Sweet Changes escrita por LittleMermaid


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700139/chapter/3

 O som dos passarinhos cantando estava bem alto de manhã. Não consegui dormir direito, então fiquei lendo o livro que Nathaniel havia me entregado. Sem perceber, já estava na metade do livro. Olhei no relógio, já eram oito horas. Levantei, e fiz minha rotina matinal antes de ir ao colégio.

Passei novamente pelo parque, e em um dos bancos havia um rapaz de cabelos brancos, me chamou a atenção seus olhos, que eram dourados e verdes, ele tinha heterocromia. Ele olhou para a minha direção, e logo virei meu rosto para o outro lado, e continuei caminhando.

Parei na lanchonete para pegar um café. Me sentei em uma das mesas, e continuei o livro. O policial era incrível, e a moça era linda, eles ainda não se declararam, mas era óbvio o amor que um sentia pelo outro. Arrumei o cabelo para trás, e então percebi que não o tinha amarrado. Droga, esqueci. Odeio ele solto.

Abracei o livro, e continuei para o colégio. Me sentei no banco em que Castiel estava, ele parecia estar dormindo. Cutuquei ele, no qual abriu apenas um olho, suspirou, e fechou novamente. O cutuquei mais forte desta vez, que fez ele segurar minha mão forte, e depois soltar.

— O que foi menina? — Minha mão ficou dolorida, mas não liguei, ele era bem forte, e sem educação.

— Bom dia. — Ele suspirou, e deu uma leve risada. — Tudo bem?

— Olha, não somos amigos. Talvez queira fazer amizades em outro lugar. — Continuei lendo o livro, ignorando o que ele disse. Ouvi ele suspirar várias vezes, mas desistiu, e se aproximou de mim. — O que você tem?

— Hã? — Fiquei confusa com a pergunta. 

— Parece um pouco triste... Que quer companhia...

— Não, estou bem. — Ele nem me conhece, como percebeu que não estou bem? Tentei me acalmar, e mudar de assunto. — Eu conheço este simbolo... Na sua camiseta. É da banda Winged Skull, certo? — Ele me olhou surpreso.

— Então você conhece Winged Skull? Não parece o seu estilo. — Ele olhou para a minha camiseta rosa, com o desenho de um unicórnio, e ficou encarado. coloquei meus braços na frente, e me afastei dele.

— Para de encarar!

— Calma, não tem muito o que ver mesmo. — Ele gargalhou, e conseguiu me deixar muito irritada. Dei um tapa no braço de Castiel, que ficou mais uma vez surpreso. Estava bufando de raiva quando levantei do banco, o sino havia tocado. — Espera. — Olhei para ele, que ficou pensando no que falar. Ele olhou para Nathaniel que andava em nossa direção. — Esquece. — Ele voltou a sua posição inicial, e tampou o rosto com sua jaqueta de couro.

— Oi Alice. — Ele olhou para o livro em minhas mãos, ao ver o marcador quase no final, ficou impressionado. — Uau, já está quase acabando?

— Ha ha, é muito interessante mesmo, não consigo parar de ler. — Ele ignorou Castiel, e segurou minha mão, me guiando para dentro do colégio.

— Que bom que gostou. Venha, as aulas já vão começar. 

 

Ao chegar na sala, a loira me olhou zangada ao ver que estava de mãos dadas com Nathaniel. Será que ela gosta dele? Talvez eu devesse perguntar a ele depois das aulas.

O som do sino acordou metade da sala, que estava dormindo durante as explicações.

— Tenho que ir ao conselho resolver umas coisas, quer vir comigo? — Nathaniel era tão gentil. Não pude recusar, fiz que sim com a cabeça, e o segui pelo corredor.

— Nathaniel, olha, terminei o que você... — Uma garota de cabelos castanhos e olhos azuis me encarava enquanto entrávamos na sala.

— Obrigado, Melody. Esta é a Alice, a nova aluna. — Ela sorriu, e voltou sua atenção a ele.

— Eu trouxe um lanche para você. É uma torta que fiz. — Ela entregou contente, e se sentou na mesa o admirando. Realmente eu estava atrapalhando a paquera de alguém.

— Eu... — Ela me olhou profundamente, como se fosse me matar se eu falasse mais alguma coisa. — Me esqueci que tinha uma coisa para fazer, até mais Nathaniel. — Acenei pra ele, e corri para fora. Andei pelo corredor a procura de algo para fazer, e fui surpreendida por uma mão que me puxou para trás, ela a loira novamente.

— O que eu disse ontem? Você é surda? — Engoli seco, e me desgrudei dela, tentando me distanciar. — Agora terá que sofrer as consequências. — Ela estendeu a mão, esperando que entregasse algo para ela. — Me dê o dinheiro do seu lanche, agora!

— Não! — Ela me encarou nervosa de novo, e respirou fundo. Ela ergueu a mão para me bater, mas alguém colocou os braços nos meus ombros, e me abraçou.

— Oi Alice, algum problema por aqui? — Castiel olhou para elas com um sorriso assustador, que fizeram as duas sair correndo, só a loira ficar. — Ambre, você me decepciona a cada dia, sabia? — Seus olhos começaram a lacrimejar antes de sair correndo para o banheiro.

— Obrigada... — Ele me largou, e continuou a caminhar pra fora, provavelmente em seu banco outro vez. Nathaniel saiu da sala de conselho, e veio até mim.

— Alice, posso te pedir um favor?

— Claro. — Ele me entregou uns papéis e uma caneta.

— Poderia pedir para o Castiel assinar? — Olhei os papéis, e era sobre as ausências das aulas de Castiel.

— Não são os pais assinam isto?

— Sim, mas os pais dele estão viajando, então ele precisa assinar estas coisas. Quando terminar, venha ao conselho.

