My Hero || Flash || Livro 1 escrita por LittleMermaid


Capítulo 28
Capítulo 27




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➺ Sophie's POV

Por que penso tanto na Iris com o Barry? Mesmo tantas vezes ele me dizer que me ama, e que faria de tudo por nosso amor, parece não ser verdade. Sempre que Barry vê Iris, sua atenção é toda voltada a ela.

— Querida? — A voz de meu pai me tirou de meus pensamentos tristes e melancólicos. Ele me olhava preocupado, e ao seu lado Emmy me encarava um pouco constrangida. — Você não tocou na comida. Foi Emmy que fez. — Olhei para o prato, mas não sentia fome. Arrumei os talheres na mesa, e me levantei da cadeira.

— Estou sem fome, desculpe. — Sai, e subi as escadas na direção de meu quarto. Meu quarto continuava o mesmo, mas sem as coisas pareciam tão vazio. Me sentei na cama, e em minha cabeça memorias do Barry passavam como em um filme maravilhoso, não queria que acabasse. Meu pai entrou, e se sentou ao meu lado.

— Sei que é dificil ter a Ammy aqui, mas... — Eu balancei a cabeça, o problema não era ela.

— Não é ela. Só não estou em sentindo bem, pai. — Ele me examinou, e então segurou minha mão.

— O que Barry fez?

— O que?

— Me lembro que quando criança você ficava assim quando estava triste com algo que aquele garoto fez. — Eu sorri, e balancei a cabeça de novo.

— Não quero conversar...

— É bom conversar... E eu fico preso naquele escritório todos os dias. Eu quero muito um momento de pai e filha. — Ele sorriu, e se ajeitou na cama.

— Não acho que... Ele gosta mim. — Ele me encarou, pensativo no que iria dizer.

— Como pode pensar em uma coisa destas?

— É que... Ele ainda tem sentimentos pela Iris.

— Então faça ele se esquecer dela. — Ele disse, não sabendo oque dizer. Mas era incrível ele tentar. — Querida, não pense no passado ou no futuro. Viva o presente. E se você ama aquele garoto, lute por ele. — Ammy bateu na porta, e então ela entrou. Ele a encarou e depois voltou sua atenção em mim.

— Desculpe pelo jantar, Ammy. — Ela sorriu, e balançou a cabeça.

— Tem alguém aqui te procurando. — Imaginei ser Barry, e fiquei um pouco indecisa em descer. Criei forças, e desci as escadas para encontrar o homem loiro parado na sala, encarando uma fotografia minha quando criança.

— Eddie? — Chamei sua atenção, que me encarou, ele ainda parecia cansado. — O que faz aqui? Deveria estar descansando.

— Podemos conversar? Em particular... — Ele disse olhando para meu pai e Ammy que espiavam do segundo andar. Eu sorri, e o guiei para a varanda.

— Sobre o que quer falar? — Nos sentamos no balanço de madeira branco, e ele parecia com duvida em dizer.

— Wells... Eobard... Ele me disse que Barry e Iris irão se casar. — Fiquei surpresa em como ele foi direto.

— Eu sei... — Ele ficou ainda mais surpreso com minha resposta. Balancei meus pés no ar enquanto pensava no que dizer. — Conversou com a Iris? — Ele negou.

— Barry sabe? — Concordei, e ele ficou desanimado. — E ainda está com ele? — Não sabia o que responder, porque não tinha ideia de como estava com Barry. — Acha que vale a pena lutar uma batalha em que já perdeu a guerra?

— Eu não sei... — Ele encarou a casa dos Wests. — Você está sozinho?

— Eu pedi para ela ir embora... Precisava pensar. — Eu sorri, um sorriso sem emoção e triste.

— Converse com ela... É a melhor coisa a se fazer. Não a mande para longe, a guerra ainda não acabou. — Ele se levantou, e encarou o céu que estava brilhante com as estrelas.

— Obrigado, Sophie. — Ele acenou, e foi até o seu carro. Me encostei no balanço, e encarei o carro até ele desaparecer. Olhei para a casa e não vi nenhuma luz acesa, provavelmente ainda estão pensando em algo para ajudar os meta-humanos. Me levantei, e peguei meu celular do bolso. Quinze ligações perdidas, e seis mensagens do Barry. Desliguei o telefone, e entrei.

 

➺ Barry's POV

Fui até Saints & Sinners atras de uma pessoa que não queria muito, mas precisava da ajuda de todos que conseguisse. Assim que entrei, ele se virou e sorriu.

