Metal contra as nuvens escrita por Tifioni


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá leitor! Tudo bom?
Muito obrigada por estar aqui!

Essa foi a primeira fanfic GaLe (a maioria das que fiz é NaLu) que eu escrevi, lá em 2013. Particularmente, eu a adoro! Espero que você goste de lê-la tanto quanto eu gostei de escrevê-la.
Ela foi postada em outro site de fics originalmente, porém eu dei uma repaginada nela e a trouxe aqui para o Nyah! UHUL

Sem mais delongas, boa leitura pessoal ♥



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Ela estava lá, com o livro aberto há tempo, sentada no banco de sempre, próximo ao bar da guilda. Ás vezes, levava o copo aos lábios, bebericava sua bebida e continuava a ler, anotando alguma coisa, vez ou outra, num caderno, sem tirar os olhos do livro.

Gajeel captava cada um desses detalhes,sentado num dos cantos mais extremos do prédio da Fairy Tail, espiando discretamente a moça pelo canto do olho. Estava confuso, mas não acerca do que sentia. Já não era mais criança e sabia bem como essas coisas de sentimentos funcionavam, embora achasse qualquer coisa relacionada a amor ou romance uma completa perda de tempo. Entendia perfeitamente o que sentia. Só não entendia por que sentia justamente por ela.

Já se fazia essa pergunta há um bom tempo, e mesmo assim não tinha resposta.

Levy McGarden não era exatamente o tipo de mulher que Gajeel geralmente se dignava a olhar. Não era feia, longe disso, mas também não tinha as curvas magníficas da loira Lucy, ou a sensualidade natural da Titânia Erza... Porém, havia algo que era só dela... Algo que prendiam seus olhos a ela como correntes do aço mais forte. Mas o que era isso? Por que ela? O rapaz suspirou. Estava longe de conseguir descobrir o que era esse "algo".

­— Por que não vai falar com ela de uma vez? - Uma voz grave falou das sombras, assustando Gajeel, fazendo com que o rapaz caísse de sua cadeira.

­— Gato! - Gajeel se levantou num pulo, berrando com Lily. - Quase me matou de susto, seu porcaria!

­— A culpa não é minha se você estava distraído. - Lily riu, um som baixo e abafado. - Devia parar de ser covarde e ir falar com a garota...

­— Não sei do que você está falando. - Gajeel se sentou, tomando sua costumeira postura "Não estou ligando pra nada nem ninguém".

­— Gajeel, você não me engana. Tá aí faz umas 3 horas, fingindo que não tá olhando pra ela.

­— Três horas? Tudo iss... Quer dizer, v-você tava me espionando, seu ordinário?

­— Claro que não. Tenho mais o que fazer do que ficar tomando conta de você. Mas talvez... - Lily pigarreou. - Nós tenhamos tomado certo interesse pelo seu...comportamento estranho e...

— Parou, parou! Você disse... nós?

— Aye sir! Nós! - Gajeel tornou a cair da cadeira ao ouvir o berro atrás de si.

— Tomar no... Aaargh! Qual o problema de vocês, hein? - Gajeel se levantou, esfregando a cabeça. Happy flutuava alegremente em torno dele e de Lily. - Qual é tua também, ô gato azul?

— Estou ajudando o Lily a te espionar. - Happy sorriu triunfante, mas recuou um pouco ao ver a expressão de Gajeel e Lily. - E-eu falei o que não devia. Aye!

— Não metam essas fuças peludas onde não chamaram. Ou vou arrancar os bigodes de vocês! Um por um. - Gajeel rosnou.

— Gostaria de ver você tentar. - Lily sorriu, seguro de si, enquanto Happy se escondia atrás dele. Gajeel grunhiu em resposta, jogando a cabeça pra trás e se recostando na parede. - Nós só procurávamos uma maneira de te ajudar, Gajeel.

— Não quero ajuda. Nem tem no que me ajudarem, aliás. Estão altos, chapadões. Andaram consumindo alguma ervinha, não é? - Gajeel fechou os olhos, desprezando a presença dos dois. - Vão. Fora daqui. Vazem.

— Gajeel... Você e a Levy... se gosssstam. - Happy abafou o riso com a pata e tornou a se esconder atrás de Lily quando Gajeel lhe lançou um olhar de ódio mortal.

— Vocês dois não entendem e ficam se metendo. Não tem nada de "se gosssstam" não.  Somente eu... não tem... outra pessoa na história  - Gajeel sentiu-se estranhamente deprimido.

— Então você admite que gosta dela? - Lily e Happy se entreolharam sorrindo. O triunfo estampado no rosto.

