Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 7
Vindo pela eternidade!




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Eles estavam a duas cidades de São Francisco, quando resolveram para em outro hotel no meio do caminho para descansar. Retornando a viagem no dia seguinte bem cedo.

— Eu não acredito que nesse motel, não tinha outros quartos disponíveis. – Prue disse irritada ao entrar no quarto. Ela gostava de ter sua individualidade, por motivos óbvios.

— Já está sentindo falta da sua casa?! – Dean foi irônico.

— Nada que eu não consiga resolver, amor. – ela irônica.  – Será que vocês poderiam dar uma volta, pra eu tomar um banho?

— Claro. – Sam sorriu puxando seu irmão para fora do quarto.

Prue estava tomando seu merecido banho, depois de uma longa noite de viagem. E quando se virou para pegar o xampu, deu de cara com um homem que tinha uma feição assustadora e a olhava como fosse algum tipo de presa.

— O seu maior medo é se afogar. – ele disse. – Obrigado por facilitar tanto.

Prue não conseguia abrir a porta do box e, a água estava subindo cada vez mais rápido. E ela não entendia como isso poderia ser possível, se Sam e Dean estavam do lado de fora do quarto.

— Me alimente com o seu medo. – ele disse rindo.

— Não! – Prue gritou. – Socorro!!!! – estava desesperada, a água estava cada vez mais alta.

Ela começou a se concentrar em seus poderes, mas eles não funcionavam. Não conseguia quebrar o vidro daquela coisa, ou atacar aquele cara sinistro. 

            — Seus poderes estão paralisados por seu medo. – o homem disse rindo.

Ela começou a se afogar e, tentava ao máximo gritar por socorro. Do lado de fora, Sam escutou um grito de mulher que parecia vir do seu quarto.

— Prue! – os dois entraram correndo no quarto.

— Dean! – seu irmão apontou para a água que estava escorrendo pela porta do banheiro.

Dean conseguiu abrir a porta do banheiro, vendo Prue desmaiada no chão. Não era o jeito que ele imaginava que a veria nua, mas não podia ficar pensando nisso naquele momento. Algo tinha acontecido a ela. Quando a deitou na cama, Sam jogou um lençol por cima da amiga.

— Que diabos foi que aconteceu aqui?

— Não faço ideia. Isso foi muito estanho. – Sam disse se sentando na outra cama.

— Como alguém poderia atacá-la sem que passasse pela gente?

Mas Dean não chegou a ser respondido pelo irmão. Porque Sam apontou para sua amiga, que estava recobrando os sentidos.

— O que aconteceu?! – ela perguntou se sentando na cama.

— Nós é que perguntamos o que é que aconteceu?! – Dean parou de braços cruzados olhando para ela.

Prue olhou ainda confusa para os dois...

— Você tem ideia do que possa ser?! – Sam perguntou.

— Não sei. Foi tudo muito rápido.

— Nós vamos deixar você trocar de roupa. – Sam puxou seu irmão de novo para fora do quarto. – Será que esbarramos em um caso?

— Não faço ideia. – Dean encostou-se a porta.

Quando Prue abriu a porta, olhou para eles com expressão de quem tinha uma notícia nada boa para dar. As suas irmãs tinham deixados varias mensagens que a preocuparam. Ela pensou um pouco antes de mostrar aos Winchesters, mas estaria perdida se não o fizesse.

— Eu acho que vocês deveriam escutar isso. –disse colocando seu celular na viva voz.

Pru, é a Phobs. Atenda. Pru, você pode estar em perigo.

— Tem mais uma. – ela disse se virando de costas.

Prue, sou eu de novo. Onde você está? Eu tive uma premunição, tem um demônio do medo atrás de nós.

Dean recebeu a novidade da pior maneira possível e, só conseguia pensar em como ela tinha mentido. E não podia acreditar que ela fosse uma coisa da qual, ele e seu irmão caçavam. Dean estava furioso com pela mentira dela. Muito furioso.