— Vaja se não é o velocista escarlate. — Snart disse.

— Precisamos conversar.

— Quer alguma coisa? Cerveja, comida? Os ovos em conserva daqui são ótimos.

— Não. Preciso da sua ajuda.

— Deve estar muito desesperado para pedir a minha ajuda, mas estou curioso. O que quer?

— Ajuda para transportar algumas pessoas para fora.

— Quantas? — Ele pegou um copo de cerveja e se sentou na mesa de sinuca.

— Cinco. Cinco pessoas muito más e com muita raiva que têm poderes.

— Quer que eu faça o que, congele o problema? Proteger você caso algo dê errado? Primeiro regra: proteja a si mesmo. — Ele se levantou e andou em minha direção. — Não vou ajudar a tirar seus inimigos da cidade.

— Não são só meus inimigos, são seus também. — O segurei pelo ombro, fazendo ele parar de andar.

— Duvido.— Ele se soltou de mim, e ficou me encarando.

— Eles vão destruir Central City.

— Não é o meu prblema.

— Você disse que ama aqui, e que é sua casa.

— Amo, e é.

— Se estas pessoas escaparem, não haverá cidade para amar. Não vai roubar ninguem se todos estiverem mortos. — Ele suspirou, e continuou a andar, parando em uma mesa. Ele pegou uma caneta, e colocou o copo na mesa.

— Argumento convincente. — Tirou um pedaço de papel e começou a escrever. Mas se eu vou te ajudar... Quero algo em troca. — Ele me entregou o papel, e comecei a ler. Eu sorri ao ver o que ele me pedia.

— Não, isto é impossivel. Não posso fazer isto.

— Então não posso te ajudar.

— Tem que ter... — Eu gritei, e ao perceber que estava alterando minha voz respirei fundo e me concentrei. — Snart, tem que ter algo que você quer que eu possa consiguir. — Ele ficou em silencio por alguns instantes, e então voltou a me encarar.

— Deixe-me pensar. — Ele se retirou, e então peguei meu celular. Ainda não tinha nenhuma resposta de Sophie, estava começando a me preocupar.

 

➺ Sophie's POV

Parei de andar assim que vi Mike na entrada do Jitters. Fui até ele, que sorriu ao me ver.

— Que surpresa... Quer tomar um café comigo? — Ele apontou para o Jitters, e logo neguei.  

— Não... Vou ver o Barry agora. — Seu sorriso diminuiu, e então ele encarou o chão. 

— Certo. Parece que perdi minha amiga. — Eu sorri, e então segurei seu braço.

— Não perdeu! Eu prometo que quando tudo se acalmar, ficarei um dia inteiro com você. — Ele sorriu.

— Que venha este dia logo. — Olhei para o relógio de seu braço, e me soltei dele.

— Tenho que ir. — Beijei seu rosto, e dei mai volta acenando para ele. 

Antes de entrar no edifício S.T.A.R.S. fui surpreendida por alguém que nunca esperava ver outra vez. Ele sorriu e acenou, eu peguei meu spray de pimenta que agora carregava e mirei nele. Ele ergueu os braços, e seu sorriso aumentou.

— O que faz aqui, Snart? — Eu perguntei, e ele abaixou os braços.

— Vim ver seu herói.

— Para ele chutar seu traseiro outra vez? — Ele gargalhou, e andou em minha direção segurando minha mão e tirando o spray de mim.

— Ele me convidou. — Olhei confusa para ele, que colocou o frasco de pimenta de volta em minha bolsa, e depois deus dois tapinas em minhas costas. Ele começou a andar para dentro do edifício e olhou para mim mais uma vez. — Você não vem?

— Olá detetive. — Snart disse, chamando a atenção de todos, Joe já ia pegando sua arma, mas Barry o impediu. — Caitlin e Cisco. — Cisco o encarou com medo em seus olhos, não o culpo afinal ele torturou seu irmão. — Você quer minha ajuda, aqui está o que quero. — Snart olhou para mim, e Barry o encarou confuso. — Não ela. — Barry respirou aliviado, e Snart sorriu como uma criança. — Impressões digitais, registros dentais, DNA, ficha criminal, arvore genealógica, tudo que há neste mundo que envolva Lenard Snart. Quero que seja destruído. Tudo. — Joe o encarou como se quisesse mata-lo ali e agora.

