Trocando Passados escrita por Ginnyweas


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, guyssss!!!
Esta é minha segunda short, a primeira Romione e também a primeira inspirada em um filme. Eu literalmente AMO About Time, e queria muito imaginá-lo como Ron de Tim e a Mione de Mary, então cá estou eu escrevendo! haha
A short terá dez capítulos que serão programados para serem postados a cada dez dias, então aproveitem!
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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Sempre fomos uma família BEM esquisita, começando por mim. O mais alto, cheio de sardas, desengonçado, tímido e absurdamente ruivo.

Minha mãe. Sempre fora um amor de pessoa, ela era apaixonada pelo seu jardim e tinha a mania de associar pessoas a flores. A minha por exemplo, eram as rosas. Segundo ela significava que eu era uma pessoa admirável e caridosa, ok, talvez para inflar meu ego eu acreditava nessa parte, mas quando ela dizia que também significava que eu viveria um amor intenso, cheio de paixão e que desejaria até mesmo me casar futuramente eu só podia pensar que aquilo era uma lorota! Afinal, quem é que iria querer um bobão como eu?

Meu pai. Ele é o cara! Se aposentou assim que fez cinquenta anos e parou de lecionar na universidade. Ele era professor de matemática, talvez seja por isso que sempre estava organizado com as coisas e o tempo. Ele era extraordinariamente pontual, e sempre me disse que se eu quisesse ser um bom advogado eu teria que ser também.

Meus seis irmãos. Sim, seis. Meus pais tiveram sete filhos e eu era o sexto nessa contagem. Depois de Gui que era o mais velho, todos nós outros fomos tentativas falhas de uma menina. Mamãe não gostava que disséssemos isso, mas sabíamos que era a verdade, mas também sabíamos que isso não diminuía em nada o amor que ela tinha por todos nós. Mas isso é um tormento para Gina, a sétima, última e única menina da linhada. Além do papai ela tem seis outros marmanjos que não a deixam pensar em ter algum namoradinho, e se depender de mim ela terá um só depois dos trinta! De todos os meus irmãos ela é a que sou mais próximo, e sei que quando precisa de ajuda também é a mim que ela recorre primeiro.

Bem, está é minha família e eu sou Ronald Weasley. O garoto que sempre abotoa a camisa até o último botão e o que acaba de fazer isso agora, também o garoto que não se importa de estar colocando um amassado blazer preto na noite de ano novo. Afinal, não sou muito supersticioso e também não quero ser mais uma pessoa comum como tantas outras vestidas de branco. Pra mim parecem todas bonecos de neve!

— Está pronto, maninho? — minha irmã abriu a porta do quarto repentinamente, CARAMBA! Eu já não disse que era pra bater?

— Estou sim, Ginny. — disse decepcionado por nunca darem atenção ao que digo.

— Então vamos! — ela me puxou pela mão me levando para fora do quarto.

Eu ODIAVA as festas de ano novo, e para minha grande sorte meus pais sempre ofereciam nossa casa — que eles apelidaram carinhosamente como “A Toca” — para receberem nossos parentes e amigos. Eu amo minha família, mas a grande parte de nossos parentes são uma chatice! Principalmente a tia Muriel. Ela é a pessoa mais chata e insuportável que eu conheço.

Senti minha irmã soltar minha mão já quando estávamos lá embaixo no meio da multidão. A observei se distanciar de mim, ela era mais um pontinho branco no meio de dezenas de outros pontinhos brancos. Sua cabeleira ruiva a destacavam, juntamente com a coroa de flores que estava usando também. Pra mim ela era a garota mais bonita que eu já vira, e também era como uma joia preciosa que eu sentia o dever de cuidar.

Peguei uma lata de cerveja e a abri, encostei-me em uma parede e fiquei lá enquanto todos se divertiam. Eu não tinha muitos amigos... Aliás, eu tinha um só e seu nome era Draco Malfoy. Mesmo que eu o convidasse para a festa seria inútil, pois ele nunca viria. Sua família é cheia da grana e sempre viaja nessa época, não que fossemos pobres. Poderíamos ser considerados até mesmo “muito bens de vida”, mas mamãe achava que esta data tinha que ser comemorada com a família e até ficou maluca quando viajei com a família Malfoy num ano com a autorização do papai.

Então fiquei esperando a virada do ano ali sozinho. Sozinho em meio a tantas outras pessoas, mas era assim que eu preferia.

 

(...)

 

Na manhã seguinte eu acordei de ressaca com Gina pulando em cima de mim, — que bela maneira de se acordar no primeiro dia do ano! — ela dizia que nosso pai queria falar comigo. A muito contragosto eu me levantei e me arrastei até o banheiro para tomar um banho gelado, assim que terminei me troquei colocando uma roupa confortável e fui até onde sabia que meu pai estaria. Em seu escritório.

— Pai? O senhor quer falar comigo? — eu perguntei assim que entrei no escritório do meu pai depois de ter batido na porta e ele ter me dado à permissão para entrar. Sim, eu batia na porta.

— Sim, meu filho. Por favor, sente-se. — ele pediu e eu me sentei no sofá do escritório — Tenho uma coisa pra te contar. — ele andava de um lado para o outro.

