga que não vai casar, vai atrás de seu amor, Alice disse que ele esta naquele mesmo prédio, e Rosalie e Alice não o deixaram ir, fale obrigado para as duas, elas abriram meus olhos.

 — Não posso fazer isso, pai. — eu disse, virando-me para a janela. — por mais que eu o ame, não posso.

— Você vai sim Renesmee, não estraga sua felicidade, por culpa disso, Alec esta matando pior que um recém criado.

Aquilo me fez parar. Matando mais que um recém-criado? Ele está pondo o segredo da espécie em risco, Deus. O que Aro vai fazer com ele? Minha respiração acelerou, meu coração pulsava tão forte que eu o sentia sob a pele.

— Pai — o chamei, sussurrando. — ajude-me a sair daqui.

— Saia pela porta da frente e de cabeça erguida, tire esse vestido, você está parecendo à freira da sétima missa.

  Gargalhei para a fala de meu pai. Dei-lhe um abraço e corri para o closet, vestindo minha calça jeans e uma blusa de manga comprida e meu All Star. Olhei para meu pai uma ultima vez e segui para fora da casa.
 A decoração era linda, sem duvidas. Flores enfeitavam as árvores do jardim. Meses foram colocadas e o altar tinha um arco repleto de flores. O primeiro que vi foi Seth, que vinha em minha direção com uma cara de que não sabia o que estava acontecendo. Com o olhar o parei. Caminhava com passos firmes e a cabeça erguida, tendo noção dos olhares em mim.

— Renesmee! — minha mãe gritou, acho que ela só não corria normalmente por causa dos humanos —  onde está seu vestido? Ou você pensa que vai casar assim? Vamos, Jacob já está para descer.

— Eu vou atrás do amor da minha vida.

   Soltei meu braço do aperto de minha mãe e corri, corri o mais rápido que conseguia, pedindo a meu pai por pensamento que não a deixasse ir atrás de mim. Logo estou em Seattle entrando no prédio e correndo ate onde Alec estava parecendo transtornado.

 — Alec...

Alec estava sujo, com o cabelo bagunçado e com olheiras profundas dos olhos. Olhos não mais alaranjados. Aproximo-me dele meio receosa, o mesmo me olha com magoa e pouco me importo, com a manga da blusa limpo o canto de sua boca o livrando daquele sangue.

 — O que faz aqui? — pergunta, livrando meu toque — não devia esta casando agora?

— Preferi vim atrás de quem eu amo.

 Ele olhou para mim, os olhos vermelhos brilhando.

— Você me ama?

— Amo, amo e amo. — exclamei — por favor, para com essa loucura de ficar matando, estou me sentindo tão mal.

— Ah, minha pequenina!

   Ele me beijou, um beijo cheio de amor.

 — Venha — disse ele — vamos embora. Aqui qualquer um pode nós achar. Mas, eu ainda sou da guarda, então tenho que ficar em algum lugar na Itália.

— Estando com você, vou ate o pólo norte.

   Ele sorriu e voltou a me beijar.

                               ***

   O lugar lindo, um castelo ao norte do Castelo Volturi, perto de um penhasco.
 Alec guiava-me pelo lugar, mostrando cada pedacinho do nosso novo Lar.

              ***

      Alguns meses haviam se passado desde que Alec e eu nos encontramos. Quase infarto quando ele entra em nosso quarto e escondo o que tenho em mãos, atrás de meu próprio corpo.

—  o que você tem ai? — pergunta - aproximando-se de mim.

— Nada... Chegou cedo!

 — Aro me dispensou, agora deixa eu ver o que você tem ai.

— Han? O que tenho? Tenho nada.

 — Renesmee...
 
Olho para ele com as sobrancelhas arqueadas.

— Tudo bem

 Estendo uma caixinha para ele. Vejo-o sorrindo e fico um pouco menos tensa.

 — Isso é o que eu penso?
 
— É sim, papai.

Ele me abraça me erguendo do chão e me dando vários selinhos.

Podemos ter passados por varias coisas, mas no final, nosso amor foi maior que tudo. maior até que nosso próprio corpo, tanto é que criou mais uma vida. Hoje Sofia tem três anos, e aparenta ter 14. Ela é acara do pai em todos os sentidos, o cabelo os antigos olhos de Alec (que descobri por meio disto serem azuis).
 

  Depois de Sofia completar um ano, visitamos Forks.

   Sofia dormia em meu colo quando o avião pousou em Seattle. Alec a pegou no colo quando saímos. Pegamos nossas malas e fomos atrás de um taxi. Eu podia ouvir bem os múrmuros das pessoas. Algumas falavam duas crianças cuidando de uma criança. Outros falavam que éramos exemplos por cuidar de nossas filha. Alec apenas ria.

O taxi nos levou até a Mansão Cullen. Esme estava cuidando do jardim quando chegamos, e veio correndo me abraçar. Há como eu senti falta da minha avó. Deixei que lagrimas escorressem de meus olhos em quanto a abraçava.

Meu pai era o único que estava em casa, os outros estavam caçando. Assim que me viu, ele correu e me abraçou tão forte que quase me partiu ao meio. Alec estava com Sofia, que tinha acabado de acordar, na entrada, com Esme. Meu pai ficou encarando Alec, depois Sofia em seu colo. Ele parecia que ia lagrimejar a qualquer momento. Sofia estendeu seus braços para meu pai, que a pegou, emocionado.

 Quando minha mãe chegou, não olhou na minha cara, de inicio. Mas depois um ser chamando Sofia chegou perto dela, virou para mim e perguntou:

Vovó? — apontando para minha mãe.

 Minha mãe só faltou da pulos pela casa de tamanha felicidade. Depois disso, ela me abraçou, beijou, pediu perdão. E Jacob, bom, Jacob sofreu muito por minha causa, e acabou arrumando consolo com Leah e os dois acabaram gerando uma vida. Sim, Jacob e Leah te um filho, Luke de três anos.

Hoje, vivemos felizes e nossos clãs finalmente tiveram paz entre eles.
 Alec veio em minha direção, sorrindo com os olhos finalmente dourados brilhando. Ah, eu nunca vou cansar desse olhar. O olhar que me faz amar tanto esse homem. O meu olhar.

Ele me beijou, e disse:

— Eu sempre vou te amar!


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Notas finais do capítulo



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