Whole Lotta Love 3 - Especial 4: Na era digital escrita por mlleariane


Capítulo 4
Prisioneiros


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :) demorei mas cheguei!


Como esse já é o último capítulo snif snif :'( quero agradecer a todas que vieram, leram e comentaram. Vocês certamente fizeram meus dias mais felizes!

Essa história não teve a intensidade emocional de Falling Apart, mas era essa a ideia. Senti saudade de escrever algo leve envolvendo os gêmeos e bem, ta aí.

Espero que tenham gostado!

Beijo, Ari ;)



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Alex: Eu disse que ia dar treta...

A constatação de Alexander fez Johanna assentir com a cabeça. Sentados no sofá, os gêmeos observavam a movimentação da casa. Ou melhor, a falta dela. Castle estava fechado no escritório, enquanto Kate fazia sabe-se lá o quê no quarto.

Jo: Eles não se falam há dois dias...

Alex: Você acha que nós que causamos isso?

Os dois se olharam sérios.

Jo: Claro que não, nós nunca causamos problemas!

Alex: É verdade, nós encontramos soluções!

Jo: Precisamos pensar em algo para isso...

Alex: O papai está bravo com a mamãe. Se ela viesse falar com ele...

Jo: Eu tenho uma ideia!

A parte mais difícil do plano de Johanna era o pai emprestar o celular, o que ele fez sem ressalvas. O resto foi absurdamente fácil.

Alex: Você vai enviar um coração??

Jo: Sim, garotas amam corações.

Alexander observou. Na mensagem privada, Johanna apenas digitou o símbolo ♥

Kate visualizou e demorou um pouco para responder. Aquilo significava trégua?

Respondeu com outro coração ♥

“Quero falar com você” – foi a mensagem seguinte enviada por Johanna.

“Agora?”

“Sim : )”

“Ok”

As crianças mal tiveram tempo de comemorar. Jogaram o celular para baixo das almofadas e sentaram-se comportadas, o que, claro, chamou a atenção da mãe, enquanto passava pela sala.

Kate: O que vocês estão fazendo tão quietinhos aí?

Alex: Nós... nós estamos esperando começar “Henry Danger”.

Kate: Ok – Kate sorriu e passou reto. Nem se tocou que a tv estava desligada.

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Kate: Hey... – ela disse cautelosa, ao abrir a porta do escritório. Não era porque Castle havia dado o primeiro passo que ele teria superado totalmente a crise.

Castle: Hey... – ele a olhou surpreso.

Kate: Você quer conversar?

Castle: Claro... – ele ainda estava surpreso por ela dar o primeiro passo.

Kate: O que aconteceu aquela noite... Rick, aquilo não foi nada. Eu sei que não devia ter conversado em privado, Lanie me advertiu sobre isso.

Castle: Advertiu?

Kate: Sim, ela disse que casais não fazem isso com outras pessoas. Mas eu realmente pensei que você não se importaria com isso. Eu te amo, você sabe disso – Kate deu a volta na mesa, se aproximando – Eu não quero que uma rede social estregue o que nós temos.

Castle: Eu também não – ele quase cedeu.

Kate: Você confia em mim?

Castle: Claro que eu confio em você. É só que...eu tenho ciúme, você sabe.

Kate: Eu também tenho ciúme de você... – ela alisou a camisa dele – Quando fazem comentários do tipo “que bunda maravilhosa”...

Castle: Elas só estão sendo sinceras...

Kate balançou a cabeça rindo e seus olhos fitaram um papel na mesa.

Kate: O que é isso? – ela fez menção de pegar.

Castle: Nada... – ele tentou ser rápido, mas não ganhou da capitã.

Kate: Você tem me stalkeado?? – ela leu o papel horrorizada – Castle, por que você tem anotado todos os meus seguidores? Por que anda investigando minha vida?

Castle: Foi só uma brincadeira, você sabe que eu sou metido a detetive...

Kate: Não, isso não é brincadeira coisa nenhuma – ela o encarou séria – Separar meus seguidores em categorias... Isso é loucura!