— Devia se declarar pra ela! - Happy falou em sua voz aguda.

— E-Eu... O que vocês tem haver com isso?! - Gajeel bufou, sentindo seu rosto ficar ligeiramente vermelho. Eram raras as vezes que aquilo acontecia.

— Vamos ajudá-lo a expressar seus sentimentos! - Lily falou, um pouco teatralmente demais.

— Aaah, calem a boca vocês! - Gajeel se lançou pra cima de Lily, esfregando a cabeça do gato com força, com o punho fechado. - Isso é pra aprender a não se meter onde não é chamado e... - Gajeel parou ao ouvir um riso de sino. Um som puro, como de água caindo sobre cristal.

Era Levy.

Gajeel soltou Lily no mesmo segundo, sem tirar os olhos dela.

— Oi Gajeel. - Ela sorriu, abraçando um pouco mais o livro e o caderno contra o peito. - Não sabia que estava aqui.

— É, eu tô. - Gajeel a cumprimentou com um aceno de cabeça. - Como vão as coisas? Não que eu me importe ou algo do tipo, é só que...

— Tá tudo ótimo. Não que você se interesse em saber de verdade, mas agradeço sua... preocupação. - Levy sorriu, prendendo uma mexa do cabelo atrás da orelha.

— Não estava preocupado. - Gajeel cruzou os braços. - E... o que é isso aí, que você tá lendo?

— Isso? Ah, nada em especial. Só estudando um pouco mais de runas. Aperfeiçoando minha magia, sabe como é.

— Hmm... - Gajeel coçou a cabeça desconfortavelmente, ciente dos olhares de Happy e Lily em cima dele.

— Vejo que estão animados aí. - Levy sorriu, inclinando a cabeça para o lado, num gesto extremamente gracioso.

— Aye! - Happy acenou com a cabeça. - Estamos ajudando o Gajeel a criar coragem pra se declarar pra uma garota e...

— Calado Happy! - Gajeel sentiu o sangue subir pra cabeça e suas orelhas esquentarem.

— Oh? Sério? - Levy sorriu amarelo. - E quem é essa garota?

— N-Não é ninguém. Nem escute o que esses dois palermas falarem, eles não estão bem hoje...

— Tudo bem se não quiser me contar...

— Não tem nada pra contar! - Gritou Gajeel. - Nada.

— Na verdade, tem muita coisa pra contar, não é, Gajeel? - Lily cruzou os braços, sorrindo maliciosamente.

— Lily, eu cuido de você depois, seu idiota! - Gajeel balançou o punho cerrado na direção do gato. - E Levy, olha, é que assim... Quero dizer... Quer saber... Esquece.

— Tudo bem então. Não precisa me dizer quem ela é. - Levy olhou pro chão, e Gajeel teve a impressão de ver algo brilhar nos cantos dos olhos dela. - Até mais, Gajeel.

Ela virou as costas e antes que ele pudesse abrir a boca pra dizer qualquer coisa, ela já estava fora da guilda.

— Perdeu a oportunidade de falar pra ela, seu imbecil! - Lily lhe deu um tapa na cabeça. Gajeel, tentou revidar, mas o gato flutuo pra longe, antes que ele pudesse o atingir.

— Ela... estava chorando? - Gajeel sentou-se apoiou a cabeça nas mãos. - Eu fiz alguma coisa?

— Não, você não fez nada. E esse é o problema. A Levy pensa que você gosta de outra garota agora. - Lily balançou a cabeça negativamente.

— Mas eu não gosto de outra! - Gajeel esfregou o rosto com uma das mãos. - Eu não sei o por que, mas é dela que eu gosto!

— Ele admitiu! Aleluia! Ele admitiu! Levy e Gajeel, sentados no balanço, se b-e-i-j-a-n-d-o! - Happy começou a dar piruetas no ar. Gajeel o segurou pela cauda e juntou os lábios dele com força, usando o dedo indicador e o polegar.

— Aceitar a verdade é o primeiro passo. - Gajeel revirou os olhos diante do comentário de Lily. Happy se debatia e tentava libertar a boca, mas Gajeel parecia nem perceber o esforço do gato. - Agora, precisamos encontrar um método pra você se declarar...

— Não fale "declarar". É muito... Boiola. - Gajeel abriu os dedos e soltou Happy, que começou a choramingar e esfregar os lábios.

— Gajeel... - Lily esfregou as têmporas. - Pare de manter essa pose de machão. No fundo, eu sei que você é um cara romântico e sensível.

Os três se encararam por um segundo, e depois caíram na risada.

