Por favor, lembre-se de mim escrita por alinity


Capítulo 2
Capitulo 2: Meus sentimentos por você




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Alethea chorou por um longo tempo nos ombros de Armin, mas se quer conseguiu lhe dizer o motivo. E quando ela se acalmou ele a levou para casa, lhe contando sobre seu mais novo jogo, e ela tentou participar a conversa, mas ele sabia que era pude ilusão, que ela não ouvia nada que ele dizia.  A deixou em sua porta e disse com um sorriso:

—Espero que esteja melhor amanhã.

—Também espero...

Ele se afastou e disse:

—Nos vemos segunda...

Ela apenas concordou com a cabeça e entrou. Foi direto para seu quarto, não desejava ver ninguém e ela sabia que se sua mãe a visse neste momento não cansaria de lhe perguntar o que tanto a preocupava. Por fim as lagrimas voltaram, a jovem nunca pensou que o amor pudesse doer tanto, agora ela se lembrava de todas as paixonites que teve e elas não significavam mais nada... Tudo que ela sentia era a dor de saber que Lysandre, talvez nunca se lembrasse dela, e talvez só talvez ela devesse pensar em desistir desse sentimento e esquecer que um dia o amou.

Alethea não fazia ideia de como tinha passado tão rápido o fim de semana, e naquele momento ela estava a passos lentos indo até a casa do albino. Ela a xingava mentalmente por ter proposto aquilo. Ela sabia que acompanhá-lo só almentaria ainda mais seu sofrimento, mas a idiota tinha que ter sugerido aquilo. Quando ela se aproximou da casa dele, pensou duas, três vezes antes de apertar a campainha, mas já que tinha prometido ela teria que fazer.

Em poucos minutos, Lysandre apareceu e disse sorrindo:

—Bom dia...

—Bom dia Lys...Espero que esteja melhor hoje.

Ele fechou a porta e disse caminhando até ela:

—Sim, e me sinto animado por ir ao colégio, nunca pensei que sentia tanta falta disso.

Alethea não conteve o riso e deu um gargalhada e ele disse a admirando:

—Seu sorriso é contagiante.

A jovem ficou vermelha em instantes e disse mudando de assunto:

—Vamos se não vamos nos atrasar.

Começaram a caminhar e ele disse:

—Então, o que acha que eu preciso saber para sobreviver hoje?

Ela lhe olhou e disse:

—Precisa encontrar seu bloco de notas, ele vai te ajudar um pouco eu tenho certeza. Aposto que você escrevia seus maiores segredos nele.

Depois de dizer aquilo Alethea percebeu que assim que ele lesse aquele bloco de notas tudo poderia mudar outra vez, talvez ele tivesse escrito algo sobre ela, e que depois dele ler, ele poderia se lembrar dela. Ou talvez não se lembrasse e a informação lhe causasse uma confusão horrível. Como ela reagiria se ele a questionasse sobre o que eles eram, e o que diria a ele?

Lysandre cortou seus pensamentos dizendo:

—Talvez, mas acho que não. Eu o perdia muito para escrever meus segredos nele. Talvez ache apenas letras de músicas escritas em ocasiões especiais, ou para pessoas importantes. Lembro quando conheci a Rosa e escrevi uma música e Castiel me perturbou muito tempo, para que eu lhe contasse quem era a jovem na música.

O sorriso dela se desfez e continuou o caminho em silencio. Assim que chegaram na escola, tudo que Alethea queria era não encontrá-la, mas ela foi a primeira a aparecer e Lysandre virou outra pessoa perto dela e disse com um lindo sorriso nos lábios:

—Rosa...

—Lys, vejo que esta muito bem.

Tudo que Alethea queria era sair correndo dali, mas ela sabia que não poderia. Tudo que poderia fazer era manter o olhar mais longe possível dos dois.

Lysandre disse rindo:

—Só preciso recuperar minhas lembranças e tudo ficara certo.

Rosalya respirou fundo e disse:

—Acho que logo recuperará. Se me der licença eu e Alethea temos alguns assuntos para tratar, se não em engano Castiel esta na sala.

Quando Alethea percebeu já estava sendo arrastada por Rosalya para longe de Lysandre. E disse assim que conseguiu se soltar:

—Não tenho nada a tratar com você.

A garota a fuzilou com os olhos e disse:

—Mesmo? Você esta me ignorando há dias, e eu gostaria de saber o motivo.

Alethea a encarou e disse:

—Você é uma ótima atriz fingindo que não sabe.

—Eu não quero brigar com você, então pare com essas ironias.