Castle: Não vamos exagerar, Kate. Você sabe que eu sou curioso... – ele tentou jogar charme, mas ela se afastou.

Kate: Castle, nós somos casados! CASADOS! Você poderia ter me perguntado qualquer coisa!

Castle: Eu sei, mas você pensaria que eu estava obcecado...

Kate: Porque agora eu não estou pensando nisso nem um pouco... – ela ironizou, jogando a lista em cima da mesa.

Castle: Ok, eu te stalkeei. É isso que você quer ouvir?

Kate: Não! Eu quero que você confie em mim! Eu tenho uma vida antes de você, assim como você tem uma vida antes de mim. O que há de errado nisso?

Quando Kate disse aquilo, com todas as letras, Castle percebeu o tamanho do absurdo que vinha fazendo.

Castle: Me desculpa... vamos esquecer isso, nós não podemos continuar brigando... amanhã...

Kate: Nós não podemos continuar brigando porque amanhã é sua festa? Era isso que você ia dizer?

Castle não quis responder. Foi pego pelo próprio ato falho.

Kate: Pode me tirar da sua lista.

Castle: Você não pode fazer isso comigo...

Kate: Eu sinto muito, Castle, mas eu não sou do tipo que finge estar bem quando tudo está desmoronando. Eu não sou uma “pessoa de Facebook”. Eu sou real.

Kate se virou para sair do escritório, mas parou na porta.

Kate: E quando quiser conversar, diga pessoalmente. Não quero outra mensagem por Facebook.

Castle: Outra mensagem?

O tom dele parecia de surpresa. Kate se virou, e enquanto ele passava a mão pelo bolso, checando a ausência do celular, os olhos dela correram pela mesa.

Kate: Você nem mesmo me mandou a mensagem! – Kate saiu indignada.

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Kate adentrou a sala parecendo um furacão. Parou diante dos filhos, que agora haviam ligado a tv .

Kate: “Henry Danger” passou há uma hora e vocês dois sabem muito bem disso – os olhos da capitã estavam espremidos em direção às duas criaturinhas – Da próxima vez que me mandaram mensagem em nome de outra pessoa, eu prendo os dois naquela cela da delegacia!

Johanna e Alexander grudaram no sofá. A capitã bufou e saiu.

Mal se livraram de um, veio outro.

Castle: Johanna – ele esticou a mão sério para a filha, que gelou ao escutar o nome completo. A garotinha puxou o celular debaixo da almofada e entregou ao pai – Nós vamos falar sobre isso depois – o escritor se virou e voltou ao escritório.

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Depois de um grande silêncio recheado de susto, Johanna finalmente falou algo.

Jo: Eu só queria que eles fizessem as pazes...

Alex: O plano era tão perfeito, por que deu errado?

Os dois se olharam sem entender.

Jo: Se o papai e a mamãe se separarem, com quem você vai ficar?

Alex: Não sei... o papai tem as melhores brincadeiras, mas a mamãe tem os melhores abraços...

As crianças ficaram cabisbaixas por um minuto. Até que Alexander ressurgiu com o ar prepotente do pai.

Alex: Preparada para a parte 2?

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Alex: Papai, posso entrar?

Castle olhou para o filho parado à porta. Fez sinal que sim, enquanto escondia o celular com a conversa que “ele” travara com Kate.

Castle: Não sei se devo falar com você. O que vocês fizeram foi errado – Castle olhou bem para o filho – Apesar da boa intenção. – ponderou.

Alex: Foi ideia da Jo, única e exclusivamente dela. Você sabe como garotas são bobas.

Castle: Às vezes elas são mesmo.

Alex: Não ligue para a mamãe, ela deve estar na TPM.

Desde que Castle explicara para Alexander que garotas tinham TPM, o garoto a usava para todo e qualquer argumento.

Castle: Dessa vez não.

Alex: Como você sabe?

Castle: Tem uma forma de saber... que você não precisa sabe agora – ele fez uma careta – Alex – Castle chamou o filho, fazendo sinal para que sentasse em seu colo – Você e Jo não devem interferir nas brigas do papai e da mamãe.

