Wherever you will go escrita por LunnaLay


Capítulo 3
Capítulo 3 - Gosto




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— LadyBug! Cuidado! Chat Noir me avisara aflitamente.

— Tsc. Calma gatinho, ainda será a sua vez! AntiBug apertava o fio de seu iô-iô em volta na volta do meu pobre Chatton.

— Acho melhor você se concentrar em mim, CópiaBug. Bufei e joguei meu iô-iô para cima. - Lucky Charm. Em minha mãos, caiu um cachecol, olhei para Chat com uma confusão interna. Que diabos?

— Um cachecol? Hahahaha, você além de perdedora é fora de moda LadyBug!

 

Enquanto ela se vangloriava e andava de um lado para o outro falando asneiras, tentei olhar em volta e descobrir o que poderia ser útil a mim. Percebi uma janela na cobertura, acima de nós na galeria, e logo depois, um extintor de incêndio ao meu lado. Sorri de canto e o fiz.

Chutei o extintor para perto da loira e joguei meu iô-iô para abrir a janela, para que o reflexo solar batesse nos seus olhos, Aproveitei que ela cobriu os olhos com um dos braços e saltei sobre o espaço que nos separava. Joguei o cachecol em seu rosto e parei em pé atrás dela. Aproveitei sua distração e arranquei os brincos de suas orelhas. Joguei no chão e pisei em cima, como da última vez.

Observei a pequena borboleta negra voando.

 

— Você tentou fazer o mal, pequeno Akuma. Passei meu dedo indicador sobre o iô-iô, lancei na sua direção. - Eu te liberto do mal! Puxei de volta e nesse instante dei uma olhadinha para AntiBug, que parecia desesperada. - Te peguei! Toquei no objeto circular e ele abriu, soltando uma linda borboleta branca. - Bye bye, pretty papillon. Joguei meu macio artefato para cima. - Miraculous LadyBug!

 

Ajudei Chat Noir a se recompor e contei à Chloé o que havia acontecido, ela ficou totalmente histérica quando me viu, tentei contornar a situação, pedindo um help para o Chatton.

 

— Sério, queria muito visitar sua casa Chloé, mas eu e Chat temos um compromisso, não é verdade Chatton ?

— T- temos? Chat, dá uma ajudinha, vai.

— Sim! Temos. Segurei a cntura dele e lancei meu iô-iô, saindo o mais rápido dali. Parei sobre um prédio qualquer, sendo banhada com a luz do alvorecer.

— My Lady, que tipo de compromisso é esse que vamos ter? Finalmente vai aceitar o meu amor? Ele se aproximou e beijou minha mão, apesar de tudo, parecia um tanto nervoso, lembrei da noite passada quando estava em meu quarto e...

— N- não é nada Chat, só queria me livrar daquela doida.... Senti meu rosto corar e ouvi meus brincos apitarem novamente. - Tenho que ir, e amanhã tenho que cuidar da lo-

 

Chat levantou suas orelhinhas de imediato. Parei de falar instantaneamente e fiquei olhando pro rosto dele. Quase. Quase falei que “tenho que cuidar da loja”, e digamos que iria reduzir bastante a estatística de pessoas que precisam cuidar de uma loja no sábado de manhã. Abri minha boca para tentar falar algo e olhei para os lados, puxei meu iô-iô e fugi o mais rápido possível.

Idiota, idiota. Era tudo que eu conseguia pensar enquanto ia o mais rápido para casa. Dei um último salto e caí na varanda, já de-transformada.

 

— Marinette, sorte sua que o Chat é meio lerdinho.

— Tikki, eu acho que não vai demorar muito para que ele acabe descobrindo. Eu sou muito idiota. Preciso me distrair antes que eu tenha um ataque!

— Calma Mari, antes disso, relaxe, se distraia um pouco, e tome um banho quente. Eu estou exausta, acho que vou descansar.

— Tudo bem Tikki... Segui o conselho dela, sentei-me em meu computador e fui fazer uns deveres de casa.

 

Tomei um banho após terminar minhas tarefas e me joguei na cama, só aí percebi que meu celular estava lá também, e tinham... 3 ligações perdidas. Do Adrien. Entrei em pânico. Como assim não vi que ele havia me ligado? Soltei um grito desesperado e acabei acordando a Tikki, que reclamou de cima de uma camiseta minha, dentro do meu guarda-roupas. Fiquei olhando meu celular, incrédula, aquela informação estava errada. Adrien me ligou, e não só me ligou, me ligou três vezes! T R Ê S. Ah não, eu tinha que ligar para ele de volta.