— Abaixa essa arma! – Sam gritou quando o irmão apontou uma arma para Prue.

— Não! – ele disse furioso. – Ela mentiu pra gente! – gritou.

— Eu não menti. Eu apenas omiti...

— É a mesma coisa. – gritou ainda apontando a arma pra ela.

— Dean! Deixe-a se explicar. – Sam fez seu irmão abaixar a arma.

Dean a olhou sem saber o que dizer. Como a irmã dela tinha premunição? E porque um demônio estaria atrás dela? Isso não fazia o menor sentindo para ele. E porque Prue não tinha contando pra eles, que as irmãs dela eram caçadoras também.

— Ok! – Dean disse por fim. – O que está acontecendo aqui?

— Prue, porque demônios estariam atrás de você e suas irmãs?

— E se puder explicar esse lance de premunição também. – Dean cruzou os braços e a encarou.

Prue então se virou, olhando para os Winchesters, com um sorriso fraco no rosto. Agora ela seria obrigada a revelar seu segredo e, detestava que suas irmãs tivessem razão. Se ela já tivesse contado tudo do jeito certo... Às vezes, ela tinha vontade de chutar a sua própria cabeça por ser teimosa...

— E... Tem algo que não contei pra vocês.

— O que? – Sam perguntou.

— Tem uma parte da minha vida, que não falei pra vocês. E pra ser sincera, eu tinha medo... mas agora...

— Vá direto ao ponto, por favor. – Dean disse seco. 

— Eu e minhas irmãs fazemos parte de uma família de bruxas. As Bruxas Halliwell. – Prue tornou a olhá-lo.

Ela sentou-se uma das camas e começou a contar como descobriu que ela e suas irmãs eram bruxas. Dean continuava andando de um lado para o outro no quarto. “Eu provavelmente acabei com minha amizade e com qualquer... pode parar,ta louca?!”a ruiva pensou, enquanto sentia o olhar furioso de Dean sobre ela.

— O papai sabia que sua avó era bruxa? – Sam perguntou.

— Sim. A gente não... E depois que a vovó morreu, John se sentiu responsável pela gente, como meu tio. Eu só não sabia que era porque eram caçadores e que sabiam de toda a verdade sobre a minha família. E bem meu pai não comentava sobre isso...

Dean continuava calado a encarando e,Prue preferia mil vezes que ele gritasse, atirasse... que fizesse qualquer coisa! Menos aquele silêncio.

— Então depois que você descobriu o tal livro das sombras, foi que tudo aconteceu? – Sam perguntou.

— Sim. – ela deu de ombros. – Coisas estranhas aconteceram comigo e minhas irmãs. Então fomos atacadas por um demônio e... isso meio que ativou nossos poderes.

— Então as Halliwell são bruxas caçadoras. – Sam a olhou sorrindo. – Quais são os poderes?

Ele tinha aceitado a notícia, muito melhor que o Dean.

— A Phoebe tem o dom da Premunição, Piper consegue congelar as pessoas e, eu consigo mover coisas. – Prue olhou para o Winchester mais velho. Aquilo estava a deixando mais nervosa. – Dean, eu juro que eu ia contar a vocês. Dean! – gritou

Ela não aguentava mais aquele silencio e, não sabia por que queria tanto ser aceita por ele.

— Eu não entendo porque o papai nunca nos contou sobre sua avó, ou sobre você. – Sam a olhou.

— Isso só o John pode te falar, mas com base no meu tio, ele tinha medo que eu pudesse ser presa fácil para alguns caçadores.

— E ele não estava enganado. – Dean finalmente saiu do modo silêncio, mas ainda a olhava furioso. Mas pelo menos tinha dito algo. – Você deveria ter me dito quando te perguntei se era caçadora! – gritou.

— Você teria me matado. – Prue não teve coragem de olhá-lo. – E eu não menti, sou caçadora também.

