Wherever you will go escrita por LunnaLay


Capítulo 5
Capítulo 5 - Especial - Um último adeus


Notas iniciais do capítulo

~ Como assim Lunna, você fica duas semanas sem postar depois de jogar uma bomba em todo mundo? ~ Desculpa gente linda x.x é que eu fiquei meio viciadinha em um game que eu baixei :~ gomenasai.



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Eu estava feliz, ela havia aceito meu convite. Finalmente eu poderia começar a preparar o terreno pra contar para ela quem eu realmente era. Decidi visitá-la, não me contive, eu admito, mas era inevitável. Marinette virava minha cabeça e de uns dias pra cá eu não estava mais vendo Ladybug como sempre. Meus pensamentos agora tinham outra dona, meu íntimo gato noturno queria somente Marinette.

Dei um pedaço grande de queijo ao Plagg para que assim ele não reclamasse, e me transformei em quem eu era, verdadeiramente. Saltei entre os prédios e logo cheguei à casa da minha deliciosa e apaixonante Dupain-Cheng.

Desci até sua varanda e me deixei espiar pela janela. Ela cantarolava enquanto se equilibrava em uma das pernas, e rodopiava, quase caía e assim retomava seu equilíbrio. Dava pequenos passos e soltava algumas gargalhadas, fiquei ali por alguns minutos. Finalmente decidi entrar para sonda-la e saber se o motivo da alegria se chamava Adrien.

 

— Quanta felicidade. Quase não consegui conter minha risada quando a vi cair no chão, de susto. Levei uma mão a frente da boca. Logo a vi levantar e bem brava. Ela bateu o pé com força no chão e me olhou com uma cara... mas ela não deixava de ser fofa de nenhuma maneira.

— Por que você está no meu quarto, virou um gatuno agora? Dessa vez, não me contive, sua indignação era evidente. Soltei uma risada gostosa e cheguei mais perto da moça. A fiz dançar, como fazia anteriormente, rodopiando-a.

— Só estava de passagem e vim ver o motivo da sua alegria, my princess. Era mentira, eu estava ali para espia-la. Eu realmente era um safado.

— Pois não tem nada a ver com você. Ainda em meus braços, me coloquei atrás dela, fazendo nossos movimentos ficarem sincronizados. - Ah! Sentia-a estremecer e levei meus lábios até sua pele alva e totalmente convidativa, seu cheiro inundou minha narinas e meu corpo já estava dando sinais ativos.

— Seu gosto é maravilhoso, princesa. Realmente, ela tinha um gosto doce, quase como de morangos e chocolate.

 

Ela estremeceu novamente e soltei-a, para que assim se sentisse mais confortável. Infelizmente se afastou de mim e me encarou intensamente. Seus olhos azuis faziam meu peito arder, seus lábios, sua pele, sua voz. Eu estava mesmo apaixonado por aquela garota. Sua bochechas ruborizadas me fizeram querer jogá-la na cama e tomá-la para mim, ali mesmo.

 

— O que pensa que está fazendo? Você não pode fazer isso ! A indignação novamente estava nítida seu olhar, mas isso não me intimidou. A observei levar os dedos até onde recentemente meus lábios estavam.

— Você gostou, pela sua carinha. Me aproximei novamente de minha dama, eu a queria. Queria beijá-la, mordê-la. Ama-la. Ela tentou se afastar, mas, com seu desajeito, caiu sobre sua espreguiçadeira, que por alguns segundos, imaginei-a personalizando. Mas tais pensamentos sumiram de minha mente quando olhei novamente em seu rosto e sua expressão... Ah, aquela expressão.

— Não pense que eu gostei disso, seu gato indecente! E não fique achando que você pode vir aqui na minha casa e me tratar como todas as outras garotas que você visita por ai !

— Eu não visito mais ninguém Marinette. Estava extasiado por ela. Me abaixei e a deixei presa entre mim e o encosto onde estava. Ela abaixou os olhos, mas eu não poderia deixar de ver seus traços delicados e aquelas expressões que ela fazia quando eu a tocava. Levei meu rabo até seu queixo e o ergui, fazendo-a me encarar. Sorri satisfeito. - E não sei porquê estou te visitando também. Normalmente eu não faço este tipo de coisa. Desci meus olhos aos seus lábios rosados. Ah, como eu queria beijá-la.

— Q- o que quer dizer com isso? Ela tentou se afastar, se debatendo um pouco, mas logo desistiu, observei sua bochecha por alguns segundos, já que ela havia se virado novamente de mim.