— O senhor me parece nervoso... Aconteceu alguma coisa?

— Sim, aconteceu... Mas não agora. Na verdade foi agora, quer dizer foi sempre!

— Pai, você pode se acalmar um pouco? — pedi assustado.

— Ok! — ele respirou fundo e sentou-se ao meu lado, me encarando de uma maneira estranha... Meu pai estava ficando maluco? — Nós podemos viajar no tempo. — Ok, ele estava definitivamente maluco!

— O quê?

— Nós podemos viajar no tempo. Quer dizer, não em todo o tempo. Podemos voltar ao passado, mas não podemos ir ao futuro... Mais ainda assim viajamos no tempo.

— Pai, o senhor está bem? Tomou alguma coisa? Está bêbado? Dopado? Pai, o senhor está usando drogas? — perguntei exasperado. Meu pai sempre disse que fora contra as drogas, por que é que agora ele estaria fazendo isso?

— Não, meu filho! Acredite em mim... Dificilmente isso acontece, mas na nossa família a cada cem anos um homem de nossa família pode viajar no tempo. O que é bem estranho, porque por três gerações seguidas isso vem acontecendo. Depois de seu avô teríamos que esperar mais cem anos, porém eu nasci com esse dom também e pensei que nenhum dos meus filhos poderia também... Mas você pode Ronald, eu sei só de olhar pra você. — agora ele se aproximara muito de mim e eu me afastei constrangido.

— Ok, papai espere aqui. Vou chamar a mamãe para levarmos o senhor ao hospital...

— RONALD ME ESCUTE! — ele gritou me puxando assim que eu ousei me levantar e senti uma dor aguda nos ouvidos. Precisava gritar tão alto assim, pai? — Você precisa acreditar em mim, você também pode viajar no tempo.

— Pai, isso é impossível.

— Não é não.

— É claro que é.

— Não, não é.

— Pai, é claro que é...

— NÃO É, RONALD! — será que o senhor pode parar de gritar?

— Tudo bem, tudo bem. Digamos que se fosse possível, porque obviamente não é. Como faríamos isso? O senhor já fez? — agora eu tinha o encurralado, ele não teria como inventar nada para aquilo.

— É claro que já fiz. Eu faço o tempo todo! Você só precisa ir a um lugar fechado e escuro, fechar os olhos e os punhos, então você imagina o mais claramente possível a data que você deseja reviver então voilá! Você está lá.

— Isso não é possível. Você está querendo me dizer que se eu entrar no meu guarda-roupa e fechar os olhos eu chegarei em Nárnia?!

— Não em Nárnia, mas o guarda-roupa é um bom lugar para fazer a viagem. — ele disse pensativo e aquilo me irritou.

— Pai, você está louco! — disse me levantando.

— Prove! — ele se levantou também — Vá até seu guarda-roupa, faça o que eu disse. Se você ainda estiver na manhã de hoje com essa ressaca horrível depois de ter enchido a cara na festa de ontem, eu estarei louco... Mas, se estiver em qualquer outro lugar, você terá que admitir que isso é possível.

— Pois eu farei isso mesmo, e é melhor já ir separando seus documentos viu mocinho? — Ok, agora eu estava parecendo meu pai — Porque assim que eu voltar eu levarei o senhor ao hospital! — sai irritado do escritório.

Não devia ter gritado com meu pai, mas não queria aceitar que ele estava ficando maluco. Fiquei tão decepcionado com a situação que de repente me vi dentro do meu próprio quarto encarando meu guarda-roupa, não queria meu pai doente, não mesmo, mas sabia que se eu não fizesse o que ele tinha pedido ele não aceitaria ir comigo a nenhum consultório médico.

Então abri a porta do guarda-roupa e afastei as minhas camisas que estavam penduradas em seus cabides e entrei no móvel fechando a porta atrás de mim, naquele momento percebi o quanto é horrível ser muito alto, pois eu estava todo contorcido dentro daquela grande caixa de madeira e passei a rir daquela cena bizarra. Fechei os olhos e os punhos e senti uma leve brisa do vento acariciar meu rosto, ouvi Gina chamando por mim e resolvi acabar com aquela palhaçada e saí do guarda-roupa e ela se assustou com a cena.

— O que você estava fazendo aí dentro? — ela perguntou cruzando os braços.

— Ah... Bem... Eu estava...

— Ah, deixe pra lá! Vamos! — ela disse me puxando para fora do quarto.

Eu ouvi a música alta e o barulho das pessoas lá embaixo, percebi que eu estava com meu blazer preto e a blusa abotoada até o ultimo botão próximo ao meu pescoço. Enquanto ela me puxava eu observei minha irmã sem acreditar no que acontecia. Ela estava com seu vestido branco, a cabeleira ruiva solta e sua coroa de flores. Exatamente como na noite de ano novo.


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Notas finais do capítulo

Os capítulos são narrados pelo Rony, então estou me aventurando na escrita em 1ª pessoa. Espero que gostem!
Esta foi só a primeira viagem dele, veremos como serão as próximas!
Mereço reviews?
Beijinhos e até o próximo ❤️