Alethea suspirou e disse:

—Rosalya, pense um pouco. Como acha que me sinto, o cara que eu amo se esqueceu de mim e só se lembra do amor platônico que sente pela minha melhor amiga.

A albina disse receosa:

—Mas eu já resolvi isso, e ele entende que eu amo o Leigh.

—E daí, ele continua te amando. Só pelo jeito que ele fala de você da para perceber. E isso dói, ele gostava de mim até aquele maldito acidente, mas agora acabou e o maximo que eu vou conseguir é o carinho dele e sua amizade. Você entendo como isso machuca, eu durmo todas as noites rezando para que quando eu acordar ele se lembre mim, e quando eu o encontro nada mudou.

—Alethea...

As lagrimas de Alethea mas uma vez fugiam de seus olhos e ela disse:

—Então me faça um favor e me deixe em paz, eu não quero olhar pra você e me lembrar que ele te ama e que eu nunca vou conseguir chegar aos seus pés...

Depois daquelas palavras tão fortes, Alethea correu para o jardim, precisava se acalmar, precisa fugir de tudo aquilo, só queria que tudo voltasse ao normal de novo, só isso...

Lysandre seguiu até seu armário, queria ter a certeza que seu bloco de notas estaria ali. Mas antes que abrisse o armário escutou alguém chamar seu nome, se virou e viu seu amigo se aproximando e disse:

—Castiel...

—Não me diga que não se lembra mais da senha e vamos ter que arrobar o armário?

O albino sorriu, este era seu melhor amigo um engraçadinho que adorava fazer piadas maldosas. Ele lhe respondeu:

—Não, todas as minhas senhas são a mesmo, assim fica mais difícil eu esquecer.

E Lysandre voltou a abrir o armário e disse:

—Estou procurando meu bloco de notas, Alethea acha que pode me ajudar a lembrar de algo.

—Ela anda bem dedicada a você, não é?

Lysandre o encarou e perguntou:

—Não entendi, o quis dizer.

—No dia do acidente, ela estava com você. Quando soube que você perdeu a memória entrou em choque, depois quase surtou quando soube que você se lembrava de todos menos dela. Então, eu estive pensando e acho que ela tem haver com seu acidente e esta com remorso por todos problemas que tem te causado.

O vitoriano olhou para o ruivo chocado, nunca tinha pensado nesta possibilidade, e talvez essa fosse a verdade por de trás de suas lagrimas. Alethea estaria se culpando por ter causado o acidente dele, e o remorso estava a destruindo.

O ruivo o olhou confuso e disse:

—Eu posso não ter razão, mas é uma boa teoria. Por que mais ela se dedicaria tanto a um amigo?

—Você pode ter razão. Mas o que importa é que eu preciso saber da verdade me lembrando daquele dia.

E o albino voltou seus olhos ao armário, e depois de arrancar tudo dele, não havia nem sinal do bloco de notas. Ele olhou para o amigo e disse:

—Acho que o perdi de vez...

No jardim, Alethea enxugava o rosto e estava indo para o corredor. Quando sentiu uma mão em seu ombro, se virou e se deparou com Armin. E ela disse:

—Armin...

—Chorando outra vez?

—Sim.

—E eu posso saber o motivo dessa vez?

Ela fitou o chão e disse:

—É complicado. Devemos ir logo vai começar a aula.

Alethea tentou fugir, mas ele a segurou pelos braços e a fez olhar para ele e disse:

—Alethea, eu estou preocupado com você. Então, por favor me deixe te ajudar.

—Ninguém pode me ajudar. Eu agradeço sua preocupação, mas...

Ela foi interrompida por uma voz conhecida dizendo:

—Solte-a...

Alethea nunca ficou tão feliz em ver Alexy e correu para seu lado. Armin fechou a cara e disse ao irmão:

—Estávamos apenas conversando.

—Não parecia, pelo jeito você estava a intimidando.

Armin rosnou e disse:

—Não estou afim de escutar suas teorias mirabolantes. Tenho coisas mais importantes para fazer

E o moreno saiu irritado. Alexy olhou para a amiga e disse:

—Me diga a verdade, ele esta te incomodando?

—Não, Armin quer saber por que ando chorando pelo cantos. E eu não quis dizer e ele agiu daquele jeito, mas eu entendo que ele esta preocupado.

—Todos estamos. Depois do acidente você não é mais a mesma. Sua alegria sumiu, e isso me preocupa muito.

Alethea deu um sorriso fraco e disse:

—Eu sei, mas eu não consigo sorrir de verdade e sair por ai, buscando algo ou simplesmente me divertir. Não sabendo que o perdi...