— Admito que menti. Mordi meu lábio, fitando seu pescoço novamente. Aquela pele pedia pra ser marcada por mim. Praticamente me implorava.

— Mentiu? Ela me encarou novamente e eu estava sentindo meus instintos masculinos gritando dentro de minhas roupas.

— Eu já te observava antes. E aproveitei o dia que te achei desprotegida, para poder chegar mais perto de você. Aproximei meu nariz de seu pescoço tão cobiçado pelos meus dentes e minhas narinas inundaram-se com seu cheiro maravilhoso.

 

Ouvi-a suspirar e me afastei um pouco.

 

— Pois é um aproveitador, Sr. Noir. Ela ruborizou novamente. Senti uma alegria tomar-me enquanto ela tentava esconder sua vergonha.

— Não posso evitar Srta. Dupain-Cheng. Eu já estava quase descontrolado. Seus lábios gritavam para serem beijados. Por que ela ainda resistia?

— Por que está fazendo isso?

— Já disse, não posso evitar. Meu corpo te quer, princesa. E meu coração também. Apesar de nunca concordarem em nada. Olhei em seus olhos e resolvi falar a verdade que estava em meu coração - Depois que Ladybug não correspondeu meu amor, eu.. fiquei muito confuso, sobre as mulheres. Meu peito ardia, eu queria que entendesse como me sentia em relação a ela, e que ela era única em minha vida. - Foi aí que te vi Marinette. E não sei também por que, mas...

— Você está iludido. Está carente e por isso está aqui. Por favor, não faça isso. Senti um frio na barriga quando ouvi-a dizer isto, ela estava me negando. Uma ponta de desespero tomou meu corpo e mente.

— Não pense assim princesa, por favor. Me afastei dela e tentei me retratar, porém, estava triste por sua reação. Me sentia horrível. - Talvez a ilusão seja minha paixão por Ladybug. Queria que ela entendesse que Ladybug não era mais a dona dos meus sentimentos.

— Faz ideia do que está falando? Você ao menos sabe o que sente Chat? Está somente querendo apagar a Ladybug dos seus pensamentos, usando a Marinette aqui, como borracha. Fiquei surpreso. Eu realmente estava fazendo ela se sentir assim? Quão desprezível eu poderia ser? Tentei buscar conforto em seus olhos novamente, mas só encontrei rejeição. Me levantei, relutante.

 

— Se pensa assim, irei embora.

— Não penso, mas é a verdade Chat ! Você só esta carente, e se eu caísse nessa conversa, talvez até me machucasse. Ela se encolheu, e tive plena certeza que eu estava fazendo-a sofrer com aquilo tudo. Eu era um merda.

— Me desculpe princesa. Me afastei dela, indo na direção da janela. Lhe dei uma última olhada - Adeus. Saltei para fora e fugi, sem rumo.

 

 

Saltei pelos prédios, meu coração estava acelerado. Pensamentos invadiam a minha mente sem minha permissão e senti um aperto no peito. Sem que me desse conta, já estava em meu quarto. De-transformei e caí sobre minha cama.

 

— Adrien? Plagg encostou-se em minha bochecha, com um olhar um tanto preocupado.

— Plagg, eu estraguei tudo. Senti o tecido abaixo de meu rosto umidecendo-se.

— Por que não tenta conversar com ela como Adrien? Talvez ela esteja te rejeitando como Chat Noir, mas..

— Por favor, não quero falar sobre isto... Não agora. Levantei-me e me dirigi até minha banheira, para um longo banho quente.

 

Não vi sinais de Plagg quando saí dali. Não queria conversar e agradeci mentalmente por ele entender isso. Deitei-me no chão e adormeci ali mesmo.

 

 

Abri meus olhos, minha noite tinha sido horrível. Me senti dolorido e cansado, não deveria ter dormido no chão de qualquer forma. Fiz minha higiene matinal e olhei no relógio. 06:47.

Continuei em meu quarto, apesar das batidas de Natalie, pedi para ficar sozinho, disse a ela que estava indisposto para qualquer coisa durante aquele fatídico dia. Não senti fome, nem sede. Minha garganta mantinha-se úmida devido a minha facilidade de choro ao pensar em meu fascínio.

09:13. Como eu poderia encarar Marinette dessa forma? Me sentindo um lixo assim. Fui rejeitado. Novamente. Mas ela tinha total direito de fazê-lo. Eu tinha que desmarcar. Eu precisava, não tinha condições de vê-la. Eu ia acabar chorando ou falando alguma besteira. Rastejei até minha cama procurando meu celular. Digitei e apaguei a mensagem várias vezes, não sabia como fazer isto. Sem magoá-la. Apesar de que talvez ela não sinta nada por mim, mas... tentei novamente e até que não saiu tão ruim assim.

