I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 104
Capítulo 104 — Gosto de ouvir isso.


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap pra vcs mataram mais a saudade ♥



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KATE.

 

— Oi mãe. – levei um pequeno susto quando Alexis apareceu do meu lado, pulando em cima de mim para me dar um beijo, o que quase me fez derrubar meu celular.

— Oi, filha. – sorri e lhe abracei com a mesma força que ela. Por algum motivo ela estava muito feliz. Tenho certeza que não é apenas porque vamos fazer um piquenique.— então, vai me contar o motivo dessa animação toda?

Olhei de relance para Castle, que guardava a mochila da ruiva na parte de trás do carro, já que os gêmeos estavam no banco de trás.

— Nada. A escola foi boa hoje, só isso. – ela deu os ombros e entrou no carro.

— Ok. – ergui a sobrancelha para Castle, que estava emburrado por algum motivo.

— Aparentemente ela fez um novo amigo. AMIGO. – Castle esclarece vindo em minha direção.

— Isso é bom, certo?

— Gosto mais quando ela faz novas amigas. Meninas são mais legais. – revirei os olhos e peguei as chaves de sua mão.

— Tá legal papai ciumento, entra aí no carona que eu vou dirigir.

— O quê? Porque?

— Porque eu estou com saudade de dirigir. – pisquei em sua direção antes de entrar no carro.

Seguimos em direção ao parque. Um dos poucos da cidade, mas que era lindo, valia a pena dirigir por alguns minutos a mais. O som do carro comandado por Alexis e Castle fez os gêmeos acordarem, e ao contrário do que eu pensei, eles não reclamaram e até pareceram gostar das vozes nada afinadas de dos dois.

Ao mesmo tempo que cantava, Alexis brincava com os dois, fazendo eles rirem. Era incrível a ligação que ela tinha com os irmãos.  Ela conversava com os dois como se fossem da sua idade e realmente entendessem o que ela dizia. Fazia questão de ajudar nos cuidados com os dois e amava segura-los. Ela é realmente uma boa irmã mais velha.

Quando chegamos ao parque Alexis saiu correndo na frente. Tiramos as cadeirinhas dos meninos do carro e fomos atrás de um local para nos acomodarmos. Castle achou uma sombra embaixo de uma arvore e estendeu a toalha ali. Alexis tratou de brincar com os irmãos assim que eles foram postos deitados no chão em uma de suas mantas.

Coloquei todos os lanches que preparei disponíveis. Queria que hoje fosse mais uma saída em família. Queria que esse piquenique fosse tradicional, igual aos que eu fazia quando criança. Igual ao que eu lia nas histórias infantis. Igual ao que eu via nos desenhos da tv.

— Mãe, vamos tirar fotos? – Alexis chegou me abraçando por trás.

— Essa é uma ótima ideia. – Castle levantou animado. – e eu trouxe um presente para minha princesinha que vai muito bem nesse momento... – ele abriu a minha bolsa e tirou um presente de lá. Quando ele tinha colocado aquilo ali?

— O que é? – a ruiva perguntou curiosa. Castle fez sinal para ela abrir e assim ela fez, rasgando todo o papel. Enquanto via a menina se animar com o presente, peguei Jack nos braços, ele já estava reclamando de estar muito tempo deitado. – PAPAI!!!

Alexis gritou, me assustando. Fiquei sem entender por um momento, até ver o presente em suas mãos.

— Eu não acredito! Obrigada, obrigada, obrigada. – Alexis pulou nos braços do pai e começou a distribuir beijos.

— Castle... – eu não conseguia acreditar no que ele havia dado a menina.

— Olha só, você precisa ter muito cuidado com isso, ok?

— Castle você deu um celular a minha filha?! – perguntei incrédula.

— Nossa filha. E sim, eu dei. Ela me pedia isso à semanas.

— Nunca ouvi nada sobre isso.

— Porque eu sabia que você ia dizer não, então resolvi antecipar o presente de natal dela.

— Falta muito tempo para o natal. – ele revirou os olhos e eu fiz o mesmo.

— Então foi um presente por ela ser uma filha maravilhosa.

— Mãe, é incrível. Eu vou poder ter meus jogos aqui e nem vou pedir o celular de vocês...

Respirei fundo.

— Não é sobre você ter jogos ou não ser uma filha maravilhosa, porque você é. E merece sim presentes de viagens, mas... não um celular... – tento ser o mais calma e clara possível.

— Porque não?

— Porque você ainda é uma criança, crianças não precisam de celulares de última geração... no máximo um simples para que a gente possa se comunicar.

