Nature's Mysteries escrita por Ma8du
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem seus lindossss ♥
Vovó está colocando o almoço na mesa agora e Jane e Mare estão sentadas ao meu lado, conseguindo reclamar a cada momento que ali não tem internet. A alguns minutos atrás eu estava no meio do campo cheio de árvores estranhas... não conseguia parar de pensar sobre isso. Não contei a minha vó, não devia ser nada demais.
ºº
Depois do almoço, sigo em direção ao meu quarto para me trocar de roupa, pois vovó iria nos levar à feira mais tarde. Desdobrando minha calça que havia usado no dia do voo, acho o meu papelzinho com a anotação, sinto um peso na consciência, pois eu havia me esquecido de ligar para minha mãe. Pego, então, meu celular e saio pela casa à procura de algum sinal, para que eu pudesse fazer a ligação. Quando acho, teclo os números do celular de minha mãe com rapidez, espero um pouco, e ela não atende; então, deixo um recado.
Sinto um alívio, pelo menos agora eu tinha ligado para ela.
Ao voltar para meu quarto, começo a me trocar, arrumar meu cabelo em um coque apertado, passo um pouco de rímel e de gloss e me sento na cama; ao olhar para lado, reparo no papelzinho com o meu desenho, peguei-o e passei meus dedos pelos traços. Alguma coisa naquele desenho me chamava a atenção; dobrei-o e o coloquei no meu bolso; me dirigi à cozinha e Jane já estava à espera, mas Mare estava retocando a maquiagem. Quando todos já estavam prontos, nos dirigimos ao carro e fomos até a pequena feira da cidade.
ºº
Minha avó fazia a compra de algumas frutas e verduras junto com minhas irmãs e eu estava andando pela feira, até parar em uma barraquinha de bijuterias; estava apenas com dez reais na carteira e esperava comprar alguma coisa. Era uma barraquinha cheia de colares, anéis e pulseiras e, após varrer o local com meus olhos, percebi algo que me chamou muito a atenção: um medalhão com uma estrela de madeira que continha 7 pontas e, em cada uma delas, podia-se observar uma pedrinha transparente bem pequena; o colar estava gasto; peguei-o e comecei a passar meus dedos em cima dele; não havia ninguém na barraquinha; então, chamei, algumas vezes, por alguém, até ouvir uma voz de uma mulher idosa:
- Sam, atenda a moça estou ocupada!
Uma outra voz, dessa vez, masculina, respondeu:
- O.k vó.
De repente, um garoto um pouco maior que eu apareceu do outro lado da barraca com um olhar cansado, seus cabelos em cor de mel e seus olhos de um tom violeta escuro; suas vestes eram bem simples, e, quando olhou para mim, me mostrou seu sorriso amarelo e falou:
— Olá, em que posso ajudá-la?
Corei, não sei o que tinha visto nele, mas não conseguia olhá-lo nos olhos; dei uma risadinha e mostrei o colar para ele.
- Quanto custa?
Ele me olhou um pouco surpreso e pegou o colar de minha mão com um toque leve e disse:
- Esse?! dentre todos os outros lindos que temos?
Eu o respondi um pouco corada:
- Há algo nele que me atrai, é a mesma estrela que não me sai da cabeça!
Tirei o meu desenho do bolso e continuei:
- Eu até a desenhei!
Ele estava estranho, algo o tinha assustado; engoliu seco e me olhou nos olhos:
— Tudo bem então! Já que gostou tanto dele e ninguém mais o quer, pode levar...
Eu, finalmente, o olhei nos olhos, meio pasma:
— De graça? Para mim?
Ele deu mais um sorriso, o que me fez corar de novo, e falou:
— Claro, por que não?!
Estranhei, mas agradeci.
Ele assentiu com a cabeça e pegou o papelzinho da minha mão, escreveu alguma coisa nele e me entregou-o, novamente, perfeitamente dobrado junto com o medalhão; fiz uma cara de interrogação, e, então, ele disse:
— Meu número, caso o medalhão quebre ou você queira conversar...
Ele passou a mão atrás da cabeça, envergonhado, e eu falei um pouco desajeitada:
- O.k obrigada!
Eu estava muito corada nesse momento e torcia para que ele não percebesse, foi quando minha avó me chamou e me salvou da situação.
ºº
Quando chegamos à casa, tirei o medalhão do bolso e o coloquei na cômoda, ao lado de minha cama. Eu estava sem nada para fazer, o jantar iria demorar um pouco ainda, então peguei o meu caderno de desenhos, coloquei-o em cima da mesa e fiz uma réplica detalhada do meu medalhão, desta vez com alguns galhos verdes entrelaçados entre a estrela. Não sei o porquê disso... ao redor, coloquei um círculo, formado, também, com galhos e folhas... lembrei-me das árvores estranhas lá no campo e resolvi pintar as folhas de diferentes cores em uma ordem aleatória.
ºº
O jantar estava ótimo, Jane e Mare contaram sobre um vendedor engraçado na feira, vovó me perguntou o que eu tinha comprado e eu lhe respondi que havia ganhado um medalhão, de graça, todos ficaram animados com isso. Eu não contei sobre o garoto - acho que o nome dele é Sam - , eu estava em dúvida sobre ligar para ele ou não, ficara encantada com ele.. Vovó ainda não havia visto meu medalhão, mas, certamente, iria mostrar para ela depois.
Ajudei a limpar a cozinha e fui para o meu quarto; tomei um banho muito bom, sequei meu cabelo e, quando me olhei no espelho, percebi que havia me esquecido de tirar o rímel; removi, então, os vestígios com um pano, vesti meu pijama de panda e me deitei.
Ainda estava cedo, assim, li um pouco, depois peguei meu celular e comecei a jogar alguns joguinhos que eu havia instalado, antes de vir para esta casa. Alguns minutos se passaram e eu não parava de passar e repassar o dia, me virei para o lado e peguei no bolso de minha calça o papelzinho com o desenho; atrás, estava escrito:
“Sam : 99978325
Me liga =) “
Eu não liguei, mas mandei mensagem, que me foi respondida na hora, e, naquela noite, nos tornamos Amigos.
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Espero que tenham gostado ♥