Alex: Vocês é que não deviam brigar!

Castle: Touché.

Alex: Por que a mamãe está tão brava? Eu pensei que era você que estava bravo com ela...

Castle: Nós dois estamos, cada um por seu motivo.

Alex: Você deveria falar com ela...

Castle: É mesmo? Prossiga, grande entendedor de relacionamentos.

Alex: Se você diz que ela é bonita, ela vai ficar apaixonada. Garotas são assim.

Castle: É, até os 10 anos. Depois tudo muda...

Castle estava mesmo relutante. Alexander então jogou a parte clímax do plano.

Alex: Papai, se você e a mamãe se separarem, eu e Jo queremos ficar com você.

A afirmação do garoto pegou Castle de surpresa. Antes que pudesse pensar numa resposta, o garoto continuou.

Alex: Você acha que a mamãe ficaria muito triste?

“Não, ela só morreria” – Castle pensou automaticamente.

Alex: Eu acho que já vou contar para ela ir se acostumando... – Alexander escorregou pelo colo do pai.

Castle: Não!! – ele segurou o filho – Eu vou falar com ela.

Alex: Diga que nós a amamos apesar de tudo.

Castle fez que sim atônito.

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Castle: Kate? – Castle entrou no quarto do casal no exato momento que ela deixava o banho – Você disse que eu teria que vir pessoalmente... eu vim – ele fez um sinal com as mãos.

Ela o olhou séria. Castle não sabia bem por onde começar. Tinha sido impulsionado a procurá-la para evitar que as crianças causassem um estrago maior.

Kate: Se você veio aqui só para me convencer a fazer um papel bonito com você amanhã, Castle, eu...

Os dois olharam juntos quando a porta se fechou, não sem antes enxergarem o vulto dos filhos. Antes mesmo que chegassem até ela, ouviu-se o barulho da fechadura.

Castle: O que vocês estão fazendo? – ele forçou, mas a porta já estava trancada.

Jo: Nós não queremos ver vocês brigando!

Alex: E nós não conseguimos escolher entre um de vocês!

Jo: Então vocês vão ficar aí até fazerem as pazes!

Kate: Johanna e Alexander!

Castle: Abram essa porta agora ou...

O casal ouviu os passos dos dois correndo.

Castle bateu na porta, enquanto Kate já pegava o celular.

Kate: Eu vou ligar para os garotos.

Castle: Não – ele se adiantou – Eu ligo para minha mãe, é a pessoa que está mais próxima.

Kate assentiu, enquanto o escritor já discava.

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Martha: Seus dois danadinhos! – Martha encarou os netos assim que entrou pela porta – O papai me ligou.

Alex: Vovó, você não pode libertá-los, não antes deles fazerem as pazes.

Jo: A situação está horrível, eu acho que se eles se separarem nós não vamos nos ver nunca mais.

Alex: Talvez algum deles mude de país.

Jo: E quem vai ficar com Tiger??

Martha se esforçou para não rir do drama das crianças.

Martha: A chave, por favor.  

Alexander entregou, contrariado.

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Enquanto Martha se aproximava, ouvia a discussão.

Castle: Tudo isso por causa do seu bate-papo da saudade.

Kate: Não, tudo porque você acha que pode controlar minha vida!

Martha: Richard? – a senhora parou do outro lado da porta.

Castle: Mãe! Graças a Deus você chegou!

Kate: Martha, eles te entregaram a chave?

Martha: Na verdade... não – ela escondeu a chave no bolso.

Kate: Não?

Castle: Eu vou matar aqueles pestinhas!

Martha: Eles disseram que só entregam amanhã de manhã.

Castle: Chame um chaveiro!

Martha: Richard, são 21h de uma sexta-feira! Além do mais, que mal tem vocês passarem a noite aí?

Castle: Mãe, não me faça argumentar...

Martha: Eu vou levá-los para casa. Nos vemos amanhã cedo.

Castle: Mãe! Mãe!

