Capitulo 4 : Comprando lembranças.

Sophia PoV

No outro dia

Compras, um balsamo para qualquer garota, menos para Bella é claro, nunca vi alguém odiar tanto compras como ela, é muito engraçado ver a careta de terror que ela faz. Diferente da Alice, que simplesmente ama compras, eu nunca entrei em tantas lojas como eu entrei hoje, Jesus! E olha que, de acordo com ela, nós ainda iríamos a mais cinco lojas e também ao cinema. E eu tinha em minhas mãos umas sete sacolas de lojas diferentes.

Estávamos em um corredor do Shopping Seattle indo à loja da Victoria’s Secret que era no final do corredor, Bella estava tendo um ataque de vergonha enquanto Alice argumentava com ela sobre a importância de bonitas roupas intimas, eu e Ângela riamos das duas discutindo.

- Bella, calcinhas de renda e sutiãs fazem a maravilha, sério, e qual o problema de experimentá-los?

- Eu não gosto disso Alice, eu não fui feita para compras!- Bella franziu sua testa.

- Bella, deixa de ser teimosa...

Não terminei de escutar o resto, por que no exato momento eu virei o rosto e dei de cara com a livraria do shopping e minha atenção foi presa por um livro de capa escura e como o titulo em letras douradas: A história de uma Imortal. Parecia ser um novo titulo de algum novo livro de fantasia, fiquei muito interessada. Virei-me para as meninas para dizer-lhes que iria entrar na livraria, mas elas já estavam mais a frente, então não quis atrasá-las e entrei na loja.

Fui andando pelas fileiras de prateleiras da loja a procura do titulo, andei, andei, andei, e não o achei entre as prateleiras, então me dirigi ao balcão, a um homem grisalho que tinha um sorriso bondoso em seus lábios.

- Em que posso ajudá-la?- perguntou solicito.

- Bom... Estou procurando um livro que vi na vitrine: A história de uma imortal.

O velinho franziu sua testa e digitou no computador que estava a sua esquerda, conferiu o que estava escrito na tela me pediu licença e saiu de trás do balcão dirigindo-se até a vitrine e de lá retirando o livro que eu queria.

- Este é um último exemplar que temos. – ele sorriu, voltando a seu lugar de origem.

- Oh, se é assim, não precisa... – não terminei de falar, o senhor me interrompeu.

- Que isso, está aqui para vender, portanto você vai levá-lo! – sorriu o senhor, passando o código de barras pelo aparelhinho e me falando o preço, que entreguei-lhe em dinheiro.

- Obrigada! – agradeci um pouco encabulada e me dirigindo a saída da livraria.

- Não há de quê, volte sempre! – sorriu o velinho do balcão.

Fui em direção a loja que as meninas tinham ido. Elas estavam paradas na porta, provavelmente me procurando, uma vez que estavam a olhar freneticamente pelo corredor. Eu apressei meus passos e em poucos instantes cheguei próximo a elas.

- Onde estava? Você nos deixou preocupadas! – falaram quase ao mesmo tempo.

- Me desculpem. Parei na livraria, eu não resisti! – falei envergonhada.

- Tudo bem... Mas você poderia ter me esperado, queria ver algum livro para mim. – disse Bella.

- Da próxima nos avise, viu? – falou Ang.

Alice apenas me olhou com um olhar meio preocupado e ao mesmo tempo misterioso, eu tinha medo de quando ela me olhava assim, era estranho e sobrenatural ao mesmo tempo.

- Certo... – falei. – Então meninas, vamos ou não entrar na Victoria’s Secret? – sorri.

Alice começou a dar pulinhos enquanto Bella soltava um pequeno bufo e Ang ria das duas. Eu apenas continuei sorrindo e entrei na loja sendo seguida por elas.

- Meninas, vamos a La Push sábado? – perguntou Ângela.