— Ok, eu entendo e sabia que você diria isso... – Castle começa. – mas nós vamos dar um voto de confiança e ficaremos de olho em tudo o que ela fizer. Se as notas baixarem, nós pegamos ele de volta.

Olhei séria para os dois por longos segundos.

— Vou pensar, ok? – aponto para Castle pegar Reece, que já começava a se aborrecer também.

— Mas até lá eu posso ficar com ele? – ela pediu com os olhos azuis tão brilhantes que eu sabia que estava em suas mãos.

— Pode.

— Então liga ele, papai. Vamos tirar fotos.

E assim foi nosso fim de tarde. Alexis tirando fotos de tudo e de todos. Podia apostar que a memória do celular não seria suficiente para seus jogos e fotos, mas era bom ver ela tão feliz e empolgada com algo. Alexis adorava tirar todos com nossos celulares, talvez fosse bom ela ter um celular que a agradasse tanto.

Quando a sessão de fotos acabou, ela sentou e segurou Jack nos braços enquanto eu servia o lanche. Reece ainda estava com Castle, e seus olhos azuis escuro estavam vidrados em seu pai que conversava com ele com uma voz engraçada.

— Você gosta quando o papai conversa com você assim? Sim, você gosta. – Castle gargalhou com algo que Reece fez e Jack começou a reclamar, com ciúmes da atenção que seu pai estava dando a seu irmão, mas não a ele.

— Pai, Jack não está feliz...

— Ahhh, venha para cá meu campeão... – ele se ajeitou para segurar os dois ao mesmo tempo. Castle estava ficando bom nisso. Antes ele tinha medo, mas aos poucos ele foi ganhando confiança para segurar os dois sem medo. – você quer conversar com o papai também? Estava com saudade?

Sorri vendo ele com os três filhos ao seu redor. Castle definitivamente era um homem realizado, tinha tudo o que queria, pincipalmente a família que tanto sonhou.

— Lanche servido. – avisei para os dois. – deixa eu pegar Reece para você comer, Castle.

— Não, estou bem assim. – ele sorriu agradecido eu pude jurar que nunca o vi sorrir assim. Colocou os dois sentados em seu colo com cuidado e pegou um suco.

Os olhos atentos dos gêmeos a tudo a sua volta já era um indicio do quanto eles seriam curiosos. Alexis se aproximou e eu abri os braços, deixando a ruiva sentar entre minhas pernas.

— Está gostando? – ela balançou a cabeça.

— Fazia tempo que a gente não saía. Estava com saudade. – ela inclinou um pouco a cabeça para me olhar. Sorri e beijei sua testa.

— Eu sei, mas prometo que faremos isso mais vezes, ok?

— Quando eu serei sua filha? – a pergunta chamou atenção de todos nós.

— Como assim? Você é minha filha, Alexis... –disse calmamente colocando seu cabelo atrás da orelha.

— Eu sei, mas quero me chamar Beckett também. Aquele papel... a senhora assinou?

— Sim, Alexis. A Kate assinou e eu já entreguei ao advogado para ele dar entrada. Logo você receberá o nome da Kate. – a menina abriu um sorriso encantador.

— Não vejo a hora disso acontecer. – abracei a ruiva o mais forte que eu pude.

— Eu também, meu amor. – beijei seus cabelos. – mas independente de um papel qualquer, você é minha filha sim. Sempre foi e sempre será.

 

***

 

— Finalmente em casa. – Alexis se jogou dramaticamente no sofá. Ela só podia ser neta de Martha Rodgers mesmo! Era incrível como ela herdou o lado artístico da mãe e da avó.

Sorri deixando a cesta em cima da mesa.

— Nem pense em ficar deitada aí, criança. Pode subir e tomar um banho que a senhorita está suja e suada. – disse me aproximando. – anda, levanta essa bunda daí.

Ela fez uma careta mas fez o que eu disse.

— Daqui a pouco subo para ver se você está mesmo tomando banho. – avisei quando ela começou a subir as escadas.

— Bebês dormindo e devidamente em seus lugares. – Castle anunciou descendo as escadas e me entregando a babá eletrônica. Ele desceu do carro primeiro com os meninos, já que eles dormiam tranquilamente e eu queria que permanecesse assim até um pouco mais tarde. – está bem? Não está cansada?

— Sim. – suspirei sentando no sofá.

— Precisa de alguma coisa?

— Uma taça de vinho e uma massagem nos meus pés.

Castle me olhou contrariado.