Castle chamou até a casa ficar totalmente em silêncio.

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Kate: Eu disse que devíamos ter ligado para os garotos.

Castle: A culpa não é da minha mãe, e sim daqueles dois!

Kate: Quando foi que eles ficaram rebeldes assim?

Castle: Meliantes, você quer dizer.

Kate: Não diga isso – ela deu as costas e se sentou na cama. Sem ter o que fazer, ele também se sentou, mas do lado oposto. Nenhum dos dois se olhava.

Kate: O que foi aquilo de ter que escolher?

Castle: Parece que eles não querem nos ver separados...

Um silêncio se fez no quarto. Quem é que queria ver os dois separados?

Kate: Você não vai dizer nada?

Castle: Não. Qualquer coisa que eu disser você vai achar que é porque a quero na festa amanhã comigo.

Kate: E não quer?

Castle: Quero, mas não assim.

Silêncio. Castle então se levantou e foi até o closet. Remexeu e voltou com apetrechos.

Kate: O que você vai fazer?

Castle: Abrir a fechadura. Nós dois sabemos fazer isso.

Ele começou os trabalhos, e em certo momento ela se aproximou, começando a ajudar. Os dois faziam tudo em silêncio, em perfeita sincronia. Ele forçou uma, duas, três vezes. Estava difícil.

Kate: O que você quis dizer com “não assim”? – ela finalmente disse algo.

Castle: Eu nunca te quis como um acessório, Kate. Eu não quero ostentar você na festa, ou no Facebook...

Kate: Definitivamente você não queria me ostentar no Facebook...

Ele tirou os olhos da fechadura e a encarou.

Castle: Ok, eu tenho ciúme. Eu tenho um ciúme louco de você – os dois se olhavam perto – Porque você é linda, é inteligente, é sexy e Deus, você só melhora com o tempo!

Kate esboçou um leve sorriso e se precipitou, alcançando os lábios dele. A proximidade com aquela boca sempre aumentava o desejo dela de beijá-lo.

Quando se soltaram, Castle riu.

Kate: Por que você está rindo?

Castle: Alexander tinha razão. “Você diz que uma garota é bonita, e ela se apaixona por você”.

Kate revirou os olhos e depositou sua mão sobre a dele, forçando-a contra a porta. A fechadura então se abriu.

Kate: Você está livre.

Os dois se encararam.

Castle: O que acontece se eu não quiser ficar livre?

Kate: Bem... Você tem que desligar seu celular... – ela fez uma pausa, e olhou bem no fundo dos olhos azuis – E me deixar provar que ninguém se importa mais com seu traseiro do que eu.

Castle riu e forçou seu corpo contra o dela, empurrando a porta com o pé direito.

A partir daí, não teve mais briga. Kate mostrou quem mandava naquele corpo. Quase 50 anos e Castle nunca tivera tanta agilidade em se despir quanto naquela noite. Se Kate o queria, ele a queria muito mais.

Quando caíram juntos sobre a cama, já estavam prontos. Grudaram seus corpos e rolaram, as respirações ofegantes formando um som sexy e estimulante. Inúmeras foram as vezes que ele saiu do corpo dela para entrar novamente, cada vez com mais força. E gemeram uma, duas, três, tantas vezes que não conseguiram mais contar.

Também não se preocuparam em contar quem dominou mais quem. Naquela batalha de corpos, só importava o prazer. O prazer de estarem presos. Presos um ao outro, da melhor forma que poderia ser.  

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Kate: Não acorde... – Kate sussurrou, quando percebeu que Castle acabara de abrir os olhos com sua tentativa frustrada de sair da cama silenciosamente.

Castle: Tarde demais – ele bocejou e se espreguiçou.

Kate: Eu queria te trazer o café...

Castle: Você ainda pode fazê-lo – ele sorriu e procurou a boca dela – Bom dia.

Kate: Bom dia... – ela disse entre beijos, parando seu rosto junto ao dele – Feliz aniversário, meu amor!

Castle sorriu e a beijou mais uma vez.