Barry não parecia ligar muito com o que Lenard falava, apenas me olhava de longe, querendo conversar comigo, dizer algo, mas parecia com medo de se aproximar. Cruzei meus braços e voltei minha atenção a Snart.

— E por que eles fariam isto? — Perguntei, tentando entrar no meio da historia.

— Ele pode ser a nossa unica forma de ajuda para transportar os meta-humanos. — Barry respondeu. Não parecia muito orgulhoso do que fazia, mas sei que ele sempre pensava no melhor de todos. — Eu faço. — Barry concordou, o que fez Joe perder a cabeça.

— Você está louco, Barry? — Eu disse e ele apenas me encarou, com toda a certeza em seus olhos.

— Precisamos conversar, agora. — Joe cutucou Barry e o o guiou para outra sala. Snart me encarou e sorriu. Ele acenou, e levou sua atenção para os computadores ao seu redor. Barry logo voltou, e Joe parecia inconformado com a conversa.

— Eu vou fazer, me encontra lá fora em meia hora. — Ele saiu em alta velocidade, e Snart saiu com um grande sorriso do rosto. Suspirei e encarei Joe.

— Isto é mesmo necessário?

 

~ Mais tarde

Depois de colocarem os cinco no caminhão, todos subiram em seus veículos para seguir no plano. Ninguém desconfiaria em um caminhão de comida congelada transportando pessoas dentro. Barry me impediu de entrar no carro de Joe.

— Você não vem. — Eu o encarei e cruzei meus braços.

— Do que esta falando?

— Se algo acontecer, eu preciso que fique segura.

— Eu vou ficar bem. — Disse descruzando meus braços, ele suspirou e Snart parou sua moto do meu lado, me entregando um capacete.

— Estara mais segura comigo. — Ele sorriu, e eu realmente duvidei das palavras dele, mas aceitei o convite e subi em sua moto, colocando o capacete. Barry me olhou preocupado, mas aceitou.

— Vou cuidar das ruas. — Barry disse e todos ligaram seus veículos. Nunca gostei de motos, então me agarrei em Snart forte quando ela começou a andar.

— Esta dando em cima de mim?

— Nem em sonhos.

Barry estava cuidando das ruas em nossa frente para que não demorasse ate chegar no local. A unica coisa que podia ver era a traseira do caminhão e o vento gelado que batia em minhas mãos. Depois de alguns minutos, paramos em Farris Air, pensei que estava fechado.

— Farris Air. — Snart disse, esperando eu sair da moto. Ele desceu também, e fomos até Barry. — Achei que este lugar esta fechado.— As vezes penso que todos conseguem ouvir meus pensamentos.

— Estava. — Barry respondeu.— Um dos pilotos de testes desapareceu.

— Qual o plano? — Joe disse, e parecia impaciente.

— Devem chegar a qualquer momento. Ouça, Joe, sei que não concorda com isto...

— Deixa para lá Barry, só quero acabar logo com isto... — Joe se retirou, e Barry me encarou.

— Como foi o passeio com Snart?

— Horrível. — Eu respondi, com um sorriso. Ele sorriu de forma encantadora, mesmo usando aquela máscara. Ele andou até a mim, e segurou minhas mãos. Tudo o que eu queria dizer passava em minha mente, mas nada chegava em minha boca. Sentia as palavras escapar pela minha língua.

— Sophie, eu não sei...

— Eles chegaram. — Caitlin disse, chamando nossas atenções ao grande avião que estava no céu.

— Pessoal, problemas! — Cisco correu assustado, tropeçando no caminho. — O amortecedor está instável. Está perdendo energia e não sei o porque.

— Pessoal... — Eu disse, olhando para a tempestade que se formava.

— Mardon. — Barry me olhou, e me abraçou, me segurando com toda a sua força. Um raio atingiu o avião que despencou no chão a alguns metros de distancia. A porta do caminhão se abriu, e os cinco sairão. Todos correram tentando se esconder deles, Barry me agarrou, e me levou para longe, me deixando ao lado de Snart.

— Protege ela! — Ele ordenou, e voltou para lutar. Snart mirava sua arma contra os que se aproximavam. Não me sentia confortável ou protegida com o maniaco que me sequestrou, mas ele era o único perto de mim capaz de fazer algo. Joe começou a atirar com sua arma do outro lado também. Me abaixei e coloquei minhas mãos em meus ouvidos. Ouvi Caitlin descontrolada brigando com Cisco. Olhei para o caminhão e o Ladrão do Arco-Iris estava lá. Virei meu rosto. Não olhe nos olhos dele, fiquei me repetindo. Dei outra espiada, tentando encontrar Barry. Vi ele sendo atingido por um raio que caiu da tempestade.