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Bella PoV

Ângela nos perguntou eu apenas confirmei que gostaria muito de ir, Alice negou dizendo que ela e sua família iriam visitar alguns parentes no final de semana e Sophia sorriu abertamente e falou que adoraria ir, e ficou combinado que eu, Ang, Soph e algumas pessoas que ela havia convidado anteriormente iriam.

Passamos por não sei mais quantas lojas, que eu havia perdido a conta, ainda bem que nenhum professor havia mandado tarefa esse dia, seria muito difícil fazer o dever de casa com o tempo que demoraria ainda para voltar a Forks.

Saímos da última loja com duzentas sacolas, no mínimo, não estou brincando, não sei como levaríamos tantas compras da Alice no carro na volta. Fomos deixar as compras no carro e nos dirigimos para o cinema para pegar a última sessão de um filme.

Enquanto estávamos na fila do filme eu olhei para Sophia para falar uma coisa e percebi que ela estava bastante ansiosa, ela estava da mesma forma que naquele dia que saímos depois da escola e fomos tomar sorvete com o Edward, e só por pensar o nome dele eu senti meu coração disparar e minha bochecha esquentar.

- Que foi Bella? – perguntou Alice, me olhando com carinho.

- Nada, só estava pensando... – murmurei.

- Em um belo rapaz de cabelos desarrumados cor bronze e olhos dourados! – falou Sophia com um sorriso malicioso, mas eu ainda consegui ver a ansiedade dela por trás daquele sorriso.

- Na-não! – gaguejei, sentindo minhas bochechas esquentarem mais. Demos mais um passo na fila.

- Hoho! Bellinha admita! Você gosta do Ed! – falou Alice, com um grande sorriso.

- Bella, está muito na cara... – falou Ângela de sua forma meiga de sempre.

- Eu e ele somos apenas amigos! – falei sem muita convicção, será que eu gostava assim dele?

- Sim, você gosta dele e ele gosta de você. - falou Sophia, com seu sorriso se alargando mais. – Só vocês dois não percebem!

- Verdade! – exclamou Alice.

- Eu... Que...Ãnh!? – falei confusa com o que eu estava sentindo, e com o que elas me falavam, era tão confuso...

Antes que eu pudesse formular algo de concreto fomos empurradas por uma horda de pessoas que estavam para assistir aquele filme, se não me engano um filme chamado: Uma noite fora de série.

Logo nos sentamos em cadeiras para o meio da sala, onde tínhamos uma excelente visão da tela, logo os trailers começaram a rodar e em poucos minutos o filme era projetado na tela.

Não prestei nenhuma atenção no filme, ela estava voltada para os meus pensamentos, e para tudo aquilo que as garotas haviam me falado. Será que eu realmente gostava do Edward? Será que eu estava apaixonada por ele?

Toda vez que ele falava comigo, se aproximava de mim, e só de eu pensar nele meu coração disparava, sua presença é reconfortante, seu cheiro me deixa nas nuvens, seu sorriso me faz derreter, seu carinho por mim me faz sorrir como boba. Sempre sinto borboletas em meu estomago, será que tudo isso é porque estou apaixonada por ele?

“Você está apaixonada por ele.”

Minha própria consciência me respondeu, eu estava amando!

Mas será que é verdade o que elas disseram, que ele também gosta de mim? Minhas bochechas devem ter ficado muito vermelhas, a estes pensamentos, ainda bem que está escuro...

Mas, eu não sei, ele é meu melhor amigo, meu... Meu amor. Espera...? Que? AMOR? Mas... Como? Eu... Eu... Mal descobri que estou apaixonada por ele e agora Amor? Como assim, essa minha conclusão só pode estar errada, é muito precipitada, ou não?

Será que sou capaz de já saber o que é amor? Será que sou capaz de amar assim? Será que todo amor é assim tão de repente?

“Sim, é capaz de amar, amor não tem data nem hora, nem idade, nem circunstancia...”

Lembrei da frase que minha mãe sempre me falava, e senti a certeza me inundar por completo, eu o amava, mas... Como eu iria falar isso para ele? Como eu iria encará-lo amanhã?  

