I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 107
Capítulo 107 — Detetive Kate Beckett. Soa bem.


Notas iniciais do capítulo

Gente, não revisei. Desculpem os erros, arrumo assim que der.



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CASTLE.

 

Peguei meu celular dentro da minha pasta e comecei a discar o número de Kate, mas quando me aproximei do meu carro, a vi encostada nele me esperando. Pisquei algumas vezes para ver se ela era real. Kate estava linda em seus saltos finos, uma calça preta justa, camisa branca passada para dentro e um blazer preto. Ela sorriu e baixou um pouco a cabeça deixando o cabelo ondulado moldar seu lindo rosto.

Sorri.

Eu já deveria estar acostumado a me apaixonar por essa mulher mais de uma vez ao dia, mas eu realmente não estava preparado para isso. Me aproximei ainda com a boca aberta, sem saber o que dizer.

— Como sabia que eu estava aqui?

Ela encolhe um pouco os ombros e sorrir.

— Palpite. – estreito meus olhos para ela. – bom, talvez eu possa ter conferido pelo celular apenas para ter certeza. Mas o que importa é que meu palpite estava certo.

— Então Katherine Beckett estava me perseguindo... – provoco. Kate me olha meio indignada.

— Eu não estava!

— Você daria uma boa detetive, sabia?

— Eu não estava te perseguindo, Castle!

— Detetive Kate Beckett. Soa bem. – provoco ainda mais e sinto meu braço arder pela tapa que ela deu. – nossa, isso dói.

— Isso é para você parar de me provocar. Aliás, eu deveria cancelar meus planos agora e a gente voltar para casa.

— E quais seus planos? – olho para os lados a procura de seu carro, mas não encontro. – como chegou aqui?

— Táxi. Agora me dá a chave. – ela estende a mão.

— O quê?

— Eu vou dirigir sua linda mercedes, meu amor. Passa a chave.  – estala os dedos para que eu fosse rápido. Tento recuar, mas ela insiste com seu olhar mortal.

— Kate, você sabe que eu te amo, mas eu também amo muito meu carro. – aviso antes de entrar no banco do passageiro. Ouço sua risada e sorrio também, mas não deixo que ela veja. – vai me contar sobre seus planos.

— Daqui a pouco você vai saber. – pisca antes de dar partida no carro.

Ao contrário do que eu pensei, nós não íamos realmente para casa. Kate tomou um caminho totalmente contrário ao nosso destino. Aos poucos a estrada foi ficando cada vez mais vazia, mas ainda podia se ver todo o verde que rodeava a cidade. Realmente aqui era um lugar lindo.

Fomos o caminho em silencio. Apenas uma música baixa preenchia o silencio. Kate permanecia numa mesma velocidade, diminuindo apenas nas curvas. Mas quando ela desacelerou ainda mais e dobrou numa estrada de pedra eu a encarei. Eu conhecia aquele caminho. Nós dois conhecíamos bem. Sem dizer nada ela apenas sorriu e parou na portaria do lugar.

— A melhor suíte, por favor.

A moça atrás do vidro confirma e começa a digitar algo. Não consigo conter uma risada.

— Lembra quando eu te trouxe aqui?

Seu sorriso abre ainda mais.

— Sim... por isso escolhi esse lugar hoje. – ela pega a chave e segue caminho novamente. – não tive tempo de preparar nada tão romântico como naquela noite, mas aqui teremos a privacidade que merecemos depois de um longe tempo.

Não falo nada, sei que vou amar qualquer tempo que eu tenha com ela. E apesar de estar querendo saber como as crianças estão sem nós, não quero estragar nosso momento. Kate dá a volta por um campo verde e segue até o último chalé do motel. Aqui quase não parecia um motel de tão diferente e sofisticado.

Assim que estaciona o carro na garagem ela desligar o motor e se vira para mim.

— Antes de descer do carro você pode me fazer qualquer pergunta. Mas assim que sairmos daqui, não quero ouvir pergunta sobre crianças, trabalho, casa... somos apenas nós.

— Ok... com quem as crianças ficaram? – começo. – e porque você decidiu fazer essa surpresa hoje?

— Primeiro, nossos filhos ficaram com a avó e a Laura. Eles dormem praticamente a tarde toda, por isso eu resolvi pegar esse horário para a gente. Segundo, não deveríamos ter dias para surpreender um ao outro. Amo a nossa vida, mas somos além de pai e mãe. Somos um casal. E acho que merecíamos isso.