— Flash! — Gritei, chamando a atenção de Mardon que me encarou. Me lembrei da história que Barry me contou, e senti uma dor insuportável no meu peito. Outro dos meta-humanos se aproximou de Barry, ele ainda estava no chão sem forças.

— Acabe com eles Simmons! — Mardon gritou para o homem que fez seus olhos brilharem um vermelho intenso. Assim que dei um passo para correr em direção a eles, Snart me segurou, e me puxou para trás dele.

— Deixa com os adultos. — Ele mirou sua arma no homem e atirou. Seu rosto ficou completamente queimado por causa da baixa temperatura que a arma de Snart causou. Ele andou na direção dos outros dois, que ergueram suas mãos. Corri até Barry, e segurei sua mão, me ajoelhando ao lado. — Que tal dizermos que hoje foi empate? — Bivolo ficou com seus olhos vermelhos, mas a irmã de Snart mirou sua arma na cabeça dele, fazendo-o parar. — Vamos todos seguir nossos rumos. Sou Lenard Snart, a proposito. — Ele se aproximou deles.

— Sei quem é você. — Mardon disse, e Snart sorriu.

— Sempre é bom conhecer um fã. Só lembre quem garantiu que não fossem jogados naquele avião. — Fiquei confusa com o que estava ouvindo, sabia que não era bom confiar em Snart.

— E você vai nos deixar ir? — Mardon disse, sorrindo. Ele olhou para o corpo de Simmons no chão. — Por que atirou no cara?

— Ele me devia.

— O que você quer? Um "obrigado"?

— Quem não gosta de um?

— Obrigado. — Bivolo disse, e Mardon revirou os olhos.

— De nada. — Snart deu de costas para eles, e andou em nossa direção. Mardon e Bivolo se retiraram. Encarei Snart com um grande desprezo, e apertei a mão de Barry que o encarou também.

— Não me olhe com esta cara... — Ele disse, se agachando ao lado de Barry.

— Você sabotou o caminhão. — Barry disse ainda deitado, parecia com muita dor. — Por que deixou eles escaparem?

— Por que agora todos me devem. — Ele retirou seus oculos, sorrindo. — E algo me diz que eles serão mais úteis para mim em meu bando do que apodrecendo ao norte do mar da China.

— Você nos prometeu. — Eu disse, e Snart soltou uma risada irônica.

— Verdade. Mas tem um detalhe. Sou um criminoso e mentiroso. Machuco as pessoa e as robo. O que esperava que eu fizesse sendo quem eu sou? Vi uma chance de virar tudo ao meu favor e peguei. Você está com raiva é de si mesmo, Flash. — Ele encarou Barry que estava muito irritado. — Isso é culpa sua... Barry.

— Então por que não me mata? — Snart se levantou, e encarou Barry com agonia e um sorriso apareceu em seu rosto. Ele me encarou, e então piscou um olho para mim.

— Acho que agora vocês me devem também. — Ele andou até a sua moto colocando seus óculos novamente. — Bom sorte com tudo isto. Na verdade, estou muito animado para ver como tudo acaba.— Cisco correu até nós, e se abaixou do meu lado, examinando Barry.

— Tchau, Cisco. — Lisa disse, subindo na garupa de seu irmão, que ligou a moto e sorriu antes de partir.

— Está tudo bem, Barry. — Eu disse, segurando sua mão, ele apertava mais forte a cada dor que sentia. — Esta tudo bem...

 

➺ Barry's POV

Como pude acreditar em Snart? Fiquei me corroendo a noite toda com esta pergunta. Algo simples acabou se tornando em algo terrível, e tudo por minha culpa. Ainda nem acredito que coloquei a vida de Sophie nas mãos dele. Me sentei no chão gelado, ainda não tinha tirado o traje vermelho. Só queria ficar sozinho. Sophie apareceu na minha frente, virei meu rosto para o chão, não queria conversar com ela agora, não queria que ela me visse desta forma. Ela se sentou ao meu lado, e ergueu meu rosto para que olhasse para ela. Encarei seus olhos azuis e me perdi na imensidão do oceano que existia neles. Ela me abraçou, e senti todos os meus músculos relaxarem.

— Obrigado por não dizer um "eu te avisei".— Eu disse, e ela sorriu. Aquele sorriso que trazia felicidade, que esquentava meu corpo.