E durante o resto do filme fiquei divagando sobre como e os porquês de contá-lo sobre essa minha descoberta. Ao mesmo tempo em que tinha vontade grande de contar, eu tinha medo de como ele reagiria.

Eu estava alheia as risadas que preenchiam a sala de cinema, e quando dei por mim os créditos já rolavam na tela e as meninas me chamavam para ir embora. Saímos da sala para os corredores do shopping, eu ainda me encontrava apática por causa de minhas descobertas internas.

- Eu o amo... – murmurei alto o suficiente para as três me escutarem, eu só senti meu braço ser agarrado por três pares de mãos e elas me virarem e falarem frenéticas.

- Que? Explica-me isso direito! – resmungou Alice.

- Opa! Quero saber dos detalhes! – falou marota Sophia, me piscando maliciosa.

- Como é? – perguntou tímida Ângela.

Respirei fundo e comecei a dizer às divagações que havia feito durante o filme, e fomos caminhando em direção a carro. E assim fomos embora, comigo contando o que eu havia descoberto.

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Deitados na relva verde, a luz do luar e das estrelas estavam um casal que ria enquanto o homem apontava as estrelas contando a mulher o nome de cada uma.

- E aquela é a estrela do Amor... – apontando uma das estrelas mais brilhantes no céu, o homem se virou para a mulher com um sorriso apaixonado em seus lábios

- Mentira! – riu a mulher.

- Por que duvidas disso? Esta estrela protege os amantes, meu amor. - ele sorriu ainda mais para aquela que era dona de seu coração.

- Se esta és a estrela do Amor, eu a quero para mim! - brincou a mulher.

- Ora pois ela é sua, Deusa do meu mundo. - falou olhando de forma profunda nos olhos dela.

- Você deixas-me tão encabulada... – a moça disse com suas bochechas atingindo tons rosados.

O homem delicadamente colocou a mão, que antes apontava para o céu, em uma das bochechas coradas da mulher e aproximou seu rosto do dela, sussurrando:

- Tão bela és a flor que floresce tão pura, a flor do meu coração, a Deusa do meu mundo. Não se acanhes, meu amor, isso é só meu coração falando a mais pura das verdades. – ele aproximou ainda mais seus rostos roçando delicadamente seus lábios no dela.

- E tu és o manto de amor que me cobre, és aquele que fortalece a mais ínfima emoção, tu és aquele que me domina, me traga para teu calor, tu és meu manto, meu amor eterno. – sussurrou ela, antes de cruzar a pouca distancia que havia e colar seus lábios nos dele, iniciando um beijo calmo, apaixonado.

O beijo foi se aprofundando, suas línguas se encontraram em uma dança delicada, explorando toda aboca um do outro. A mão do homem agora segurava o rosto da mulher em concha e uma das mãos da mulher se esgueirou até a face de seu amado.

Delicadamente a mulher quebrou o beijo e sorria brilhantemente.

- Amo-te, amo-te por toda a eternidade. – sussurrou.

- Também amo-te por toda a eternidade, minha Deusa.- sussurrou o homem.  

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Um rapaz olhava distraído para o céu estrelado perdido em pensamentos, seu corpo ainda guardava muitas lembranças de um passado feliz, do qual ele sentia falta. Mas ele também sentia que alguma coisa iria acontecer, que algo novo, algo bom e ele torcia muito, muito mesmo para que isso ocorresse logo.

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, ao mesmo tempo em que uma lágrima escorria de seu olho, seu coração batia acelerado, algo que não acontecia a um bom tempo e ele torcia para que fosse por que aquilo que tanto desejou acontecera.

Ele assim esperava que fosse.

E o que ele não sabia era que ao mesmo tempo em que ele se encontrava preso em lembranças outra pessoa acordava em outro lugar com um enorme sorriso em seu rosto, porque havia tido um sonho bom, que a havia deixado radiante.