Rules escrita por Eponine


Capítulo 1
Capítulo Único




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Celie olhou para toda a sala de estar, constrangida.

Ela continuou mordendo os cantos de sua boca, tendo um ataque cardíaco silencioso. Harry limpou a garganta, fingindo estar muito interessado na fumaça que saía de seu chá. Odiou Ginny com todas as suas forças por achar que aquela sexta feira, aquela sexta em especifico, era uma boa ideia para ela sair com seus amigos, deixando para Harry a função de conhecer a famosa Celie Glover.

O homem bateu seus olhos rapidamente na garotinha sentada no sofá e voltou a olhar seu chá, surtando internamente. Ela era o ser mais adorável que ele já viu na vida. Era tão pequena e magricela que se passava facilmente por uma criança, mal parecia ter seus dezesseis. Ela era careca, mas alguns fios crespos brotavam de sua cabeça. Era semelhante a um garotinho, mas havia nela uma doçura que era incopiável.

Ela pareceu desesperada quando tomou um grande gole de seu chá, assentindo.

— Está muito b-b-bom, senhor... Potter... — ela sorriu para seus joelhos, ainda sem olhá-lo. Harry implorou para todos os seres mágicos para que Lily voltasse logo do maldito banheiro.

— Obrigada... Celie. — ele sorriu, tomando seu chá, desesperando-se internamente. — Você pode me chamar de Harry.

— Ok... Digo, sim, eu vou... Harry... É... — ela riu, nervosa, colocando seu chá sob a mesinha de centro, apertando as mãos. — Uau, ela realmente deve ter segurado o xixi.

Harry parou de tomar o chá, olhando conteúdo amarelado de sua xícara.

— Oh... Desculpe, eu... Perdão. — Celie parecia congelada no sofá. — Eu sou uma mal educada, perdão.

— Não foi nada... — Harry pousou sua xícara sob a mesinha, indo mais para a ponta do sofá, preparando-se. — Bem, Celie, eu gostaria de aproveitar a ausência de Lily para conversar com você.

— Ok. — os dois se fitaram e Harry quis chorar: Ele não tinha coragem de dar uma chamada em uma garota! Como ele ia alterar seus avisos rígidos e ameaçadores para uma garota de um metro e meio com um sorriso tão... O homem coçou a nuca, frustrado.

— Bem, já que o namoro de vocês é sério, eu gostaria que... — o homem uniu as sobrancelhas para Celie, tentando ignorar seus grandes olhos escuros, ela parecia ser tão boazinha... Semicerrou os olhos, achando que deveria talvez ameaçar Lily a não quebrar o coração de Celie. Merlin, seria tão mais fácil se ela tivesse um metro e oitenta!, pensou o homem, atordoado.

A garota sorriu, parecendo dar um sorriso confidente para Harry, o entendendo, ela esticou-se como se quisesse conferir o corredor, ver se Lily estava chegando, então também arrastou-se até a ponta do sofá, apoiando seus cotovelos nas pernas, assim como Harry.

— O senhor quer dar... O aviso... — ela deu um risinho, juntando as mãos. — Pode ir em frente, senhor Potter.

Harry acabou rindo, nervoso.

— Não consigo. Eu pedi para que Ginny me substituísse, ela foi boa em assustar a namorada de Albus. — Celie gargalhou. — Acho que Lily me poupou deste papel horrível de pai autoritário.

— Mas isso não é ser autoritário... É colocar as cartas na mesa! — Celie deu de ombros, ainda sorrindo. — O que o senhor estava planejando falar para o suposto cara que viesse em sua casa um dia?

Harry olhou para Celie, completamente encantado.

— Bem, eu ia dizer que... — ele olhou Celie seriamente. — Que Lílian é a coisa mais preciosa que tenho. E que essa história de que favoritismo não existe é mentira... Eu sou... — Harry riu, como se confessasse um crime. — Enlouquecido por Lílian... — ele sentiu uma emoção cair sobre ele quando seus olhos lacrimejaram. — E eu seria capaz de cometer um assassinato caso alguém se ousasse machucá-la. Ela é muito inteligente, muito dócil, e muito mimada e eu não sinto culpa em tê-la criado como uma princesa, então...

O homem ajustou seus óculos, olhando Celie, profundamente sério.

— Bem, acho que você sabe que está namorando a filha de Harry Potter, e se você machucá-la, eu garanto que existem mais Weasleys do que parece. E além disso, você vai ter que lidar com as outras pessoas que a adoram. Então, bem, as notas dela devem continuar como estão e você não pode passar a noite aqui e nem aparecer depois das dez, o mesmo vale quando ela estiver na sua casa. Fui claro?

Celie assentiu, parecendo digerir tudo que escutara. Harry também assentiu, tirando a casa inteira de suas costas. Temeu ter sido muito duro, mas depois que vira Ginevra quase grudar seu rosto no da namorada de Albus, sibilando coisas e o terror no rosto da menina, ele talvez tenha se saído bem.

— Posso?

Ele uniu as sobrancelhas.

— Sim, Celie...

— Eu amo a sua filha, senhor Potter. E ela também é minha primeira namorada. — Celile apertou as mãos, nervosa. — E eu sei que estou com a princesa Potter, e Merlin, é complicado as vezes fazê-la entender que não tenho dinheiro para passar um fim de semana em Paris!

Harry riu, maneando a cabeça negativamente.

— Mas eu realmente gosto e respeito Lily e o senhor não pode me detestar, porque o senhor é o super-herói dela, ela fala do senhor o tempo inteiro, bem, isso é redundante, quem não fala do senhor o tempo inteiro? — riu Celie, deixando Harry mais encantado e terrivelmente arrependido de ter dado seu aviso. Aquela garota era um anjo! Ela nunca machucaria sua filha! Na verdade, ele ia conversar com Lily, conhecendo bem sua cria, era mais provável que ela vá ser a vilã daquele relacionamento...

— Eu fiz chocolate quente! — Lílian apareceu com sua xícara e Harry observou a filha se sentar ao lado da namorada. O homem olhou o casal, ferido por perder sua pequenininha, mas com a leve sensação de segurança ao ver a forma como Celie olhava Lily. Sorriu levemente para a conversa das duas, que pareciam ter uma língua única, cheia de trocadilhos e piadas internas. Pegou sua xícara e levantou-se, saindo da Sala de Estar, satisfeito.

Cumpriu o seu papel.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem...

Beijos ♥