 

— Vou ligar Tikki.

— Ligar para quem Marinette? Tikki se já se encontrava deitada em cima de minhas pernas.

— Adrien! Ele me ligou três vezes... três. Argh. E eu não vi, estava fazendo aqueles malditos deveres.

— Então liga pra ele Mari, pergunta o que ele queria. Agora, minha pequena parceira estava ao meu lado, olhando a tela do meu celular. - Vamos, eu te dou apoio moral! Ela abraçou minha bochecha e eu mordi meu lábio.

— Ok, ligar... é fácil, só preciso discar e.... Joguei meu celular para longe, mas logo vi ele voando em minha direção.

— Anda Marinette, só diga oi e pergunte o que ele queria falar com você, você sabe... naquela hora!

— Ok, vou conseguir.

 

Disquei o número do meu estimado Adrien. Ouvi os toques rápidos e um som. Ele atendeu. Meu estômago revirou-se. Senti o gelado invadindo meu sistema digestivo.

 

— Olá Mari, boa noite.

— O- oi Adrien...

 

Silêncio. Tikki segurava a barra da minha camiseta, com uma carinha preocupada. Ela gesticulou e sussurrou um “Pergunta o que ele queria”.

 

— V- você me ligou ?

— Ah sim, então, hoje cedo antes daquela confusão começar e eu ter de ir pra casa. Ele pigarreou e suspirou – Eu estava te perguntando se... já que a Alya e o Nino vão ao zoológico domingo, e me chamaram, eu estava pensando se... você não queria ir comigo.

— A....Ah...E- eu... eu... eu...

— Mas se não quiser não precisa Mari, é que ficar segurando vela é tenso sabe?

 

“Eu adoraria segurar vela ao seu lado Adrien meu amor.” Nunca conseguiria falar isso, e nem fazia meu tipo. Fechei meus olhos e suspirei lentamente, sentindo meu peito explodir.

 

— Claro Adrien. Eu aceito sim.

— Que legal! Ouvi uma pequena risada de satisfação e já não sabia mais o que estava acontecendo. - Te vejo amanhã então, até.

— A- até. Desliguei a chamada e prensei o celular sobre meu peito.

— Ai Tikki. Sorri e deixei meu corpo escorrer pela cama.

— Marinette, que avanço. Ele deu o primeiro passo, quem sabe agora vocês não se acertam né?

 

Peguei-a nas mãos e ela abraçou um dos meus dedos, levei até meu rosto e senti ela encostando em minha bochecha. Meu sorriso já não podia ser contido. Me levantei e rodopiei, dancei, gritei. Dava risadas altas juntamente com Tikki.

Me senti cansada e me joguei na cama. Ela aproveitou para voltar a dormir, mas eu não deixei de dar algumas risadinhas enquanto encarava meu teto, durante longos minutos, imaginei como seria o nosso encontro. Me fiz ficar em pé na cama e comecei a dançar novamente sobre ela, de uma maneira desajeitada, eu presumo.

 

— Quanta felicidade. Minha alegria deu espaço à surpresa e eu literalmente cai de cara no chão. Pra minha sorte, Tikki já havia voltado para o seu sono dentro do guarda-roupas.

 

Levantei, totalmente irritada, ao perceber que se tratava daquele gato de rua novamente. Bati meu pé no chão e bufei, encarando seu rosto confuso.

 

— Por que você está no meu quarto, virou um gatuno agora? Ele soltou uma risada e se aproximou de mim, pegando-me pela mão e me rodopiando.

— Só estava de passagem e vim ver o motivo da sua alegria, my princess.

— Pois não tem nada a ver com você. Ah! Ele me deixou de costas para ele, e segurou meu braço direito levantado, encostando seu corpo no meu. Senti um calafrio correr pela minha espinha. Pensei no Adrien. Sua boca veio de encontro ao meu pescoço e recebi uma leve lambida.

— Seu gosto é maravilhoso, princesa.