— Você usou magia com a gente? – Dean a encarou.

— Nunca. – confessou. – Eu juro que nunca usei meus poderes com vocês.  Só com as coisas que a gente caçou. Bem tentei, mas tinha medo de me expor e vocês descobrissem de um jeito errado.

— Muito inteligente. – ele gritou. – Porque foi exatamente isso que aconteceu!

— Dean! – Sam o repreendeu. – Pru você sabe por que esse demônio está atrás de vocês?

— Não sei.

— E você acha que tem como descobrir? – Sam perguntou.

— Acho que sim. – deu de ombros. – Eu preciso do livro das sombras. 

— O livro das sombras? – Sam perguntou.

— É um livro que tem basicamente, formulas para matar qualquer tipo de coisa. — ela sorriu. – E como um diário gigante. – riu.

O livro das sombras não levou nem um segundo para aparecer em cima da mesa, fazendo com os Winchesters olhassem pra ele surpreso.

— O livro é ligado a cada uma de nós três. E quando uma de nós precisa, ele aparece.

Quando Prue se aproximou do livro, ele fez algo que ela não imaginava que seu livro pudesse fazer. O livro se abriu bem na página do Demônio do Medo.

“O demônio do medo aparece uma vez a cada 1.300 anos na sexta-feira 13. Ele se alimenta dos medos das bruxas para sobreviver.”

— É acabamos de entrar sexta-feira 13. – Sam olhou para o relógio que marcava uma da manhã. – Você acha que pode ser hoje?             

— Ao que tudo indica, sim.

— Ele mata as bruxas, é isso? – Dean a olhou. – Sem ofensas, mas isso não é uma boa coisa?

— Não! – Prue o olhou. – Ele só mata bruxas boas e segundo está escrito aqui... Se ele puder matar 13 bruxas boas e solteiras antes da meia-noite... ficará livre do submundo para espalhar o terror todos os dias. E não só a bruxas boas.

— Então você ainda está na mira do cara?! – Sam disse. 

— Está sentindo esse cheiro? – Dean perguntou. – Parece sândalo.

— Espera! – Prue olhou surpresa para o livro. – Não tinha essa pagina aqui antes. “Para libertar-se do medo, confie no maior de todos os poderes.” Isso não estava aqui antes.

— E o que você acha que pode ser o maior dos poderes? – Sam perguntou.

— Não sei. Talvez o poder das três.                        

 — Poder das três? – Dean a olhou.

 — A única coisa que sabemos sobre o Poder das Três até agora, é que quando estamos juntas nossos poderes ficam mais fortes.

— Ótimo, então até descobrimos, se mantenha longe de qualquer água. – Dean disse irônico, saindo do quarto.

Dean precisava pensar em tudo o que tinha dito. Uma hora mais tarde, ele voltou para o motel, dizendo que um demônio tinha atacado uma mulher na mesma cidade em que estavam. Sam pesquisou rapidamente e acabaram descobrindo que o tal demônio era o Demônio do medo.

— Acho que devemos dar uma olhada. – Sam disse.

— Claro, porque não. – Dean foi irônico.

— Eu só vou ao banheiro. – Prue disse, abrindo a porta.

Ela não acreditava no que estava acontecendo e, nem a forma como o Dean passou a tratá-la. Esses dois meses tinham sido cheio de sinais complexos entre ela e Dean. Mas nem devia pensar nisso, tinha que tentar salvar suas irmãs e as outras bruxas boas das garras do demônio do medo.

— Não podemos ficar com uma...

— Dean, qual é cara?! É a Prue. Não mudou por que é uma bruxa.

— Eu não acredito que o papai, era amigo de uma bruxa. – Dean bufou.

Quando Prue se aproximou do Impala, pegou o final da conversa dos irmãos. Aquilo a enfureceu de tal forma que, ela se colocou na frente do Dean apontando o dedo para ele...