— Concordo.

— E por último, sei que não estamos muito bem desde ontem, então aqui nós vamos resolver nossos problemas antes de voltar para casa. Não quero nossos filhos presenciando clima estranho e nem brigas.

— Concordo de novo. – sorrio e ela me acompanha.

— Vai acatar todas as minhas ordens o dia inteiro?

— Bom, você me trouxe até aqui. Farei o que você quiser.

Ela morde o lábio e me olhar de maneira provocativa. Sinto meu corpo esquentar na hora.

— Que tal a gente sair daqui logo? – sugiro. Kate concorda, mas antes que eu abra a porta, ela me puxa para um beijo.

O beijo urgente e quente. Provocante e doce. Kate podia tirar de mim todas as sensações ao mesmo tempo e ela sabia. Segurei sua cintura firme e ameacei aprofundar o beijo, mas ela se afastou.

— Vamos sair logo daqui. – seu sorriso provocante dizia que ela tinha conseguido exatamente o que queria. Me provocar.

Dei a volta no carro rapidamente e quando ela lutava para abrir a porta do quarto eu agarrei sua cintura e beijei seu pescoço. Aos poucos fui afastando os cabelos ali e consegui sentir sua pele em minha boca. Senti seu corpo fraquejar por um segundo e seu gemido sair baixinho, quase rouco. Sorri satisfeito, também podia jogar o jogo dela.

A porta abriu e eu fui rápido. Encostei o corpo de Kate no batente da porta e avirei para mim. Seus olhos escuros de desejo, assim como os meus. Sua respiração ofegante. Tomei seus lábios para mim e a beijei com todo o desejo que eu sentia. O que essa mulher faz para que eu sinta isso todos os dias? Todas as noites?

Logo estávamos andando grudados pelo quarto. As roupas foram ficando pelo caminho. Quando percebi já estava sendo jogado sobre a cama macia e Kate ficava em cima de mim. Provocante como sempre. Ela jogou os cabelos para o lado e desceu seus lábios pelo meu rosto e pescoço até chegar na minha orelha, sussurrando que ela era toda minha.

Segurei firme sua cintura e a puxei para cima, deixando seus seios expostos acessíveis para serem provados. Fiquei com água na boca só em tê-los tão perto. Os mamilos rígidos gritavam por mim silenciosamente, mas foi o grito de Kate que eu escutei quando os coloquei na boca. Suguei com força ao sentir sua mão em meu cabelo, segurando firme, como um pedido para que eu não parasse. E eu não parei. Assim que vi o quão sensível ela estava, foi para o outro, o deixando do mesmo jeito.

Inverti nossas posições, ficando por cima. Kate jogada na cama, nua, com os cabelos bagunçados e um sorriso satisfeito no rosto era realmente excitante. Devorei cada centímetro seu com o olhar. Eu queria estar dentro dela. Preencher cada centímetro que nos separava, mas antes eu queria mais.

Mordi sua barriga e fiz um caminho único com a língua. Sentir seus músculos contraírem em excitação sob minha boca me deixava ainda mais excitado. Eu gosto de vê-la gozar várias vezes de tê-la por completo. Algo em seus gemidos ou até mesmo em seus pedidos suplicantes para que eu a penetrasse mexia comigo.

O gosto de Kate era forte, marcante. Era algo que você nunca mais esquece. Mas eu não precisava esquecer, ela estava ali para mim, molhada e entregue. Tudo o que eu precisava fazer era prova-la. E assim eu fiz. Passo minha língua por toda sua intimidade sentindo seu gosto invadir minha boca. Não posso deixar de gemer diante ao prazer que senti com aquilo. Repito o mesmo movimento, mas dessa vez mais profundo, e eu preciso segurar seu quadril para que fique no lugar e eu começo explorar todo o seu sexo.

Ouvir seus gemidos me dava mais vontade de continuar. Sentir seu corpo tremer avisando o orgasmo não me fez parar, e assim vieram o segundo e o terceiro. Kate estava sensível o bastante para que apenas um toque a fizesse se desmanchar. Beijei o interior de suas coxas, mordiscando sua pele fina.

Sorri ouvindo sua respiração pesada.