 

Mari, me desculpe mas hoje acordei indisposto. Tive uma conversa não muito boa com alguém importante ontem e... não sei se vou ter cabeça para sair de casa hoje. Podemos marcar de sair outro dia, mas se eu melhorar eu te aviso.”

 

Suspirei e joguei meu celular ao canto. Deitei-me sobre minha cama e tentei adormecer novamente.

 

 

13:38. O tempo já passava sem que me desse conta. Fiquei observando o céu pela minha janela, a forma das nuvens e o rosto de Marinette. Percebi como ela era parecida com Ladybug. Afastei estes pensamentos quando meu celular tocou. Era ela. Sentei-me ligeiramente e fiquei encarando-o. Por que?

Eu não havia atendido e logo vi uma mensagem de voz. Eu queria ouvi-la. Queria saber o que dizia ali. Mas me segurei. Eu não devia me aproximar mais dela dessa forma. Era errado. Ela mesmo me disse, que eu estava apenas usando-a como uma borracha. Seria mesmo verdade isto?

Tentei me entreter em meu computador, e dei um pouco de atenção ao Plagg, felizmente ele não tocou no assunto Ladybug Marinette. Várias vezes, durante várias horas, encarei meu celular ao lado, sem coragem de ouvir aquela mensagem. Até que me dei por vencido. Ouvir sua voz fez meu coração derreter-se.

 

A- ah, oi. É....sou eu, Marinette. E- estava pensando, se quiser.. erm... conversar... Se quiser conversar eu posso te ouvir. E- eu... me desculpe... eu só achei que...”

 

Ela parecia diferente, mais do que o normal. Parecia preocupada. Senti meu corpo inteiro amolecer e desabei em lágrimas. Não que eu seja alguém fraco emocionalmente mas, ela havia se tornado meu ponto fraco. Eu precisava vê-la. Chamei Plagg e saltei entre os prédios iluminados pelo crepúsculo, em busca de ver seus olhos novamente.

Parei na sacada de um apartamento abandonado quase em frente ao seu quarto. Escondi-me entre algumas cortinas quando a vi, pela janela. Peguei meu celular e pensei em responder, mas o que? Alguma coisa para que ela não se preocupasse e pensasse tanto em mim, a ponto de ligar-me ao meu alter ego.

 

Obrigado pela intenção Mari, mas não posso pedir sua ajuda para isso. É algo que não posso resolver sozinho também. Não posso forçar, só me resta ser paciente. Queria poder te contar, mas não posso. Me desculpe pelo bolo de hoje.”

 

Levantei meus olhos e a vi. Ela deitou-se no chão e ficou olhando para o céu, onde direcionei meus olhos e imediatamente a cor me lembrou dela, apesar de estar quase em minha frente. Estava apinhado de estrelas, lindo, como seus belos olhos brilhantes.

Me precipitei e saltei em sua direção silenciosamente, me escondi atrás da aba de uma tela de costura que ela mantinha ali - como um quadro, onde poderia testar e costurar o que quisesse - porém, devo ter feito algum ruído. Ela se sentou imediatamente, olhando em minha direção. Tentei me esconder o máximo possível, e ouvi seu suspiro de desapontamento. Ela esperava me ver? Ou esperava alguém? Mas quem, além de mim?

Ela se levantou e adentrou à casa, continuei observando. Vi deitar e vi dormir. Não sei quanto tempo se passou até que isto acontecesse, mas não consegui me segurar, tive que entrar em seu quarto novamente. Um último adeus.

Aproximei-me de sua cama e seu rosto, seu belo rosto, estava com uma expressão de tristeza. Eu ainda estava deixando-a assim? Acariciei sua bochecha e seus lábios, para depositar um beijo ali. Passei meus dedos pelo seu pescoço e deixei seu cheiro doce inundar minhas narinas. Aproximei meus lábios de sua orelha, torcendo para que em seus sonhos, quaisquer que sejam, ela ouvisse minha voz.

 

— Não sou mentiroso. Realmente te amo. Me desculpe por ser tão descuidado.

 

Beijei sua bochecha e me retirei dali, sem olhar para trás.

 


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Notas finais do capítulo

Então gente o/ vocês gostaram da PoV's do Adrien Noir? Eu amei escrever isso, apesar de eu ter demorado para dedéu ~run

Não se preocupem, ainda não acabou. Reviravoltas acontecerão !

~ Deixem comentários, pode ser me xingando pela demora x.x o