— Tá bom, tá bom. - Lily limpou uma lágrima que escapava do canto do olho. - Agora é sério. Fale pra ela.

— Não sou bom nessas coisas, Lily... - Gajeel abaixou a cabeça. Estava odiando aquela situação, mas valeria a pena se conseguisse finalmente se acertar com Levy.

— Por que não se declara através de um poema? - Happy se sentou numa mesa próxima.

— É uma boa ideia. - Lily concordou com a cabeça.

— Levy é uma intelectual... Nada que eu fizesse ficaria bom em comparação aos outros poemas que ela já deve ter lido... A menos que... - Gajeel se arrumou na cadeira. - Eu musicalizasse o poema! Meu maior dom! Eu deveria cantar pra ela e...

— Não! - Lily e Happy gritaram em uníssono, com uma nota de desespero na voz.

— Por que não? - Gajeel semicerrou os olhos.

— Por que... ahn... - Happy coçou a cabeça. - Levy não gosta de música.

— Mentira. Todos amam musica. - Gajeel cruzou os braços, convencido.

— Mas não a sua. - Happy disse, sorrindo inocentemente.

— Ora seu... - Gajeel se levantou e tentou agarrar o gato pelo rabo. - Quer saber? Já chega. Vocês não estão me ajudando. Falou pra vocês.

Deu as costas para os dois e saiu da guilda, pisando duro e com a cabeça fervendo

Não ia dizer nada. Tinha se decidido. Afinal de contas, como esperava conseguir dizer a uma garota que a amava se não sabia nem ao menos o motivo disso? Happy e Lily eram dois malucos e ele não tinha nada que seguir o que eles diziam, embora, uma parte dele gritasse pra que ele ouvisse os dois gatos e desse um jeito em tudo de uma vez por todas.

Foi para onde sempre ia quando estava a fim de pensar ou simplesmente se afastar do mundo: O ferro velho.

Sentou-se no meio das montanhas dos mais variados tipos de metal e começou a mastigar algumas engrenagens que estavam espalhadas por lá.

— Vamos, coloque essa cabeça pra funcionar!

 Quanto mais pensava, mais longe parecia estar da resposta. Não entendia o porquê de amar a baixinha e azulada Levy. Talvez... não fosse amor... Fosse remorso pelo que ele lhe fizera em tempos passados.

— Não... - Gajeel suspirou, enfiando um parafuso na boca. - Não é remorso ou pena. É o tal do amor mesmo... Argh! Que droga! Merda!

Se era mesmo amor... por que Levy? Por que ela? Por que não Lucy? Ou Erza? Ou mesmo Juvia? Mirajane? Não... Nenhuma delas tinha o "algo" de Levy.

Pensou nela. Cada detalhe, cada gesto e palavra. Cada expressão. Cada pedacinho da pessoa de Levy, e por fim, Gajeel riu de si mesmo. Procurou uma resposta pra uma pergunta inexistente por dias a fio.

— Não há um só motivo. É o conjunto... Ela toda é o "algo". Ela toda é o que me prende. 

Se levantou e a procurar pequenas peças de ferro, disposto a elaborar sua... declaração. Daria trabalho, seria vergonhoso e nada garantia que Levy aceitasse bem aquilo, mas ele tinha de tentar. Não era homem de pensar nas consequências do que fazia, e deu graças aos céus por isso.

—:-:-:-

O sol estava se escondendo, pintando o céu de tons de alaranjado e cor-de-rosa.

Levy seguia cabisbaixa em direção ao alojamento feminino da Fairy Tail, onde morava. Não entendia o porquê do seu desanimo. Na verdade, entendia, mas tentava fingir que não, para não se sentir tão mal.

Gajeel e a menina misteriosa... Quem poderia ser ela? Não tinha visto o rapaz na guilda naquele dia. Será que estava com a tal garota? Levy nem mesmo a conhecia e já a odiava. Ou será que conhecia? E se fosse uma amiga sua? Começaria a odiá-la por... ciúmes de Gajeel?

Ciúmes era uma palavra forte, e Levy lutava contra ela e contra tal sentimento, mas era exatamente isso que a tomava no momento. Isso e uma imensa raiva. Raiva de si mesma por não ter dito nada quando podia. Já era de se esperar que uma hora ou outra isso acontecesse, mas mesmo assim, ela não tinha conseguido dizer nada. E também, pra que? Só pra se humilhar na frente dele e da guilda? Ele não olharia pra alguém como ela nem em um milhão de anos...

— Ei! - Uma voz conhecida chamou, fazendo seu coração acelerar.