— Mas eu te avisei. — Eu sorri, como ela conseguia fazer eu sorrir em momentos como estes era um mistério. Voltei a encarar o chão, e ela segurou minha mão. Suas mãos pálidas e pequenas brincavam com meus dedos.

— Eu vi a forma como Oliver faz as coisas... E ele não tem medo de fazer o que é preciso e eu pensei que conseguiria também. Pensei que iria conseguir usar o Snart... Mas ele me usou.

— Você não é o Arqueiro, Barry. — Ela me disse, voltando a ergueu meu rosto para ela. — Você é um tipo de herói diferente.

— Que tipo de herói eu sou?

— Do que tipo que se importa se os vilões morrem ou vivem. Eles fizeram coisas horríveis, Barry... — Ela se aproximou de mim, e encostou minha cabeça em seu ombro. — E você quis salvar eles. — Eu sorri em ouvir ela me dizer todas aquelas palavras. — Você sabe a diferença de certo e errado e não esta disposto a cruzar a linha entre os dois, e isto é o que te diferencia do Arqueiro. Então me promete que não vamos mais caminhar pelo lado negro? — Eu concordei com a cabeça, e ela beijou minha testa. Era confortante ficar daquela forma com ela, era como se eu sentisse uma barreira me protegendo quando ela estava comigo.

O alarme acionou, me tirando da minha zona de conforto com ela, fiquei decepcionado em não ter conversado com ela sobre o que a incomodava tanto. Ela me olhou, e se levantou, estendendo sua mão.

— Ainda temos trabalho a fazer. — Segurei sua mão e me levantei junto dela.

— Pesoal... — Cisco falou nos alto falantes. — O acelerador está carregado e ligado. — Ela me encarou assustada, a segurei e corri até o cortéx. Arrumei seu cabelo, que sempre bagunçava quando fazia isto, e encarei o Cisco, Joe e Caitlin que estavam apavorados encarando o monitor. Olhei para ele, e era uma das câmeras de segurança, mostrando Wells abrindo o portão para entrar.

— Nem pense nisto. — Joe disse, segurando meu ombro.

— Não pode sair lá sozinho. — Caitlin disse, e Sophie segurou minha mão. Tentei sentir o conforto dela novamente, mas tudo o que pude sentir era ódio e desprezo por Wells.

— Sim, eu posso. — Soltei a mão de Sophie, e corri para encontrar Wells. Ele me encarou, e sorriu.

— Ouvi que sua transferência não deu certo. Sinto muito.

— Era parte do seu plano, creio eu? — Meu coração estava acelerado em ver ele na minha frente, tudo o que queria e pensava era em acabar com homem que matou minha mãe, e colocou meu pai na prisão.

— Na verdade, não interferiu em nada no meu plano, mas estou impressionado que fez tudo aquilo para manter eles a salvo. Sempre o herói, não é Barry?

— Já machucou pessoas demais.

— Eu sei, me vê como o vilão. Mas se você olhar para trás, Barry, se prestar atenção em tudo o que eu fiz, em cada engrenagem que pus para funcionar, perceberá que eu só fiz o que tinha que fazer. — Ele começou a andar em minha direção, com aquele sorriso em seu rosto que irritada cada nervo do meu corpo.

— E o acelerador de partículas? Como ele entra no seu plano?

— Por que não entramos e me deixa mostrar a você.

— Acabei de aprender de forma difícil a não confiar no vilão.

— E ainda assim, eu mostrei a você, várias e várias vezes que não pode me derrotar. — Uma chama no céu chamou minha atenção, e assim que se aproximou, pude ver que era o Ronnie, o Nuclear. Sorri, e ele veio até o meu lado.

— Uau, trouxe um amigo. — Wells disse, com um grande sorriso em seu rosto. Então apareceu do meu lado direito Oliver, fiquei surpreso e feliz ao mesmo tempo. — Bem vindo, Sr. Queen.

— Espero não estar atrasado. — Oli disse, com sua feição séria.

— Chegou bem na hora. Não me importa quão rápido você corra, não pode lutar com nós três ao mesmo tempo.

— Não posso? — Wells se aproximava, sorrindo.— Confie em mim, isso vai ser divertido. Ele cerrou seu pulso,e apontou seu anel para mim. Ele começou a brilhar, e então sua roupa amarela saiu dele. Coloquei minha máscara, e me preparei. 

É agora!


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