— Já cansou, Detetive Beckett. – ela solta uma risada fraca e balança a cabeça.

Deito sobre seu corpo me apoiando pelos cotovelos.

— Me dá só um minuto. – eu rio e abaixo minha cabeça, beijando seu pescoço.

— Como quiser, detetive. – provoco mais uma vez.

— Já sei do que me vestir na nossa próxima noite livre. – fecho os olhos e imagino ela vestida de policial sexy. – porque você ainda está vestindo isso?

Ela começa a tirar minha cueca e eu a ajudo.

— Agora não estou mais.

Kate me empurra pelo peito e inverte nossas posições, ficando por cima.

Agora era a vez dela me provocar.

 

***

 

— Nossa, eu amo isso aqui. – ouço Castle falar deitado na cama com uma taça de champanhe na mão e uma vasilha cheia de morango na outra.

Fecho meu roupão e me sento ao seu lado.

— Acho que foi a parte que você mais gostou, não é?

— Não. – ele se aproxima devagar. – a parte que eu mais gostei foi quando joguei o champanhe em você e provei todo. – sinto meu corpo se arrepiar com sua voz. – mas depois de quatro rodadas eu realmente estou com fome.

Sorri e confirmei. Também estava morrendo de fome. Roubei um morango de sua mão.

— Sabe porque eu te trouxe aqui?

— Porque você me queria só para você. – ele diz convencido e eu reviro os olhos.

— Isso também. Mas principalmente para a gente conversar...

— Isso é bom, porque você que vai explicar para Alexis porque eu não cumpri nossa parte no trato. – eu o olho sem entender. – hoje era dia de eu estar à disposição dela. Ela ganhou a aposta.

Sua cara emburrada ao mencionar a derrota me faz rir.

— Eu não tenho nada a ver com isso. – roubo outro morando. – mas não era sobre isso que vamos conversar.

Ele suspira e bebe o resto do champanhe.

— Eu sei... você fez tudo isso para dizer que vai voltar a trabalhar.

— Amor, eu preciso. E serão apenas dois dias na semana.

— E se eles precisarem de você?

— Eu estarei em casa. – afirmo. – mas eu sei que eles ficarão bem com o pai.

Ele sorrir e me puxa para perto.

— Eu sei que você vai ser excelente em casa e trabalhando. Mas eu também quero te contar uma coisa.

— O quê? – o encaro.

— A Editora vais e mudar para a cidade e eu preciso estar mais presente. Vamos contratar novos editores, assinar com novos escritores...

— Você precisa trabalhar também. – concluo e ele concorda. Agora eu entendo porque ele queria tanto que eu continuasse em casa. – amor, serão dois dia na semana. Laura pode ficar com os meninos por algumas horas. Não precisa se preocupar, a gente confia nela, certo?

— Sim. – ele sorrir. – uma hora nossa vida ia voltar ao normal, né?

— Nossa vida nunca vai ser normal se depender de mim. – aviso sentando em seu colo e o puxo para um beijo apaixonado.

— Que horas são?

— Hora de ir para casa. – faço um beicinho. – já está anoitecendo e eu avisei que chegaríamos antes disso.

— Temos tempo para um banho?

— Com certeza.

Me levanto e o puxo pela mão.

Nossos roupões foram ficando pelo caminho.

Nosso banho cheio de amor.

 

***

 

— Oi? Alguém ainda mora nessa casa? – Kate é a primeira a entrar em casa. Já era noite, demoramos um pouco mais do que gostaríamos no banho. Mas isso não significa que nos arrependemos.

— Mamãe! – ouço Alexis. – Pai!

A ruiva saí da mesa e vem correndo em nossa direção. Olho a nossa volta, a casa estava um verdadeiro caos. Almofadas espalhadas pelo chão sala. Em cima do tapete uma piscina de bolinhas pequena, mas apenas três bolas estavam dentro, o resto estava tudo espalhado. A área dos brinquedos não estava tão diferente da sala.

— Ok, já sabemos que passou um furacão por aqui. – Kate comenta rindo. – Então? Como foi o dia?

— Super divertido. – Alexis me encara. – está me devendo um dia de mordomias, pai.

— Vamos conversar sobre isso depois que vocês me explicarem essa bagunça.

— A vovó disse que podíamos tudo. – Alexis entrega e eu encaro minha mãe.