— Gajeel? - Ela se virou, dando de cara com o rapaz. - O-oi! Você não apareceu na guilda hoje, e...

— Eu estava trabalhando numa coisa. - Ele parou, olhando para o chão por meio minuto e depois, estendeu uma caixa simples de madeira pra ela. - Pega logo! Anda!

Levy obedeceu, e pegou a caixa da mão dele.

— O que é isso?

— Abre. - Gajeel virou o rosto para o lado contrário a Levy. A moça jurou ver um rubor brotar no seu rosto, mas talvez fosse só o Sol se pondo que estivesse lhe pregando peças com seus raios alaranjados.

Levy destampou a caixa. Lá dentro, viu uma corrente de elos que deveriam ter o tamanho e a aparência de um anel. Era de ferro polido. Um único pingente estava preso a ela. Levy a tirou da caixa e percebeu que era uma miniatura tosca e rústica de um dragão de metal. No fundo da caixa, repousava uma folha de papel dobrada em dois. Por fora, em garranchos, estava escrito: Leia antes de fazer perguntas.

Olhou para Gajeel. Ele continuava a olhar para o além, sem dizer nada. Levy pegou a folha e a leu. Na mesma caligrafia garranchosa, estava escrita uma pequena carta. No topo, ela leu seu nome.

"Levy

Bem, eu não sou bom com as palavras, e sou pior ainda em me abrir com as pessoas. Espero que meu esforço me de uns pontos positivos, se nada mais merecer ser levado em consideração.”

Riu baixo. Aquilo era tão bonitinho. Gajeel corou. Agora o vermelho era nítido em seu rosto. Levy voltou os olhos para o papel e continuou a ler

"Então, sabe a tal garota, que aqueles dois palermas disseram que eu gostava? Bem, eu finalmente tomei coragem pra falar pra ela o que eu sinto. Na verdade, não é falar. É escrever.

Isso tá muito ridículo e eu tô me sentindo um idiota, mas a verdade é que eu gosto de você. Gosto muito. Na verdade, eu amo você.”

Olhou pra Gajeel, pasma, sentindo suas pernas tremerem enquanto abaixava a carta. Gajeel segurou sua mão e tornou a erguer o papel na altura dos olhos dela, como quem diz "Continue a ler".

 "Eu não entendia o porquê. Por isso demorei a pra te contar verdade. Mas ontem, finalmente, eu percebi o quão idiota eu estava sendo.

Sempre me senti preso a você e procurava uma explicação pra isso, um motivo. Mas descobri que não havia. Não apenas um único motivo. Eu te amo por quem você é. Cada pedaço seu. E o tal do amor não tem explicação, ele só acontece.

Por isso fiz essa corrente pra você. Espero que aceite. Trabalhei dois dias nela.

Cada elo contém uma das suas qualidades gravada. Não todas, é claro. Precisaria de muitos e muitos elos pra isso, e por fim teria uma corrente quilométrica. Ela tem um significado especial, te garanto. Cada pedacinho seu é parte da corrente que me prende. Brega, eu sei, mas não deixa de ser verdade.

É isso.

Gajeel"

Levy abaixou a carta e a dobrou, a colocando de volta na caixa enquanto observava a corrente.

Em cada elo, havia gravada uma palavra. Forçou os olhos e conseguiu ler.

— Sua gentileza. - Passou para o elo a lado. - Sua inteligência. Sua beleza... Seu sorriso. Sua voz... - Levy soluçou, sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto. Percebeu que Gajeel a observava. A mão grande dele enxugou seu rosto, num gesto surpreendentemente suave.

— Esse aqui. Olha. - Ele pegou na mão com que ela segurava a corrente e indicou um elo em particular, onde o dragão estava preso. Gravado em letras pequenas, ela pode ler seu nome, seguido por um "Eu amo você". - E esse aqui... - Ele tocou o dragão. - Era pra ser eu.

Levy fechou a mão em torno da corrente e a apertou. Era fria e dura, como Gajeel. Mas se olhasse com atenção, veria que tinha coisas lindas lá, e o mesmo acontecia com o rapaz.

Olhou Gajeel com atenção. Sem que controlasse a si mesma direito deu dois passos à frente.

— Gajeel, isso... - Levy arfou, sentindo mais lágrimas escorrerem por seu rosto.

— Para de chorar, baixinha. - Gajeel enxugou as lágrimas no rosto dela, enquanto ria. - Foi tão ruim assim?

— Bobo. - Levy riu, e num impulso, se pôs nas pontas dos pés e fez com que seus lábios se encontrassem com os dele, num beijo rápido. Quando se separaram, Levy estava tão envergonhada que poderia morrer. - Desculpa, desculpa, fiz isso sem pensar e...

