The Gods - Interativa escrita por Leon
Notas iniciais do capítulo
Obrigado por me fazer feliz em um momento dark.
— Irmão! - Falou Daniel, enxugando as lágrimas de Ethan, ele ainda estava preso em sua cela, pensando em seu destino, possivelmente seria enforcado em praça pública na manhã seguinte. - Eu sei que você não matou Sam, você apenas estava na hora errada.
— Acha que eu devo falar isso em meu julgamento? - Murmurou Ethan, olhando com os olhos marejados de lágrimas. - Eles vão me enforcar no mesmo instante.
— Acredito que eles vão te inocentar. - Daniel olhou para ele, sentindo pena. - Preciso ir, amanhã será o seu julgamento, preciso me preparar para defender você.
[...]
Ethan entrou na sala onde seria julgado. Ela era grande, com muitas pessoas sentadas nos lados, um grande espaço no centro e na cadeira maior estava o juiz olhando diretamente para ele, o pássaro misterioso estava na mesa à frente do juiz. Ethan achou muito estranho, conceder permissão para um animal entrar no espaço fechado, ele não sabia como ele fora parar ali.
— Todos prontos? - Falou o juiz com uma voz enérgica. - Eu, Alexander, juiz da região do reino da Terra, estou presidindo este julgamento referente ao caso envolvendo Ethan Shaw com a morte de Samuel Shaw. Você está ciente de que você poderá ser condenado a morte por enforcamento?
— Sim! - Falou Ethan. - Mas...
— Está ciente de que somente poderá dizer a verdade?
— Sim!
— Comece.
Ethan prendeu a respiração e começou a falar do momento em que saiu para a floresta.
— Eu estava caminhando pela floresta, tentando respirar um pouco de ar puro, andei alguns metros e observei um pássaro igual ao que está ao seu lado. - O pássaro fez um movimento sinistro com os olhos e virou-se para o juiz que o mandou continuar. - Estava anoitecendo e voltei para a minha casa, quando fiz isto encontrei o meu irmão caído no chão com um corte no peito e me encontraram segurando o meu irmão.
— Não seja tão petulante! - Gritou um morador, mas calou-se ao ver o olhar do pássaro. - Quer dizer... a história não é bem assim. Ele entrou na casa e matou o irmão.
O juiz sorriu.
— Eu pedi para que falasse alguma coisa? - Falou Alexander. Isso atingiu o morador como uma flecha e ele ficou calado. - Eu acredito em você, por isso eu não vou condená-lo à morte, mas uma pena deve ser dada, por isso, eu vou sentenciá-lo à sete anos de prisão e de... - Ele olhou para o pássaro. - serviços prestados a esta corte.
Ethan sorriu e acenou para Daniel, ele estava salvo da morte, mas ainda havia uma pena para cumprir.
...
Horas mais tarde.
— Pessoas matam irmãos e não são condenados à morte! - Gritou Garth, o morador que havia opinado contra Ethan no julgamento, ele estava completamente embriagado e andava pela floresta com uma garrafa de vinho e cigarro. - Eu odeio a lei e odeio tudo isso aqui.
Ele estava levando consigo um grande machado, pois odiava a floresta em que a sua vila era circulada.
— Olha só o que faço com isso aqui. - Ele começou a destruir as árvores com o machado bem como pisar em ninhos de pássaros, matar coelhos e pisar nos frutos.
— O que está fazendo aqui? - Perguntou um menino, ele estava descalço, com fome e se alimentava na floresta. - Saia desta floresta, por favor, não estrague os frutos, estou morrendo de fome.
A ira de Garth fora tamanha que ele pegou o machado e atirou no menino, o machado ficou alojado no peito dele, o sangue inocente caiu na terra. Garth virou de costas e começou a beber mais vinho.
— O que está fazendo aqui? - Falou uma voz fina, porém imponente. - Saia daqui agora
Garth não lhe deu ouvidos e arrancou o machado do menino e cravou-o em uma árvore.
— O QUE ESTÁ FAZENDO? - Gritou o segundo menino que o havia chamado. - COMO OUSA ENTRAR AQUI, MATAR UMA CRIANÇA INOCENTE, MATAR SAMUEL SHAW E ARRANCAR AS ÁRVORES?
Garth olhou para trás e viu um menino com uma túnica branca, ele era baixo, com olhos castanhos, cabelo da cor da terra da floresta e uma coroa de rosas no cabelo.
— Eu sou Garth e não conheço você.
— Eu sou Quaker, o deus da Terra.
— Eu não me importo, não sei de que peça teatral, o senhor saiu.
— Que assim seja. - Quaker retirou-se do local, transformando-se em um pássaro dourado.
Garth cravou o machado em uma árvore, mas derrubou a garrafa de vinho pelo chão, quando foi recolhê-la derrubou o cigarro aos seus pés, provocando chamas sobre o seu corpo. Ele estava sentindo as dores das queimaduras, quando percebeu o que tinha feito, notou que Quaker estava parado próximo a ele.
— Me ajude! - Gritou Garth, segurando o braço de Quaker.
Quaker sorriu e encostou os lábios próximo aos ouvidos dele.
— Não sei de qual peça teatral, o senhor saiu.
O corpo de Garth começou a se incendiar cada vez mais, até que não restou mais nada. Quaker com um estalo de dedos, apagou o incendio e reconstruiu as árvores e andou lentamente até o menino, tocou-lhe a testa e fez com que o menino retornasse à vida.
— Estou com fome! - Falou o menino.
— Pegue qualquer fruto destas árvores, obrigado por ter tentado defender esta floresta, por isso, eu te darei a imortalidade, mas deve proteger o meu templo, que pela infelicidade do rapaz, é esta floresta.
— Obrigado senhor.
Quaker desapareceu, deixando o menino comer as maçãs.
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