Castle: Obrigado, babe. Eu vou ganhar meu presente agora ou mais tarde?

Kate: Eu te dei seu presente a noite toda!

Castle: Touché!

Os dois riram.

Kate: Mais tarde. Agora eu vou te dar um café – ela piscou e ele assentiu.

Assim que ela deixou o quarto, Castle pegou o celular. Seu Facebook já notificava centenas de “Parabéns”, mas não era isso que ele queria ver. Escreveu algo e tentou marcar Kate, mas foi impossível. Não entendeu. Digitou seu nome na pesquisa, mas ela não apareceu. Foi então na lista de amigos, e, um a um, procurava por ela. Não havia chegado na metade quando a própria retornou ao quarto.

Kate: Você já está no celular? – ela deixou a caneca dele no criado-mudo.

Castle: Cadê você no Facebook? – ele mostrou a tela.

Kate: Eu excluí a conta – disse, tomando sua bebida preferida.

Castle: Quando?

Kate: À noite, enquanto você cochilava abraçado a mim. Eu não preciso de um Facebook, Rick.

Castle: Kate, eu sei que exagerei. Mas você não precisa abrir mão disso, eu prometo me comportar.

Kate: Castle, não é sobre você – ela deixou o café no criado mudo e o olhou de perto – É sobre mim. Eu não gosto de me expor, nunca gostei.

Castle: Nós podemos fazer uma conta juntos se você quiser...

Kate: E ser obrigada a ler comentários sobre sua bunda? Não, obrigada.

Castle: O que as pessoas têm com meu traseiro?

Kate: Você já se olhou no espelho?

Os dois riram, e ele a puxou para cima de si.

Castle: Tem certeza?

Kate: Absoluta.

Castle: Mas você sabe que eu tenho que continuar, não sabe...?

Kate: Claro que sim, sr. famoso. Aliás, em que você ia me marcar, heim?

Ele fez sinal que ela esperasse. Digitou e publicou, mesmo sem poder marcar o nome dela.

“Acordei maravilhosamente bem, ao lado da mulher que amo. Que bela maneira de completar 50 ♥ ”

Kate sorriu e o beijou, jogando o celular de lado.

Kate: Eu te amo, mesmo você tendo 50.

Ele fez uma careta com a provocação, o que a fez rir de novo e mordê-lo no queixo.

As carícias começariam não fosse um barulho vindo da cozinha. Os dois se olharam e levantaram juntos.

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Jo: Como vocês saíram do quarto?? – Johanna olhou assustada e escondeu algo atrás de si. Alexander correu para ver, e também se surpreendeu. As crianças haviam acabado de chegar e preparavam algo na cozinha, junto com a avó.

Castle: Vocês se esquecem que nós somos especialistas...

Martha: Bom dia... a julgar pelo Facebook, a noite enclausurada valeu a pena – Martha lançou um olhar para os dois.

Kate apenas sorriu, mas soltou um “Uau” quando se aproximou e avistou a mesa.

Castle: Isso é para mim??

Jo cutucou Alex, era a hora. Ele entendeu.

“Feliz Aniversário, papai!!” – as vozes saíram juntas, e Castle abriu um grande abraço duplo.

Castle: Obrigado, meus amores.

Jo: Nós fizemos especialmente para você! – Johanna apontou os cupcakes decorados em cima da mesa, feitos na noite anterior com ajuda de vovó Martha.

Castle: Vocês são fantásticos!

Kate: Está perfeito! – Kate também abraçou e beijou as crianças.

Alex: Então nós nos livramos do castigo? – Alexander fez a pergunta que não queria calar.

Kate e Castle trocaram um olhar.

Kate: O que vocês fizeram não foi certo...

As crianças olharam para a mãe sérias.

Kate: Mas nós também não devíamos ter brigado e assustado vocês.

Castle: Escutem, vocês nunca precisarão escolher entre o papai e a mamãe.

Kate: Nunca.

Jo: Nem o Tiger?

Kate: Nem o Tiger.