Kate vai até a mesa falar com Ana e Jolie que estavam na mesa comendo junto com Alexis quando chegamos.

— Gente desculpa essa bagunça, as crianças se empolgaram um pouco. – Jenny rir. – mas nós vamos arrumar tudo, não é meninas?

Ela olha para a mesa e as três confirmam.

— Não precisa, jenny. Vocês tomaram conta delas o dia todo, pode deixar que isso aqui fica por nossa conta. – Kate se aproxima novamente. – E os meninos?

— Laura foi coloca-los no berço. Não faz muito tempo que dormiram, brincaram a tarde inteira com o presente. – minha mãe aponta para a piscina de bolinha.

— Mãe..

— Eu já sei o que você vai dizer, Richard. – ela me interrompe. – mas mesmo eles sendo pequenos para brincar numa piscina de bolinha, eles adoraram as corem e riram muito vendo as meninas brincarem.

— Eu ia dizer que você vai montar um parque na minha casa. E estragar meus filhos também.

— Katherine já disse isso. eu não me importo. – ela joga os ombros e pega a bolsa. – agora vovó já vai, jogo a bola para vocês.

Ela abraça Kate e depois vem em minha direção.

— Obrigada, mãe.

— Espero que tenham resolvido tudo e não apenas... você sabe.

— Mãe!

— Não somos crianças, Richard. Cresça!

— Boa noite, mãe. – beijo seu rosto. – Alexis venha se despedir da sua avó.

A ruiva vem correndo novamente.

— Tchau vovó, obrigada pelo presente.

— Até amanhã, querida. – as duas se abraçam e minha mãe se vai.

Olho novamente o caos da minha casa e suspiro sentando no sofá ao lado de Kate.

— Ponto para o segundo turno que todo pai faz?

— Bom, eu preferia ter só que brincar e não que arrumar. Mas sim, estou pronto. – a puxo para perto e desfaço seu sorriso com um beijo. – obrigado.

Sussurro e ela me encara sorrindo, sem entender.

— Pelo o quê?

— Pelo dia de hoje. Por isso... – aponto para os brinquedos espalhados na sala.

— Está me agradecendo pela bagunça? Porque eu acho que você deveria agradecer a sua mãe.

— Não... pela bagunça não. – eu rio. – mas pelo motivo dela. Você trouxe alegria para essa casa e para minha vida. Eu só cuidei bem da Alexis porque você estava comigo. Essa bagunça só está aqui porque você trouxe essa maravilhosa bagunça para minha vida. Antes eu só trabalhava, agora eu só penso em vocês. E eu prometo que mesmo voltando a trabalhar, eu não vou deixar vocês de lado.

— Eu sei que não, amor. – ela acaricia meu rosto. – porque está falando isso?

— Porque eu amo a família que construímos juntos, e tudo isso foi você que me deu. Eu não conseguiria sozinho. Obrigado. – acaricio seu nariz com o meu. – eu te amo Kate.

Não deixo que ela responda, apenas a beijo apaixonadamente. Mas não demora muito, já que Alexis e as gêmeas praticamente pulam na gente pedindo para assistirem um filme. Kate colocou o filme que elas escolheram e depois fomos roubar um pouco da janta das crianças já que estávamos morrendo de fome.

Graças a Deus era Pizza.

 

Meses depois...

KATE.

 

— Reece, olha para a câmera. Aqui... – ouvi a voz macia de Alexis e parei na porta de casa. Ela parecia estar brincando com os irmãos, que estavam mais espertos que nunca. – Jack, agora você. Vem cá, deixa eu filmar para mostrar para a mamãe.

Sorri. Desde que voltei a trabalhar Alexis fazia questão de gravar tudo e me mandar durante o dia, e quando não estava em casa essa missão era dada a Laura. A babá que eu não queria e não achava essencial se transformou no meu maior apoio. Ela simplesmente era perfeita com os meninos e com Alexis, eles até sentiam falta dela nos fins de semana. Quando chegava a segunda já acordavam felizes por escutarem a voz dela.

Jack e Reece acabaram de completar oito meses. Já estavam engatinhando, mas apenas no tapetinho macio onde eles brincavam, já que quando tentavam engatinhar pela casa sempre acabavam escorregando por conta do piso liso.