— E então?! Vai me matar? Me entregar pra outro caçador? O que vai fazer Dean?! – ao ver que ele ficou calado a olhando. Ela se enfureceu mais. – Responde a droga da pergunta, o que você vai fazer?!

Dean não respondeu, apenas deu a volta no Impala e entrou no carro.

— Não liga para ele. – Sam sorriu. – Nós vamos te ajudar.

***

— Vocês bruxas são ricas? – Dean perguntou irônico, saindo do carro.

— Sério que vai ser assim agora?

— Não sei Prue! – ele a olhou sério. – Vamos nos separar. – foi em direção a casa.

— Ele só está irritado. – Sam disse.

— Ele me odeia, porque sou bruxa.

— Pru... dá um tempo pra ele processar isso direito.

— Sam... tudo bem. – ela deu de ombros – Vou procurar pelo jardim.

Prueandava pelo jardim da casa e, só conseguia pensar que queria que o Dean a aceitasse e entendesse que ela era uma mulher normal, só que com poderes por ser uma Halliwell.

— Maravilha! – soltou ao ver uma piscina bem na sua frente. – Porque não fiquei com a casa?!

— Não é uma vista em tanto? – um homem estava bem atrás dela. – Trouxe seu maiô? – perguntou a empurrando na piscina.

Dean estava saindo da cozinha, quando escutou um grito. Ele não pensou duas vezes e saiu correndo em direção à piscina.  Quando viu que Prueestava se afogando, pulou na água para salvá-la e, então depois ele se encarregaria de matar aquele maldito demônio. Porém a garota não conseguia mexer suas pernas.Seus poderes estavam paralisados, assim como seus músculos.

Encare seu medo, querida. Precisa confiar no maior de todos os poderes: o amor!

Mãe? — Prue abriu os olhos ao escutar a voz de sua mãe.

Salve-se e ajude as suas irmãs. Não tenha medo, meu amor.

Quando Dean percebeu quePrue mexia suas pernas, a puxou para fora da piscina.

— Vai com calma aí, ô Mulher Maravilha. – ele se colocou na frente dela.  – Não sabemos como matar esse demônio.

— Eu sei! – Prue deu um paço à frente, se aproximando do demônio.

— O seu medo! – o demônio gritou.

— Acabou!Não tenho mais medo. – o jogou para longe. Se assustando com a força que tinha usado.

Ela não sabia que seu poder tinha essa força toda, mas desconfiava que tivesse algo a ver com a raiva. Isso meio que sempre deixava os três poderes mais forte.

— Está tudo bem?? – Sam perguntou ao se aproximar

— Está. – Pruefoi em direção ao Impala.

Sam olhou para o irmão, dizendo que a culpa era dele por Prue estar irritada. Mas na cabeça do Winchester mais velho, ele tinha todo o direito de ficar furioso. Afinal ela que tinha mentido pra ele.

— Onde está o Sam? – Dean perguntou ao entrar no quarto.

— Tomando banho.

— Aonde vai? – perguntou ao vê-la fechando sua mala.

Prue colocou sua mochila nas costas, respirou fundo e se virou pra Dean..

— Você não gosta de bruxas e obviamente não gosta de mim também. Então não vejo motivos pra continuar aqui. – pegou sua mala. – Quando o Sam sair, diga a ele que apesar de estar indo embora não quero perder a amizade dele. Adeus!

— Aquela era a Pru saindo? – Sam perguntou ao sair do banheiro.

— Era. Ela se mandou. – Dean deu de ombros, mas estava mal por ela ter ido embora.

— Claro! Você mudou o jeito com ela, desde que descobriu que era bruxa. – Sam deitou-se encerrando o assunto.

Prue pegou o primeiro ônibus para São Francisco. Ela queria continuar com os Winchesters, mas depois do jeito que Dean a tratou, quando descobriu que ela era uma bruxa. Não podia ficar ao lado dele depois disso.  Mas apesar de tudo tinha me acostumado a eles...


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