 

Meus joelhos falharam e o Agreste sumiu dos meus pensamentos, aproveitei que seus dedos afrouxaram de meu corpo e me desvencilhei. Virei para encará-lo, tenho certeza de que eu estava vermelha como um tomate. Mas, não poderia deixar ele fazer este tipo de coisa comigo. Eu sou a LadyBug, e ele nem sonha. Apesar de que diz me amar incondicionalmente, mas está tentando seduzir uma garota, à noite. Sozinha em casa.

 

— O- o que pensa que está fazendo? Você não pode fazer isso ! Tentei ser o mais dura possível, mas na verdade, eu me encolhi e fechei os olhos ao passar os dedos onde sua língua estava há alguns segundos.

— Você gostou, pela sua carinha. E lá veio ele de novo, na minha direção. Eu não sabia se enfrentava ou corria, se encarava ou fugia. Acabei esbarrando na minha espreguiçadeira, e caí sobre ela. Torci para que Tikki não acordasse. Me ajeitei e o olhei fulminantemente.

— N- não pense que eu gostei disso, seu gato indecente! E não fique achando que você pode vir aqui na minha casa e me tratar como todas as outras garotas que você visita por ai !

— Eu não visito mais ninguém Marinette. Ele se apoiou nos descansos de braço e literalmente me fez sua presa, seu rabo roçou em meu queixo, fazendo-me encará-lo. - E não sei porquê estou te visitando também. Normalmente eu não faço este tipo de coisa.

— Q- o que quer dizer com isso? Puxei meu corpo o mais longe possível dele, se bem que era meio difícil, contando que eu estava presa entre ele e o encosto da espreguiçadeira.

— Admito que menti.

— Mentiu? Que diabos estava acontecendo?

— Eu já te observava antes. E aproveitei o dia que te achei desprotegida, para poder chegar mais perto de você. Ele aproximou seu rosto do meu pescoço novamente e inspirou meu aroma.

 

Respirei devagar, tentando encontrar meu oxigênio de volta. Meu coração já palpitava como quando fazemos exercícios, e meu rosto estava vermelho como um tomate.

 

— Pois é um aproveitador, Sr. Noir. Fiz um bico e virei meu rosto para que ele não pudesse reparar na minha timidez.

— Não posso evitar Srta. Dupain-Cheng. Seus lábios permaneceram entre abertos enquanto ele encarava os meus. Seus olhos estavam cheios de desejo e eu senti como se fosse derreter naquele momento. Estava nervosa, qualquer um ficaria, eu sei.

— Por que está fazendo isso?

— Já disse, não posso evitar. Meu corpo te quer, princesa. E meu coração também. Apesar de nunca concordarem em nada. Fiquei paralisada. Ele estava realmente se declarando novamente para mim? Primeiro, como LadyBug, e agora, como Marinette. Já comecei a desconfiar de que ele sabia sim de minha identidade. - Depois que LadyBug não correspondeu meu amor, eu.. fiquei muito confuso, sobre as mulheres. Me perdi no verde dos seus olhos. - Foi aí que te vi Marinette. E não sei também por que, mas...

— Você está iludido. Está carente e por isso está aqui. Por favor, não faça isso. Virei meu rosto novamente e fechei os olhos. Ele só me queria como estepe. Como estepe de mim. Como estepe da Ladybug.

— Não pense assim princesa, por favor. Ele me soltou. E se sentou aos meus pés. Me endireitei e o vi olhando para o chão. - talvez a ilusão seja minha paixão por Ladybug.

— Faz ideia do que está falando? Você ao menos sabe o que sente Chat? Está somente querendo apagar a Ladybug dos seus pensamentos, usando a Marinette aqui, como borracha.

 

Ele me encarou novamente, suas sobrancelhas estavam levemente empinadas. Abaixou os olhos novamente e se levantou.

 

— Se pensa assim, irei embora.

— Não penso, mas é a verdade Chat ! Você só está carente, e se eu caísse nessa conversa, talvez até me machucasse. Abracei meus joelhos e enfiei o rosto ali. - Por favor, pare. Quem sabe já estava me machucando.

— Me desculpe princesa. Ouvi seus passos se afastando. - Adeus.

 

Levantei meu rosto e procurei pelo quarto, corri ate a janela, mas não o vi. Nada mais além da escuridão.

 

— Chat...

 


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Notas finais do capítulo

Que triste esse final, fiquei na bad aqui v.v

~ Deixem comentário e sugestões ♥ até o prox

P.S.: Eu assisto Miraculous em French, então talvez algumas palavras que ela fale estejam diferentes :x



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