Escutei uma gargalhada vinda de um deles e meu coração simplesmente explodiu de amor, assim como faz todas as vezes. Não esperei mais e abri a porta, vendo Alexis filmar os dois engatinhar até ela, que se distanciava quando eles chegavam perto e os fazia engatinhar mais.

— Mãe olha só... eles estão andando pela casa. – Alexis diz animada, mas não para de filmar.

Era mais uma conquista dos dois. Meu peito se enche de felicidade, mas ao mesmo tempo eu se que isso é só o começo e agora eles vão querer estar em todo canto da casa.

— Estou vendo. – me aproximo sorrindo e os dois vem em minha direção. – boa noite, meus amores.

Me ajoelho no chão e abro os braços esperando os dois, que rapidamente chegam e se apoiam em minhas pernas tentando ficar de pé.

— Quando isso aconteceu? – pergunto pegando os dois em meu colo e dando um beijo em cada.

— Eles conseguiram abrir o cercado de novo. – Laura diz sorrindo. – quando eu vi já estavam no meio da sala com esse mesmo sorriso sapeca.

— Porque vocês tinham que puxar tanto ao pai de vocês? – olho entre os dois que sorriem e batem as pernas para sair do meu colo. Agora eles não queriam mais tanto ficar no colo, queriam mesmo ficar no chão sentados tentando explorar os cantinhos da casa ou tentar ficar de pé, mas isso eles ainda tinham dificuldade. – onde está Castle?

— Não chegou ainda. – Laura avisa. – os meninos já estão banhados e já jantaram. Jack não comeu muito, provavelmente vai sentir fome.

Concordo olhando os dois tanto abrir minha bolsa que estava no chão.

— Obrigada Laura, sei que hoje eu saí um pouco tarde e atrapalhei seus planos, mas isso não vai mais acontecer. – encaro a morena que sorria abertamente.

— Não precisa se preocupar, Kate. Eu amo ficar com eles.

Ela se despede dos meninos e depois vai embora. Me sento no sofá e fico olhando os dois completamente entretidos com a bolsa, e mesmo estando cansada, não abro mão de ficar esse momento com eles. Agora era o nosso momento. Apenas eu e meus filhos.

— E você, meu amor? – estendo a mão para Alexis que se aproxima e senta no meu colo. – como foi seu dia?

Beijo seus cabelos e sinto o cheirinho de chiclete que eu amava.

— Foi bom. Hoje eu fui para a natação. – ela abre um sorriso. – o professor disse que eu era muito boa e nadava muito rápido.

— Mesmo? – ela confirma. – então temos aqui uma pequena versão feminino do Flash. Só que da água.

Tento, mas ela me olha com uma cara estranha.

— Isso não existe mãe.

— Claro que existe, estou agarrando uma agora. – abraço forte e ela rir.

— Você precisa assistir mais os filmes comigo e o papai. Não entende nada de super-heróis.

— Eu prometo que vou assistir. – rio e beijo seu rosto. Fecho os olhos e me permito pensar o quanto o tempo passa rápido. Alexis estava cada vez maior e mais inteligente. Os meninos cresciam sem parar e todos os dias aprendiam algo novo. Isso é sinal que estou ficando velha? Sorrio pensando que daqui a pouco estarei com quarenta anos, mas feliz por ter meus filhos comigo, transformando meus dias mais felizes.

Mama. – ouço a voz macia de Reece e abro os olhos assustada.

Encaro os dois sentado no chão, agora com minha bolsa aberta. Eu queria gritar e pular. Ele finalmente tinha falado mamãe. Bom, do jeito dele, mas falou. Os olhos azuis de Reece me encaravam enquanto segurava uma maquiagem minha. Contive minhas emoções para não assusta-lo. Respirei fundo e sorri.

— Isso é da mamãe filho.

Mama. – ele disse mais uma vez e guardou o objeto dentro da bolsa.

— O meu pai vai surtar quando souber. – Alexis brinca.

Me levando do sofá e pego Reece no colo.

— Você falou mamãe, filho. Eu estou tão orgulhosa de você. – você entre beijos. A risadinha dele enche ainda mais meu coração de amor e eu não consigo mais largar ele.

Peço para Alexis para guardar minha bolsa e depois se juntar a nós no tapetinho colorido onde os meninos brincam. Reece continuou chamando por mama por bastante tempo, mas aquilo não me incomodava, sabia que não ia parar nunca mais.