Castle: Quem nós queremos enganar? É óbvio que ele escolheria Kate... – Castle revirou os olhos contrariados, mas logo ganhou um beijo da mãe.

Martha: Feliz Aniversário, meu querido.

Castle: Obrigado, mãe.

Kate: Ei, nós vamos ou não vamos comer esse cupcakes? O dia hoje é longo! Nós ainda temos que nos preparar para uma festa – a capitã abocanhou um bolinho.

As crianças correram para a mesa, mas Castle puxou Kate pelo braço, falando baixo.

Castle: Babe... nós não precisamos ir à festa.

Kate: Como não?

Castle: Eu não preciso de festa ou do Facebook para mostrar o quanto sou feliz e realizado. Eu tenho vocês.

Kate: Mas talvez eu queira mostrar que esse traseiro tem dona... – ela o encarou e apertou o dito cujo, ouvindo a risada de Martha.

Martha: Eu não contrariaria...

Ele fez que não para a mãe, e voltando os olhos à esposa, a beijou novamente.

Finalmente acomodados, Martha fotografou os quatro com os cupcakes.

Castle: Mãe, você pode me enviar essa foto? – Castle disse antes mesmo da primeira mordida.

Martha: Claro.

Ele olhou para a tela do celular, e assim que a recebeu, trocou pela primeira vez a capa de seu Facebook. Os livros deram lugar à foto tirada na cozinha. Kate sorriu, depositando um beijo na bochecha dele.

Kate: Ficou linda.

Castle: E olha, já tem sessenta e... – Castle olhou para Kate quando ela tirou o celular de sua mão.

Kate: Rick, podemos fazer um acordo? – ele assentiu – Nada de Facebook antes do café da manhã.

Castle: Ok – ele sorriu – Mas... o que você vai me oferecer em troca? Você não tem mais uma conta no Facebook... – ele mordeu o canto do lábio inferior.

Jo: O quê??? Mamãe não tem mais Facebook?

Alex: Eu fico com o celular do papai!

Jo: Nããããooo!!

Kate e Castle trocaram um olhar.

Castle: Bem... eu acho que tenho uma ideia. Só preciso dos tablets de vocês.

As crianças correram. Ideias do papai eram sempre brilhantes.

Kate: Você não vai criar uma conta para eles!

Castle: Calma, amor.

Jo: Aqui, papai.

Castle: Podem continuar com o café que isso vai demorar um pouquinho...

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Minutos depois...

Castle: Preparados? – todos fizeram que sim, mas Kate tinha uma carinha de medo – Tcharam! – Castle mostrou os tablets.

Kate: Você fez um perfil para o Tiger??

Castle: Dois, na verdade. Tiger Beckett e Tiger Castle.

Kate: Castle!

Castle: Agora eles podem jogar tranquilos.

Alex: Eu adorei, papai! Você arrasa!

Jo: Você é o melhor papai do mundo!

Kate balançou a cabeça e acabou sorrindo.

Martha: Ele é especial, não é?

Kate: Muito! – Kate ganhou um beijo da sogra.

Martha: Vejo vocês mais tarde – a senhora se despediu e saiu.

Kate: E então, esse café da manhã acaba ou não acaba? – Kate indagou mas ninguém respondeu. Castle ajudava as crianças, envolvidas com o novo Facebook. A capitã então se sentou, e sentiu algo fofinho passando por suas pernas – Pelo visto somos só nós, Tiger – ela desceu a mão para acariciar o bichinho, e jogou um pedaço de pão com cream cheese para ele.

Castle: Já defini minha parte no acordo – Castle a surpreendeu, arrastando uma cadeira e sentando-se grudado a ela.

Kate: É mesmo?

Castle: Sem Facebook antes do café – ele afastou seu próprio celular para o outro lado da mesa – E sem Tiger antes do café – ele fez uma careta para o gatinho.

Kate: Ciúme até do gato, Castle Richard?

Castle: Always...

Kate balançou a cabeça e sorriu. Os dois se beijaram, e as crianças nem se incomodaram. O que o Facebook não fazia...


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