— Bom, eu posso oferecer um bom suco de laranja e a massagem. Serve?

— Oh, com certeza. – ele piscou e foi até a cozinha.  Segundos depois Castle voltou com o suco e se sentou ao meu lado puxando meu pé para iniciar uma massagem. – oh, eu realmente mereço isso.

Fechei meus olhos e apenas curti o silencio e massagem em meus pés por alguns minutos.

— Kate?

— Hmm...

— Nós estamos bem? – Pude sentir a hesitação em sua voz.

— Porque não estaríamos? – murmurei sem abrir os olhos.

— Porque você não se aproximou muito de mim desde que... você sabe.

Abri os olhos e vi a preocupação estampada em seu rosto. Senti vontade de rir, mas eu gostava de vê-lo assim.

— Rick, eu amo você. Nada do que saiu naquele jornal vai mudar isso.

— Aquilo é mentira. Quando o evento terminou... – ele foi interrompido por Alexis gritando por mim.

Mãaaaaae.

— Deixa as explicações para mais tarde, ok? – me sentei e segurei seu rosto com as mãos. – eu te amo.

Dei um beijo simples e demorado, o suficiente para ele acreditar que realmente estamos bem. Afinal, porque não estaríamos? Eu sei o que aconteceu na noite passada. Pelo menos, a maior parte.

Subi as escadas escutando mais um grito de Alexis. Parei na porta do seu quarto vendo-a deitada enrolada no roupão enquanto passava os canais da TV.

— Posso saber o porquê desses gritos? – ele me olhou e sorriu.

— Você pode secar meu cabelo?

— Posso, mas da próxima vez...

— Nada de gritos. – ela completa. – eu sei, não farei de novo.

Eu ri de sua cara sapeca e me aproximei dela, penteando seus cabelos para seca-los. Depois de feito e Alexis estar pronta para dormir, eu me deito com ela na cama.

— Não está cedo demais para dormir?

— Estou cansada. – ela bocejou e eu imaginei o quanto ela realmente estava cansada depois de um dia inteiro na escola e brincar horrores no parque.

— Vou sentir sua falta quando for dormir hoje. – ameacei fazer cocegas e ela riu.

— Não vai não, meu pai chegou.

— Ah, pode apostar que eu vou. Até dos seus braços e pernas em cima de mim no meio da noite.

— Eu não faço isso, mãe! Eu durmo como um anjo. – eu ri e a puxei para um beijo.

— Desculpe desapontar, amor, mas você não dorme como um anjo. – nós rimos e logo depois veio o silencio. Respirei fundo antes de entrar no assunto que eu realmente queria. – Alexis...

— Oi... – ela respondeu quando fiquei em silencio por um tempo.

— Eu pensei e... não posso tirar o celular de você. – a menina se agitou e me olhou como se eu fosse um super-herói. – mas para isso você vai segui algumas regras.

— Tudo bem.

— Bom, nada de senhas, nada de aplicativos de mensagens, nada de usar ele na escola a não ser que seja uma emergência, nada de notas baixas, e sempre que eu pedir para ver seu celular, você me entrega ele. Ok?

— Sim. – ela sorriu abertamente. – posso baixar meus jogos? E ter um facebook?

— Sim para os jogos, não para o facebook. Você ainda é nova, ok?

— Certo. Obrigada, mãe. – ela me abraçou forte.

— Amanhã eu entrego ele a você, hoje eu vou configurar ele para sua segurança, ok?

Ela concordou e eu lhe dei um beijo de boa noite. Antes de sair do quarto peguei o aparelho que estava na sua mesa de estudos, eu baixaria alguns aplicativos para minha segurança.

 

***

 

— Então você confiscou mesmo o celular que eu dei a Alexis. – Rick afirmou assim que eu entrei no quarto.

— Não, amor. Peguei para configurar e, claro, instalar alguns aplicativos. – avisei começando a desabotoar minha blusa.

— Que tipo de aplicativos?

— Um de rastreamento para que eu possa saber onde ela está sempre. Talvez um que possa ver todas as mensagens que ela recebe...

— Kate...

— Não, Castle. – o interrompi terminando de tirar minha calça e ficando só de lingerie. – você pode achar isso exagero, mas só quero cuidar bem dela. Quando tiver confiança que ela sabe usar um celular com sabedoria, eu posso ou não tirar esses aplicativos. Até lá... eles ficarão. – suspirei. Estava sendo paranoica demais? ­— e além disso, não era você quem sempre implicava com tudo?

Ele largou o tablete e levantou da cama.