Não era a primeira palavra deles. Mais uma vez Castle tinha saído na frente quando afirmou que eles chamariam papai primeiro e assim aconteceu.

 

Kate! – ouço o grito de Castle pela casa. Me apresso em fechar o roupão e tirar o máximo de agua do meu cabelo, já que tinha acabado de sair do banho. – Kate corre.

Apresso meus passos e chego assustado no quarto dos meninos. Ele tinha um sorriso enorme no rosto.

— O que aconteceu?!

— Eles falaram. Quer dizer, Jack falou, mas Reece quase conseguiu repetir.

Logo um sorriso se abre em meu rosto e eu me aproximo deles mais calma.

— O que ele disse?

— Ele chamou papai! Acredita? – Castle vibra de felicidade. – chama de novo, filho. Chama o papai. – ele insiste

Jack rir.

— Papa. – ele estende o braço. – papa, papa, papa.

— Papapapapa. – Reece repete rápido.

Castle começa a pular do meu lado e meus olhos se enchem de água.

— Papai, filho. O papai que ama muito vocês. – ele se abaixa e abraça os dois, depois me encara. – falei que eles iam chamar primeiro papai.

— Você é um bobo. – reviro os olhos. Eu sei que ele vai cantar vitória com isso pelo resto da vida.

— Amor, está chorando porque eles falaram primeiro papai?

— Não... mas eles estão crescendo tão rápido. – me juntei a eles no chão quarto e abracei meus três meninos.

 

 

Ficamos por um tempo brincando quando a porta se abriu e Castle entrou. Um sorriso iluminou seu rosto no momento que ele nos viu brincando. Ele ficou alguns segundos parado antes de vir até nós.

— Pai, você demorou. – Alexis é a primeira chegar nele, que a pega nos braços.

— Eu sei, desculpa filha. – ele beija o rosto da ruiva e a coloca no chão.

Papa. – Jack resmunga alto e sério. Ele era muito ciumento com todos, menos com Reece.

— Ele é meu pai também. – Alexis provoca.

Papa.— repete e Castle se aproxima.

— O papai chegou e tem papai para todo mundo. – ele se joga no meio dos brinquedos dos meninos e eles começam a tentar subir no pai. Reece teve um pouco de dificuldade, mas Alexis ajudou ele que sentou na barriga do pai e começou a pular. Quando mais Castle ria, mais eles achavam divertido a brincadeira.

Com pouco tempo Cosmo se juntou a nós e os meninos largaram o pai para brincar com os pelos do cachorro. As vezes eles puxavam um pouco mais forte e o cão latia, mas logo eles brincavam com a barriga dele e tudo se normalizava. Cosmo adorava brincar com os gêmeos.

— Oi, meu amor. – ele se aproxima e me beija.

— Oi... – sorrio e o vejo se deitar de novo. – como foi o dia?

— Cansativo. – ele suspira. Castle já estava com a Editora aqui na cidade e agora se preparava para lançar o livro que ele escreveu inspirado em mim. – então, já jantaram?

— Não. – Alexis e eu respondemos juntas. – estava esperando você chegar. - completo.

— Podemos fazer aquele macarrão? O Especial da sua mãe. – a ruiva me encara com os olhos pidões.

— Sim, podemos. Mas vai demorar um pouco, porque vocês não vão tomar banho enquanto eu coloco a massa no fogo e fico adiantando as coisas?

— E os meninos? – Castle me encara.

— Eu fico olhando eles enquanto você toma banho, depois eu vou. – pisco e ele concorda.

— Posso ajudar depois? – Alexis pergunta já levantando.

— Claro que sim. – me levanto com ajuda de Castle.

— Pai, quem chegar por último lá em cima é a mulher do padre. – Alexis avisa já começando a correr.

— Ei! Isso não foi justo.

Vejo os dois correrem e rio. Isso nunca iria mudar, eu sei disso. Mas eu não quero que mude.

— E vocês dois... – olho os pequenos que me encaram. – vamos assistir um filminho antes de dormir?

Me abaixo e levando com os dois no meu colo, era um pouco difícil já que os dois estavam gordinhos, mas com um pouco de jeito eu consigo. Coloco os dois deitados nas almofadas no chão da sala e ligo a TV no filme favorito deles enquanto eu começo a preparar o jantar.


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Notas finais do capítulo

Estão gostando? Me deixem saber o que acharam.



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