Levy não terminou de falar, Gajeel selou seus lábios nos dela novamente enquanto erguia o rosto da garota gentilmente pelo queixo.

— Você se desculpa demais. - Ele sussurrou.

— Desculpe, ahn, não, esquece isso... - Gajeel riu e Levy o acompanhou.

O rapaz roçou sua mão na de Levy e, timidamente a azulada a segurou.

— Você... quer dar uma volta? – Gajeel disse, olhando pro chão, completamente sem jeito.

— Oh. – Levy corou e também olhou pro chão. – Claro. Quero sim

— Pra onde você quer ir? – Ele começou a andar, num passo vagaroso em direção a cidade, e Levy o acompanhou.

— Pra mim tanto faz, Gajeel. Desde que eu esteja junto com você.

Levy o olhou nos olhos e sorriu. Gajeel, por sua vez, parecia querer enfiar a cara na terra, de tanta vergonha.

— Sabe... Eu ia te fazer uma musica, mas o Lily e o Happy não quiseram deixar...

— Ah, é mesmo. – Levy sorriu amarelo. – Eu achei a... a corrente muito melhor que uma musica. Afinal, eu posso guardá-la comigo pra sempre e já a música... – Ela coçou a cabeça e sussurrou. – Ia causar um estrago permanente aos meus ouvidos...

— Hã? Você... disse alguma coisa, Levy? – Gajeel apertou de leve a mão dela...

— Nada não. - Levy riu com seu riso de sino e beijou as costas da mão de Gajeel.

— Esse é meu garoto! – Lily riu, saindo da copa de uma árvore, logo ao lado do lugar onde Levy e Gajeel haviam estado momentos antes, espantando vários pássaros que estavam lá.

— Aye! – Happy pulou logo em seguida. – Lily, ele vai fazer tapete da gente se descobrir que estávamos espiando... – Um calafrio percorreu o corpo do gato azul.

—Não estávamos espiando! – Lily cruzou os braços, com uma expressão confiante no rosto. – Estávamos dando apoio moral. Cuidando para que tudo desse certo.

— É... É! Tá certo, Lily! – Happy gritou.

Lily o puxou de volta para o meio das folhas, tapando sua boca.

— Ouviu isso, Levy? – Gajeel se virou, alguns metros adiante.

— Ouvi o que? – Levy também se virou.

— Ah, nada, pensei ter ouvido o Happy. – Eles voltaram a caminhar. – Ele e o Lily é que me fizeram tomar vergonha na cara e falar com você.

— É mesmo? – Levy o olhou, erguendo as sobrancelhas Me lembre de agradecer a eles na próxima vez que os vermos. Gajeel concordou com a cabeça e passou

— Ele falou de nós... – Lily saiu silenciosamente da árvore, enxugando uma lágrima. – Ouviu isso, seu bocó? Argh, por sua culpa quase fomos pegos!

— E daí? Você mesmo disse que não estávamos espiando. E além do mais, foi só quase. – Happy riu baixinho.

— Quase... Quase. Hm. – Lily o olhou com um olhar severo. – Que seja, nós temos mais trabalho a fazer.

— Aye sir! – Happy levantou voo. – Quem é agora? Qual o próximo casal?

— Gray e Juvia. Ou o Natsu com a Lucy... Ou quem sabe... – Ele olhou para Happy com um olhar malicioso. – Você e a Charles, hein? Hein?

— Natsu e Lucy, por favor! Eu não! Nãao! – Happy saiu em disparada e Lily foi logo atrás.

— Deixe de ser covarde! Vamos Happy! Estou disposto a te ajudar com a fera!

 

O sol se pôs em Magnólia, cobrindo com o manto noturno o mais novo casal da Fairy Tail. E parecia que as estrelas tinham sido polidas especialmente para eles, forjadas no mais brilhante metal, com votos de felicidades eternas aos dois gravados em cada uma.

"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão..."
 Renato Russo - Eduardo e Mônica


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Notas finais do capítulo

Foi isso. ÊEEEEEEEEEEEEEEE

Espero que tenham gostado, pessoal!
Essa foi minha primeira fic postada aqui no Nyah! Em breve, eu trarei mais e espero que você, leitor querido, me dê a honra de acompanhá-las ♥

Gostou? Deixa um comentário, por favor! Não gostou? Poxa, deixa um também, assim eu poderei melhorar!
Obrigada pela leitura. A sua presença aqui me faz muito feliz ♥

Até a próxima ;D



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