— Não, babe. O que eu ia dizer é que... – ele suspirou sorrindo e veio em minha direção. – eu não consegui prestar atenção em mais nada quando você começou a tirar a roupa. – ele segurou minha cintura com força e me puxou para perto.

Ele fazia isso com tanta facilidade.

— Você é mesmo um pervertido, sabia?

— Esse é meu segundo nome, amor. – sussurrou em meus lábios e me beijou em seguida.

— Ok, eu estou precisando de um banho. Porque não me acompanha? – comecei a puxar sua camisa para cima até tira-la por completo.

— Tem certeza?

— Absoluta. – dei um sorriso sacana antes de beija-lo profundamente. Senti suas mãos percorrerem meu corpo e descerem até minhas nádegas, apertando-as com todo o seu desejo. Não sei bem ao certo quando chegamos aqui, mas a próxima coisa que senti foi a água morna caindo sobre nossos corpos, deixando tudo ainda mais excitante.

Castle já tinha tomado seu banho, mais mesmo assim não se importou. Sua calça de moletom molhada grudou em seu corpo e um volume começou a se fazer presente, pressionando minha barriga. Aquilo me excitou ainda mais. Fazia um tempo desde que estivemos assim. Eu senti falta.

Suas mãos firmes desceram por minha cintura até chegar no fio lateral da minha calcinha, que saiu com facilidade. Nossas bocas sempre grudadas. Nossas línguas batalhando uma pela outra. Eu estava com saudade até dos nossos beijos quentes.

Um gemido escapou alto quando ele mordeu meu pescoço. Exatamente no meu ponto fraco. Exatamente como ele sabe que eu mais gosto. Sua língua logo começou a provar da minha pele molhada. Era a melhor sensação do mundo. Minhas unhas cravaram em suas costas enquanto eu sentia a sensação de que só aquela troca de carícia seria suficiente para me fazer gozar.

Outro gemido escapou do mim. Dessa vez mais baixo, rouco e provocativo. Castle gemeu logo em seguida, me deixando ainda mais molhada. Sua mão desceu por minha barriga até meu sexo, onde seus dedos começaram a explorar sem o menor pudor. Castle descia e subia seus dedos, os deixando cada vez mais encharcados e depois voltava a pressionar onde eu mais precisava. Aquela série de provocações fizeram minhas pernas fraquejarem, mas ele me segurou.

Abri meus olhos e vi seu sorriso sacana. Ele adorava me provocar na hora do sexo. Soltei o mesmo sorriso para ele e abaixei seu moletom. Para minha surpresa, ou não, ele estava sem cueca.

— Eu gosto sempre de estar pronto para você, amor. – ele murmurou me fazendo sorrir ainda mais.

Mordi seu queixo enquanto ele desabotoava meu sutiã. Suas mãos os seguraram firmes quando se livrou da peça. Ele fechou os olhos e aproveitou a sensação por alguns segundos. Outro gemido escapou de mim. Meus seios estavam sensíveis, mas a delicadeza com que ele os massageou foi tão gostosa, que eu queria mais.

— Eu amo como os seus seios são, amor. Mas agora... eles estão grandes e... nossa você está mais gostosa que nunca. – ele atacou minha boca com a sua. Uma mão desceu para minhas coxas e pousou minha perna ao redor de sua cintura.

Senti falta do toque das suas mãos, mas logo foram substituídos por sua boca, que descia pelo meu pescoço, colo até meus seios. Ele beijou e mordiscou a pele fina e sensível. Segurei seus cabelos com força para obriga-lo a ficar ali, mas ele continuou descendo. Beijou meu abdômen inteiro e quando eu pensei que ele continuaria descendo, ele parou e se ergueu para me encarar.

— O quê? – perguntei ofegante.

— Tem certeza? Nós já podemos fazer isso? Que dizer... – ele falou apressado, mas eu o interrompi.

— Castle, quer calar a boca? – puxei seu rosto para perto e mordi seu lábio, lentamente arrastando os dentes sobre ele. – eu quero muito isso. Não vamos perder tempo com o que podemos ou não fazer.

Ele tentou falar mais alguma coisa, mas eu o calei com um beijo. Forte, apressado e desesperado. Eu o queria hoje, agora. Queria fazer sexo, transar, fazer amor... tudo o que eu tivesse direito. Nada me impediria.

 

***

 

A melhor sensação do mundo é você sentir que tudo está bem com você, com a vida, com seus filhos, marido, amigos. Com tudo. Era exatamente assim que eu me sentia, de bem com tudo. Pronta para tudo. Sorri me olhando no espelho quando terminei de pentear meu cabelo. A muito tempo eu não via esse sorriso em meu rosto. A muito tempo não me sentia assim.