Ele voltou para dentro, e fui em direção a Castiel, que estava conversando com a Iris, ele entregou uma folha para ela, que foi correndo para dentro do colégio.

— Oi. — Disse, que me acolheu com um sorriso. — Nathaniel pediu pra entregar isto... — Quando ele viu sobre o que era, se sentou no banco.

— Diga a ele que não quero.

— Mas, você precisa... — Ele me olhou zangado, e colocou os fones no ouvido. Me sentei ao lado dele, e comecei a ler o que havia na folha. — Ah, aqui diz que você pode ser expulso, Castiel..

— Se ele quer que eu assine isto, que ele venha pessoalmente, e não mande uma garota. — Suspirei, mas não continuei pressionando, o melhor era voltar e dizer ao Nathaniel que não consegui.

Entrei na sala de conselho, e Melody não estava mais lá.

— Desculpe Nathaniel, mas ele não quer assinar. E disse que era para você ir pessoalmente.

— Francamente... — Ele colocou a mão na testa, indicando que estava com raiva. — Obrigado, e desculpa por ter lhe proposto uma missão impossível. — Pegou os papéis da minha mão, e saiu da sala.

Quando saí da sala, a diretora deu passos curtos mas apressados até a minha direção.

— Olá Alice, já escolheu um dos clubes? — Ela me estendeu dois papéis, um de jardinagem, e outro de basquete. Pensei muito no que escolher, mas acabei pegando o do basquete. — Certo, assine nesta linha, e entregue para o treinador, ele ainda deve estar no ginásio. — Ela acenou, e voltou para a sala dos professores. Assinei o papel com uma das canetas sob a mesa do conselho, e fui até o ginásio.

No ginásio havia vários rapazes sem camisetas indo ao vestiário. Entreguei o papel ao treinador, que guardou em seu fichário.

— Certo garota, como já acabamos aqui, você pegará as bolas espalhadas pela quadra e guardará aqui, neste cesto. — Ele apitou, e saiu do ginásio.

Comecei a pegar as bolas pela quadra, para que tantas bolas assim?

Os garotos saíram do vestiário, e foram embora também. Quando guardei a última bola, olhei para fora, e já estava escurecendo.

Corri para pegar minhas coisas no armário antes que me trancassem lá dentro. Ouvi um barulho vindo das escadas, ao me aproximar, tinha uma porta, escrita "porão", e próximo dela havia algumas bitucas de cigarro. Dentro do porão tinha uma voz, que parecia cantar. Tentei abrir a porta, mas antes de colocar minha mão na maçanete, ouvi um barulho bem alto vindo do corredor. Corri para ver o que era, e Castiel segurava Nathaniel contra os armários. Tentei segurar Castiel, e puxá-lo para longe de Nathaniel, que estava com a boca sangrando.

— Está tudo bem Nathaniel? — Ele limpou o sangue, e voltou para dentro da sala de conselho. Castiel chutou um dos armários. — Ei, qual o seu problema?

— Ele me irrita!! — Segurei a mão de Castiel, tentando acalmá-lo. — Ta tudo bem, não precisa me segurar, não vou ir atrás dele.

Nathaniel saiu da sala, colocou sua mochila nos ombros, e foi embora.

— Não precisa ser tão agressivo assim, ele só está tentando te ajudar. — Ele deu risada do que disse, e foi até as escadas. O segui. Ele se sentou, e acendeu um cigarro. Então é ele! Olhei para o relógio, e já estava muito tarde, não havia mais ninguém no colégio, provavelmente nem os professores. Me sentei ao lado dele, e peguei o cigarro. Joguei no chão, e o apaguei. — Isto vai te matar.

— Talvez. — Ele ficou encarando o chão, foi quando percebi que seu rosto estava machucado. Me aproximei, e toquei em seu rosto, para ver a ferida, ele ficou em silêncio, e ficamos encarando um ao outro. Seus olhos eram acinzentados, sem cor, mas profundos, cheio de mistérios. Ouvi um barulho vindo da porta do porão, então me afastei dele, e levantei. De dentro saiu um rapaz. Quando ele veio mais para a luz, me lembrei de tê-lo visto no parque. — Ei Lysandre, encontrou? — Castiel se levantou, e logo a diferença de tamanho era visível. O ruivo já era grande perto de mim, mas Lysandre, era muito maior. Pareço uma criança perto dos dois.

— Não... Oi, me chamo Lysandre.

— Alice. — Ele estendeu a mão, então levei a minha de encontro, suas mãos eram quentes e macias. — O que está procurando?

— Meu bloco de notas. Você viu algum por aqui? — Tentei me lembrar se tinha visto, mas nada veio a cabeça.

— Não, desculpe. — Ele pareceu um pouco chateado, deve ser algo bem importe para ele.

— Bem, tenho que ir, amanhã já volto pro colégio. — Ele acenou para Castiel, e me deu um beijo na bochecha. — Prazer em conhecê-la.

Quando não pude mais ouvir seus passos, me lembrei que estava muito tarde. Meus iriam me matar.

— Vamos, eu te levo. — Castiel disse, e me segurou pela mão. — Está tarde, é perigoso. — Ele me levou até a minha casa passando pelas lojas, já fechadas. Estava escuro, apenas as luzes de postes iluminavam as ruas.

Quando chegamos na frente do meu apartamento, ele acenou, e voltou pelo caminho que veio.

— O-Obrigada! — Entrei no apartamento, meus pais estavam assistindo TV enquanto jantavam. Dei um beijo nos dois, e fui tomar um banho para poder jantar.

Hoje o dia foi longo. Me enrolei nas cobertas, e encarei o telhado.

Espero que o Nathaniel esteja bem...

 

 

 Vou ler mais um pouco antes de dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Changes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.