—Sabe eu aposto que você conseguiria fazer ele sentir o que sentia por você outra vez.

A garota olhou para o chão e disse:

—Eu nunca poderei competir com a Rosalya, ela é uma deusa e eu não passo de uma garota qualquer.

Alexy colocou sua mão no queixo dela e a obrigou olhá-lo e disse:

—Eu nunca vi essa garota qualquer, e sim uma garota encantadora, gentil e linda do seu jeito.

Ela o abraçou forte e disse:

—Por isso que te amo tanto Alexy...

—Também te amo.

Alguns dias se passara, e nada havia mudado. O bloco de notas não estava em lugar nenhum, e Lysandre ainda não se lembrava do que era realmente importante. Alethea ainda continuava a ser sua companheira inseparável, mesmo que isso lhe doesse muito, e Rosalya tinha se afastado assim como Alethea lhe pediu.

Alethea achou que aquela manhã seria como as outras, seguiu para o colégio sozinha, Lysandre resolveu que precisava se virar um pouco sozinho e pediu um pouco de espaço. As vezes Alethea achava que ela estava o sufocando, mas nem mesmo Castiel tinha lhe provocado sobre isso, e ela estava começando a achar estranho. Ela sabia que o ruivo nunca perderia a oportunidade de fazer piadinhas dela, então por que ele ainda não o tinha feito? Muito estranho...

Assim que entrou na escola, seguiu para seu armário, ela precisava pegar seu livro de historia. Mas, antes que pudesse o abrir, havia um bilhete preso na porta do mesmo, ela o puxou e começou a ler.

"Estou com o bloco de notas do Lysandre, se o quiser de volta me encontre atrás da quadra antes do inicio das aulas."

Alethea nem pensou duas vezes e correu para lá. Quando viu aquele cabelo, engoliu em seco e disse se aproximando:

—Ambre...

A loira se virou e disse:

—Alethea...

—Me entregue o bloco de notas.

A garota deu um sorriso diabólico e disse:

—Não sei por que faz tanta questão de tê-lo. Ele não é seu...

—Isso não importa, eu quero devolvê-lo ao Lysandre.

Ambre disse desconfiada:

—Mas por quê? Você fez a escola toda ficar procurando este maldito bloco de notas, que importância ele tem? Acha mesmo que alguns rabisco e desenhos mal feitos vão fazer ele se lembrar de você? Queridinha eu acho que nem ele vai conseguir ler, a letra dele é horrível...

Alethea respirou fundo se contendo antes de responder e disse:

—Isso não tem nada haver com você. Então me entregue este bloco antes que eu não me responda por mim.

—Que menina bravinha. Cão que ladra não morde. E você entende bem o assunto já que virou a cachorrinha do Lys-fofo a semana toda. Sabe o que eu pensei quando via você e ele passando, o cego e a cachorra guia, estava tão divertido...

Mas Ambre não conseguiu terminar de rir já que Alethea lhe deu um tapa na cara e disse puxando o bloco de notas da mão dela:

—Eu não sou cachorra, e se cruzar meu caminho de novo eu juro que o corte de cabelo que a Priya lhe fez não será nada comparado ao que vou fazer.

E Alethea saiu dali bufando de raiva. Assim que se afastou deu um grande sorriso, tinha conseguido o bloco de notas dele e tinha uma esperança tão forte que através daquele pequeno caderno, ele pudesse se lembrar de tudo e que aquele terrível pesadelo passasse. Alethea queria abrir o bloco de notas, mas antes que pudesse fazer o viu passar e tomou a coragem de chamá-lo:

—Lysandre...

Ele se virou para ela e ela se aproximou e disse:

—Venha, quero te dizer uma coisa.

Ela pegou na mão dele e o puxou para o porão, ninguém os interromperiam ali. Ele entrou lá intrigado e disse:

—Por que estamos aqui?

—Aqui...

Ela lhe entregou o bloco de notas e disse com um sorriso:

—Eu o encontrei, e queria que você o lesse em um lugar tranquilo.

Ele sorriu ao pegar seu precioso bloco de notas e disse:

—Entendo...

O coração de Alethea estava desesperado, ali tinha que estar sua salvação, e ela sabia que teria. Que quando ele lesse iria descobrir a verdade, e se lembraria de cada momento que viveram juntos e a partir daquele instante escreveriam a mais bela historia de amor do mundo...

Ele começou a folheá-lo e parou em uma página, olhou para ela e disse:

—Aqui está...

Continua...


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