Larguei a escova e fui para o quarto. Castle estava sentado na cama mandando mensagem para alguém. Só de cueca, com os cabelos também molhados e alguns arranhões nos braços. Não pude deixar de rir. Assim que notou minha presença ele fez um sinal para que eu me aproximasse. Quem poderia resistir?

Dei o nó meu roupão e me aproximei. A cama ainda estava meio molhada. Depois da nossa primeira rodada da noite no chuveiro nós viemos para cama. Nada melhor do um sexo no conforto de seu colchão. E então acabamos fazendo amor mais umas duas vezes, para depois tomarmos mais um banho juntos. Dessa vez sem malicia, apenas carinhos.

— Eu amei nossa noite. – disse assim que me deitei em seu peito. Seu braço forte me agarrou e senti um beijo em meus cabelos. – com quem estava falando?

— Meu agente. Pedi para mandarem uma nota oficial desmentindo aquelas notícias. Não gosto que pensem que nosso casamento não é real ou que estamos com problemas. Não é porque não nos expomos que isso é menos sério do que realmente é.

Sorri e me sentei direito na cama, para olha-lo melhor.

— Gosto de ouvir isso.

— O quê? Você achava que isso era uma brincadeira? Somos uma família, Kate!

— Eu sei, mas as vezes é difícil ter que lidar com sua fama. Sei que essa não vai ser a última mentira falsa sobre você, então tenho que me acostumar. – segurei sua mão.

— Quando você leu? – o encarei sem entender. – eu sei que você leu antes de eu chegar, aquele jornal no sofá era apenas para me dizer que você sabia das notícias.

Eu sorri. É verdade. Quis criar algo para tortura-lo um pouco. E funcionou.

— Pela manhã, sua mãe estava aqui e defendeu seu menininho. – debochei e ele revirou os olhos.

— Funcionou?

— Não exatamente. – sorri me lembrando. – logo que eu li o jornal fiquei sem ação, por um segundo, um desgraçado segundo, eu acreditei em tudo ali. Mas logo vi que era impossível isso acontecer. Mas as fotos estavam lá e eu queria saber o que aconteceu de verdade. Então minha tia me ligou, ela não sabia das noticias ainda, mas ligou para pedir para eu dar uma bronca em você por ter levado meu tio para beber até de madrugada e ele estar de ressaca em casa enchendo o saco dela. – eu ri me lembrando do quão minha tia estava estressada pela manhã. – então ela me contou que vocês se encontraram e beberam demais, você colocou meu tio num taxi e foi para o hotel.

— Bom, basicamente foi isso. – ele sorriu. – ficamos no bar do hotel, depois decidimos esticar a noite. Fomos para um bar perto do hotel, mas antes disso encontramos uma mulher que disse ser minha fã, me abraçou, tiramos fotos, conversamos um pouco... ela era meio atirada, confesso, mas disse que estava apressado então me despedi e fui em direção ao elevador, ela disse que estava hospedada no hotel e entrou comigo. Essa coisa que descemos no mesmo andar é mentira. E das grandes. Até porque ela desceu no segundo andar e eu desci os andares na mesma hora porque seu tio estava me esperando. Nós rimos disso depois. – ele falou rápido demais, quase atropelando as palavras, mas não o interrompi. Mesmo não sendo necessário saber de todos os detalhes, sabia que ele precisava desabafar.

— Olha só, porque não esquecemos toda essa história de mentiras, viagens, fãs safadas e nos concentramos na noite que tivemos?

— Minhas fãs não são safadas! – protestou e eu ergui as sobrancelhas. Elas eram sim!— bom, a maioria delas não são. – eu ri e o beijei. – também amei nossa noite.

Castle veio por cima, me obrigando a deitar na cama. Sua mão começou a desfazer o nó do meu roupão, eu sorri parando o beijo.

— Você não cansa?

— Venho guardando muita energia para esse momento, meu amor. – sua boca voltou para minha novamente. Sua mão finalmente alcançando a pele por baixo do pano grosso, mas o choro baixinho da babá eletrônica nos interrompeu.

— É, acho que vai ter que guardar só mais um pouquinho as energias, amor. – zombei e ele caiu para o lado.

— Eu posso lidar com isso. – escutei ele resmungar. – mas vou pegar pesado da próxima vez, Katherine Beckett.

Parei na porta do quarto e o encarei.

— Mal posso esperar por isso.


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